Bula do profissional da saúde - ZINFORO WYETH INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
1. indicações
2. resultados de eficácia
Um total de 1.396 adultos com infecções de pele e partes moles complicadas documentadas foram incluídos em dois estudos idênticos randomizados, multicêntricos, multinacionais, duplo-cegos (CANVAS 1 e CANVAS 2) comparando ceftarolina fosamila (600 mg administrado por via intravenosa durante 60 minutos a cada 12 horas) à vancomicina mais aztreonam (1 g de vancomicina administrado por via intravenosa durante 60 minutos seguido de 1 g de aztreonam administrado por via intravenosa durante 60 minutos a cada 12 horas). Pacientes com celulite profunda/extensa, abscesso de grande porte, infecção de ferida (cirúrgica ou traumática), picadas infectadas, queimaduras ou úlceras ou qualquer infecção de extremidade inferior, tanto em pacientes com diabetes mellitus preexistente, quanto doença vascular periférica, foram elegíveis para os estudos. A duração do tratamento foi de 5 a 21 dias. A população com intenção de tratar modificada (MITT) abrangeu todos os pacientes que receberam qualquer quantidade da droga do estudo de acordo com seu grupo de tratamento. A população clinicamente avaliável (CA) incluiu pacientes da população MITT com suficiente adesão ao protocolo.
Tabela 1 Taxas de cura clínica no TOC de dois estudos Fase 3 em IPPMc depois de 5 a 21 dias de terapia
ceftarolina n/N (%) | vancomicina/aztreonam n/N (%) | Diferença de tratamento (2 lados de IC de 95%) | |
CANVAS1 | |||
CA | 288/316 (91,1) | 280/300 (93,3) | –2,2 (-6,6; 2,1) |
MITT | 304/351 (86,6) | 297/347 (85,6) | 1,0 (-4,2; 6,2) |
CANVAS 2 | |||
CA | 271/294 (92,2) | 269/292 (92,1) | 0,1 (-4,4; 4,5) |
MITT | 291/342 (85,1) | 289/338 (85,5) | –0,4 (-5,8; 5,0) |
Tabela 2 Taxas de cura clínica por patógeno infectante de pacientes passíveis de avaliação microbiológica com IPPMc (dados de dois estudos integrados de Fase 3)
Organismo ceftarolina n/N (%) | vancomicina/aztreonam n/N (%) |
Organismos Gram-positivos Staphylococcus aureus 352/378 (93,1) MSSA (cepas sensíveis à meticilina) 212/228 (93,0) | 336/356 (94,4) 225/238 (94,5) |
Organismo | ceftarolina n/N (%) | vancomicina/aztreonam n/N (%) |
MRSA (cepas resistentes à meticilina) | 142/152 (93,4) | 115/122 (94,3) |
Streptococcus pyogenes | 56/56 (100,0) | 56/58 (96,6) |
Streptococcus agalactiae | 21/22 (95,5) | 18/18 (100,0) |
Streptococcus dysgalactiae | 13/13 (100,0) | 15/16 (93,8) |
Grupo Streptococcus anginosus a | 12/13 (92,3) | 15/16 (93,8) |
Organismos Gram-negativos | ||
Escherichia coli | 20/21 (95,2) | 19/21 (90,5) |
Klebsiella pneumoniae | 17/18 (94,4) | 13/14 (92,9) |
Morganella morganii | 11/12 (91,7) | 5/6 (83,3) |
Klebsiella oxytoca | 10/12 (83,3) | 6/6 (100,0) |
a Inclui S. anginosus, S. intermedius e S. constellatus
Um total de 772 adultos com IPPMc com evidência de inflamação sistêmica e/ou comorbidades subjacentes foram incluídos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego (COVERS) comparando ceftarolina fosamila (600 mg administrados por via intravenosa por 120 minutos, a cada 8 horas) à vancomicina mais aztreonam. A população MITT incluiu todos os pacientes que receberam qualquer quantidade do medicamento em estudo de acordo com o seu grupo de tratamento randomizado; os pacientes tinham uma área média de tamanho de lesão de 400 cm2, 40% tinham SIRS e 61% tinham PCR elevada (> 50 mg/L). A duração do tratamento foi de 5 a 14 dias. A população CA incluiu pacientes na população MITT com adesão suficiente ao protocolo. O desfecho primário foi a taxa de cura clínica na visita TOC em ambas as populações MITT e CA.
