Bula do profissional da saúde - WILATE OCTAPHARMA BRASIL LTDA
Octapharma Brasil Ltda.
Pó liofilizado para solução injetável + solução diluente 450/900UI
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
WILATE 450/900
fator VIII de coagulação
fator de von Willebrand
USO ADULTO E PEDIÁTRICO EM CRIANÇAS ACIMA DE 6 ANOS. USO RESTRITO A HOSPITAIS. APRESENTAÇÕESWilate 450: 450 UI de fator VIII de coagulação (FVIII) e 400 UI de von Willebrand (FvW), pó liofilizado + diluente água para injeção x 5ml + conjunto de reconstituição e infusão.
Wilate 900: 900 UI de fator VIII de coagulação (FVIII) e 800 UI de von Willebrand (FvW), pó liofilizado + diluente água para injeção x 10ml + conjunto de reconstituição e infusão.
Forma farmacêutica e via de administração:
Pó liofilizado e diluente para reconstituição e preparação de solução para administração por via intravenosa.
Composição por frasco ampola:
Componentes da fórmula | Quantidade/frasco-ampola | |
Ativos | ||
fator VIII de coagulação | 450 UI | 900 UI |
fator de von Willebrand | 400 UI | 800 UI |
proteína total | < 7,5 mg | < 15,0 mg |
Excipientes: glicina, sacarose, cloreto de sódio, citrato de sódio, cloreto de cálcio
Componentes da fórmula | Quantidade/frasco-ampola | |
Diluente | ||
água para injeção | 5,0 mL | 10,0 mL |
polissorbato 80 | 1 mg/mL | 1 mg/mL |
A solução reconstituída com o diluente (5ml/10ml de água para injeção com 0,1% de polissorbato 80), contém 90 UI/ml FVIII e 80 UI/ml FvW.
A potência do FVIII é determinada pelo ensaio cromogênico (FVIII:C) descrito na Farmacopéia Européia. A potência do FvW é determinada pela atividade do Cofator de Ristocetina (FvW:RCo) por referência ao “Padrão Internacional para Concentrados de Fator de von Willebrand” (OMS).
A atividade específica do Wilate é > 60 UI FVIII:C/mg e > 53 UI FvW:RCo/mg do total da proteína.
II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1. INDICAÇÕES
Doença de von Willebrand
Terapia e profilaxia de hemorragias em pacientes com doença de von Willebrand, causadas por uma deficiência quantitativa e/ou qualitativa de fator de von Willebrand (FvW), quando o tratamento com DDAVP (1-desamino-8-D-arginina vasopressina/desmopressina) é ineficaz ou está contraindicado. As principais indicações são: – Profilaxia e tratamento de episódios hemorrágicos e
– Profilaxia e tratamento de hemorragias em cirurgias de pequeno porte.
Hemofilia A
Terapia e profilaxia de hemorragias em pacientes com hemofilia A, causadas pela insuficiência de fator VIII de coagulação (FVIII) congênita ou adquirida, bem como profilaxia e tratamento de hemorragias em cirurgias de pequeno porte.
No momento, são realizados estudos clínicos para avaliar a segurança e a eficácia de Wilate em cirurgias de grande porte para as indicações de hemofilia A e doença de von Willebrand. Por esse motivo, não se encontram disponibilizados dados suficientes para a aplicação e dosagem desse medicamento. Portanto, nos casos de grandes intervenções cirúrgicas, é indispensável uma observação minuciosa da terapia de substituição através da determinação dos fatores de coagulação (FVIII:C e eventualmente FvW:RCo).
Não existem dados suficientes, até o momento, com relação à aplicação de Wilate em crianças com idade inferior a 6 anos.
2. resultados de eficácia
As porcentagens da prevenção/cura contra tratamento de controle não podem ser fornecidos para nossos produtos. A justificativa para tal concentra-se no fato de que todos os estudos foram não controlados. No entanto, critérios objetivos foram usados para taxa de eficácia, níveis dos fatores de coagulação e parâmetros derivados. Adicionalmente, o tratamento de um grupo controle com produtos de referência padronizados (outros além do tratamento de fator de coagulação regular), podem submeter pacientes hemofílicos a riscos desnecessários de desenvolvimento de inibidores.
