Bula do profissional da saúde - CLORIDRATO DE VANCOMICINA BLAU FARMACÊUTICA S.A.
Blau Farmacêutica S.A. Pó para solução injetável 500 mg
Pó para solução injetável.
Embalagens contendo 20 ou 100 frascos-ampola de 500 mg de vancomicina base.
Embalagem contendo 1 frasco-ampola de 500 mg de vancomicina base acompanhado com 1 ampola de diluente de 10 mL ou 20 frascos-ampola de 500 mg de vancomicina base acompanhado com 20 ampolas de diluente de 10 mL.
Cada frasco-ampola contém: cloridrato de vancomicin a (equivalente a 500 mg de vancomicina base).........................................................................................512,6 mg
Cada ampola de diluente contém: água para injetáveis................................................................................................................................................................................10 mL
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O clorid rato de vancomicina é indicado para o tratamento de infecções graves causadas por cepas de Staphyl o coccus aureus resistentes à meticilina (resistentes a betalactâmicos), mas suscetíveis à vancomicina.
O cloridrato de vancomicina é indicado também para o tratamento de infecções causadas por outros microrganismos Gram -positivos suscetíveis à vancomicina em pacientes alérgicos à penicilina; pacientes que não podem receber ou não responderam a outros fármacos, incluindo penicilinas ou cefalosporinas, e para o tratamento de infecções graves causadas po r microrganismos suscetíveis à vancomicina e resiste ntes a outros anti microbianos.
Sua efetividade tem sido demonstrada no tratamento de septicemia, infecções ósseas, infecções do trato respiratório inferior e infecções na pele e estruturas da pele. Quando as infecções estafilocócicas são localiz adas e purulentas, os antibióticos são usados como auxiliares às medi das cirúrgicas apr opriadas.
A vancomicina é eficaz no tratamento de endocardite estafilocócica. Sua efetividade também tem sido demonstrada, isolada ou combinada com um aminoglicosídeo, no tratamento de endocardite causada por estreptococos do grupo viridans ou Streptococcus bovis. Para endocardite causada por enterococos (Enterococcus faecalis ), a vancomicina é eficaz somente em combinação com um aminoglicosídeo. A vancomicina é eficaz para o tratamento da endocardite p or difteroide.
Como p rofilaxia contra endocardite bacter iana, em pacientes alérgicos à penicilina, que têm doença cardíaca congênita, doença reumática ou outr a doença valvular adquirida, quando são submetidos a procedimentos cirúrgicos do trato gastrintestinal ou geniturinário, a vancomicina é o agente antibacteriano de primeira escolha, associada ou não à gentamicina.
A vancomicina é indicad a como tratamen to inicial quando se suspeita de es tafilococo resistente à meticilina; porém, tão logo o s dados de suscetibilidade estejam d isponíveis, o tratamento deve ser ajustado de acord o.
2. resultados de eficácia
2. resultados de eficáciaA vancomicina tem sido usada com suce sso em combinação com rifampicina, aminoglico sídeo ou ambos na endocardite precoce em prótese de válvula, causada por Staphylococcus epidermidis ou por difteroides. Amostras para culturas bacteriológicas devem ser obtidas para se isolar e identifica r microrganismos responsáveis pela infecção e dete rminar sua suscetibilidade à vancomicina.
Apesar da ausência de estudos clínicos controlados, a vancomicina intravenosa tem sido sugerida pela Associação de Cardiologia Americana e Associação de Odontologia Americana como profilaxia contra endocardite ba cteriana em pacientes alérgicos à penicilina, que têm doença cardíaca congênita, doença reumática ou outra doença v alvular adquirida, quando esses p acientes são submetidos a procedimentos dentários ou procedimento s cirúrgicos do tr ato respiratório su perior.
1. National Committe for Clinical Laborat ory Standards, Performance Standards for Antimicrobial Disk Susceptibility Tests;
Approved Standard-Seventh Edition. NCCLS document M 2-A7 (ISBN 1–56238–393–0). NCCLS, Wayne, PA 19087–1898,
2000.