Tabela 3 | Taxa de cura clínica no TOC no estudo COVERS após 5 a 14 dias de terapia | ||
ceftarolina n/N (%) | vancomicina/aztreonam n/N (%) | Diferença do tratamento (2 lados de IC de 95%) | |
CA | 342/395 (86,6) | 180/211 (85,3) | 1,3 (-4,3, 7,5) |
MITT | 396/506 (78,3) | 202/255 (79,2) | –1,0 (-6,9, 5,4) |
As taxas de cura clínica no TOC, por patógeno nos pacientes avaliados microbiologicamente, são apresentadas abaixo.
Tabela 4 Taxas de cura clínica pela infecção de patógenos de pacientes microbiologicamente avaliáveis com IPPMc (dados de COVERS) __________________________________________________
Organismo | ceftarolina n/N (%) | vancomicina/aztreonam n/N (%) |
Organismos Gram-positivos Staphylococcus aureus | 109/119 (91,6) | 61/71 (85,9) |
MSSA (cepas sensíveis à meticilina) | 88/94 (93,6) | 49/57 (86,0) |
MRSA (cepas resistentes à | 21/25 (84,0) | 12/15 (80,0) |
meticilina) Streptococcus pyogenes | 14/15 (93,3) | 7/7 (100) |
Grupo Streptococcus anginosus a | 16/18 (88,9) | 4/4 (100) |
Organismos Gram-negativos Escherichia coli | 11/12 (91,7) | 9/10 (90,0) |
Klebsiella pneumoniae | 5/7 (71,4) | 3/4 (75,0) |
Inclui S. anginosus, S. intermedius e S. constellatus
Pneumonia adquirida na comunidade
Um total de 1.240 adultos com diagnóstico de PAC foram incluídos em dois estudos randomizados, multicêntricos, multinacionais, duplo-cegos, (FOCUS 1 e FOCUS 2) comparando ceftarolina fosamila (600 mg administrado por via intravenosa durante 60 minutos, a cada 12 horas) com ceftriaxona (1 g administrado por via intravenosa durante 30 minutos, a cada 24 horas). Os estudos foram idênticos, exceto em um aspecto: no FOCUS 1 ambos os grupos receberam duas doses de claritromicina via oral (500 mg a cada 12 horas) como terapia adjuvante, iniciando no dia 1. Nenhuma terapia adjuvante com macrolídeo foi utilizada no FOCUS 2. Pacientes com infiltrado(s) pulmonar(es) novo(s) ou progressivo(s) na radiografia de tórax com sinais e sintomas clínicos compatíveis com
PAC, necessitando de hospitalização e terapia intravenosa, foram incluídos nos estudos. A duração do tratamento foi de 5 a 7 dias. A população de eficácia com intenção de tratar modificada (MITTE) abrangeu todos os pacientes que receberam qualquer quantidade da droga do estudo de acordo com seu grupo de tratamento e eram Classe de Risco PORT III ou IV. A população clinicamente avaliável (CA) incluiu pacientes da população MITTE com adesão suficiente ao protocolo.
Tabela 5 Taxas de cura clínica no TOC de dois estudos Fase 3 em PAC após 5 a 7 dias de tratamento
ceftarolina n/N (%) | ceftriaxona n/N (%) | Diferença de tratamento (2 lados de IC de 95%) | |
FOCUS1 | |||
CA | 194/224 (86,6) | 183/234 (78,2) | 8,4 (1,4; 15,4) |
MITTE | 244/291 (83,8) | 233/300 (77,7) | 6,2 (-0,2; 12,6) |
FOCUS 2 | |||
CA | 193/235 (82,1) | 166/215 (77,2) | 4,9 (-2,5; 12,5) |
MITTE | 235/289 (81,3) | 206/273 (75,5) | 5,9 (-1,0; 12,7) |
Tabela 6 Taxas de cura clínica por patógeno infectante de pacientes passíveis de avaliação microbiológica com PAC (dados de dois estudos integrados de Fase 3)
Organismos | ceftarolina n/N (%) | ceftriaxona n/N (%) |
Organismos Gram-positivos Streptococcus pneumoniae | 54/63 (85,7) | 41/59 (69,5) |
Staphylococcus aureus (apenas cepas sensíveis à meticilina) | 18/25 (72,0) | 14/25 (56,0) |
Organismos Gram-negativos Haemophilus influenzae | 15/18 (83,3) | 17/20 (85,0) |
Haemophilus parainfluenzae | 16/16 (100,0) | 15/17 (88,2) |
Escherichia coli | 10/12 (83,3) | 9/12 (75,0) |
Klebsiella pneumoniae | 13/13 (100,0) | 10/12 (83,3) |
Um total de 771 adultos com diagnóstico de PAC foram incluídos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego na Ásia, comparando ceftarolina fosamila (600 mg administrado por via intravenosa durante 60 minutos, a cada 12 horas) à ceftriaxona (2 g administrado por via intravenosa durante 30 minutos, a cada 24 horas). A duração do tratamento foi de 5 a 7 dias. O objetivo primário foi determinar a não inferioridade da taxa de cura clínica do tratamento com ceftarolina, comparado com o tratamento com ceftriaxona, na visita de TOC na população CA de pacientes adultos hospitalizados com PAC (limite inferior do intervalo de confiança de 95% para a diferença na taxa de resposta [ceftarolina – ceftriaxona] superior a –10%).