3. características farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Doença de von Willebrand
O fator de von Willebrand é preparado a partir do plasma humano e age da mesma forma que o FvW endógeno. A administração do FvW permite a correção de anomalias hemostáticas presentes em pacientes que sofrem de deficiência de FvW (DvW), em dois níveis:
O FvW restabelece a adesão de plaquetas ao tecido subendotelial vascular onde ocorreu o dano, promovendo a hemostasia primária que se traduz na redução do tempo de hemorragia. Este efeito ocorre imediatamente e depende em larga medida do nível de polimerização da proteína; O FvW produz uma correção tardia da deficiência em FVIII associada. Se administrado por via intravenosa, o FvW se liga ao FVIII endógeno e pela estabilização deste fator, evita sua rápida degradação. Por isso, a administração do FvW puro (FvW com baixo nível de FVIII) restaura o nível do FVIII:C para normal como um efeito secundário. A administração intravenosa de concentrados de FvW contendo FVIII restaura o nível normal do FVIII:C imediatamente após a primeira infusão.Além do papel protetor da molécula de FVIII, o FvW medeia a adesão e a agregação plaquetária no local da lesão vascular.
Hemofilia A
O complexo do FVIII/FvW consiste em duas moléculas (FVIII e FvW) com diferentes funções fisiológicas. Quando injetados em um paciente com hemofilia, o FVIII se liga ao FvW pela circulação sanguínea. O FVIII ativado (FVIIIa) age como um cofator para o FIX ativado (FIXa), acelerando a conversão do fator X em fator X ativado (FXa). O FXa converte a protrombina em trombina. A trombina converte o fibrinogênio em fibrina e forma-se um coágulo.
A hemofilia A é uma doença da coagulação sangüínea, hereditária, devido a diminuição do nível de FVIII:C, o que resulta em hemorragias abundantes nas articulações, músculos ou órgãos internos de forma espontânea ou como resultado de um acidente ou trauma cirúrgico. Após a administração do medicamento, o nível de FVIII é aumentado, permitindo uma correção temporária da deficiência do fator.
Propriedades farmacocinéticas
Doença de von Willebrand
O FvW, presente no Wilate, é um constituinte normal do plasma humano e atua como o FvW endógeno.
Em pacientes com doença de von Willebrand do tipo 3, a taxa de recuperação média para o FvW:RCo e FvW:Ag foi de 68 e 99%, respectivamente. Estes valores correspondem a aumentos médios da atividade plasmática de 1,5 e 2,1% por cada UI/kg de peso corporal substituída.
Os seguintes resultados foram observados num estudo clínico envolvendo 8 pacientes com doença de von Willebrand tipo 3:
Parâmetro | Média | Mediana | Intervalo |
Recuperação %/UI/kg | FvW:RCo: 1,5 | 1,5 | 1,2 — 2,2 |
AUC 0-~(UI/ml * h) | FvW:RCo: 13,6 | 15,3 | 5,9 – 19,1 |
Tempo meia-vida (h) | FvW:RCo: 17,5 | 16,6 | 7,4 – 30,6 |
TMP (h) | FvW:RCo: 23,2 | 23,3 | 10,2 – 37,1 |
Depuração ml/h/kg | FvW:RCo: 3,9 | 3,4 | 2,5 – 7,4 |
AUC = área sob a curva; TMP = tempo médio de permanência
Hemofilia A
O fator VIII, presente no Wilate, é um constituinte normal do plasma humano e atua como o FVIII endógeno. Após injeção, aproximadamente 2/3 a 3/4 do fator VIII permanece em circulação. A atividade plasmática varia entre 80 – 120% da atividade FVIII:C prevista.
A atividade do fator VIII:C diminui em duas fases exponenciais. Na fase inicial ocorre distribuição entre o compartimento intravascular e outros compartimentos (fluidos corporais) com uma meia-vida de eliminação plasmática de 3 a 6 horas. Na fase subsequente, mais lenta, a meia-vida varia entre 8 e 18 horas, com uma média de 15 horas. Esta meia-vida corresponde à meia-vida biológica.
Os resultados seguintes foram observados num estudo clínico com 12 doentes (ensaio de coagulação em uma etapa, determinação única):
Parâmetro | Média | DP |
Recuperação %/UI/kg | FVIII:C 2,04 | 1,15 |
AUCnorm % * h/UI/kg | FVIII:C 37,8 | 10,0 |
Tempo meia-vida (h) | FVIII:C 14,8 | 3,1 |
TMP (h) | FVIII:C 20,4 | 4,5 |
Depuração ml/h/kg | FVIII:C 2,9 | 1,0 |
AUC = área sob a curva; TMP = tempo médio de permanência; DP = desvio padrão
4. contraindicações
Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Precauções e advertências
Como para qualquer proteína derivada do plasma humano para uso intravenoso são possíveis reações de hipersensibilidade do tipo alérgico. Os pacientes têm que ser cuidadosamente monitorados e observados por todo período de infusão.