2. Handbook on Injectable Drugs, 17th Edition, 2013, Lawrence A.Trissel, American Society of Health-System Pharmacists.
3. Physicians Desk Reference, 55th Edition , 2001, Thompson PDR at Montvale, NJ 07645–1742.
4. Drug Information for the Health Care Professional – USP DI, 27 th Edition, 2007, Thomson – Micromedex.
5. WINTER, M.E., Basic Clinical Pharmacokinetics, 4 th edition, Linppincott Williams & W ilkins, p 451–455, 2003.
3. características farmacológicas
A vancomicina é um antibiótico glicopeptídeo tricíclico, d erivado de cepas de Amycolatopsis orientalis (anteriormente conhecida como Nocar d ia orientalis ). A vancomicina é cro matograficamente purificada.
A fórmula molecular do cloridrato de vancomicina é C66H75CliN9O24^HCl e o peso molecular é de aproximadamente 1486.
A vancomicina tem baixa absorção pelo trato gastrintestinal. Deve ser administrada por infusão intravenosa para o tratamento de infecções sistêmicas.
A dose usual em um paciente adulto com função renal normal é de 1 g (10 a 15 mg/kg) a cada 12 horas, administrada por infusão intravenosa durante, no mínimo, 60 minutos.
O regime de doses de vancomicina ideal é aquele em que a concentração plasmática de pico (logo após infusão) seja menor que 40 a 50 mcg/mL e a concentração de equilíbrio esteja entre 5 a 15 mcg/mL, já que a concentração inibitória mínima para bactérias suscetíveis é < 5 mcg/mL. Concentrações plasmáticas de pico maiores que 50 mcg/mL foram relacionadas a ototoxicidade.
O volume de distribuição está entre 0,5 e 1 L/kg, sendo 0,7 L/kg o valor mais utilizado em cálculos. A distribuição da vancomicina é complexa, pois ocorre o fenômeno de redistribuição, que dificulta a medição da concentração plasmática de pico e sofre influência de variáveis como, por exemplo, idade do indivíduo.
Após administração intravenosa de vancomicina, são encontradas concentrações inibitórias nos líquidos ple ural, pericárdico, ascítico e sinovial, assim como na urina, no líquido de diálise peritoneal e também nos tecidos que circundam o átrio. A vancomicina n ão penetra prontamente o líquido cérebro-espinhal, a menos que as meninges estejam inflamadas.
A meia-vida plasmática média é de, aproximadamente, 6 horas (faixa de 4 a 11 horas) para pacientes com função renal normal, porém, em paci entes com função renal diminuíd a (oligúria ou anúria), a meia-vida plasmática é de , aproximadamente, 7 dias (faixa de 6 a 10 dias). Portanto, pacientes com função renal normal podem receber uma dos e de vancomicina a cada 8 a 12 horas e pacientes com função renal diminuída devem re ceber uma dose por semana.
A vancomicina é eliminada de 75–90% pela via renal por filtração glomerular, apenas cerca de 5% da dose é metabolizada. Um a pequena parte é eliminada na bile. O clearance da vancomicina é próximo ao clearance da creatinina. A vancomicina é muito pouco eliminada por hemodiálise ou diálise peritoneal, porém, para pacientes que fazem diálise peritoneal ambulatorial contínua, essa perda é significante, sendo necessários acertos de doses, como administrar o medicamento em uma frequência maior (geralmente a cada 3 a 5 dias) do que a realizada em pacientes com doença renal em estágio terminal. O mesmo ocorre em pacientes que fazem hemodiálise de alto fluxo ou de alta eficiência, que remove 17% da vancomicina.
A vancomicina tem ação bactericida sobre microrganismos Gram-positivos. Sua ação resulta, principalment e da inibição da biossíntese da pare de celular, da al teração da permeabilidade da membrana citoplasmática e da síntese do RNA (ácido ribonucléico). Não há resistên cia cruzada entre a vancomicina e outras classes de antibióticos.
A vancomicina tem demonstrado atividad e in vitro e clínic a contra a maioria das cepas dos microrganismos listados abaixo; entretanto, o principal uso é contra cepas de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina.
Difteroides
Enterococos (Enterococcus faecalis )
Estafilococos, incluindo Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis (incluindo cepas heterogêneas resistentes à meticilina)
Streptococcus bovis
Estrepto cocos do grupo viridans
A vancomicina tem demonstrado atividade in vitro contra os seguintes microrganismos, porém sua significância clínica não foi estabelecida: Listeria monocytogenes ; Streptococcus pyogenes ; Streptococcus pneumonia e (incluindo cepas resistentes à penicilina); Streptococcus agalactiae ; Actinomyces spp.; Lactobacillus spp e Bacillus sp.
