Bula do profissional da saúde - CISAUNI UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
Solução injetável 2 mg/mL
CISAUNI
União Química farmacêutica nacional S/A
besilato de cisatracúrio
Solução injetável
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
Solução injetável 2 mg/mL: embalagens contendo 5 ou 50 ampolas de 5 mL ou 10 mL
Cada mL de solução injetável de 2 mg/mL contém: cisatracúrio..................................................................................................................2 mg*
Excipientes: ácido benzenossulfônico e água para injetáveis.
*equivalente a 2,68 mg de besilato de cisatracúrio
CISAUNI injetável é um bloqueador neuromuscular não-despolarizante de duração intermediária, para administração intravenosa.
CISAUNI injetável é indicado para ser utilizado durante procedimentos cirúrgicos e outros procedimentos, e na terapia intensiva e utilizado em associação à anestesia ou na sedação em Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) para relaxamento da musculatura esquelética e para facilitar a intubação orotraqueal e a ventilação mecânica. CISAUNI injetável não contém conservantes antimicrobianos e é produzido com o intuito de uso em um único paciente.
2.
2.Cisatracúrio demonstrou eficácia em causar relaxamento muscular em pacientes graves1. Estudo realizado em crianças de 0 a 2 anos de idade demonstraram eficácia e segurança de cisatracúrio2. Estudo realizado em crianças demonstrou recuperação da função muscular mais rápida que outros agentes3.
1. Newman P J et al, Crit Care Med, 1997 vol 25, no 7: 1139–42
2. Odetola FO et al, Pediatr Crit Care Med, 2002 Vol 03 No 03, 250–4
3. Burmester M et al, Intensive Care Med, 2005, 31: 686–692
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
O cisatracúrio é um relaxante da musculatura esquelética benzilisoquinolínio, não despolarizante e de duração intermediária. Estudos clínicos realizados em homens indicaram que CISAUNI não está associado à liberação dose-dependente de histamina, mesmo em doses de até (ou igual a) oito vezes a DE95 (dose necessária para produzir a depressão de 95% da resposta contrátil do músculo adutor do polegar à estimulação do nervo ulnar).
O cisatracúrio se liga aos receptores colinérgicos na placa motora terminal, antagonizando a ação da acetilcolina e resultando em bloqueio competitivo da transmissão neuromuscular. Essa ação é prontamente revertida pelo uso de inibidores da acetilcolinesterase, como neostigmina ou edrofônio. A DE95 (dose necessária para produzir uma depressão de 95% da resposta contrátil do músculo adutor do polegar à estimulação do nervo ulnar) do cisatracúrio foi estimada em 0,05 mg/kg de peso corpóreo, durante anestesia com opioides (tiopental/fentanil/midazolam). A DE95 de CISAUNI em crianças durante anestesia por halotano é de 0,04 mg/kg.
A farmacocinética não-compartimental do CISAUNI não se mostrou dose-dependente na faixa estudada (0,1 a 0,2 mg/kg, ou duas a quatro vezes a DE95). Os estudos populacionais confirmam e ampliam esses dados para doses de até 0,4 mg/kg (oito vezes a DE95).
Após a administração de doses de 0,1 e 0,2 mg/kg de CISAUNI a pacientes cirúrgicos adultos sadios, o volume de distribuição no estado estacionário foi de 121 a 161 mL/kg.
O cisatracúrio é degradado em pH e temperatura fisiológicos, pela eliminação de Hofmann (um processo químico), ao laudanosina e a um metabólito acrilato monoquaternário. O acrilato monoquaternário é hidrolisado por esterases plasmáticas não-específicas a um álcool monoquaternário. Esses metabólitos não possuem atividade bloqueadora neuromuscular.
A eliminação do cisatracúrio é amplamente órgão-independente, mas o fígado e os rins são as principais vias de eliminação de seus metabólitos.
Injeção IV em bolus
Os parâmetros farmacocinéticos após doses de 0,1 e 0,2 mg/kg de CISAUNI administradas a pacientes cirúrgicos adultos e sadios estão resumidos na tabela abaixo:
Parâmetro | Variação de valores médios |
Clearance | 4,7 a 5,7 mL/min/kg |
Meia-vida de eliminação | 22 a 29 min |
A farmacocinética do cisatracúrio após infusão de CISAUNI foi similar à farmacocinética após injeção única em bolus. A farmacocinética foi estudada em pacientes cirúrgicos adultos e sadios que receberam dose inicial em bolus de 0,1 mg/kg, seguida de infusão de manutenção de CISAUNI para manter supressão de 89 a 99% de T1. O clearance médio do cisatracúrio foi de 6,9 mL/kg/min, e a meia-vida de eliminação, de 28 minutos. O perfil de recuperação após infusão de CISAUNI independe da duração da infusão e é similar ao perfil após injeções únicas em bolus.