O paciente deverá ser informado sobre os sinais precoces de hipersensibilidade, incluindo urticária, urticária generalizada, sensação de opressão torácica, respiração difícil ou chiado, hipotensão, anafilaxia. Se ocorrerem os sintomas alérgicos, o tratamento do paciente deve ser descontinuado e o médico contatado.
No caso de choque, o padrão médico para tratamento de choque deverá ser observado.
A seleção de doadores, a análise das doações individuais e pools plasmáticos para marcadores específicos de infecções e a inclusão no processo de fabricação de etapas de remoção/inativação viral efetivas, constituem medidas padrão na prevenção de infecções resultantes do uso de medicamentos derivados do sangue ou plasma humano. No entanto, quando se administra estes medicamentos, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser completamente excluída. Isto também se aplica aos vírus desconhecidos ou emergentes e a outros agentes patogênicos.
As medidas tomadas são consideradas efetivas para vírus envelopados, como HIV, HBV e HCV, e para o vírus não envelopado HAV. As medidas tomadas podem ter valor limitado contra vírus não envelopados, como os parvovirus B19.
A infecção por parvovirus B19 pode ser perigosa para gestantes (infecção fetal) e para indivíduos com imunodeficiência ou aumento de eritropoiese (ex. anemia hemolítica).
Sempre que o Wilate for administrado ao paciente, o nome e o lote do produto deverão ser registrados para manter a rastreabilidade entre o paciente e o produto.
Deve ser considerada a vacinação apropriada (hepatite A e B) dos doentes que recebem regular/repetidamente concentrados de FVIII/FvW derivados do plasma humano
Doença de von Willebrand
O médico que administrar o FVIII que contém o FVW, deverá estar ciente que o tratamento continuado pode causar um aumento excessivo em FVIII:C. Nestes pacientes o nível de plasma de FVIII:C deve ser monitorado para evitar o aumento excessivo do nível do plasma FVIII:C, o que pode aumentar o risco de trombose.
Há um risco de trombose quando se usa o FvW contendo FVIII, inclusive em pacientes com parecer clínico ou fator de risco em laboratório. Portanto, pacientes com este risco devem ser monitorados ao menor sinal de trombose. Profilaxia contra trombose venosa deve ser instituída de acordo com as recomendações atuais.
Pacientes com DvW, especialmente pacientes do tipo 3, podem desenvolver anticorpos neutralizantes (inibidores) para FvW. Se a atividade plasmática do FvW:RCo esperada não for atingida ou se a hemorragia não for controlada com a dose recomendada, deve-se pesquisar a presença de inibidor contra o FvW por ensaio laboratorial. Em doentes com elevados níveis de inibidores, o tratamento com fator FvW pode não ser eficaz e devem ser consideradas outras opções terapêuticas. O tratamento destes doentes deve ser orientado por um médico com experiência no tratamento de distúrbios da hemostasia.
Hemofilia A
A formação de anticorpos neutralizantes (inibidores) para FVIII é uma complicação conhecida em indivíduos com hemofilia A. Estes inibidores são usualmente imunoglobulinas IgG contra a atividade pró coagulante do FVIII, que são quantificados em Unidades Bethesda Modificada (BU) por mL de plasma. O risco do desenvolvimento de inibidores está relacionado à exposição do FVIII anti-hemofílico, sendo mais elevado nos primeiros 20 dias de exposição. Raramente, inibidores são desenvolvidos após os 100 primeiros dias de exposição. Pacientes tratados com FVIII devem ser cuidadosamente monitorados para o desenvolvimento de inibidores pela observação clínica apropriada e testes laboratoriais.
Gravidez e Lactação
Não existem estudos de reprodução em animais com o FVIII/FvW.
Doença de von Willebrand (DvW): Não está à disposição experiência com o tratamento em gestantes ou em fase de amamentação. O Wilate deve ser administrado a grávidas ou mulheres que estejam amamentando somente se for extremamente necessário, lembrando que há um grande risco de aumento de hemorragia nestas pacientes.
Hemofilia A: Não existe experiência com o tratamento de grávidas ou em fase de amamentação, visto que é raríssimo acontecer o caso de Hemofilia A em mulheres. Portanto, Willate só deve ser administrado a grávidas ou mulheres que estejam amamentando somente se for claramente indicado.
Capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas
O tratamento com Wilate não afeta a capacidade do usuário em dirigir e operar máquinas.
5. interações medicamentosas
Não são conhecidas interações de Wilate com outros medicamentos.
Wilate não deve ser misturado com outros medicamentos ou administrado simultaneamente com outras preparações intravenosas na mesma infusão.
