Bula do profissional da saúde - BOTULIFT LABORATÓRIO QUÍMICO FARMACÊUTICO BERGAMO LTDA
APRESENTAÇÕES
Pó liofilizado 50 U em embalagens com 1 frasco-ampola
Pó liofilizado 100 U em embalagens com 1 frasco-ampola
Pó liofilizado 150 U em embalagens com 1 frasco-ampola Pó liofilizado 200 U em embalagens com 1 frasco-ampola
Cada frasco-ampola contém:
50 U | 100 U | 150 U | 200 U | |
toxina botulínica A............................................................................................ | 50 U* | 100 U* | 150 U* | 200 U* |
excipientes: albumina humana sérica, cloreto de sódio e água para injetáveis.................................................... | q.s. | q.s. | q.s. | q.s. |
*Uma Unidade (U) de BOTULIFT corresponde à dose letal intraperitoneal média (DL50) calculada em ratos.
A toxina botulínica é indicada para os seguintes tratamentos:
1. Blefaroespasmo em pacientes acima de 18 anos ou mais.
2. Deformidade do pé equino devido à contratura muscular em pacientes pediátricos com paralisia cerebral, em pacientes acima de 2 anos ou mais.
3. Espasmo hemifacial em pacientes adultos acima de 20 anos e abaixo de 65 anos.
4. Linhas faciais hipercinéticas, em pacientes adultos acima de 20 anos e abaixo de 65 anos.
5. Espasticidade após acidente vascular cerebral em pacientes acima de 20 anos ou mais.
6. Da distonia cervical em adultos.
2. resultados de eficácia
Blefaroespasmo – Um estudo comparativo, duplo-cego e randomizado entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para comprovar a eficácia de BOTULIFT. A melhora na gravidade do espasmo observada após quatro semanas no grupo que fazia uso de BOTULIFT foi de 90,3% enquanto o grupo controle apresentou uma melhora de 86,2%.
Espasmo hemifacial – Um estudo comparativo, duplo-cego e randomizado entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para comprovar a eficácia de BOTULIFT. A melhora no alívio dos sintomas após quatro semanas foi de 95,29% no grupo tratado com BOTULIFT enquanto ogrupo controle apresentou uma melhora no alívio dos sintomas em 92,05%.
Espasticidade – Um estudo comparativo, duplo-cego e randomizado entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para comprovar a segurança e eficácia de BOTULIFT no tratamento da espasticidade na deformidade do pé equino em pacientes pediátricos (2–10 anos de idade) com paralisia cerebral. A taxa de respondedores -aqueles que apresentaram aumento de 2 pontos ou mais no escore da avaliação da marcha PRS (Physician’s Rating Scale ) com relação ao valor basal na 12a semana – foi de 55,77% para os pacientes tratados com BOTULIFT e 54,72% para os pacientes do grupo controle.
Linhas faciais hipercinéticas (linhas glabelares) – Um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado e comparativo entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo controle), envolvendo 299 pacientes foi realizado para comprovar a eficácia e a segurança do BOTULIFT. O desfecho primário de eficácia foi avaliado em pacientes com a linha glabelar contraída. Em quatro semanas, a melhora na intensidade das linhas glabelares foi de 93,75% no grupo testado com BOTULIFT e 94,56% no grupo controle. Desta forma, não há uma diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. De acordo com a avaliação dos pacientes, amelhora na intensidade da linha glabelar em quatro semanas foi de 85,42% no grupo testado com BOTULIFT e 89,90% no grupo controle. Um estudo clínico randomizado, paralelo, prospectivo, duplo cego e comparativo entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para avaliar a redução de linhas faciais hipercinéticas (região frontal, periocular e glabelar). Os dois grupos, BOTULIFT e grupo controle, mostraram-se homogêneos quanto às variáveis basais e os resultados obtidos indicam que o medicamento BOTULIFT é seguro e não inferior ao grupo controle, na melhora de linhas faciais hipercinéticas.
Espasticidade após acidente vascular cerebral – Estudo comparativo, duplo-cego, multicêntrico e randomizado entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para comprovar a segurança e eficácia de BOTULIFT no tratamento da espasticidade após acidente vascular cerebral. Indivíduos com espasticidade após acidente vascular cerebral (> 20 anos de idade) foram tratados com BOTULIFT e grupo controle e acompanhados por até 12 semanas. A análise dos resultados de eficácia revelou redução de 1,39 ± 0,79 pontos na Escala Modificada Ashworth (MAS) para o tônus do músculo flexor do pulso tratado com BOTULIFT e em 1,56 ± 0,81 pontos no grupo controle. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, com diferença de 0,17. Concluindo, todos os endpoints de eficácia e segurança foram avaliados e comparados entre os grupos de estudo e controle. A eficácia não inferior da droga em estudo foi demonstrada
e o perfil de segurança similar foi demonstrado em ambos os grupos. Com estes resultados, este estudo confirmou que BOTULIFT é uma opção eficaz e segura de tratamento para pacientes que apresentam espasticidade após acidente vascular cerebral.
