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MICARDIS ANLO BOEHRINGER INGELHEIM DO BRASIL QUÍMICA E FARMACÊUTICA LTDA. - bula do profissional da saúde

Dostupné balení:

Bula do profissional da saúde - MICARDIS ANLO BOEHRINGER INGELHEIM DO BRASIL QUÍMICA E FARMACÊUTICA LTDA.

APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 40/5 mg e 80/5 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.

Comprimidos de 80/10 mg: embalagem com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

MICARDIS ANLO 40/5 mg: cada comprimido contém 40 mg de telmisartana e 5 mg de anlodipino correspondentes a 6,9 mg de besilato de anlodipino

MICARDIS ANLO 80/5 mg: cada comprimido contém 80 mg de telmisartana e 5 mg de anlodipino correspondentes a 6,9 mg de besilato de anlodipino

MICARDIS ANLO 80/10 mg: cada comprimido contém 80 mg de telmisartana e 10 mg de anlodipino correspondentes a 13,9 mg de besilato de anlodipino

Cada comprimido contém os excipientes: hidróxido de sódio, povidona, meglumina, sorbitol, estearato de magnésio, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, amido de milho, dióxido de silício, mistura de pigmentos (óxido de ferro preto, óxido de ferro amarelo, azul brilhante 133 laca de alumínio).

1. indicações

Tratamento da hipertensão arterial essencial.

Terapia de substituição: pacientes em tratamento com telmisartana e anlodipino em comprimidos separados podem substituí-los por MICARDIS ANLO na mesma dosagem.

Terapia adicional em pacientes cuja pressão arterial não é adequadamente controlada com telmisartana ou anlodipino em monoterapia.

Terapia inicial em pacientes com probabilidade de precisar de múltiplos fármacos para atingir suas metas de pressão arterial; neste caso, seu uso deve basear-se numa avaliação dos potenciais benefícios e riscos.

2. resultados de eficácia

telmisartana
Prevenção de mortalidade e lesão cardiovascular
anlodipino
Uso em pacientes com insuficiência cardíaca
Combinação de dose fixa (MICARDIS ANLO)

3. características farmacológicas

Modo de ação
anlodipino
Propriedades Farmacocinéticas

A taxa e extensão da absorção de MICARDIS ANLO são equivalentes à biodisponibilidade da telmisartana e do anlodipino administrados em comprimidos individuais.

telmisartana:

Absorção: é rápida, embora a quantidade absorvida varie. A biodisponibi­lidade absoluta média é cerca de 50%. Quando a telmisartana é administrada com alimentos, a redução na AUC varia de aproximadamente 6% (dose de 40 mg) a 19% (dose de 160 mg). Após 3 horas da administração as concentrações plasmáticas são similares, seja a telmisartana administrada em jejum ou com alimentos. Não se espera que a pequena redução na AUC cause uma redução na eficácia terapêutica.

Distribuição: liga-se amplamente às proteínas plasmáticas (> 99,5%), principalmente albumina e glicoproteína ácida alfa-1. O volume de distribuição médio aparente no estado de equilíbrio (Vss) é de aproximadamen­te 500L.

Biotransformação: é metabolizada por conjugação para o glicuronídeo do composto de origem, para o qual não foi demonstrada nenhuma atividade farmacológica.

Eliminação: é caracterizada por farmacocinética com diminuição biexponencial, com meia-vida de eliminação terminal > 20 horas. Após administração oral (e intravenosa), a telmisartana é quase exclusivamente excretada com as fezes, unicamente como composto inalterado. A excreção urinária cumulativa é < 2% da dose. O clearance plasmático total (CLtot) é elevado (cerca de 900 mL/minuto) em comparação ao fluxo sanguíneo hepático (cerca de 1.500 mL/minuto). Linearidade: A concentração plasmática máxima (Cmáx) e, em menor extensão a AUC, aumentam desproporcional­mente com a dose. Não há evidência de acúmulo de telmisartana clinicamente relevante.

a bcd

anlodipino:

Absorção: após administração oral de doses terapêuticas de anlodipino sozinho, os picos de concentração plasmática são atingidos em 6–12 horas. A biodisponibi­lidade absoluta calculada foi entre 64% e 80% e não é afetada pela ingestão de alimentos.

Distribuição: o volume de distribuição é de aproximadamente 21L/kg. Estudos in vitro mostram que aproximadamente 97,5% do fármaco circulante ligam-se às proteínas plasmáticas nos pacientes hipertensos.