A não inferioridade da ceftarolina 600 mg versus ceftriaxona 2 g foi demonstrada tanto nas populações CA como nas populações MITT (Tabela 7). Além disso, com base no critério pré-definido (limite inferior do intervalo de confiança de 95% para a diferença na taxa de resposta superior a 0%), a superioridade da ceftarolina 600 mg versus ceftriaxona 2 g foi demonstrada em pacientes adultos com Classe de Risco PORT III ou IV na Ásia.
Tabela 7 Resposta clínica no TOC – Não inferioridade [populações clinicamente avaliáveis (CA)]
Resposta clínica | Número (%) de pacientes ceftarolina ceftriaxona (n=247) (n=231) | Diferença | IC de 95% para diferença | |
Cura clínica Falha clínica | 208 (84,2) 39 (15,8) | 170 (73,6) 61 (26,4) | 10,6 | (3,3; 18,0) |
População pediátrica
Infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc)
Estudo pediátrico de pacientes com IPPMc, randomizado, grupo paralelo, ativo controlado em pacientes pediátricos de 2 meses a < 18 anos de idade.
Um total de 163 crianças de 2 meses a < 18 anos de idade com IPPMc clinicamente documentadas foi incluído em um estudo clínico randomizado, multicêntrico, multinacional, grupo paralelo, ativo controlado, comparando ceftarolina fosamila com vancomicina ou cefazolina (cada um com aztreonam opcional). A duração do tratamento foi de 5 a 14 dias. A alteração para tratamento oral com cefalexina, clindamicina ou linezolida, foi permitida após o Dia 3 do estudo. A população MITT incluiu todos os pacientes que receberam qualquer quantidade do medicamento do estudo com diagnóstico confirmado de IPPMc.
O objetivo primário foi avaliar a segurança e tolerabilidade de ceftarolina fosamila. O estudo não foi desenhado para avaliar a eficácia comparativa inferencial, e nenhum desfecho de eficácia foi identificado como primário.
Pneumonia adquirida na comunidade
Foi realizado um estudo randomizado, grupo paralelo, ativo controlado, em pacientes pediátricos de 2 meses a < 18 anos de idade com PAC.
Um total de 161 crianças com diagnóstico de PAC foi incluído no estudo randomizado, multicêntrico, multinacional, ativo controlado, comparando ceftarolina fosamila com ceftriaxona. Foram incluídos neste estudo pacientes com novo(s) ou progressivo(s) infiltrado(s) pulmonar(es) na radiografia de tórax, e sinais e sintomas consistentes com PAC, incluindo início agudo ou agravamento de sintomas de tosse, taquipneia, produção de escarro, gemência, dor torácica, cianose ou aumento do trabalho respiratório, com a necessidade de hospitalização e terapia IV. A duração do tratamento foi de 5 a 14 dias. Uma mudança na terapia oral com amoxicilina-clavulanato foi permitida após o Dia 3 do estudo. A população de MITT incluiu todos os pacientes randomizados que receberam quaisquer quantidades do medicamento de estudo com um diagnóstico confirmado de PAC.
O objetivo principal foi avaliar a segurança e tolerabilidade da ceftarolina fosamila. O estudo não foi desenhado para análise de eficácia inferencial comparativa, e nenhum desfecho de eficácia foi identificado como primário.
As taxas de cura clínica no teste de cura (8 a 15 dias após a dose final do medicamento de estudo) na população do MITT foram 87,9% (94/107) para ceftarolina fosamila, e 88,9% (32/36) para o comparador, com diferença de tratamento de –1,0 (IC de 95% –11,5, 14,1).