Distonia cervical – Um estudo clínico prospectivo, randomizado, multicêntrico, duplo cego e comparativo entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para comprovar a segurança e eficácia no tratamento da Distonia Cervical. Indivíduos adultos com distonia cervical foram tratados com BOTULIFT e grupo controle e acompanhados por até 12 semanas. Dois estudos clínicos envolvendo pacientes com distonia cervical, a dose média total para 108 pacientes recebendo BOTULIFT foi de 167,5 Unidades, e a dose para cada músculo (local da injeção) está apresentada abaixo.
Músculo (local da injeção) | Número de pacientes | Dose exposta no estudo clínico (unidade) | ||
Mediana | Média ± DP | 25~75 % | ||
Estemocleidomastóideo | 94 | 40 | 47,63±23,45 | 30~70 |
Longuíssimo | 11 | 30 | 29,27±20,66 | 30~40 |
Esplênio do pescoço | 22 | 50 | 53,02±22,59 | 50~65 |
Elevador da escápula | 41 | 30 | 36,62±23,56 | 30~40 |
Escaleno | 19 | 20 | 25,79±16,85 | 20~30 |
Esplênio da cabeça | 102 | 60 | 63,63±29,63 | 60~75 |
Trapézio | 53 | 25 | 33,42±22,10 | 25~50 |
Semiespinal da cabeça | 41 | 40 | 44,39±26,49 | 40~50 |
Concluindo, todos os endpoints de eficácia e segurança foram avaliados e comparados entre os grupos de estudo e controle. A análise dos resultados de eficácia revelou redução de 0,66 pontos na Escala Toronto Western Spasmodic Totticollis (TWSTRS). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Com estes resultados, este estudo confirmou que BOTULIFT é uma opção eficaz e segura para o tratamento da distonia cervical para pacientes adultos.
3. características farmacológicas
4. contraindicações
Este medicamento é contraindicado quando:
– O paciente possuir hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula de BOTULIFT.
– O paciente possuir doenças da junção neuromuscular (por exemplo, miastenia gravis , síndrome de Lambert-Eaton ou esclerose lateral amiotrófica), pois a doença pode ser exacerbada devido ao efeito relaxante muscular promovido pela toxina botulínica.
– Pacientes com distonia cervical com disfunção respiratória grave.
– O paciente for uma mulher grávida, mulheres que planejam engravidar ou mães que estejam amamentando.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos.
5. advertências e precauções
Umj erprcM Am ge n
Uma vez que o princípio ativo deste medicamento é uma neurotoxina produzida pela Clostridium botulinum tipo A, a dose e frequência recomendadas de administração devem ser observadas com entendimento total das precauções no uso. O médico administrador da toxina deve conhecer a neuromusculatura relevante e/ou anatomia orbital da área envolvida e qualquer alteração ocorrida na anatomia devido a procedimentos cirúrgicos anteriores. O conhecimento sobre técnicas eletromiográficas padrão também é necessário para administração de BOTULIFT. A dose recomendada e a frequência de administração de BOTULIFT devem ser respeitadas.
Alastramento do efeito da toxina – Em alguns casos, o efeito da toxina botulínica pode ser observado além da área da injeção local. Os sintomas podem incluir astenia, fraqueza muscular generalizada, diplopia, ptose, disfagia, disfonia, disartria, incontinência urinária e dificuldades de respiração. Dificuldades para engolir e respirar podem ser fatais, e houve relatos de morte ligada ao alastramento dos efeitos da toxina. O risco de sintomas provavelmente é maior em crianças tratadas para espasticidade, mas também podem ocorrer sintomas em adultos tratados para espasticidade e outras condições. No estudo clínico do BOTULIFT para pacientes com distonia cervical, foram relatadas disfagia, disfonia e acuidade visual reduzidas, mas todos foram eventos adversos não graves.
Reações de hipersensibilidade – Reações graves de hipersensibilidade e/ou imediatas foram raramente relatadas na administração de toxinas botulínicas. Essas reações incluem anafilaxia, urticária, edema cutâneo leve e dispneia. Um episódio fatal de anafilaxia foi relatado em um caso no qual lidocaína foi usada como diluente e, consequentemente, o agente causal não foi adequadamente determinado. Caso ocorra qualquer reação após a injeção, o uso do medicamento deve ser descontinuado e terapia médica apropriada deve ser imediatamente instituída.