Biotransformação: é extensamente (aproximadamente 90%) metabolizado pelo fígado para metabólitos inativos.

Eliminação: é bifásica, com uma meia-vida de eliminação terminal de aproximadamente 30 a 50 horas. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são atingidos após administração contínua por 7–8 dias. Dez por cento do anlodipino original e 60% dos metabólitos do anlodipino são excretados na urina.

Farmacocinética em populações específicas População pediátrica (menores de 18 anos): não estão disponíveis dados farmacocinéticos de MICARDIS ANLO para a população pediátrica. Diferenças entre gêneros: foram observadas diferenças entre os gêneros nas concentrações plasmáticas da telmisartana, sendo Cmáx e AUC aproximadamente 3 e 2 vezes mais elevadas, respectivamente, nas mulheres em comparação a homens, sem influência relevante sobre a eficácia. Pacientes idosos: a farmacocinética da telmisartana não difere entre pacientes jovens e idosos. O tempo até o pico das concentrações plasmáticas de anlodipino é similar em pacientes jovens e idosos. Em pacientes idosos, o clearance do anlodipino tende a diminuir, levando a aumentos na AUC e na meia-vida de eliminação. Disfunção renal: foram observadas concentrações plasmáticas menores de telmisartana em pacientes com insuficiência renal que fazem diálise. A telmisartana é altamente ligada às proteínas plasmáticas em indivíduos com insuficiência renal e não pode ser removida por diálise. A meia-vida de eliminação não se altera nestes pacientes. A farmacocinética do anlodipino não é significativamente influenciada pela disfunção renal. Disfunção hepática: estudos farmacocinéticos em pacientes com disfunção hepática mostraram um aumento na biodisponibilidade absoluta da telmisartana até cerca de 100%. A meia-vida de eliminação não é alterada nestes pacientes. Pacientes com insuficiência hepática têm clearance reduzido do anlodipino, resultando em aumento na AUC de aproximadamente 40–60%.

4. contraindicações

Hipersensibilidade à telmisartana, aos derivados diidropiridínicos (como anlodipino) ou aos excipientes da fórmula Segundo e terceiro trimestres de gravidez Lactação Distúrbios biliares obstrutivos Disfunção hepática grave Hipotensão grave Choque (incluindo choque cardiogênico) Obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo (por exemplo, estenose aórtica de alto grau) Insuficiência cardíaca hemodinamicamente instável após infarto agudo do miocárdio Uso concomitante com alisquireno em pacientes com diabetes mellitus ou disfunção renal (taxa de filtração glomerular < 60 mL/min/1,73 m2)

O produto também é contraindicado no caso de condições hereditárias raras que possam ser incompatíveis com um excipiente do produto (veja seção “5. Advertências e Precauções”).

MICARDIS ANLO está classificado na categoria de risco D para o segundo e terceiro trimestres de gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

5. advertências e precauções

Hipercalemia: pode ocorrer hipercalemia durante o tratamento com medicamentos que atuam no SRAA, especialmente na presença de insuficiência renal e/ou insuficiência cardíaca. Recomenda-se monitoração dos níveis séricos de potássio em pacientes de risco. Com base na experiência do uso de medicamentos que atuam no sistema renina-angiotensina, o uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos do sal comum que contenham potássio ou outros medicamentos que podem aumentar os níveis de potássio (heparina, etc.), podem levar a um aumento da calemia e, portanto, devem ser administrados cautelosamente com telmisartana.