A vancomicina não é ativa in vitro contra bacilos Gram-negativos, micobactéria ou fungo.
A combinação de vancomicina e um aminoglicosídeo apresenta ação sinér gica in vitro contra muitas cepas de Staphylococcus aureus , estreptococos não enterococos do grupo D, enterococos, S t reptococcus sp. (grupo viridans).
Técnicas de difusão: O método Técni cas de Difusão, padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), é recomendado para testar a suscetibilidade à vancomicina. Os resultados dos testes de suscetibilidade, usando discos de 30 mcg de vancomicina, devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:
Diâmetro do Halo (mm) | Interpretação |
> 12 | Suscetível |
10 a 11 | Intermediário |
< 9 | Resistente |
Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados. Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo dev e ser suscetível se for usada alta dose ou se a infecção estiver con finada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos. Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecio nada.
Cepas-Controle: Procedimentos padronizados pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) requerem o uso de microrganismos de controle laboratorial (cepas ATCC). Os discos de 30 mcg de vancomicina devem produzir os seguintes halos de inibição:
Microrganismo | Diâmetro do Halo (mm) |
Staphylococcus aureus AT CC 25923 | 15 a 19 |
Técnicas de Diluição: U sar o método de diluição (em caldo, ágar ou equivalente) padroniz ado pelo Clinical and Laboratory Standards Institut e (CLSI). Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) obtidos devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:
CIM (mcg/mL) | Interpretação |
< 4 | Suscetível |
5 a 15 | Intermediário |
> 16 | Resistente |
Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados. Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo dev e ser suscetível se for usada alta dose ou se a infecção estiver con finada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos. Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecio nada.
Cepas-Controle: Os procedimentos de diluição requerem também o uso de cepas de controle laboratorial (cepas ATCC). A vancomicina padrão deve dar os seguintes valores de CIM.
Microrganismo | CIM (mcg/mL) |
Staphylococcus aureus AT CC 29213 | 0,5 a 2 |
Enterococcus faecalis ATCC 29212 | 1 a 4 |
4. contraindicações
O clorid rato de vancomic ina é contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade a esse antibiótic o ou a outro glicopeptídeo.
5. advertências e precauções
Reações Relacionadas com a Infusão
A administração intrave nosa rápida (em poucos minutos ) pode provocar uma hipotensão exagerada, incluindo choque e, raramente, parada cardíaca. Para diminuir a chance de reações relacionadas com a infusão rápida, a v ancomicina deve ser administrada em uma solução diluída a concentrações de, no máximo, 5 mg/mL, a uma velocidade de, no máximo, 10 mg/minuto. A infusão deve sempre ser feita em, pelo menos, 60 minutos, mesmo quando doses menores de 500 mg são administradas (ver
Posologia e Modo de Usar). Geralmente, essas reações cessam prontamente ao interromper-se a infusão.
Tem ocorrido ototoxicid ade, transitória ou permanente, em pacientes recebendo vancomicina, sendo relatada na maioria das vezes em pacientes que receberam doses excessivas, que tinham algum problema de perda de audição ou que estavam recebendo terapia concomitante com outro agente ototóxico, tal como um aminoglicosídeo.
Pacientes com insuficiência renal podem apresentar uma elevação da concentração sérica da vancomicina, aumentando o risco de ototoxicidade. Administrar vancomicina com cautela para esses pacientes. Testes periódicos da função aud itiva podem ser úteis para monitor ar o risco de otot oxicidade.
As doses de vancomicina devem ser ajustadas em pacientes com disfunção renal. Para monitorar o risco de nefrotoxicidade em pacientes com insuficiência renal ou que estejam r ecebendo terapia concomitantemente com aminoglicosídeo, deve ser feita uma mon itorização contínua da função renal e cuidados espe ciais devem ser tomados seguindo esquemas de doses apropriadas. (ver
Posologia e Modo de Usar).
Tem sido reportada colite pseudomembranosa com pratica mente todos os antibióticos, incluindo vancomicina, podendo varia r de leve a risco de morte; portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes que desenvolvem diarreia, associada com o uso de agentes antibacterianos. O tratamento com agentes anti bacterianos altera a flora normal do cólon e pode permitir o aumento do crescimento de clostrídeos. Estudos indicam que a toxina produzida pelo C l ostridium difficile é uma causa primária de “colite a ssociada a antibióticos”.