Doenças neuromusculares pré-existentes – Indivíduos com doenças neuropáticas motoras periféricas (por exemplo, esclerose lateral amiotrófica ou neuropatia motora) ou doenças da junção neuromuscular (por exemplo, miastenia gravis ou síndrome de Lambert-Eaton) podem aumentar o risco de efeitos sistêmicos clinicamente significativos, incluindo disfagia grave e comprometimento respiratório com doses usuais de toxina botulínica injetável. A literatura médica relata casos raros da administração de toxina botulínica em pacientes com desordens neuromusculares conhecidas ou não reconhecidas, em que os pacientes demonstraram extrema sensibilidade aos efeitos sistêmicos de doses clínicas usuais. Em alguns desses casos, a disfagia durou vários meses e a colocação de sonda gástrica para alimentação foi necessária.
Disfagia – O tratamento de pacientes com distonia cervical com todos os produtos de toxina botulínica pode resultar em dificuldade de deglutição e é uma reação adversa comum conhecida. Nesses pacientes, raramente foi relatado o uso de um tubo de alimentação devido a disfagia grave. Foram relatados óbitos como pneumonia por aspiração após tratamento com toxina botulínica, que é desenvolvida após a disfagia. No caso do BOTULIFT, foi relatada disfagia no estudo clínico da distonia cervical, mas foi um evento adverso não grave.
Sistema cardiovascular – Existem também poucos relatos de eventos adversos com outras toxinas botulínicas envolvendo o sistema cardiovascular, incluindo arritmia e infarto do miocárdio, com algumas ocorrências fatais. Alguns desses pacientes possuíam fatores de risco, tais como doenças cardiovasculares.
Exposição e ulceração da córnea em paciente tratado com produtos de toxina botulínica para blefaroespasmo – A redução no número de piscadas dos olhos em decorrência da aplicação da toxina botulínica no músculo orbicular pode resultar em exposição da córnea, defeito epitelial persistente e ulceração da córnea, especialmente em pacientes com doenças no VII par craniano. Um caso de perfuração da córnea em olho afácico que necessitou de enxerto de córnea ocorreu em decorrência deste efeito. Exame cuidadoso da sensibilidade da córnea em olhos previamente operados, afastando a aplicação na pálpebra inferior para evitar ectrópio e tratamento eficaz de qualquer defeito epitelial pode ser empregado. Isto pode requerer colírio protetor, unguento, lentes de contato gelatinosas terapêuticas ou fechamento por adesivos ou outras maneiras.
Falta de permutabilidade entre produtos de toxina botulínica – As unidades de potência da atividade biológica de BOTULIFT não podem ser comparadas a ou convertidas em unidades de nenhum outro produto de toxina botulínica avaliado por qualquer outro método específico de análise.
Injeções em ou próximas a estruturas anatômicas vulneráveis – Deve-se tomar cuidado quando forem administradas injeções em ou próximas a estruturas anatômicas vulneráveis. Eventos adversos sérios, incluindo resultados fatais, foram relatados em pacientes que receberam outros produtos de toxina botulínica injetados diretamente nas glândulas salivares, região oro-lingual-faríngea, esôfago e estômago. Alguns pacientes tinham disfagia pré-existente (a segurança e a eficácia não foram estabelecidas para indicações pertinentes a esses locais de injeção). Pneumotórax associado ao procedimento de injeção foi relatado após a administração de outro produto de toxina botulínica perto do tórax. Recomenda-se cuidado quando forem administradas injeções na proximidade dos pulmões, em especial perto dos ápices.
BOTULIFT deve ser administrado com cuidado quando:
– O paciente estiver em tratamento com outro relaxante muscular (por exemplo, cloridrato de tubocurarina, dantroleno sódico), pois o relaxamento muscular pode ser potencializado ou o risco de disfagia pode ser aumentado.
– O paciente estiver em tratamento com medicamentos com atividade relaxante muscular, (por exemplo, cloridrato de espectinomicina), antibióticos aminoglicosídeos (sulfato de gentamicina, sulfato de neomicina, entre outros), antibióticos polipeptídicos (sulfato de polimixina B, entre outros), antibióticos tetraciclinas, antibióticos lincomicinas (lincosamidas), relaxantes musculares (baclofeno, entre outros), agentes anticolinérgicos (butilbrometo de escopolamina, cloridrato de triexifenidil, entre outros), benzodiazepínicos e produtos similares (diazepam, etizolam, entre outros) e medicamentos benzamidas (cloridrato de tiaprida, sulpirida, entre outros), pois o relaxamento muscular pode ser potencializado e o risco de disfagia pode ser aumentado.