a bcd

Pacientes com depleção de volume e/ou sódio: pode ocorrer hipotensão sintomática, especialmente após a primeira dose, em pacientes com depleção volêmica e/ou de sódio por vigorosa terapia diurética, dieta restrita de sal, diarreia ou vômito. Tais condições devem ser corrigidas antes do início da terapia com MICARDIS ANLO. Disfunção hepática: a telmisartana é predominantemente eliminada na bile. Pacientes com distúrbios obstrutivos biliares ou insuficiência hepática podem apresentar clearance reduzido. A meia-vida do anlodipino é prolongada e os valores da AUC são elevados em pacientes com insuficiência hepática; recomendações posológicas não foram estabelecidas. O anlodipino deve, portanto, ser iniciado com a dose mais baixa do intervalo posológico e deve ser utilizado criteriosamente, tanto no tratamento inicial como no aumento da dose. Portanto, MICARDIS ANLO deve ser usado com cautela nestes pacientes. Hipertensão renovascular: há um risco aumentado de hipotensão severa e insuficiência renal quando pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria renal de rim único funcionante, são tratados com medicamentos que atuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona. Disfunção renal e transplante renal: recomenda-se monitoração periódica dos níveis séricos de potássio e creatinina. Não há experiência com relação a administração de MICARDIS ANLO em pacientes com transplante renal recente. A telmisartana não é removida do sangue por hemofiltração e não é dialisável. O anlodipino não é dialisável. Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): foram relatadas alterações da função renal (incluindo falência renal aguda) em pacientes susceptíveis, especialmente quando foram combinados medicamentos que afetam esse sistema. MICARDIS ANLO pode ser administrado com outros fármacos anti-hipertensivos, entretanto, não se recomenda o bloqueio duplo do SRAA [por exemplo, combinando um inibidor da ECA ou o inibidor direto de renina (alisquireno) a um BRA] e, portanto, deve limitar-se a casos definidos individualmente, com monitoramento da função renal (veja seção “4. Contraindicações”). Outras condições de estimulação do SRAA: em pacientes cujo tônus vascular e função renal dependem predominantemente da atividade do SRAA (p. ex. pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave ou doença renal subjacente, inclusive estenose da artéria renal), o tratamento com medicamentos que afetam este sistema, tem sido associado com hipotensão aguda, hiperazotemia, oligúria ou, raramente, insuficiência renal aguda. Aldosteronismo primário: pacientes com aldosteronismo primário geralmente não respondem a medicações anti-hipertensivas que agem inibindo o sistema renina-angiotensina. Portanto, não se recomenda o uso de telmisartana. Estenose valvar aórtica ou mitral e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva: assim como outros vasodilatadores, recomenda-se precaução especial nestes pacientes. Angina pectoris instável, infarto agudo do miocárdio: não há dados que suportem o uso de MICARDIS® ANLO na angina pectoris instável e durante ou um mês após infarto do miocárdio. Pacientes com insuficiência cardíaca: em um estudo com anlodipino a longo prazo, placebo-controlado, em pacientes com insuficiência cardíaca grave (classes III e IV NYHA), a incidência de edema pulmonar relatada foi maior no grupo tratado com anlodipino do que no grupo placebo. Portanto, os pacientes com insuficiência cardíaca devem ser tratados com cautela.

Os bloqueadores dos canais de cálcio, incluindo o anlodipino, devem ser usados com cautela em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, uma vez que podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares futuros e mortalidade.

Sorbitol: MICARDIS ANLO 40/5 mg contém 168,64 mg de sorbitol por comprimido.

MICARDIS ANLO 80/5 mg e 80/10 mg contêm 337,28 mg de sorbitol por comprimido. O sorbitol é uma fonte de frutose. MICARDIS ANLO comprimidos 80/5 mg e 80/10 mg não é recomendado em pacientes com intolerância hereditária à frutose (IHF).

Sódio: os comprimidos de MICARDIS ANLO 40/5 mg e 80/5 mg e 80/10 mg contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por comprimido, ou seja, essencialmente „isento de sódio“. Diabetes mellitus: em pacientes diabéticos com risco cardiovascular adicional, [por exemplo, diabéticos com Doença Arterial Coronariana (DAC) coexistente] devem passar por uma adequada avaliação diagnóstica (por exemplo, teste

ergométrico de esforço) para detecção e tratamento adequado da DAC antes do início do tratamento com MICARDIS ANLO, pois o não diagnóstico da DAC assintomática nestes pacientes pode representar maior risco de infarto do miocárdio fatal e morte de causa cardiovascular inesperada quando tratados com anti-hipertensivos como BRAs ou inibidores da ECA.

Pacientes idosos: o aumento da dose de anlodipino deve ser efetuado com precaução nos pacientes idosos (veja seções “8. Posologia e Modo de Usar” e “3. Características Farmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas”). Diferenças étnicas: MICARDIS ANLO foi eficaz no tratamento de pacientes negros (usualmente é uma população com baixo nível de renina). Doença cardíaca isquêmica: Como qualquer agente anti-hipertensivo, a redução excessiva da pressão arterial em pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença cardiovascular isquêmica pode resultar em infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.
Efeitos na capacidade de dirigir e utilizar máquinas

Não foram realizados estudos sobre os efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas. Contudo, ao dirigir ou operar máquinas, deve-se levar em conta que durante o tratamento com anti-hipertensivos podem ocasionalmente ocorrer síncope, sonolência, tontura ou vertigem. Caso os pacientes apresentem estes eventos adversos, eles devem evitar tais tarefas potencialmente arriscadas como dirigir e operar máquinas.