Não há diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do cisatracúrio, bem como no perfil de recuperação, entre pacientes idosos e pacientes adultos jovens. Em um estudo comparativo, o clearance plasmático não foi afetado pela idade. Pequenas diferenças no volume de distribuição (+17%) e meia vida (+4%) não afetaram o perfil de recuperação (ver Posologia).
Não há diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do cisatracúrio entre pacientes com insuficiência renal terminal e pacientes adultos sadios. Em um estudo comparativo, não houve diferenças estatisticamente significativas ou clinicamente relevantes nos parâmetros farmacocinéticos do CISAUNI. O perfil de recuperação do CISAUNI permaneceu inalterado nesse grupo de pacientes (ver Posologia).
Não há diferenças clinicamente significativas na farmacocinética do cisatracúrio entre pacientes com insuficiência hepática terminal e pacientes adultos sadios. Em um estudo comparativo entre pacientes submetidos a transplante de fígado e adultos saudáveis, houve pequenas diferenças no volume de distribuição (+21%) e no clearance (+16%), mas que não afetaram a meia vida de eliminação do cisatracúrio. O perfil de recuperação permaneceu inalterado (ver Posologia).
A farmacocinética do cisatracúrio em pacientes em UTI, recebendo infusões prolongadas, é similar à de pacientes cirúrgicos adultos sadios, recebendo infusões ou injeções únicas em bolus. O clearance médio do cisatracúrio foi de 7,5 mL/kg/min, e a meia vida de eliminação, de 27 minutos. O perfil de recuperação após infusões de CISAUNI nesses pacientes independe da duração da infusão. As concentrações dos metabólitos foram mais altas em pacientes em UTI com função renal e/ou hepática alterada (ver Advertências e precauções). Esses metabólitos não contribuem para o bloqueio neuromuscular.
4. contraindicações
CISAUNI injetável é contraindicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade ao cisatracúrio, atracúrio ou ácido benzenossulfônico.
5. advertências e precauções
5. advertências e precauçõesCISAUNI paralisa a musculatura respiratória, assim como outros músculos esqueléticos, mas não tem efeito conhecido na consciência ou no limiar de dor. CISAUNI injetável deve ser administrado somente por ou sob a supervisão de um anestesista ou médicos de outra especialidade familiarizados com o uso e a ação de agentes bloqueadores neuromusculares. Devem estar à disposição equipamentos para intubação orotraqueal, manutenção da ventilação pulmonar e oxigenação arterial adequada. Deve-se ter cuidado ao se administrar CISAUNI a pacientes que apresentaram hipersensibilidade a outros bloqueadores neuromusculares, pois foram reportadas altas taxas de sensibilidade cruzada (superior a 50%) entre agentes bloqueadores neuromusculares (ver Contraindicações).
CISAUNI não apresenta propriedades vagolíticas ou de bloqueio ganglionar. Como consequência, CISAUNI não exerce efeito significativo sobre a frequência cardíaca e não irá compensar a bradicardia produzida por vários agentes anestésicos ou pela estimulação vagal durante a cirurgia. Pacientes com miastenia gravis e outras doenças neuromusculares apresentaram grande aumento da sensibilidade a agentes bloqueadores não-despolarizantes. Uma dose inicial de não mais do que 0,02 mg/kg de CISAUNI é recomendada para esses pacientes.
Graves alterações ácido-base e/ou hidroeletrolíticas podem aumentar ou diminuir a sensibilidade dos pacientes aos bloqueadores neuromusculares.
CISAUNI não foi estudado em pacientes com histórico de hipertermia maligna. Estudos realizados em porcos suscetíveis à hipertermia maligna indicaram que CISAUNI não induz essa síndrome.
CISAUNI não foi estudado em pacientes queimados. Entretanto, como acontece com outros bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes, deve-se obrigatoriamente considerar a possível necessidade de aumento da dose e a redução da duração da ação quando CISAUNI for administrado a esses pacientes.
CISAUNI injetável é hipotônico e não deve ser administrado na mesma linha de infusão de transfusão de sangue.
Quando administrado a animais de laboratório em altas doses, a laudanosina, um metabólito do cisatracúrio e do atracúrio, foi associada à hipotensão transitória e, em algumas espécies, a efeitos cerebrais excitatórios.