1. Corey GR, Wilcox M, Talbot GH, Friedland HD, Baculik T, Witherell GW, Critchley I, Das AF, Thye D. Integrated analysis of CANVAS 1 and 2: phase 3, multicenter, randomized, double-blind studies to evaluate the safety and efficacy of ceftaroline versus vancomycin plus aztreonam in complicated skin and skin-structure infection. Clin Infect Dis. 2010; 51:641–650.
2. Corey GR, Wilcox MH, Talbot GH, Thye D, Friedland D, Baculik, on behalf of the CANVAS 1 Investigators. CANVAS 1: the first Phase III, randomized, double-blind study evaluating ceftaroline fosamil for the treatment of patients with complicated skin and skin structure infections. J Antimicrob Chemother. 2010;65(suppl 4): iv41-iv51.
3. Wilcox MH, Corey GR, Talbot GH, Thye D, Friedland D, Baculik T, on behalf of the CANVAS 2 Investigators. CANVAS 2: the second Phase III, randomized, double-blind study evaluating ceftaroline fosamil for the treatment of patients with complicated skin and skin structure infections. J Antimicrob Chemother. 2010;65(Suppl 4): iv53-iv65.
4. File TM Jr, Low DE, Eckburg PB, Talbot GH, Friedland HD, Lee J, Llorens L, Critchley I, Thye D. Integrated analysis of FOCUS 1 and FOCUS 2: randomized, double-blinded, multicenter phase 3 trials of the efficacy and safety of ceftaroline fosamil versus ceftriaxone in patients with community-acquired pneumonia. Clin Infect Dis. 2010; 51:1395-1405.
5. File Jr TM, Low DE, Eckburg PB, Talbot GH, Friedland HD, Lee J, Llorens L, Critchley IA, Thye DA, on behalf of the FOCUS 1 investigators. FOCUS 1: a randomized, double-blinded, multicentre, Phase III trial of the efficacy and safety of ceftaroline fosamil versus ceftriaxone in community-acquired pneumonia. J Antimicrob Chemother. 2011;66 (Suppl 3): iii19-iii32.
6. Low DE, File Jr TM, Eckburg PB, Talbot GH, Friedland HD, Lee J, Llorens L, Critchley IA, Thye DA, on behalf of the FOCUS 2 investigators. FOCUS 2: a randomized, double-blinded, multicentre, Phase III trial of the efficacy and safety of ceftaroline fosamil versus ceftriaxone in community-acquired pneumonia. J Antimicrob Chemother. 2011;66(Suppl 3):iii33-iii44.
7. Zhong, et al. Ceftaroline fosamil versus ceftriaxone for the treatment of Asian patients with community-acquired pneumonia: a randomised, controlled, double-blind, phase 3, non-inferiority with nested superiority trial. The Lancet.Vol 15 February 2015. p. 161-171.
8. KorczowskiB, et al. A Multicenter, Randomized, Observer-blinded, Active-controlled Study to Evaluate the Safety and Efficacy of Ceftaroline Versus Comparator in Pediatric Patients With Acute Bacterial Skin and Skin Structure Infection Pediatr Infect Dis J 2016; 35:e239-e247.
8. KorczowskiB, et al. A Multicenter, Randomized, Observer-blinded, Active-controlled Study to Evaluate the Safety and Efficacy of Ceftaroline Versus Comparator in Pediatric Patients With Acute Bacterial Skin and Skin Structure Infection Pediatr Infect Dis J 2016; 35:e239-e247.9. Cannavino CR, et al. A Randomized, Prospective Study of Pediatric Patients With Community-acquired Pneumonia Treated With Ceftaroline Versus Ceftriaxone Pediatr Infect Dis J 2016; 35:752–9.
10. Dryden, M et al. A phase III, randomized, controlled, non-inferiority trial of ceftaroline fosamil 600 mg every 8 h versus vancomycin plus aztreonam in patients with complicated skin and soft tissue infection with systemic inflammatory response or underlying comorbidities. J Antimicrob Chemoter 2016; 71: 3575–3584.
3. características farmacológicas
A ceftarolina é uma cefalosporina com atividade contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Estudos in vitro demonstraram que a ação bactericida da ceftarolina resulta da inibição da biossíntese da parede celular, pela ligação às proteínas essenciais de ligação à penicilina (PBPs). A ceftarolina também é ativa contra Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Streptococcus pneumoniae não sensível à penicilina (PNSP), devido à sua alta afinidade para as PBPs alteradas encontradas nestes organismos.