Gravidez, Lactação e Fertilidade

Não se conhecem os efeitos de MICARDIS ANLO durante a gravidez e lactação. Abaixo são descritos os efeitos relacionados aos fármacos isolados.

Gravideztelmisartana: o tratamento com BRAs não é recomendado no primeiro trimestre da gravidez e não deve ser iniciado durante a gravidez. Quando a gravidez for diagnosticada, o tratamento com BRAs deve ser interrompido imediatamente e, se conveniente, deve ser iniciada terapia alternativa.

A menos que a continuação da terapêutica com BRAs seja considerada essencial, as pacientes que planeiam engravidar devem migrar para tratamentos anti-hipertensivos alternativos que apresentem um perfil de segurança estabelecido para utilização durante a gravidez.

Estudos pré-clínicos com telmisartana não indicaram efeito teratogênico, mas demonstraram fetotoxicidade.

O uso de bloqueadores dos receptores da angiotensina II é contraindicado durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez. Em humanos, sabe-se que a exposição aos BRAs no segundo e terceiro trimestres da gestação induz fetotoxicidade (diminuição da função renal, oligodrâmnio, retardo da ossificação) e toxicidade neonatal (falência renal, hipotensão, hipercalemia).

Caso tenha ocorrido exposição aos BRAs a partir do segundo trimestre de gestação, recomenda-se verificar a função renal e o crânio por ultrassom. Bebês cujas mães utilizaram BRAs devem ser monitorados de perto quanto à hipotensão.

anlodipino: a segurança do anlodipino na gravidez humana não foi estabelecida. Nos estudos em animais, observou-se toxicidade reprodutiva em doses elevadas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez

Lactação

MICARDIS ANLO é contraindicado durante a lactação uma vez que não se sabe se a telmisartana é excretada no leite humano. Estudos pré-clínicos mostraram excreção da telmisartana no leite materno. O anlodipino é excretado no leite humano. A proporção da dose materna recebida pelo bebê foi estimada com um intervalo interquartil de 3–7%, com um máximo de 15%. O efeito do anlodipino em bebês não é conhecido. Devido às potenciais reações adversas em bebês lactentes, deve-se decidir descontinuar a amamentação ou a terapia, levando-se em consideração a importância da mesma para a mãe (veja seção “4. Contraindicações”).

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Fertilidade

Não foram realizados estudos sobre fertilidade em humanos com a combinação de telmisartana e anlodipino em dose fixa ou com os fármacos isolados. Não foram conduzidos estudos de toxicidade reprodutiva com a combinação. Não foram observados em estudos pré-clínicos efeitos da telmisartana ou anlodipino na fertilidade de machos ou fêmeas.

Em alguns pacientes tratados com bloqueadores dos canais de cálcio, foram relatadas alterações bioquímicas reversíveis na cabeça dos espermatozoides.

Os dados clínicos são insuficientes em relação ao potencial efeito do anlodipino sobre a fertilidade. Em um estudo com ratos, foram encontrados efeitos adversos na fertilidade dos machos.

6. interações medicamentosas

Nenhuma interação entre os dois fármacos desta combinação em dose fixa foi observada em estudos clínicos.

Interações relacionadas à combinação

Nenhum estudo de interação medicamentosa foi realizado com MICARDIS ANLO e outros medicamentos.

Outros agentes anti-hipertensivos: o efeito de redução da pressão arterial de MICARDIS ANLO pode ser aumentado pelo uso concomitante de outros medicamentos anti-hipertensivos. Agentes com potencial para redução da pressão arterial: com base em suas propriedades farmacológicas, baclofeno e amifostina podem potencializar os efeitos hipotensores de todos os anti-hipertensivos incluindo MICARDIS ANLO. Além disso, a hipotensão ortostática pode ser agravada por álcool, barbitúricos, narcóticos ou antidepressivos. Corticosteroides (sistêmicos): redução do efeito anti-hipertensivo.
Interações relacionadas à telmisartana

A telmisartana pode aumentar o efeito hipotensor de outros agentes anti-hipertensivos.