Este medicamento contém albumina, um hemoderivado humano. Quando um produto derivado de sangue ou soro humano é administrado em humanos, o potencial de doenças infecciosas por agentes transmissíveis não pode ser completamente excluído. O produto pode conter agentes patogênicos ainda desconhecidos. Com o objetivo de diminuir os riscos de infecção por agentes transmissíveis, são adotados cuidados especiais incluindo testes apropriados para controle dos doadores e dos locais de doação, do processo de fabricação e do processo de inativação/remoção viral.
Distonia cervical – Pacientes com massa muscular cervical menor e pacientes que requerem injeções bilaterais nos músculos esternocleidomastóideo apresentam maior risco de disfagia. Em geral, limitar a dose injetada no músculo esternocleidomastóideo pode diminuir a ocorrência de disfagia.
Uso em Pacientes Idosos – Para blefaroespasmo, espasticidade do membro superior pós-AVC e distonia cervical, não há dados clínicos suficientes de ensaios clínicos de BOTULIFT se os pacientes com 65 anos ou mais respondem de maneira diferente dos pacientes mais jovens. Da mesma forma, a segurança e eficácia do BOTULIFT não foram estabelecidas em pacientes com idade superior a 65 anos com linhas glabelares.
Uso Pediátrico – Blefaroespasmo – A segurança e eficácia em pacientes com idade inferior a 18 anos não foram estabelecidas. Espasticidade do membro superior – a segurança e a eficácia em pacientes com idade inferior a 20 anos não foram estabelecidas. Espasticidade dos membros inferiores em pacientes pediátricos – a segurança e a eficácia em pacientes pediátricos com espasticidade dos membros inferiores abaixo de 2 anos de idade não foram avaliadas. Linhas glabelares – a segurança e eficácia em pacientes com idade inferior a 20 anos não foram estabelecidas. Distonia Cervical – A segurança e eficácia em pacientes com idade inferior a 20 anos não foram estabelecidas.
Uso durante a Gravidez e Lactação – Estudos para verificar a segurança em mulheres grávidas ou que estejam amamentando não foram realizados com BOTULIFT.
BOTULIFT é contraindicado durante a gravidez e lactação.
Categoria de risco na Gravidez: C.
Efeito sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas – devido à natureza da doença tratada, os efeitos de BOTULIFT na habilidade de dirigir ou operar máquinas não podem ser avaliados.
6. interações medicamentosas
O efeito da toxina botulínica pode ser potencializado por antibióticos aminoglicosídeos ou outros medicamentos que interferem na transmissão neuromuscular, por exemplo, relaxante muscular tipo tubocurarina. O uso concomitante de BOTULIFT com aminoglicosídeos ou espectinomicina é contraindicado.
Polimixinas, tetraciclinas e lincomicina podem ser usadas com cuidado em pacientes tratados com BOTULIFT.
O efeito de administrações de neurotoxinas botulínicas de diferentes sorotipos simultaneamente ou em meses alternados é desconhecido. Fraqueza neuromuscular excessiva pode ser exacerbada pela administração de outra toxina botulínica antes do término dos efeitos de uma toxina botulínica previamente administrada.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Conservar o produto sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). Proteger da luz. Evitar agitação.
BOTULIFT deve ser administrado em até sete dias após a reconstituição. Durante este período de tempo, BOTULIFT reconstituído deve ser armazenado em refrigerador (entre 2°C e 8°C).
BOTULIFT se apresenta como um pó liofilizado branco, em um frasco-ampola incolor e transparente. Após reconstituição, o produto apresenta-se como uma solução límpida e livre de material particulado. Não congelar ou agitar vigorosamente a solução reconstituída..
Evitar agitação vigorosa ou excessiva.
Como o produto não contém conservante, cada frasco-ampola de BOTULIFT deve ser usado em um único paciente.
Os medicamentos de uso injetável devem ser inspecionados visualmente para material particulado e alteração na cor antes da administração. O produto não deve ser utilizado caso haja material particulado ou alteração na cor.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Técnica de diluição
BOTULIFT deve ser administrado por via intramuscular após ser diluído em solução de cloreto de sódio 0,9%.