Recomenda-se o uso exclusivo dos acessórios de preparação e infusão que acompanham o produto, de forma a evitar absorção de FVIII / FvW na superfície interna de alguns equipos de infusão.
6. cuidados de armazenamento do medicamento
Conservar o produto em sua embalagem original, armazenado sob refrigeração, em temperaturas entre +2°C e +8°C, protegido da luz.
Não congelar. O produto reconstituído deve ser utilizado de uma só vez. O volume restante deve ser descartado.
Aspecto do Wilate e conteúdo da embalagem
Pó liofilizado: pó ou sólido friável branco ou amarelado.
Solução reconstituída: transparente ou levemente opalescente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
7. posologia e modo de usar
Instruções para reconstituição:
1. Aquecer o pó e o diluente nos frascos para injetáveis fechados à temperatura ambiente. Se utilizar um banho-maria, deve ter cuidado para não haver contato entre a água e as cápsulas ou as tampas de borracha (isentas de látex) dos frascos para injetáveis. A temperatura do banho de água não deverá exceder os 37°C;
2. Remover as cápsulas dos frascos para injetáveis de pó e do diluente e desinfetar as tampas de borracha com a gaze embebida em álcool;
3. Colocar o frasco para injetáveis de diluente numa superfície plana. Conectar a agulha de dupla extremidade (pelo lado de borda ondulada) ao frasco para injetáveis de diluente e inseri-la empurrando até ao fim;
4. Colocar o frasco para injetáveis do concentrado numa superfície plana. Remover a proteção da agulha de dupla extremidade tendo o cuidado de não tocar na agulha exposta. Segurar o frasco para injetáveis de diluente invertido e rapidamente perfurar com a agulha o centro da tampa de borracha do frasco para injetáveis que contém o pó e empurrar até ao fim. O vácuo existente no frasco para injetáveis que contém o pó permite que o diluente passe para este recipiente;
5. Remover do frasco de concentrado, a agulha de dupla extremidade em conjunto com o frasco de solvente e em seguida girar lentamente o frasco até que o concentrado se dissolva completamente. O Wilate dissolve rapidamente à temperatura ambiente, resultando uma solução límpida ou levemente opalescente. Não usar soluções turvas ou cujo pó não tenha dissolvido completamente.
Administração:
Como medida de precaução, o pulso dos pacientes deve ser avaliado antes e durante a injeção do FVIII/FvW. Se for verificado um aumento marcado do pulso, a velocidade de injeção deve ser reduzida ou a administração interrompida.
1. Depois da reconstituição do pó de acordo com a descrição anterior, remover a proteção da agulha com filtro e perfurar a tampa de borracha do frasco de concentrado.
2. Remover a tampa da agulha com filtro e fixar a seringa.
3. Inverter o frasco com a seringa e transferir a solução para o interior da seringa.
4. Limpar o local da injeção com gaze embebida em álcool.
5. Remover da seringa a agulha com filtro e no seu lugar fixar a agulha de infusão (borboleta).
6. Injetar a solução por via intravenosa a uma velocidade lenta de 2–3 ml/minuto.
Qualquer produto não utilizado ou material de desperdício deve ser descartado de acordo com os requisitos locais.
Doença de Von Willebrand
A proporção entre FVIII:C e FvW:RCo é aproximadamente de 1:1. Geralmente, 1 UI/Kg do peso corporal de FVIII:C e de FvW:RCo aumenta a atividade plasmática normal da respectiva proteína em cerca de 1,5 – 2%. Geralmente são necessários, aproximadamente, de 20 a 40 UI Wilate/kg peso corporal para alcançar a hemostasia adequada. Esta dose vai aumentar os níveis de FVIII:C e FvW:RCo nos pacientes em aproximadamente 30 a 100%.
Pode ser exigida uma dose inicial de 50 a 80 UI Wilate/Kg, especialmente em pacientes com DvW tipo 3, onde a sustentação adequada dos níveis plasmáticos pode exigir doses maiores que em outros tipos de DvW. Pacientes com hemorragia no trato gastrointestinal iniciam e mantêm o tratamento com uma dose maior.
Prevenção de hemorragia em caso de cirurgia ou trauma grave:
Para prevenção de hemorragia no caso de cirurgia, a administração do Wilate deve ser iniciada 30 minutos antes do procedimento cirúrgico. No caso de cirurgia agendada, o tratamento deverá ser iniciado de 12 a 24 horas antes da cirurgia e deverá ser repetido uma hora antes do procedimento. Deverão atingir-se níveis de FvW:RCo de > 60 UI/dl (> 60%) e FVIII:C, níveis de > 50 UI/dl ( > 50%).