A coadministração de telmisartana não resultou em interações clinicamente significativas com digoxina, varfarina, hidroclorotiazida, glibenclamida, ibuprofeno, paracetamol, sinvastatina e anlodipino. No caso da digoxina, observou-se um aumento de 20% (e um único caso de 39%) na média das concentrações plasmáticas de digoxina, devendo se considerar a monitoração dos seus níveis.

Em um estudo, a coadministração de telmisartana e ramipril levou a um aumento de até 2,5 vezes na AUC0–24 e Cmáx de ramipril e ramiprilato. Desconhece-se a relevância clínica desta observação.

Relataram-se aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade durante administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. Relataram-se também casos de interação com BRAs, incluindo telmisartana. Portanto, é aconselhável monitorar os níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.

Em pacientes com desidratação, o tratamento com AINEs (por exemplo, AAS como anti-inflamatório, inibidores da COX-2 e AINEs não seletivos) é associado a um potencial para desenvolver insuficiência renal aguda. Fármacos que atuam no sistema renina-angiotensina, como telmisartana, podem ter efeitos sinérgicos. Pacientes em tratamento com AINEs e telmisartana devem ser adequadamente hidratados e a sua função renal deve ser monitorada no início do tratamento combinado.

Foi relatada uma redução do efeito de fármacos anti-hipertensivos, como telmisartana, pela inibição de prostaglandinas vasodilatadoras, durante tratamento combinado com AINEs.

Interações relacionadas ao anlodipino

Pomelo (grapefruit) e suco de pomelo (suco de grapefruit): a administração de anlodipino com pomelo ou suco de pomelo não é recomendada, uma vez que a biodisponibilidade pode estar aumentada em alguns pacientes, resultando em um aumento do efeito hipotensor. Inibidores da CYP3A4: o uso concomitante de anlodipino com inibidores potentes ou moderados da CYP3A4 (inibidores de protease, antifúngicos azólicos, macrolídeos como a eritromicina ou claritromicina, verapamil ou diltiazem) pode aumentar significativamente a exposição do anlodipino, resultando em um risco aumentado de hipotensão. A interpretação clínica dessas variações da farmacocinética pode ser mais pronunciada em idosos. A monitoração clínica e o ajuste da dose podem ser necessários. Indutores da CYP3A4: após a coadministração de indutores conhecidos da CYP3A4, a concentração plasmática do anlodipino pode variar. Portanto, a pressão sanguínea deve ser monitorada e um ajuste de dose deve ser considerado durante e após a medicação concomitante, particularmente com indutores potentes da CYP3A4 (por exemplo, rifampicina, Hypericum perforatum (Erva-de-São-João)). dantrolene (infusão): em animais, fibrilação ventricular letal e colapso cardiovascular são observados em associação com hipercalemia após administração de verapamil e dantrolene intravenoso. Devido ao risco de hipercalemia, recomenda-se evitar a coadministração com bloqueadores dos canais de cálcio, como o anlodipino, em pacientes suscetíveis à hipertermia maligna e no controle da hipertermia maligna.

a bcd

tacrolimo: existe um risco de aumento dos níveis sanguíneos de tacrolimo quando coadministrado com anlodipino, mas o mecanismo farmacocinético desta interação não é totalmente compreendido. De modo a evitar a toxicidade do tacrolimo, a administração de anlodipino em um paciente tratado com tacrolimo requer o monitoramento dos níveis sanguíneos de tacrolimo e ajuste da dose do mesmo, quando apropriado. ciclosporina: não foram realizados estudos de interação medicamentosa com a ciclosporina e anlodipino em voluntários sadios ou outras populações, com exceção de pacientes com transplante renal, nos quais foram observados aumentos variáveis da concentração (média de 0% – 40%) da ciclosporina. Deve-se considerar a possibilidade de monitorar os níveis de ciclosporina em pacientes transplantados renais recebendo anlodipino, e reduções da dose de ciclosporina devem ser feitas conforme necessário. Inibidores da proteína alvo mecanístico da rapamicina (mTOR): inibidores da mTOR como sirolimo, tensirolimo e everolimo são substratos da CYP3A. O anlodipino é um inibidor fraco da CYP3A. Com o uso concomitante de inibidores da mTOR, o anlodipino pode aumentar a exposição dos inibidores da mTOR. sinvastatina: a coadministração de doses múltiplas de 10 mg de anlodipino com sinvastatina 80 mg aumentou a exposição da sinvastatina em até 77% em comparação à sinvastatina isoladamente. Portanto, nesses casos deve-se limitar a dose de sinvastatina em 20 mg ao dia em pacientes utilizando o anlodipino.