Os casos leves de colite pseudomembranosa respondem normalmente à interrupção do fármaco. Em casos moderados a graves, as medidas devem incluir fluídos, eletrólitos, suplementação proteica e tratamento com um fármaco antibacteriano clinicamente efetivo contra colite por Clostri d ium difficile.
Durante o tratamento, s e ocorrer uma s uperinfecção, devem ser tomadas medidas apropriadas, não descartando a possibilidade de crescimento de microrganismos resistentes.
Foi relatada neutropenia reversível em pacientes que estavam recebendo van comicina (ver
Reações Adversas). Pacientes que vão receber tratamento prolongado com vancomicina ou que estejam recebendo concomitantemente fármacos neutropênicos devem ter uma monitor ização periódica na contagem de leucócitos.
A vancomicina é irritante ao tecido e só deve ser administrada via infusão intravenosa. Se f or administrada via intramuscular ou quando houver extravasamento acidental poderá ocorrer dor, hipers ensibilidade no local e até necrose.
Quando administrada via infusão intravenosa, pode ocorre r dor, hipersensibilidade no local e tromboflebite, cuja frequência e gravidade podem ser minimizadas administrando-se o fármaco em concentrações de, no máximo, 5 mg/mL e velocidade lenta, de, no máximo, 10 mg/minuto, por sistema de rodízio dos locais de infusão, exceto nos casos em que a administração se faça por cateter venoso central. A infusão deve sempre ser feita em, pelo menos, 60 minutos, mesmo quando doses menores de 500 mg são administradas (ver
Posologia e Modo de Usar).
A segurança e eficácia da administração de vancomicina por via intratecal não foram avaliadas.
Relatos têm revelado que a administração de vancomicina por via intraperitoneal, durante a diálise peritoneal contínua em ambulatório, resultou em uma síndrome de peritonite química. Até o momento, esta síndrome tem variado de um dialisado turvo a um dialisado turvo acompanhado por dor abdominal e febre em vários graus. Esta síndrome parece ser de curta duração após a interrupção da vancomicina administrada por via intraperitoneal.
Não foi demonstrado potencial mutagênico da vancomicina em testes padrão de laboratório. Estudos de t eratologia em animais não revelaram evidência de d ano ao feto devido à vancomicina.
Não foram realizados estudos de reprodução animal com a vancomicina.
Em um estudo clínico controlado, os potenciais dos efeitos ototóxicos e nefrotóxicos da vancomicina em crianças foram avaliados quando o fármaco foi administrado por via intravenosa a m ulheres grávidas, portadoras de infecções estafilocócicas graves, complicadas por serem viciadas em drogas de abuso intravenosas. A vancomicina foi encontrada no sangue do cordão umbilical. Não foi observada perda au ditiva neurossensorial ou nefrotoxicidade com a vancomicina. Uma criança, cuja mãe recebeu vancomicina no terceiro trimestre de gravidez, apresentou perda auditiva de condução, não atribuível à administração do produto. Devido ao número de pacientes tratados neste estudo ser limitado e a vancomicina ter sido admini strada somente no segundo e terceiro trimestres de gravidez, não se sabe se a vancomicina causa dano fetal. Devido ao fato dos estudos de reprodução em animais nem se mpre predizerem a resposta em hu mano e ao fato da segurança do uso de vancomicina em mulheres grávidas não ter sido estabelecida, a vancomicina só deve ser administrada a mulhere s grávidas se abs olutamente neces sário.
A vancomicina é excret ada no leite humano. Deve-se ter cuidado quando a vancomicina for administrada a mulheres que estejam amamentando. Deve-se descontinuar o fármaco ou a amam entação, considerando a importânc ia do fármaco para a mãe.
Em recém-nascidos prem aturos e lactentes jovens é recomendável controlar a concentração sérica de vancomicina.
A diminuição natural na filtração glomerular com o aumen to da idade pode levar a uma elevação da concentração sérica da vancomicina. Os esquemas de doses de vancomicina devem ser ajustados de acordo com a função renal nos pacientes idosos (ver
).