Devido à menor necessidade de infusão de CISAUNI, as concentrações plasmáticas de laudanosina correspondem, aproximadamente, a um terço (1/3) daquelas encontradas após a infusão do atracúrio.
Houve raros relatos de convulsões em pacientes em UTI que receberam atracúrio e outros agentes. Esses pacientes geralmente apresentavam uma ou mais condições clínicas que predispõem a convulsões (por exemplo, traumatismo craniano, encefalopatia hipóxica, edema cerebral, encefalite viral, uremia).
Não foi estabelecida relação causal com a laudanosina.
O risco mutagênico para pacientes submetidos a relaxamento muscular com CISAUNI é considerado insignificante. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade.
Estas precauções não são relevantes em relação a CISAUNI.
CISAUNI será sempre usado em combinação com o anestésico geral e, consequentemente, precauções usuais relativas à realização de tarefas após anestesia geral são aplicadas.
Estudos de fertilidade não foram conduzidos.
Estudos em animais indicaram que o cisatracúrio não exerce efeitos adversos sobre o desenvolvimento fetal.
CISAUNI somente deve ser administrado durante a gravidez se o benefício para a mãe for maior do que qualquer possível risco para o feto. Não se sabe se o cisatracúrio ou seus metabólitos são excretados no leite materno.
Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
6. interações medicamentosas
6. interações medicamentosasMuitas drogas mostraram ter influência sobre a magnitude e/ou duração da ação de agentes bloqueadores neuromusculares não- despolarizantes, incluindo:
– agentes voláteis, como enflurano, isoflurano e halotano;
– cetamina;
– outros agentes bloqueadores neuromuscularesnão-despolarizantes.
– antibióticos, incluindo aminoglicosídeos, polimixinas, espectinomicina, tetraciclinas, lincomicina e clindamicina;
– antiarrítmicos, incluindo propranolol, bloqueadores de canal de cálcio, lidocaína, procainamida e quinidina;
– diuréticos, incluindo furosemida e, possivelmente, tiazidas, manitol e acetazolamida;
– sais de magnésio;
– sais de lítio;
– drogas bloqueadoras ganglionares: trimetafano e hexametônio.
Em casos raros, determinadas drogas podem agravar ou revelar miastenia gravis latente ou induzir uma síndrome miastênica, resultando em aumento da sensibilidade a agentes bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes. Estas drogas incluem vários antibióticos, betabloqueadores (propranolol, oxprenolol), antiarrítmicos (procainamida, quinidina), drogas antirreumáticas (cloroquina, D-penicilamina), trimetafano, clorpromazina, esteroides, fenitoína e lítio.
A administração de suxametônio para prolongar os efeitos de agentes bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes podem resultar em um prolongado e complexo bloqueio, o qual pode ser de difícil reversão com anticolinesterásicos.
– administração crônica prévia de fenitoína ou carbamazepina;
– tratamentos com agentes anticolinesterase comumente usados no tratamento da doença de Alzheimer (por exemplo, donepezil) podem reduzir a duração e diminuir a taxa do bloqueio neuromuscular com cisatracúrio.
– A administração prévia de suxametônio não tem nenhum efeito sobre a duração do bloqueio neuromuscular, após a administração de doses em bolus de cisatracúrio injetável ou nos requisitos da taxa de infusão.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Manter o produto na embalagem original, sob refrigeração (temperatura entre 2°C e 8°C) e protegido da luz. Não congelar.
CISAUNI quando diluído, é física e quimicamente estável por até 24 horas, quando armazenado entre 5°C e 25°C.
CISAUNI tem prazo de validadede 06 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo, manter entre 5°C e 25 °C por até 24 horas.
Aspectos físicos
Solução variando de incolor a amarelo pálido ou amarelo esverdeado, límpida, translúcida e praticamente livre de partículas suspensas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
A dose inicial de CISAUNI injetável recomendada para crianças com idade entre 2 e 12 anos é de 0,1 mg/kg, administrada em cinco a 10 segundos. A tabela seguinte resume os dados farmacodinâmicos médios obtidos durante anestesia por opioides. A dose de 0,1 mg/kg apresenta início de ação mais rápido, duração clinicamente eficaz mais curta e perfil mais rápido de recuperação espontânea do que em adultos sob condições anestésicas semelhantes.