Informação adicional: em estudos clínicos de interação, o anlodipino não afetou a farmacocinética da atorvastatina, digoxina ou varfarina.

7. cuidados de armazenamento do medicamento

Mantenha em temperatura ambiente (15°C a 30°C) e na embalagem original para proteger da luz e da umidade. O produto é sensível à umidade; só retirar o comprimido do blister quando for tomá-lo. O prazo de validade de MICARDIS ANLO é de 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O comprimido de MICARDIS ANLO é oval, biconvexo, com uma camada azul lisa e outra camada branca a esbranquiçada marcada com o símbolo da empresa Boehringer Ingelheim e um destes símbolos: A1 (40/5 mg), A3 (80/5 mg) ou A4 (80/10 mg).

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. posologia e modo de usar

8. posologia e modo de usar

MICARDIS ANLO é um medicamento de uso contínuo e deve ser tomado diariamente na dose prescrita.

Modo de Usar

Os comprimidos de MICARDIS ANLO devem ser ingeridos com um pouco de água ou outro líquido, por via oral, com ou sem alimentos.

Posologia

Adultos

MICARDIS ANLO deve ser administrado uma vez ao dia.

Terapia de substituição: para aumentar a conveniência ou adesão ao tratamento, os pacientes que administram telmisartana e anlodipino em comprimidos separados podem substituí-los por um comprimido de MICARDIS ANLO na mesma dosagem uma vez ao dia. Terapia adicional: MICARDIS ANLO pode ser administrado em pacientes cuja pressão arterial não é adequadamente controlada com telmisartana ou anlodipino em monoterapia. Pacientes tratados com 10 mg de anlodipino que apresentem quaisquer reações adversas relacionadas à dose, tais como edema, podem mudar para MICARDIS ANLO 40/5 mg uma vez ao dia, reduzindo a dose de anlodipino sem reduzir a resposta anti-hipertensiva global esperada. Terapia inicial: um paciente pode ser iniciado com MICARDIS ANLO caso seja improvável que se obtenha o controle da pressão arterial com um único agente. A dose inicial usual é 40/5 mg uma vez ao dia. Pacientes requerendo reduções maiores da pressão arterial podem ser iniciados com 80/5 mg uma vez ao dia.

Se for necessária redução adicional da pressão arterial após pelo menos 2 semanas de terapia, a dose pode ser aumentada até o máximo de 80/10 mg uma vez ao dia.

a bcd

MICARDIS ANLO pode ser administrado com outros fármacos anti-hipertensivos.

Populações especiaisPopulações especiais Pacientes idosos: não é necessário ajuste de dose. Os regimes posológicos normais de anlodipino são recomendados para idosos, porém o aumento da dose deve ser realizado com cuidado (veja seções “5. Advertências e Precauções” e “3. Características Farmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas”). Pacientes pediátricos: não é recomendado para pacientes menores de 18 anos devido à falta de dados sobre segurança e eficácia. Disfunção renal: não há necessidade de ajustes de dose, nem mesmo nos pacientes que fazem hemodiálise. A telmisartana não é removida do sangue por hemofiltração e não é dialisável. O anlodipino não é dialisável. Disfunção hepática: deve ser administrado com cautela em pacientes com disfunção hepática de leve a moderada. Para telmisartana, a posologia não deve exceder 40 mg uma vez ao dia (ver seção de contraindicações).

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. reações adversas

Sumário do perfil de segurança

A segurança e tolerabilidade de MICARDIS ANLO foi avaliada em cinco estudos clínicos controlados com mais de 3.500 pacientes, dos quais mais de 2.500 receberam telmisartana em combinação com o anlodipino. Nenhuma reação adversa adicional foi identificada em estudos clínicos com a combinação telmisartana e anlodipino em comparação com as reações adversas dos componentes isolados.

O edema periférico, um reconhecido efeito colateral dose-dependente do anlodipino isolado, foi geralmente observado em incidência menor nos pacientes que receberam a combinação telmisartana/an­lodipino do que naqueles que receberam anlodipino sozinho.

Reações adversas previamente relatadas com um dos fármacos individuais (anlodipino ou telmisartana) também podem ter efeitos colaterais potenciais com MICARDIS ANLO, mesmo se não observadas nos ensaios clínicos ou durante o período pós-comercialização.