6. interações medicamentosas
Fármacos nefrotóxicos e ototóxicos: o uso concomitante da vancomicina com outros agentes nefrotóxi cos e/ou ototóxicos, como colistina, estreptomicina, neomicina, c anamicina, tobr amicina, gentamicina, amicacina, anfotericina B, bacitracina, cisplatina, paramomicina, polimixina B, ciclosporin a, ácido etacrínico, furosemida, bumetanida, capreomicina, estreptozocina, carmustina, ácido acetilsalicílico ou outro salicilato, pode aumentar os riscos de reações tóxicas nos ouvidos e nos rins. Ao utilizar vancomicina concomitantemente com fármacos ototóxicos, pode ocorre r perda auditiva q ue pode progredir para surdez, mesmo com a descontinuação do fármaco, sendo que a perda auditiva pode ser reversível, mas geralmente é permanente. N esses casos, devem-se efetuar determinações audiométricas. Os efeito s da toxicidade auditiva da vancomicina, como ti nitus, tontura ou vertigem, podem ser mascarados por anti-histamínicos, buclizina, ciclizina, meclizina, fenotiazinas, tioxantenos, trimetobenzamida. Quando a utilização de vancomicina e aminoglicosídeo for necessária, atentar para a possibilidade de reações adv ersas devido a interação entre ele s, podendo ser necessária a verificações da função renal, da concentração sérica, ajus tes de dose ou ut ilização de outro s antibióticos. (ver 8
Agentes anestésicos e vecurônio: a utilização de vancomicina com agentes anestésicos (ex.: tiopental, propofol, sulf entanila) e vecurônio pode causar hipotensão e aume ntar a depressão neuromuscular. O uso concomitante de vancomicina e agentes anestésicos tem sido associado com a oco rrência de reações anafilactoides e a um aumento das reações ligadas à infusão (ex.: hipotensão, rubor, eritema, urticária, prurido) (ver 9
O risco de reações adversas relacionadas à infusão pode ser minimizado se a vancomicina for admini strada numa infusão lenta (velocidade de, no máximo, 10 mg/minuto), antes da induç ão da anestesia. A infusão deve s empre ser feita em, pelo menos, 60 minutos, mesmo quando doses me nores de 500 mg são utilizadas (ver 8
Dexametasona: em estudos com animais, verificou-se que a administração de vancomicina e dexametasona causou uma diminuição da penetração da vancomici na no líquido cérebro-espinhal, portanto, ao utiliza r dexametasona c omo adjuvante n o tratamento de meningites bacterianas, recomenda-se que seja administrada antes ou junto à primeira dose de vancomici na.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
O clorid rato de vancomic ina deve ser armazenado em temperatura ambiente entre 15°C e 30° C e protegido da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após reconstituição com água para injetáveis, manter em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C por até 24 horas. (ver 8
Após diluição com cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%, manter em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C por até 24 horas.
(ver 8.
Posologia e Modo de Usar).
Aspecto físico do pó: pó branco a quase branco ou bege a marrom.
Características da solução após reconstituição: solução injetável límpida, incolor, levemente rósea ou levemente amarelada, isenta de partículas visíveis (ver 8.
Características da solução após diluição: solução límpid a, incolor, isenta de partículas visíveis (ver 8.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
8. posologia e modo de usarPosologia
NOTA: as doses são dadas em termos de vancomicina.
A dose intravenosa usual é de 2 g/dia divididos em: 500 mg a cada 6 horas ou 1 g a cada 12 h oras.
Outros fatores tais como idade ou obesidade, podem requerer modificação na dose usual diár ia.
Pacientes com restrição de líquidos: A vancomicina deve ser administrada a uma concentração de, no máximo, 10 mg/mL e a uma velocida de de infusão de, no máximo, 10 mg/minuto.
ATENÇÃO: Concentrações acima de 5 mg/mL aumentam o risco de reações relacionadas com a infusão. Eventos relacionados com a infusão podem, entretanto, ocorrer a qualquer velocidade ou concentração (Ver 9.
Endocardite (profilaxia): Quando pacientes alérgicos à penicilina e que têm doença cardíaca congênita, doença reumática ou outra doença valvular adquirida, são submetidos a procedimentos cirúrgicos do trato gastrintestinal ou geniturinário, a dose usual é de 1 g, administrado durante 2 horas. O término da infusão deve ocorrer 30 min utos antes do início da cirurgia (respeitando-se o tempo de infusão).