Tabela de diluição
Diluente adicionado (cloreto de sódio injetável 0.9%) | Dose resultante (U/0,1 mL) | |||
Botulift 50 U | Botulift 100 U | Botulift 150 U | Botulift 200 U | |
0,5 mL | 10,0 U | --- | --- | --- |
1,0 mL | 5,0 U | 10,0 U | --- | 20,0 U |
1,5 mL | --- | --- | 10,0 U | --- |
2,0 mL | 2,5 U | 5,0 U | --- | 10,0 U |
3,0 mL | --- | --- | 5,0 U | --- |
4,0 mL | 1,25 U | 2,5 U | --- | 5,0 U |
6,0 mL | --- | --- | 2,5 U | --- |
8,0 mL | --- | 1,25 U | --- | 2,5 U |
12,0 mL | --- | --- | 1,25 U | --- |
Nota: as diluições foram calculadas para um volume de aplicação de 0,1 mL. Uma diminuição ou aumento na dose também é possível pela administração de maior ou menor volume de injeção – de 0,05 mL (diminuição de 50% da dose) para 0,15 mL (aumento de 50% da dose).
Retirar a quantidade apropriada de diluente em seringa adequada. Uma vez que a toxina botulínica é desnaturada pela formação de bolhas ou agitação vigorosa, o diluente deve ser injetado suavemente dentro do frasco-ampola. Registrar a data e o tempo de reconstituição no rótulo.
Blefaroespasmo – BOTULIFT reconstituído (vide tabela de diluição) deve ser aplicado por injeção intramuscular usando agulha estéril de 28–30 G sem guia eletromiográfico. Em caso de administração em local não indicado, pode ocorrer paralisia do músculo que recebeu a injeção, porém, os sintomas não são aparentes imediatamente após a injeção. É necessária supervisão médica, dependendo da dose e do músculo que recebeu a aplicação. A dose inicial recomendada é 1,25–2,5 U (0,05 mL a 0,1 mL de volume em cada local) injetada no músculo orbicular pré-tarsal lateral e médio da pálpebra superior e no músculo orbicular pré-tarsal lateral da pálpebra inferior. Em geral, o efeito inicial da injeção é observado em três dias e alcança o pico em uma a duas semanas após o tratamento. Cada tratamento dura aproximadamentetrês meses, em seguida o tratamento pode ser repetido. Em sessões repetidas de tratamento, a dose pode ser aumentada em até duas vezes caso a resposta ao tratamento inicial seja considerada insuficiente, normalmente definida como um efeito que não dura mais de dois meses. Contudo, deve apresentar um pequeno benefício alcançável com a aplicação de mais de 5,0 U por local. Pode ocorrer alguma tolerância quando BOTULIFT é usado no tratamento do blefaroespasmo em frequência maior que a cada três meses, e raramente ocorre efeito permanente.
A dose acumulativa de BOTULIFT em um período de 30 dias não deve exceder 200 U.
Espasmo hemifacial – BOTULIFT reconstituído (vide tabela de diluição) deve ser aplicado por injeção intramuscular usando agulha de 24–30 G em músculos superficiais, e uma agulha mais longa pode ser usada para musculatura mais profunda. A dose utilizada deve ser de 2,5 U por local de aplicação, porém a dose pode ser aumentada ou diminuída de acordo com a gravidade dos sintomas. A quantidade a ser administrada pode variar de acordo com as características dos sintomas de cada paciente.
Espasticidade relacionada à paralisia cerebral (pediátrica) – BOTULIFT reconstituído (vide tabela de diluição) deve ser aplicado por injeção intramuscular usando agulha estéril de 26–30 G em cada uma das extremidades medial e lateral do músculo gastrocnêmio. No estudo clínico, foi administrada uma dose total de 4 U/kg de peso corporal no músculo afetado em pacientes com hemiplegia. Em pacientes com diplegia, foi utilizada uma dose total de 6 U/kg de peso corporal dividida entre as pernas. No entanto, a dose total máxima não deve exceder 200 U por paciente. Após a administração, o paciente deve ser monitorado por pelo menos 30 minutos para qualquer reação adversa aguda. Espera-se que a melhora clínica ocorra dentro de quatro semanas após a injeção. A administração pode ser repetida em aproximadamente três meses, quando o efeito da injeção anterior diminuir.