Portanto, além das reações adversas relatadas durante o programa de desenvolvimento de MICARDIS ANLO, todas as reações adversas relatadas em pacientes que receberam telmisartana ou anlodipino em monoterapia foram listadas para MICARDIS ANLO.

Resumo tabulado de reações adversas

As reações adversas apresentadas na tabela são derivadas do uso da combinação de telmisartana/an­lodipino ou do uso de mono componentes (telmisartana e anlodipino) em estudos clínicos ou da experiência pós-comercialização , conforme sistema MedDRA de classificação de órgãos e termos preferenciais MedDRA:

Reações Adversas

Frequência

Infecções e infestações

Sepse (incluindo desfecho fatal)

Rara2

Infecções do trato respiratório superior

Incomum2

Infecções do trato urinário

Incomum2

Cistite

Rara1,Incomum2

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Leucopenia

Muito rara3

Trombocitopenia

Rara2, Muito rara3

Anemia

Incomum2

Eosinofilia

Rara2

Distúrbios do sistema imunológico

Reação anafilática

Rara2

Hipersensibilidade

Rara2, Muito rara3

Distúrbios do metabolismo e nutrição

Hipercalemia

Incomum2

Hipoglicemia (em pacientes

diabéticos)

Rara2

Hiperglicemia

Muito rara3

Hiponatremia

Rara2

Distúrbios psiquiátrico

Depressão

Rara1, Incomum2,3

a bcd

Ansiedade

Rara1,2 , Incomum3

Confusão mental

Rara3

Insônia

Rara1, Incomum2,3

Alteração de humor

Incomum3

Distúrbios do sistema nervoso

Síncope (desmaio)

Rara1, Incomum2,3

Sonolência

Incomum1, Comum3

Tontura

Comum1,3

Distúrbio extrapiramidal

Desconhecida3

Hipertonia

Muito rara3

Enxaqueca

Incomum 1

Cefaleia

Incomum1, Comum3

Neuropatia periférica

Rara1, Muito rara3

Parestesia

Incomum1,3

Hipoestesia

Rara1, Incomum3

Disgeusia

Rara1, Incomum3

Tremor

Rara1, Incomum3

Distúrbios da visão

Deficiência visual

Rara2, Comum3

Diplopia

Comum 3

Distúrbios do ouvido e labirinto

Vertigem

Incomum1,2

Zumbido

Incomum 3

Distúrbios cardíacos

Infarto do miocárdio

Muito rara 3

Taquicardia ventricular

Incomum 3

Arritmia

Incomum 3

Fibrilação atrial

Incomum 3

Bradicardia

Incomum1,2,3

Taquicardia

Rara 2

Palpitações

Incomum1, Comum3

Distúrbios vasculares

Hipotensão

Incomum1,2,3

Hipotensão ortostática

Incomum1,2

Rubor

Incomum1, Comum3

Vasculite

Muito rara 3

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Dispneia

Incomum2, Comum3

Tosse

Incomum1,3

Rinite

Incomum 3

Distúrbios gastrointestinais

Pancreatite

Muito rara 3

Gastrite

Muito rara 3

Dor abdominal

Incomum1,2 , Comum3

Diarreia

Incomum1,2, Comum3

Vômitos

Rara1, Incomum2,3

Hipertrofia gengival

Rara1, Muito rara3

Dispepsia

Rara1, Incomum2, Comum3

Constipação

Comum 3

Náuseas

Incomum1, Comum3

Boca seca

Rara1,2, Incomum3

Flatulência

Incomum 2

Desconforto abdominal

Rara 2

Mudança do hábito intestinal

Comum 3

Distúrbios hepatobiliares

Hepatite

Muito rara 3

Icterícia

Muito rara 3

Função hepática anormal/distúrbio hepático (a maioria dos casos observados em experiência pós-comercialização ocorreram em pacientes do Japão, que são mais

Rara 2

a bcd

propensos a apresentar este tipo de reação adversa)

Elevações de enzimas hepáticas (na maior parte das vezes com colestase)

Muito rara3

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Necrólise epidérmica tóxica

Desconhecida3

Síndrome de Stevens-Johnson

Muito rara3

Angioedema (com desfecho fatal)