Dependendo do risco de infecção, a gentamicina pode ser associada, sendo administrada por via intramuscul ar ou intravenosa, em local diferent e, na dose de 1,5 mg/kg de peso corporal, não ultrapassando 120 mg.
Dose Inicial: 15 mg/kg d e peso corporal.
Dose de Manutenção: ajustar as doses de acordo com o c l earance de creatinina como indicado na Tabela 1.
Tabela 1: Adultos com função renal diminuída — Doses de Manutenção
Clearance de creatinina (mL/min) | Dose |
> 80 | 500 mg a cada 6 horas ou 1 g a cada 12 horas |
50 – 80 | 1 g a cada 1 a 3 dias |
10 – 50 | 1 g a cada 3 a 7 dias |
< 10 | 1 g a cada 7 a 14 dias |
Pacientes funcionalmente anéfricos: a tabela não é válida para tais pacien tes. Para pacientes funcionalmente anéfricos, uma dose inicial de 15 mg/kg deve ser administrada para alcançar prontamente as concentrações séricas terapêuticas. A dose necessária para manter concentrações estáveis é de 1,9 mg/kg/dia.
Em pacientes com diminuição acentuada da função renal, pode ser mais conveniente administrar doses de manutenção de 250 mg a 1 g, uma vez a cada diversos dias, ao invés de doses diárias. Em caso de anúria, tem sido recomendada a dose de 1 g a cada 7 a 10 dias.
Determinação do clearance de creatinina a partir da creatinina sérica: quando se conhece somente a concentração de creatinina sérica*, a seguinte fórmula (baseada no sexo, peso e idade do paciente) pode ser usada para calcular o clearance de creatinina, sendo que o clear a nce de creatinina neste caso é somente estimado (mL/min) e deve se r medido imediatamente assim que possível.
Homem = Peso (kg) x (140 – idade em anos)
72 x Concentração sérica de creatinina (mg/100 mL)
Mulher = 0,85 x o valor acima
A creatinina sérica deve representar um estado de equilíbrio da função re nal. De outra forma, o valor estimado para o clearance de creatinina não é válido. O clearance calculado a partir dessa fórmula, acaba sendo superestimado em pacientes com as seguintes condiçõ es:
(1) caracterizados por diminuição da função renal, tais como choque, insuficiência cardíaca grave ou oligúria;
(2) nos quais está ausente uma relação normal entre massa muscular e peso corporal total, tais como em pacientes obesos ou naqueles com doença hepática, edema ou ascite;
(3) acompanhados por debilitação, má nutrição ou inatividade.
Administrar as mesmas doses de Adultos.
Idosos têm maior chance de apresentar diminuição da função renal e pode ser necessário reduzir as doses (ver Adultos com função renal diminuída ).
Estes pa cientes têm um maior volume de distribuição e a função renal incompletamente desenvolvida, portanto as normas posológicas diferem das recomendadas para crianças maiores de 1 mês de idade e adultos, devendo-se diminuir as doses intravenosas diária s.
Primeira semana de vida: Dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal, seguida de 10 mg/kg de peso corporal a cada 12 horas; cada dose deve ser administrada por um tempo de no mínimo 60 minu tos.
Segunda semana até 1 mês de vida: Dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal, seguida de 10 mg/kg de peso corporal a cada 8 horas.
Crianças acima de 1 mês a 12 anos de idade: A dose int ravenosa usual é de 10 mg/kg de peso corporal a cada 6 horas, ou 20 mg/kg de peso corporal a cada 12 horas.
Crianças com endocardite bacteriana: A dose intraveno sa usual é de 20 mg/kg de peso corporal, administrado durante 1 a 2 horas. O término da infusão deve ocorrer 30 minuto s antes do início da cirurgia (respeitando-se o tempo de infusão de no mínimo 60 minutos).
Monitor ar o paciente, principalmente aqu eles com função renal diminuída e idosos, realizando audiograma, exames de urina, função renal, h emograma, concentração sérica de vancomicina. A concentração sérica de vancomicina pode ser determinada por ensaio microbi ológico, radioimunoensaio, imunoensaio com polarização fluorescente, imunoensaio fluorescente ou cromatografia líqu ida de alta pressão.
Como na terapia com ant ibióticos em geral, o tratamento com cloridrato de vancomicina dev e ser prolongado por, um mínimo, de 48 a 72 horas após abaixar a temperatura do paciente, ou após a constatação da erradicação bacteriana.