Linhas faciais hipercinéticas – BOTULIFT deve ser reconstituído em solução de cloreto de sódio 0,9% (vide tabela de diluição) e administrado utilizando agulha estéril de 30 G por injeção intramuscular. A dose e o número de pontos de injeção devem ser adaptados às necessidades dos pacientes, baseados em suas características e localização dos músculos a serem tratados. Para reduzir a incidência de ptose como complicação, evitar a injeção próxima ao músculo elevador da pálpebra superior, particularmente em pacientes com grandes complexos depressores da testa. As injeções mediais no corrugador devem ser feitas pelo menos 1 cm acima da crista óssea supra-orbital. BOTULIFT deve ser injetado com precaução de modo que não entre nos vasos sanguíneos e, para prevenir efusão na área abaixo da borda orbital, coloque firmemente o polegar ou dedo indicador na área abaixo da borda orbital antes da injeção. Durante a injeção, a agulha deve ser apontada para cima em direção ao centro e a dose da injeção deve ser medida com precisão. O músculo corrugador e o músculo orbicular do olho movimentam o centro da testa e geram as rugas faciais da glabela. O músculo prócero e o músculo abaixador do supercílio puxam a testa para baixo. As rugas do franzimento da testa ou da glabela são produzidas por esses músculos. Uma vez que a posição, o tamanho e o uso desses músculos diferem entre os indivíduos, uma dose efetiva é determinada baseando-se nas observações gerais da capacidade do paciente mover os músculos superficiais injetados. De modo geral não são recomendados intervalos menores que três meses entre as aplicações. A duração do efeito é de aproximadamente três a quatro meses na maioria dos pacientes, mas já foi relatado efeito de até seis meses em alguns pacientes.
A injeção frequente de BOTULIFT não foi clinicamente avaliada quanto à segurança e eficácia, não sendo recomendada.
Em geral, a primeira injeção de BOTULIFT induz desnervação química nos músculos injetados um a dois dias após a injeção, e sua intensidade aumenta durante a primeira semana.
Espasticidade após acidente vascular cerebral – a dosagem exata e o número de pontos de injeção devem ser adaptados individualmente baseados no tamanho, número e local dos músculos envolvidos, a severidade da espasticidade, presença de fraqueza muscular local e a resposta do paciente ao tratamento anterior. Melhora clínica no tônus muscular é observada de 4 a 6 semanas após o tratamento. Em estudos clínicos controlados, as seguintes doses foram administradas:
Músculo | Dose total | N° de pontos |
Bíceps braquial | 100 – 200U | Até 4 pontos |
Flexor profundo dos dedos | 15 – 50 U | 1 – 2 pontos |
Flexor superficial dos dedos | 15 – 50 U | 1 – 2 pontos |
Flexor radial do carpo | 15 – 60 U | 1 – 2 pontos |
Flexor ulnar do carpo | 10 – 50 U | 1 – 2 pontos |
Nos estudos clínicos, doses não superiores a 360 U, foram administradas nos músculos individuais.
BOTULIFT reconstituído é administrado usando agulha estéril de 24–30 G para músculos superficiais, e uma agulha mais longa pode ser utilizada para musculaturas mais longas. Localização dos músculos envolvidos com guia eletromiográfico e técnica de simulação do nervo são recomendadas.
Distonia Cervical – Utilizando uma seringa com agulha estéril de 25–30 G de tamanho adequado, administre o produto diluído (consulte a Tabela de diluição). Use agulhas de comprimento apropriado, dependendo da profundidade do tecido muscular. Administre o produto quando necessário (por exemplo, esternocleidomastóideo, levantador da escápula, complexo de escaleno, esplênio cervical, trapézio, etc.) para o tratamento da distonia cervical. Em caso de dificuldade em distinguir entre diferentes músculos, a injeção pode ser realizada guiada por eletromiografia (EMG). A dosagem de um local não deve exceder 50 U. Ao administrar o produto na região do músculo esternocleidomastóideo, a dosagem não deve exceder 100 U. Para minimizar a incidência de comprometimento da fala, a administração nos músculos do pescoço não deve ser feita nos dois lados. Na primeira fase do tratamento, a dose total não deve exceder 200 U e as doses após a dose inicial são ajustadas de acordo com a capacidade de resposta à primeira administração do produto. A dose por tratamento não deve exceder 300 U. A avaliação da eficácia e segurança do BOTULIFT contra a distonia cervical foi realizada por 12 semanas após a administração de dose única em pacientes com distúrbio do movimento neurológico.
9. reações adversas
O efeito e risco do uso de BOTULIFT deve ser avaliado por um médico. Deve ser dada atenção a quaisquer sinais e sintomas de reações adversas. Deve ser procurado auxílio médico imediato caso o paciente sinta falta de ar, enfraquecimento muscular ou dificuldade de engolir ou falar, após o tratamento. Reações adversas podem aparecer dentro de algumas horas ou semanas após o tratamento.