Dose inicial de CISAUNI injetável (mg/kg) | Anestésico utilizado | Tempo para supressão de 90% (min) | Tempo para supressão máxima (min) | Tempo para recuperação de 25% espontânea (min) |
0,1 | opioides | 1,7 | 2,8 | 28 |
0.08 | halotano | 1,7 | 2,5 | 31 |
Baseando-se nos dados acima, é esperado que o halotano potencialize o efeito bloqueador neuromuscular do CISAUNI em aproximadamente 20%. Não há informação disponível do uso de CISAUNI em crianças durante anestesia por isoflurano ou enflurano, mas pode-se esperar que estes agentes também prolonguem a duração clinicamente eficaz de uma dose de CISAUNI em aproximadamente 15% a 20%.
Intubação orotraqueal: apesar de a intubação orotraqueal não ter sido especificamente estudada nesse grupo etário, o início de ação é mais rápido do que em adultos e, portanto, a intubação também deve ser possível em dois minutos após a administração.
Manutenção: o bloqueio neuromuscular pode ser prolongado com doses de manutenção de CISAUNI injetável. Em pacientes de 2 a 12 anos de idade, uma dose de 0,02 mg/kg proporciona aproximadamente nove minutos de bloqueio neuromuscular clinicamente eficaz adicional durante anestesia por halotano. Doses de manutenção consecutivas não resultam em prolongamento progressivo do efeito.
Não há dados suficientes para se descrever recomendação específica para a dosagem de manutenção em pacientes pediátricos de 2 a 12 anos de idade durante anestesia com opioides. Entretanto, dados muito limitados, obtidos de estudos clínicos em pacientes pediátricos menores de 2 anos de idade, sugerem que a dose de manutenção de 0,03 mg/kg pode prolongar o bloqueio neuromuscular clinicamente efetivo por um período de até 25 minutos, durante anestesia com opioides.
Recuperação espontânea : a taxa de recuperação do bloqueio neuromuscular é independente da dose de CISAUNI Injetável administrada. Durante anestesia por opioides ou halotano, os tempos médios de 25% a 75% e de 5% a 95% de recuperação são de aproximadamente 11 e 28 minutos, respectivamente.
Reversão: o bloqueio neuromuscular após a administração de CISAUNI Injetável pode ser revertido prontamente com doses padrão de inibidores da acetilcolinesterase. Os tempos médios para 25% a 75% de recuperação e para recuperação clínica completa (relação T4:T1 > 0,7) são de, aproximadamente, dois e cinco minutos, respectivamente, após a administração do agente reversor a uma média de 13% da recuperação de T1.
Dosagem em adultos e crianças com idade entre 2 e 12 anos: a manutenção do bloqueio neuromuscular pode ser alcançada por infusão de CISAUNI injetável. Uma velocidade de infusão inicial de 3 ig/kg/min (0,18 mg/kg/h) é recomendada para restaurar 89% a 99% de supressão T1 após evidências de recuperação espontânea. Após um período inicial de estabilização do bloqueio neuromuscular, uma velocidade de 1 a 2 ig/kg/min (0,06 a 0,12 mg/kg/h) deve ser adequada para manter o bloqueio nessa faixa etária na maioria dos pacientes.
A redução da velocidade de infusão em aproximadamente 40% pode ser necessária quando CISAUNI injetável é administrado durante anestesia por isoflurano ou enflurano. A velocidade de infusão depende da concentração de cisatracúrio na solução de infusão, do grau de bloqueio neuromuscular desejado e do peso do paciente. A tabela seguinte fornece diretrizes para a administração de CISAUNI injetável não-diluído.
Velocidade de infusão de CISAUNI injetável 2 mg/mL
Peso do paciente (kg) | Dose ( ig/kg/min) | Velocidade de infusão | |||
1,0 | 1,5 | 2,0 | 3,0 | ||
20 | 0,6 | 0,9 | 1,2 | 1,8 | mL/h |
70 | 2,1 | 3,2 | 4,2 | 6,3 | mL/h |
100 | 3,0 | 4,5 | 6,0 | 9,0 | mL/h |
A infusão contínua de velocidade constante de CISAUNI injetável não está associada a aumento ou redução progressiva do efeito bloqueador neuromuscular. Após a descontinuação da infusão de CISAUNI injetável, a recuperação espontânea do bloqueio neuromuscular ocorre numa velocidade comparável à da administração em bolus único.
Dosagem em idosos: não há necessidade de ajustes de dose para pacientes idosos. Neles, CISAUNI tem perfil farmacodinâmico similar ao observado em pacientes adultos jovens, mas, como acontece com outros bloqueadores neuromusculares, o produto pode ter início de ação um pouco mais lento.