– A vancomicina deve ser administrada exclusivamente por Infusão Intravenosa (gota a gota na veia) a uma velocidade de, no máximo, 10 mg/minuto. A infusão deve sempre ser feita em, pelo menos, 60 minutos, mesmo quando soluções mais diluídas ou doses menores de 500 mg são administradas. Diminui-se a possibilidade de tromboflebite usando soluções com concentração de, no máximo, 5 mg/mL e fazendo rotação nos locais de administração (a menos que a administração se faça por cateter venoso central).
– Não administrar por v ia Intramuscular (pode haver necrose dos tecidos) e nem por via Intravenosa Direta (ver 5.
Advertências e Precauções).
– Frequentemente os hospitais reconstituem produtos inj etáveis utilizando agulhas 40×12, que aumentam a incidência de pequenos fragmentos de rolha sere m levados para dentro do frasco durante o procedi mento. Agulhas 3 0×8 ou 25×8, em bora dificultem o processo de reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos.
Deve-se , no entanto, sem pre inspecionar visualmente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas.
– O produto preparado em capela de fluxo unidirecional (laminar) validado pode ser armazenado pelos tempos descritos a seguir. Para produtos preparados fora desta condição, recomenda-se o uso imediato.
Diluente: Água para injetáveis. Volume: 10 mL.
Após reconstituição, o produto tem volume final de, aproximadamente, 10,2 mL e concentração de, aproximadamente, 49 mg/mL.
Aparência da solução reconstituída: solução límpida, inc olor, levemente rósea ou levemen te amarelada, isenta de partículas visíveis.
Estabilidade após reconstituição: Temperatura ambiente entre 15°C e 30°C: 24 horas.
Diluente: cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%. Volume: 2 00 mL.
Após diluição, o produto tem concentração de, aproximadamente, 2,4 mg/mL.
Aparência da solução diluída: solução lí mpida, incolor, isenta de partículas visíveis.
Estabilidade após a diluição com cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%: Temperatura ambiente entre 15°C e 30°C: 24 horas.
Tempo de infusão: 1 hora. Não ultrapassar 10 mg/minuto.
1. Encaixar uma agulha de injeção de no máximo 0,8 mm de calibre;
2. Encher a seringa com o diluente apropriado;
3. Segurar a seringa verticalmente à borracha;
4. Perfurar a tampa dentro da área marcada, deixando o frasco-ampola firmemente n a posição vertical;
5. É recomendado não perfurar mais de 4 vezes a á rea demarcada (ISO 7864).
Veja abaixo o procedime nto:
Após a reconstituição, o profissional deverá inspecionar, cuidadosamente, antes de sua utilização, verificar se a solução no interior do frasco-ampola está fluida e livre de fragmentos ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a seg urança do medicamento. O profissional não deverá utilizar o produto ao verificar qualquer alteração que possa prejudicar o paciente.
Entretanto, como regra geral, a solução deve ser usada imediatamente após a preparação, pois a estabilidade microbiológica d epende das técnicas assépticas de manuseio do medicamento. Para evitar problemas de contaminação, deve-se tomar cuidado durante a reconstituição para assegurar assepsia.
O clorid rato de vancomic ina, é um pó para solução injetável preparado na planta farmoquímica e envasado diretamente.
A solução de vancomici na tem um pH baixo e pode provocar instabilidade química ou física quando misturada com outros compostos (especia lmente com soluções alcalinas).
A vancomicina tem demonstrado incompatibilidade com: albumina humana, aminofilina, anfotericina B (complexo com colesteril sulfato), aztreonam, biv alirudina, cefazolina, cefotaxima, cefotetano, cefoxitina, ceftazidima, ceftriaxona, cefuroxima, cloranfenicol (succinato sódico), dimenidrinato, fusidato sódico, foscarnet, heparina sódica, idarrubic ina, metotrexato sódico, nafcilina sódica, omeprazol, pantoprazol sódico, piperacilina + tazobactam, propofol, sargramostim, ticarcilina + clavulanato de potássio e varfarina.
A vancomicina não deve ser misturada com outros medicamentos.
Se clinicamente necessária a utilização concomitante de um desses fármacos e vancomicina, eles devem ser ad ministrados separadamente (não misturá-los no mesmo frasco ou na mesma bolsa). Se estiver utilizando a técnica em Y, suspender temporariamente a administração de um m edicamento enquanto se administra o outro.