Pacientes com blefaroespasmo podem ter sido extremamente sedentários por um longo período. Estes pacientes devem ser alertados para retomar a atividade lentamente e cuidadosamente após a administração de BOTULIFT.
BOTULIFT bloqueia a transmissão neuromuscular se ligando aos receptores dos terminais nervosos motores, entrando nos terminais nervosos e inibindo a liberação de acetilcolina. Quando aplicado em via intramuscular, em doses terapêuticas, BOTULIFT produz uma denervação química parcial do músculo, resultando na redução da atividade muscular localizada. Além disso, o músculo pode atrofiar, podendo ocorrer brotamento axonal e receptores extrajuncionais de acetilcolina podem ser desenvolvidos.
Há evidências de que a reinervação do músculo pode ocorrer, invertendo lentamente a denervação muscular produzida por BOTULIFT. A atividade de paralisia, produzida pela toxina botulínica, é eficaz para o alívio da contração anormal excessiva associada ao blefaroespasmo. Em um caso, no qual outra toxina botulínica, foi aplicada no músculo do pescoço, o tratamento mitigou sintomas subjetivos e objetivos de torcicolo paroxístico espasmódico e reduziu o ângulo de rotação dacabeça assim como a elevação do ombro. Também reduziu o tamanho e a espessura dos músculos hipertróficos e aliviou a dor. No caso de outra toxina botulínica, não foi estabelecida a eficácia do produto em desvios acima de 50 dioptrias de prisma, estrabismo restritivo ou síndrome de Duane , com sintomas de fraqueza do músculo reto superior lateral ou estrabismo secundário causado por recessão do músculo antagonista durante cirurgia e a injeção repetitiva pode ser necessária.
No caso de outra toxina botulínica, ela foi ineficaz no estrabismo paralítico crônico, exceto quando usada em conjunto com reparo cirúrgico para reduzir a contratura antagonista. Se existirem anticorpos neutralizantes da toxina botulínica tipo A, eles podem reduzir a eficácia do tratamento. Em estudos clínicos, ocorreu redução da eficácia do medicamento devido à produção de anticorpos em um paciente com blefaroespasmo, que recebeu 3 doses de toxina botulínica durante um períodode 6 semanas, totalizando 92 U, e em vários pacientes com torcicolo que receberam doses múltiplas experimentalmente, totalizando mais de 300 U em um período de um mês. Por esta razão, a dose cumulativa de tratamento com toxina botulínica num período de um mês não deve exceder 200 unidades para o tratamento do blefaroespasmo
A segurança do BOTULIFT para o tratamento da deformidade do pé equino decorrente de espasticidade em pacientes pediátricos com paralisia cerebral foi avaliada em um estudo clínico conduzido na Coreia. Nesse estudo clínico, 60 pacientes que receberam injeção de BOTULIFT apresentaram reações adversas comuns (>1%), como nasofaringite (5%), infecção do trato respiratório superior (1,67%), pirexia (3,3%), distúrbio da marcha (1,67%), dor na extremidade (1,67%), dacrioestenose (1,67%), transtornos musculoesqueléticos e nos tecidos conjuntivos (1,67%), convulsão febril (1,67%), constipação (1,67%) e fratura de membro inferior (1,67%). Além disso, as reações adversas comuns (> 1%) apresentadas por 59 pacientes que receberam injeção do medicamento controle nos estudos clínicos comparativos foram as seguintes: nasofaringite (5,08%), infecção por haemophilus (1,69%), pneumonia (1,69%), pirexia (5,08%), astenia (1,69%), contratura articular (1,69%), fraqueza muscular (1,69%), comprimento desigual dos membros (1,69%), conjuntivite (1,69%), cefaleia (1,69%) e anemia (1,69%). Esses tipos de reações adversas podem ter ocorrido dependendo das características do paciente.Na literatura sobre outros produtos de toxina botulínica, reações adversas semelhantes relacionadas ao uso de toxinabotulínica são mencionadas, como infecção respiratória, bronquite, nasofaringite, asma, fraqueza muscular, incontinência urinária, queda, convulsão, pirexia, dor e outros.