A ceftarolina não é ativa contra cepas de Enterobacterales produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBLs) das famílias TEM, SHV ou CTX-M, carbapenemases serinas (como KPC), metalo-beta-lactamases de classe B ou classe C (cefalosporinases AmpC). A resistência também pode ser mediada por impermeabilidade bacteriana ou por mecanismos da bomba de efluxo da droga. Um ou mais desses mecanismos podem coexistir na mesma bactéria.
A prevalência da resistência adquirida pode variar geograficamente, e com o tempo para as espécies selecionadas. A informação local sobre a resistência é desejável, particularmente no tratamento de infecções severas. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um profissional quando a prevalência da resistência local é tal que a utilidade do agente se torna questionável.
A concentração máxima (Cmáx) e a área sob a curva (AUC) da ceftarolina aumentam quase que proporcionalmente à dose no intervalo de dose única de 50 a 1.000 mg. Não é observado acúmulo significativo de ceftarolina após múltiplas infusões intravenosas de 600 mg administradas durante 60 minutos, a cada 8 a 12 horas, em adultos saudáveis com função renal normal ou pacientes com insuficiência leve (ClCr > 50 mL/min).
dias, em infusões de 5 ou 60 minutos, e a Tmax da ceftarolina ocorreu cerca de 5 minutos após o término da infusão de ceftarolina fosamila para ambas as durações de infusão. A Cmax média (DP) da ceftarolina foi de 32,5 (4,82) mg/L para a infusão de 5 minutos de duração (n = 11) e 17,4 (3,87) mg/L para a infusão de 60 minutos de duração (n = 12).
A ligação de ceftarolina às proteínas plasmáticas é baixa (cerca de 20%), e a ceftarolina não é distribuída nos eritrócitos. O volume médio de distribuição da ceftarolina no estado de equilíbrio em homens saudáveis após uma dose única de 600 mg de ceftarolina fosamila radiomarcada por via intravenosa, foi de 20,3 L, semelhante ao volume do fluido extracelular.
A ceftarolina fosamila (pró-droga) é convertida em ceftarolina ativa no plasma por enzimas fosfatases, e as concentrações da pró-droga são mensuráveis no plasma, primariamente durante a infusão intravenosa. A hidrólise do anel beta-lactâmico da ceftarolina ocorre formando o metabólito microbiologicamente inativo de anel aberto, ceftarolina M-1. A razão da AUC plasmática média da ceftarolina M-1 em relação à AUC plasmática média da ceftarolina, após uma única infusão intravenosa de 600 mg de ceftarolina fosamila em indivíduos saudáveis, é de aproximadamente 20 a 30%.
A farmacocinética da ceftarolina em pacientes com insuficiência hepática não foi estabelecida. Como a ceftarolina não parece sofrer metabolização hepática significativa, não é esperado que a depuração sistêmica da ceftarolina seja significativamente afetada pela insuficiência hepática. Portanto, nenhum ajuste de dose é recomendado para pacientes com insuficiência hepática.
Após a administração de uma dose única de 600 mg por via intravenosa de ceftarolina fosamila, a farmacocinética da ceftarolina foi semelhante entre indivíduos idosos saudáveis (> 65 anos de idade) e indivíduos adultos jovens saudáveis (18 a 45 anos de idade). Houve um ligeiro aumento de 33% na AUC0-^ em idosos, o que foi principalmente atribuível a mudanças na função renal relacionadas à idade. Não é necessário ajuste de dose de ceftarolina em pacientes idosos com depuração de creatinina acima de 50 mL/min.
A ceftarolina fosamila e a ceftarolina foram clastogênicas em um ensaio in vitro de aberração cromossômica, porém não houve nenhuma evidência de atividade mutagênica em ensaios de Ames, de linfoma de camundongo e síntese de DNA não programada. Além disso, ensaios de micronúcleos in vivo em ratos e camundongos foram negativos. Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos.
No geral, não foram observados em ratas efeitos adversos na fertilidade ou no desenvolvimento pós-natal em até 5 vezes a exposição clínica observada. Quando ceftarolina foi administrada durante organogênese, alterações menores no peso fetal e ossificação tardia do osso interparietal foi observada em rata em exposição abaixo da obsevada clinicamente. No entanto, não foi observado efeito no peso ou crescimento do filhote quando a ceftarolina foi administrada durante a gravidez e lactação.
