A ranitidina é um medicamento que pertence ao grupo ATC A02BA02 e é amplamente utilizado no tratamento de úlceras gástricas e duodenais, bem como no controle da acidez estomacal em pacientes com refluxo gastroesofágico.
No Brasil, a ranitidina é um dos medicamentos mais prescritos para o tratamento dessas condições. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram vendidas mais de 5 milhões de unidades desse medicamento no país.
A ranitidina age inibindo a produção de ácido clorídrico no estômago, reduzindo assim a acidez gástrica e aliviando os sintomas associados às úlceras e ao refluxo. Esse medicamento também pode ser usado como coadjuvante no tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison, uma condição rara que causa produção excessiva de ácido pelo estômago.
A ranitidina é geralmente bem tolerada pelos pacientes e apresenta poucos efeitos colaterais. No entanto, em casos raros, pode causar reações alérgicas graves ou aumentar o risco de infecções por bactérias como a Clostridium difficile.
Por esse motivo, é importante que os pacientes informem seus médicos sobre qualquer histórico de alergias ou problemas gastrointestinais antes de iniciar o tratamento com ranitidina. Além disso, deve-se sempre seguir as orientações do médico quanto à dose e duração do tratamento.
Em alguns países, incluindo os Estados Unidos e Canadá, a ranitidina foi retirada do mercado devido à presença de uma impureza chamada N-nitrosodimetilamina (NDMA) em algumas formulações do medicamento. A NDMA é uma substância classificada como provavelmente carcinogênica para humanos e pode aumentar o risco de câncer em longo prazo.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) realizou testes em amostras de ranitidina disponíveis no mercado e não encontrou níveis preocupantes de NDMA. No entanto, a agência recomenda que os pacientes consultem seus médicos antes de interromper ou modificar o tratamento com ranitidina.
Em resumo, a ranitidina é um medicamento amplamente utilizado no tratamento de úlceras gástricas e duodenais, refluxo gastroesofágico e síndrome de Zollinger-Ellison. Embora seja geralmente bem tolerado pelos pacientes, pode causar reações alérgicas graves em casos raros. É importante seguir as orientações do médico quanto à dose e duração do tratamento e informar sobre qualquer histórico médico relevante. No Brasil, a ANVISA não encontrou níveis preocupantes da impureza NDMA na ranitidina disponível no mercado, mas recomenda que os pacientes consultem seus médicos antes de interromper ou modificar o tratamento com esse medicamento.