O grupo ATC A02B é composto por fármacos utilizados para o tratamento da úlcera péptica e do refluxo gastroesofágico (RGE/GORD). Essas condições são comuns no Brasil, afetando milhões de pessoas todos os anos.
A úlcera péptica é uma ferida que se forma no revestimento do estômago ou duodeno, causada principalmente pela bactéria Helicobacter pylori ou pelo uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Já o RGE/GORD ocorre quando o conteúdo ácido do estômago volta para o esôfago, causando sintomas como azia e regurgitação.
Os medicamentos mais comuns utilizados no tratamento da úlcera péptica e do RGE/GORD são os inibidores da bomba de prótons (IBPs) e os antagonistas dos receptores H2. Os IBPs são considerados a primeira escolha no tratamento dessas condições, pois reduzem significativamente a produção de ácido gástrico. Já os antagonistas dos receptores H2 bloqueiam a ação da histamina, um hormônio que estimula as células produtoras de ácido no estômago.
No Brasil, os IBPs mais prescritos são o omeprazol, pantoprazol e esomeprazol. Esses medicamentos estão disponíveis em diversas apresentações, incluindo comprimidos e cápsulas de liberação imediata ou retardada. Os antagonistas dos receptores H2 mais comuns são a ranitidina e famotidina.
Além disso, alguns pacientes podem precisar de tratamento adicional para erradicar a bactéria H. pylori. Nesses casos, é comum utilizar uma combinação de IBPs e antibióticos por um período de duas semanas.
É importante ressaltar que o uso prolongado de IBPs pode estar associado a alguns efeitos colaterais, como aumento do risco de infecções gastrointestinais e fraturas ósseas em pacientes idosos. Por isso, é recomendado que esses medicamentos sejam prescritos apenas quando necessário e pelo menor tempo possível.
Em resumo, os fármacos do grupo ATC A02B são essenciais no tratamento da úlcera péptica e do RGE/GORD no Brasil. Os IBPs são considerados a primeira escolha no tratamento dessas condições, mas devem ser utilizados com cautela para evitar possíveis efeitos colaterais. É importante que os pacientes sigam as orientações médicas para obter o máximo benefício desses medicamentos.