4. contraindicações
5. advertências e precauções
Pacientes com histórico de hipersensibilidade às cefalosporinas, penicilinas ou outros antibacterianos beta-lactâmicos, também podem ser hipersensíveis à ceftarolina fosamila. Antes de iniciar a terapia com Zinforo®, deve ser feita uma investigação cuidadosa sobre prévias reações de hipersensibilidade aos antibacterianos beta-lactâmicos. Se um paciente desenvolveu anteriormente uma reação de hipersensibilidade imediata ou grave (por exemplo, choque anafilático) a qualquer outro tipo de agente antibacteriano beta-lactâmico, a ceftarolina fosamila não deve ser administrada (vide item 4. Contraindicações).
Colite associada a antibacterianos, e colite pseudomembranosa, foram relatadas com quase todos os agentes antibacterianos, incluindo Zinforo®, e pode variar em severidade de leve a risco de morte. Portanto, é importante considerar este diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia durante ou após a administração de ceftarolina fosamila (vide item 9. Reações Adversas). Em tal circunstância, a interrupção da terapia com Zinforo®, e o uso de medidas de suporte concomitantes à administração do tratamento específico para o Clostridioides difficile, deve ser considerada.
Como ocorre com outras cefalosporinas, convulsões ocorreram em estudos toxicológicos de ceftarolina em 7 a 25 vezes os níveis da Cmáx em humanos (vide item 3. Características Farmacológicas – Dados de segurança pré-clínicos). A experiência em estudos clínicos com ceftarolina em pacientes com histórico de convulsão preexistente é limitada. Portanto, Zinforo® deve ser utilizado com precaução nesta população de pacientes.
O desenvolvimento de um teste de antiglobulina direto positivo (DAGT) pode ocorrer durante o tratamento com cefalosporinas. A incidência de soroconversão DAGT em pacientes recebendo ceftarolina foi de 11,2% nos cinco estudos pivotais Fase 3 agrupados, com a administração a cada 12 horas (600 mg administrado ao longo de 60 minutos a cada 12 horas) e de 32,3% em um estudo em pacientes que receberam ceftarolina fosamila a cada 8 horas (600 mg administrado ao longo de 120 minutos, a cada 8 horas). Não houve evidência de hemólise em qualquer paciente recebendo ceftarolina fosamila que desenvolveu DAGT positivo. Entretanto, a possibilidade de ocorrer anemia hemolítica em associação com cefalosporina, incluindo tratamento com Zinforo®, não pode ser descartada. Pacientes com anemia durante ou após o tratamento com Zinforo® devem ser investigados sobre esta possibilidade.
Existem dados clínicos limitados para a ceftarolina no tratamento das IPPMc em adultos causadas por S. aureus com uma CIM > 1 mg/L para ceftarolina, e não existem dados clínicos para o tratamento de S. aureus com uma CIM = 2 mg/L ou 4 mg/L para ceftarolina. Portanto, as doses recomendadas de Zinforo® para tratar as IPPMc causadas por S. aureus com uma CIM > 1 mg/L para ceftarolina, baseiam-se na modelação e simulação farmacocinética/farmacodinâmica (vide item 8. Posologia e Modo de Usar).
Pacientes pediátricos < 2 meses de idade
Não estão disponíveis dados clínicos sobre a gravidez para ceftarolina. Estudos em animais com ceftarolina fosamila não indicaram efeitos nocivos sobre a fertilidade, gravidez, parto ou desenvolvimento pós-natal (vide item 3. Características Farmacológicas – Dados de segurança pré-clínicos). Zinforo® não deve ser utilizado durante a gravidez, exceto se claramente necessário e apenas se o potencial benefício superar o possível risco.
6. interações medicamentosas
O potencial de interação da ceftarolina com fármacos metabolizados pelas enzimas do citocromo P450 deve ser baixa, uma vez que a ceftarolina não é inibidora (CYP1A1, CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A4) nem indutora (CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19 ou CYP3A4/5) das enzimas P450 in vitro. A ceftarolina não é metabolizada pelas enzimas P450 in vitro , assim não se espera que a coadministração de indutores ou inibidores do citocromo P450 influencie a farmacocinética da ceftarolina.