Rara2, Muito rara3

Eritema multiforme

Muito rara 3

Dermatite esfoliativa

Muito rara 3

Erupção medicamentosa

Rara 2

Erupção tóxica cutânea

Rara 2

Reação de fotossensibilidade

Muito rara 3

Urticária

Rara2, Incomum3

Eczema

Rara1,2

Eritema

Rara1,2

Rash

Rara1, Incomum2,3

Prurido

Incomum1,2,3

Alopecia

Incomum 3

Púrpura

Incomum 3

Descoloração cutânea

Incomum 3

Hiperidrose

Incomum2,3

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo

Artralgia

Incomum1,3, Rara2

Dor nas costas

Incomum1,2,3

Dor nas extremidades (dor nas pernas)

Rara1,2

Dor nos tendões (semelhante à tendinite)

Rara 2

Inchaço nas articulações

Comum 3

Espasmo muscular (câimbras nas pernas)

Incomum1,2, Comum3

Mialgia

Incomum1,2,3

Distúrbios renais e urinários

Disfunção renal (incluindo

insuficiência renal aguda)

Incomum 2

Noctúria

Rara1, Incomum3

Distúrbio de micção

Incomum 3

Polaciúria

Incomum 3

Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas

Disfunção erétil

Incomum1,3

Ginecomastia

Incomum 3

Distúrbios gerais e condições do local de administração

Dor torácica

Incomum1,2,3

Dor

Incomum 3

Edema

Incomun1, Muito comum3

Edema periférico

Comum 1

Astenia (fraqueza)

Incomum1,2, Comum3

Fadiga

Incomum1, Comum3

Indisposição

Rara1, Incomum3

Mal-estar semelhante à gripe

Rara 2

Investigações

Aumento das enzimas hepáticas

Incomum1, Rara2

Aumento da creatinina no sangue

Incomum 2

Aumento da creatinina

fosfoquinase no sangue

Rara 2

Diminuição da hemoglobina

Rara 2

Aumento do ácido úrico no sangue

Rara1,2

Aumento de peso

Incomum 3

Perda de peso

Incomum 3

1 Frequência da reação adversa para a combinação em dose fixa telmisartana + anlodipino (MICARDIS ANLO)

a bcd

2 Frequência da reação adversa para telmisartana em monoterapia

3 Frequência da reação adversa para anlodipino em monoterapia

Reações comuns: ocorrem entre > 1/100 e <1/10 dos pacientes

Reações incomuns: ocorrem entre > 1/1.000 e < 1/100 dos pacientes.

Reações raras: ocorrem entre > 1/10.000 e < 1/1.000 dos pacientes.

Reações muito raras: ocorrem entre <1/10.000 dos pacientes

Reações com frequência desconhecida: não é possível determinar a partir dos dados disponíveis

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

10. superdose

10. superdose

Sintomas: não há experiência de superdose com MICARDIS® ANLO. Espera-se que os sinais e sintomas sejam similares aos efeitos farmacológicos exacerbados. As manifestações mais importantes da superdose de telmisartana são hipotensão e taquicardia; bradicardia também ocorreu. A superdose com anlodipino pode resultar em vasodilatação periférica excessiva e possivelmente taquicardia reflexa. Pode ocorrer hipotensão arterial marcante e provavelmente prolongada até choque com desfecho fatal.

Tratamento: se ocorrer hipotensão sintomática, deve ser iniciado tratamento de suporte. O gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na reversão dos efeitos do bloqueio dos canais de cálcio. A lavagem gástrica pode ser válida em alguns casos. Em voluntários sadios, o uso de carvão ativado até 2 horas após a administração de 10 mg de anlodipino demonstrou reduzir a taxa de absorção do anlodipino. A telmisartana não é removida do sangue por hemofiltração e não é dialisável. O anlodipino não é dialisável.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

MS 1.0367.0166

Farm. Resp.: Ana Carolina Scandura Cardillo – CRF/SP n° 22440

Importado por:

Boehringer Ingelheim do Brasil Quím. e Farm. Ltda.

Rod. Régis Bittencourt, km 286

Itapecerica da Serra – SP

CNPJ 60.831.658/0021–10

SAC 0800–7016633

Fabricado por:

Cipla Limited

Goa – Índia

Embalado por:

Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG

Ingelheim am Rhein – Alemanha

Ou

Rottendorf Pharma GmbH

Ennigerloh – Alemanha

Venda sob prescrição médica.

08–5678628

Micardis Anlo_Bula Profissional

C22–01