O uso de toxina botulínica A no tratamento de 196 pacientes (grupo tratado com BOTULIFT = 98 pacientes, grupo tratado com outra toxina botulínica disponível no mercado, grupo controle, = 98 pacientes) com espasticidade das extremidades superiores relacionada à AVC foi avaliado quanto à segurança. No geral, a maioria dos eventos adversos relatados foi leve ou moderado. Os eventos adversos no estudo clínico foram relatados em um total de 174 casos, sendo relatados em 39 dos 98 pacientes do grupo de tratamento (39,80%, 93 casos) e 41 dos 98 pacientes do grupo de controle (41,84%, 81 casos). Os eventos adversos relatados por > 2% dos pacientes tratados com BOTULIFT são listados em ordem de frequência: nasofaringite (4,08%), dor na extremidade (4,08%), tosse (4,08%), diarreia (3,06%), vômitos (3,06%), lombalgia (3,06%), edema periférico (3,06%), distensão abdominal (2,04%), dispepsia (2,04%), náusea (2,04%), infecções do trato respiratório superior (2,04%), dor musculoesquelética (2,04%), hematoma na área de injeção (2,04%), pirexia (2,04%) e colecistite aguda (2,04%). A maioria dos eventos adversos relatados foi leve a moderado e temporário.
Foram realizados estudos de fase IV e de vigilância pós-comercialização na Coreia em 641 pacientes com blefaroespasmo essencial benigno durante seis anos. A frequência de reações adversas foi de 12,5% (80/541, 116 casos), das quais 7,8% (50/641, 57 casos) não puderam ser excluídos por causalidade com o medicamento; ptose foi relatada em 3,9% (25 casos, em 641 pacientes). Outros eventos adversos relacionados ao tratamento relatados por < 1% foram os seguintes: edema facial (6 casos), anormalidade ocular (4 casos), exantema (3 casos), prurido, parestesia, sinal de Graefe [lid lag ], secreção lacrimal anormal, neuralgia ocular (2 casos), úlcera de córnea, diplopia, arritmia, edema periorbital, paralisia do nervo oculomotor, cefaleia, paralisia, tontura e púrpura (1 caso). A taxa de eventos adversos sérios foi de cinco em 641 pacientes (0,5%): estenose espinhal (2 casos), melosalgia (1 caso), infarto do miocárdio (1 caso) e arritmia (1 caso).
Foram relatadas reações adversas inesperadas ao medicamento em 11 dos 641 pacientes (1,7%), mas não houve evento adverso sério inesperado entre elas. As reações adversas inesperadas e não-sérias ao medicamento foram relatadas como se segue: edema facial (6 casos), anormalidade ocular (2 casos), cefaleia, parestesia, tontura (1 caso).
No estudo de Vigilância Pós-Comercialização realizado na Coreia em 210 pacientes com deformidade do pé equino devido à paralisia cerebral, a taxa de eventos adversos foi de 21,4% (45/210, 84 casos). Entre eles, a frequência de reações adversas ao medicamento que não puderam ser excluídas por causalidade foi de 1,4% (3/210 pacientes, 3 casos), e a frequência de
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inflamação no local de injeção foi de 1% (2/210 pacientes, 2 casos). Outra reação adversa ao medicamento, mialgia, foi relatada com frequência < 1%. A taxa de evento adverso sério foi de 1,4% (3/210 pacientes, 3 casos, sendo 2 casos de pneumonia e 1 caso de infecção do trato urinário). Não houve, entretanto, relatos de eventos adversos sérios inesperados.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
Sinais e sintomas de superdose não surgem imediatamente após a injeção. Caso aplicação ou ingestão acidental ocorram, o paciente deve ser medicado e observado por até várias semanas para sinais e sintomas de fraqueza muscular sistêmica ou paralisia muscular. Uma antitoxina deve estar disponível no momento exato do conhecimento da superdose ou aplicação acidental. A antitoxina não reverterá qualquer fraqueza muscular induzida pela toxina botulínica que já tenha se manifestado até o momento da aplicação da antitoxina.
Se a musculatura da orofaringe e do esôfago for afetada, pode ocorrer aspiração com consequente instalação de pneumonia por aspiração. Se os músculos respiratórios se paralisarem ou ficarem suficientemente fracos, podem ser necessárias intubação e respiração assistida até que ocorra a recuperação. O cuidado de suporte pode incluir a necessidade de traqueostomia e/ou ventilação mecânica prolongada, além de outros cuidados de suporte gerais.
DIZERES LEGAIS
MS – 1.0646.0180
Farm. Resp.: Maurício Ribeiro Miguel – CRF-SP N° 26.565
Fabricado por:
Medytox, Inc.
Cheongwon-gu, Coréia do Sul
Importado e Embalado por:
Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda.
Rua Rafael de Marco, 43 – Pq. Industrial – Jd. Das Oliveiras
Taboão da Serra – SP
CNPJ: 61.282.661/0001–41
0800 0113653
BOT POLIOFVPS 06 3
Histórico de alteração para bula
Dados da submissão eletrônica | Dados da petição/notificação que altera bula | Dados das alterações de bulas | |||||||
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