In vitro , a ceftarolina não é transportada por transportadores de efluxo P-gp ou BCRP. A ceftarolina não inibe a P-gp e, portanto, não é esperada uma interação com substratos, tais como a digoxina. A ceftarolina é um inibidor fraco do BCRP, mas o efeito é muito pequeno para ser clinicamente relevante. Os estudos in vitro demonstraram que a ceftarolina não é um substrato de, nem inibe os transportadores de recaptação renal OCT2, OAT1 e OAT3; portanto, não são esperadas interações medicamentosas com medicamentos que inibem a secreção renal ativa (por exemplo: probenecida) ou com medicamentos que são substratos destes transportadores.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Uma vez preparada com os diluentes listados no item 8. Posologia e Modo de Usar, a solução intravenosa deve ser administrada nas primeiras 6 horas após a preparação. A estabilidade físico-química foi demonstrada por até 12 horas entre 2 e 8°C. Uma vez retirado do refrigerador para a temperatura ambiente de 23–25°C, o produto diluído deve ser usado dentro de 6 horas.
8. posologia e modo de usar
Tabela 8. Dosagem em pacientes com clearance de creatinina (ClCr) > 50 mL/min*
Faixa etária
Posologia
Tempo de infusão (minutos)a / Frequência
Dose padrão
IPPMcb / 5 – 14
PACc / 5 – 7
Adultos e adolescentes com idade entre 12 e < 18 anos com peso corpóreo > 33 kg
600 mg
5 – 60 / a cada 12 horas
Adolescentes com idade entre 12 anos e < 18 anos com peso corpóreo < 33 kg e crianças > 2 anos a < 12 anos
12 mg/kg, a um máximo de 400 mg
5 – 60 / a cada 8 horas
> 2 meses a < 2 anos
8 mg/kg
5 – 60 / a cada 8 horas
Do nascimento a < 2 mesesd
6 mg/kg
60 / a cada 8 horas
Dose elevada
IPPMcb confirmada ou suspeita de ser causada por S. aureus com uma CIM = 2 mg/L ou 4 mg/L para ceftarolinad / 5 – 14
Adultos
600 mg
120 / a cada 8 horas
Adolescentes e crianças de > 2 anos a < 18 anos
12 mg/kg, a um máximo de 600 mg
120 / a cada 8 horas
> 2 meses a < 2 anos
10 mg/kg
120 / a cada 8 horas
a O tempo de infusão de 5 minutos é baseado em análises farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
b Indicação de infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc).
c Indicação de pneumonia adquirida na comunidade (PAC).
d Recomendações de doses elevadas e em recém-nascidos são baseadas em análises farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Vide item 5. Advertências e Precauções e item 3. Características Farmacológicas -Propriedades Farmacodinâmicas.
* Calculado usando a fórmula de Cockcroft-Gault para adultos e a fórmula de Schwartz (em mL/min/1,73 m2) para pacientes pediátricos.
Faixa etária
Clearancede creatinina (mL/min)a
Posologia
Tempo de infusão (minutos)b
/
Frequência
Dose padrão
IPPMcc / 5 – 14
PACd / 5 – 7
Adultos e adolescentes com idade entre 12 e < 18 anos com peso corpóreo > 33 kg
> 30 a < 50
400 mg
5 – 60/a cada
12 horas
> 15 a < 30
300 mg
Doença renal terminal, incluindo hemodiálisef
200 mg
Adolescentes com idade entre 12 anos e < 18 anos com peso corpóreo < 33 kg e crianças > 2 anos a < 12 anos
> 30 a < 50
8 mg/kg, a um máximo de 300
mg
5 – 60/a cada
8 horas
> 15 a < 30
6 mg/kg a um máximo de 200
mg
Dose elevada
IPPMcc confirmada ou suspeita de ser causada por S. aureus com uma
CIM = 2 mg/L ou
4 mg/L para ceftarolinae / 5 – 14
Adultos
> 30 a < 50
400 mg
120 / a cada 8 horas
> 15 a < 30
300 mg
Doença renal terminal, incluindo hemodiálisef
200 mg
Adolescentes e crianças com idade entre > 2 anos a < 18 anos
> 30 a < 50
10 mg/kg, a um máximo de 400
mg
120 / a cada 8 horas
>15 to<30
8 mg/kg a um máximo de 300
mg
a Calculado utilizando a fórmula de Cockcroft-Gault para adultos e fórmula de Schwartz para pacientes pediátricos (em mL/min/1,73 m2). A dose é baseada no ClCr. O ClCr deve ser monitorado de perto e a dose
ajustada de acordo com a alteração da função renal.
b O tempo de infusão de 5 minutos é baseado em análises farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
c Indicação de infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc).
d Indicação de pneumonia adquirida na comunidade (PAC).
e Baseado em análises farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Vide item 5. Advertências e Precauções e item 3.