9. reações adversas
Reações relacionadas com a infusão: q uando administrada via infusão in travenosa, podem ocorrer dor, hipersensibilidade no local e tromboflebite. Durante ou logo após uma infusão rápida de vancomicina, os pacientes podem desenvolver reações anafilactoides, incluindo hipotensão, chiado, dispneia, urticária ou prurido, choque e parada cardíaca. Em uma infusão rápida, há liberação de histamina, situação que pode causar a Síndrome do Homem Vermelho, caracterizada por arrepios ou febre, desmaio, aceleração dos batimentos cardíacos, quedas de pressão, coceira na pele, náusea ou vômito, erupção e vermelhidão na parte superior do corpo. Essas reações são comuns quando a administração é rápida (velocidade de infusão superior a 10 mg/minuto) e geralmente desaparecem dentro de 20 minutos após término da infusão, mas podem persistir por várias horas. As reações relacionadas com a infusão são raras se a vancomicina for administrada correta mente: diluída a concentrações de, no máximo, 5 mg/mL e infundidas na velocidade de até 10 mg/ minuto. A infusão deve sempre ser feita em, pelo menos, 60 minutos, mesmo quando doses menores de 500 mg são administradas.
Nefrotoxicidade: raram ente foram relatados danos renais, manifestados principalmente por aumento nas concentrações de creatinina sérica ou do nitrogênio ureico sanguíneo em pacientes que receberam altas doses de vancomicina. Foram relatados raros casos de nefrite intersticial. A maioria desses relatos ocorreu em pacientes que receberam aminoglicosídeos concomitantemente ou que tinham disfunção renal pré-existente. Quan do a vancomicina foi interrompida, a uremia desapareceu na maioria dos pacientes.
Gastrintestinais: pode ocorrer colite pseudomembranosa durante ou após o tratamento com vancomicina (ver 5.
Ototoxicidade: foram re latados diversos casos de perda de audição relacionada com o uso de vancomicina. A maioria desses pacientes tinha disfunção renal, perda de audição pré-existente ou estava em tratamento concomitante com outros fárm acos ototóxicos. Vertigem, tontura e tinitus foram re latados raramente.
Hematopoiese: têm sido reportados alguns casos de neutropenia reversível, geralmente começando uma semana ou mais após o início da terapia com vancomicina ou após uma dose total maior que 25 gramas. A neutropenia parece ser prontamente reversível quando a vancomicina é interrompida. Trombocitopenia foi relatada raramente. Apesar de não ter sido estabelecida uma relação causal, agranulocitose reversível (granulócitos menor que 500/mm3) tem sido relatada raramente.
Pele e anexos: raramente foram observados casos de erup ções cutâneas (incluindo dermatit e esfoliativa), reações de hipersensibilidade, prurido, síndrome de Stevens-Johnson, ne crólise epidérmic a tóxica, urticária e vasculite.
Sistema imune: pode ocorrer erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS).
Outras: raramente foram relatados febre medicamentosa, náusea e calafrios. Foi relatada peritonite química após administração intraperitoneal de vancomicina (ver 5.
ATENÇÃO: suspeitar d e ototoxicidade, nefrotoxicidade ou colite pseudomembranosa se, após a descontinuaç ão da vancomici na, ocorrer dor e cólicas abdominais graves, dor ou sensibilidade abdominal, mudança na frequência e q uantidade de urin a, diarreia aquosa ou grave (podendo ser sanguinolenta), dificuldade para respirar, sonolência, febre, sede excessiva, perda do apetite, per da auditiva, náusea, vômito, zumbido ou barulho nos ouvidos e fraquez a.
10. superdose
10. superdoseUma dose excessiva de v ancomicina pode resultar em oligúria ou falência da função renal.
São necessários cuidados gerais de suporte com monitorização para eletró litos, fluídos, função auditiva, he matológica (principalmente plaqueta s e contagem de glóbulos brancos), função renal e vestibular.
A vancomicina é muito pouco removida do sangue por diá lise. A hemofiltração e hemoperfusão com resina polissulfônica têm resultado no aumento do clearance da vancomicina.
Ao se defrontar com um caso de superdosagem, considerar a possibilidade d e envolvimento de múltiplos fármacos, interação de fármacos e eventual cinética inusitada do fármaco no paciente.
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