Dosagem para pacientes com insuficiência renal: não há necessidade de ajustes de dose para pacientes com insuficiência renal. Nesses pacientes, CISAUNI tem perfil farmacodinâmico similar ao observado em pacientes com função renal normal, mas o produto pode ter início de ação um pouco mais lento.
Dosagem para pacientes com insuficiência hepática: não há necessidade de ajustes de dose para pacientes com doença hepática em estágio terminal. Nesses pacientes, CISAUNI tem perfil farmacodinâmico similar ao observado em pacientes com função hepática normal, mas o produto pode ter início de ação um pouco mais rápido.
Dosagem para pacientes com doença cardiovascular: CISAUNI pode ser usado eficazmente para fornecer bloqueio neuromuscular em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Quando administrado por injeção rápida em bolus (ao longo de cinco a 10 segundos) a pacientes adultos com doença cardiovascular grave, CISAUNI não foi associado a efeitos cardiovasculares clinicamente significativos em nenhuma das doses estudadas (> 0,4 mg/kg ou oito vezes DE95). O uso de CISAUNI não foi estudado em crianças submetidas à cirurgia cardíaca.
Dosagem para pacientes de unidades de terapia intensiva: CISAUNI pode ser administrado por bolus e/ou infusão a pacientes adultos em unidade de terapia intensiva. Uma taxa de infusão inicial de 3 ig/kg/min (0,18 mg/kg/h) é recomendada para pacientes adultos em UTIs. Pode haver variação interpacientes ampla na necessidade de dosagem, que pode aumentar ou diminuir com o tempo. Em estudos clínicos, a velocidade de infusão média foi de 3 ig/kg/min [faixa de 0,5 a 10,2 jig/kg/min (0,03 a 0,6 mg/kg/h)].
O tempo médio para recuperação espontânea completa, após infusão de longo prazo (até seis dias) de CISAUNI Injetável em pacientes em UTIs, foi de aproximadamente 50 minutos.
Velocidade de infusão de CISAUNI injetável 5 mg/mL
Peso do paciente (kg) | Dose (Lig/kg/min) | Velocidade de infusão | |||
1,0 | 1,5 | 2,0 | 3,0 | ||
70 | 0,8 | 1,2 | 1,7 | 2,5 | mL/h |
100 | 1,2 | 1,8 | 2,4 | 3,6 | mL/h |
O perfil de recuperação após infusões de CISAUNI injetável a pacientes de UTIs é independente da duração da infusão.
Dosagem em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca hipotérmica : não foram realizados estudos com CISAUNI injetável em pacientes submetidos à cirurgia com hipotermia induzida (25 a 28°C). Como acontece com outros bloqueadores neuromusculares, é esperado que a velocidade de infusão necessária para manter um relaxamento cirúrgico adequado nessas condições seja reduzida significativamente.
9. reações adversas
9. reações adversasOs dados relacionados a seguir baseiam-se nos estudos clínicos internos e foram utilizados na determinação da frequência dos eventos adversos. Para a classificação da frequência das reações adversas, a seguinte convenção tem sido aplicada: muito comum (> 1/10), comum (> 1/100 e < 1/10), incomum (> 1/1.000 e < 1/100), rara (> 1/10.000 e < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000).
Reações comuns (>1/100 e <1/10): bradicardia, hipotensão
Reações incomuns (>1/1.000 e < 1/100): rubor cutâneo, broncoespasmos, rash cutâneo
Dados pós-comercialização
Reações muito raras (<1/10.000):
– reação anafilática. Reações anafiláticas com grau variável de gravidade foram observadas após a administração de agentes bloqueadores neuromusculares. Muito raramente foram relatadas reações anafiláticas graves em pacientes que receberam CISAUNI em associação a um ou mais agentes anestésicos.
– miopatia, fraqueza muscular. Ocorreram alguns relatos de fraqueza muscular e/ou miopatia após uso prolongado de relaxantes musculares em pacientes gravemente doentes em UTI. A maioria dos pacientes estava recebendo corticosteroides concomitantemente. Esses eventos foram relatados pouco frequentemente associados ao uso de CISAUNI e não possuem relação causal estabelecida.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseSintomas e sinais: paralisia muscular prolongada e suas consequências são os principais sinais esperados após superdose de CISAUNI.
Tratamento: é essencial manter a ventilação pulmonar e a oxigenação arterial até a recuperação da respiração espontânea adequada. Será necessária sedação completa, já que o nível de consciência não é afetado por CISAUNI. A recuperação pode ser acelerada pela administração de inibidores da acetilcolinesterase a partir do momento em que houver evidência de recuperação espontânea.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Registro MS – 1.0497.1465
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