Características Farmacológicas – Propriedades Farmacodinâmicas.
f A ceftarolina é hemodialisável. Assim, Zinforo® deve ser administrado após hemodiálise em dias de hemodiálise.
9. reações adversas
A incidência de eventos adversos emergentes do tratamento nos os estudos em IPPMc e PAC de Fase 3 combinados foram similares nos grupos ceftarolina e comparador (45,7% versus 46,7%, respectivamente). As reações adversas mais comuns que ocorreram em > 3% dos pacientes tratados com ceftarolina foram diarreia, cefaleia, náusea e prurido, e foram geralmente leves ou moderadas em severidade.
Um estudo (COVERS) foi conduzido com 506 pacientes adultos com IPPMc tratados com ceftarolina fosamila (600 mg administrados durante 120 minutos, a cada 8 horas). As reações adversas mais comuns que ocorreram em > 3% dos pacientes tratados com ceftarolina fosamila foram náusea, cefaleia e rash. O perfil de segurança de ceftarolina fosamila foi semelhante ao observado nos estudos de Fase 3 combinados anteriores, com exceção de uma maior incidência de rash em pacientes asiáticos (vide abaixo) quanto uma maior incidência na soroconversão DAGT (vide item 5. Advertências e Precauções).
Além disso, a avaliação de segurança em recém-nascidos e lactentes (faixa etária do nascimento a menos de 2 meses) baseia-se nos dados de segurança de 2 ensaios clínicos, nos quais 11 pacientes com sepse tardia receberam ceftarolina fosamila a 4 ou 6 mg/kg como uma infusão de 60 minutos a cada 8 horas e 23 pacientes com suspeita ou infecção bacteriana confirmada receberam apenas uma dose única de ceftarolina fosamila a 8 mg/kg como uma infusão de 60 minutos.
Sistema de Classe de Órgãos | Muito comum > 1/10 | Comum > 1/100 e < 1/10 | Incomum > 1/1.000 e < 1/100 | Raro > 1/10.000 e < 1/1.000 | Muito raro < 1/10.000 | Frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) |
Infecções e infestações | Colite por Clostridioides difficile | |||||
Distúrbios do sangue e sistema linfático | Trombocitopenia, leucopenia, anemia | Eosinofilia
| Agranulocitose, neutropenia* | |||
Distúrbios do sistema imune | Hipersensibilidade/ anafilaxia | |||||
Distúrbios do sistema nervoso | Cefaleia, tontura | Encefalopatia* | ||||
Distúrbios vasculares | Flebite | |||||
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | Pneumonia eosinofílica* | |||||
Distúrbios gastrintestinais | Diarreia, náusea, vômito, dor abdominal | |||||
Distúrbios hepatobiliares | Transaminases aumentadas | |||||
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo | Rash, prurido | Urticária | ||||
Distúrbios renais e urinários | Creatinina sanguínea aumentada |
Sistema de Classe de Órgãos | Muito comum > 1/10 | Comum >1/100e < 1/10 | Incomum > 1/1.000 e < 1/100 | Raro > 1/10.000 e < 1/1.000 | Muito raro < 1/10.000 | Frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) |
Distúrbios gerais e condições do local de administração | Reações no local de infusão (eritema, flebite, dor), pirexia | |||||
Laboratoriais | Teste de Coombs Direto Positivo | Alargamento de INR, tempo de protrombina prolongado |
Reações adversas medicamentosas (RAMs) identificadas pós-comercialização.
Rash foi observado com uma frequência comum nos estudos de Fase 3 combinados em IPPMc comaadministração de ceftarolina fosamila a cada 12 horas (600 mg administrados durante 60 minutos, a cada 12 horas), e no estudo COVERS em IPPMc com administração a cada 8 horas (600 mg administrados durante 120 minutos, a cada 8 horas). No entanto, a frequência de rash no subgrupo de pacientes asiáticos que receberam ceftarolina fosamila a cada 8 horas (COVERS) foi muito comum (18,5%).
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Farmacêutica Responsável: Liliana R. S. Bersan – CRF-SP n° 19167
Registrado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
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CNPJ n° 61.072.393/0001–33
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