Uma dose apropriada deverá ser repetida a cada 12 a 24 horas de tratamento. A dose e a duração do tratamento dependerão do estado clínico do paciente, do tipo e da seriedade da hemorragia e dos níveis de FVIII:C e FvW:RCo.
Ao administrar o FvW que contém o FVIII, o médico responsável pelo tratamento deverá ter ciência que o tratamento continuado poderá causar um aumento excessivo de FVIII:C em pacientes com DvW. Após 24 a 48 horas de tratamento, para evitar um aumento excessivo de FVIII:C, deverá ser considerada a redução da dose administrada ou aumentar o intervalo da dose.
Hemofilia A
A dosagem e a duração da substituição da terapia dependerão do grau da deficiência do FVIII, da localização e a extensão da hemorragia e das condições clínicas do paciente.
O número de unidades do FVIII administrado é expresso em Unidades Internacionais (UI), que obedece ao padrão do Ministério da Saúde. A atividade do FVIII no plasma é expressa tanto quanto porcentagem (relativo ao plasma humano) ou em UI (relativo ao Padrão Internacional para FVIII no plasma).
Uma UI de atividade FVIII é equivalente a quantidade de FVIII em um ml de plasma humano normal.
O cálculo da dosagem requerida de FVIII é baseado numa percepção empírica de que 1 UI FVIII:C/kg peso corporal aumenta o nível de plasma de 1,5 – 2% da atividade normal. A dosagem requerida é determinada usando a fórmula a seguir:
UI = Peso Corporal (kg) x aumento FVIII desejado (%) x 0,5 UI/kgO valor e a freqüência da administração devem seguir orientação, conforme cada caso individualmente. A tabela a seguir pode ser usada para orientar as doses nos casos de hemorragia e cirurgias em adultos ou crianças maiores de 6 anos.
Esquema de tratamento para Hemorragia e Cirurgia
Grau de Hemorragia / Tipo de Cirurgia | Nível de FVIII solicitado (%) (Ul/dl) | Freqüência de Doses (hora) / Duração da Terapia (dia) |
Hemorragia | ||
Hemorragia suave: Hemostasia precoce, hemorragia muscular, hemorragia nasal, hemorragia oral e outros ferimentos menores | 20 – 40 | Repetir de 12 a 24 horas. No mínimo 1 dia, até que a hemorragia, como indicada pela dor, seja resolvida ou a cura alcançada |
Hemostasia mais extensa, hemorragia muscular, hematoma | 30 – 60 | Repetir a infusão de 12 a 24 horas por 3 a 4 dias ou mais, até que a dor ou a incapacidade sejam resolvidos. |
Hemorragia com ameaça de Vida: hemorragia cerebral, trauma de agulha grossa sem a hemorragia visível, séria hemorragia abdominal, hemorragia interna, hemorragia na garganta | 60 – 100 | Repetir a infusão de 8 a 24 horas até que o perigo seja resolvido. |
Cirurgia | ||
Menor: Incluindo extração de dente | 30 – 60 | Durante 24 horas, no mínimo, até que a cura seja alcançada. |
Maior: | 80 – 100 (Pré e pós – operatório) | Repetir a infusão de 8 a 24 horas até alcançar a cura, a terapia, no mínimo por mais 7 dias para manter a atividade do FVIII de 30% a 60%. |
Durante o tratamento, deve ser levado em consideração o nível apropriado do FVIII:C para administrar corretamente a dose e a freqüência de infusões repetidas. No caso de cirurgias grandes é indispensável o monitoramento da terapia de substituição pela análise da coagulação (FVIII:C). A resposta ao tratamento com FVIII varia de paciente para paciente, acrescentando diferentes níveis de restabelecimento in vivo e demonstrando diferentes meias-vidas.
8. reações adversas
Podem ocorrer dores locais e sensibilidade no local da injeção, o que pode ser prevenido pela divisão das altas doses em várias injeções em locais diferentes.
As reações de hipersensibilidade ou alérgicas (podendo incluir angioedema, sensação de queimadura ou picada no local de injeção, tremores, eritema, urticária generalizada, cefaleia, erupções cutâneas, hipotensão, letargia, náusea, agitação, taquicardia, sensação de opressão torácica, formigamento, vômitos, respiração ruidosa) foram pouco frequentes e podem em alguns casos progredir para reação anafilática grave (incluindo choque). Em casos raros observou-se febre.
Classes de sistemas de órgãos | Reações incomuns | Reações raras | Reações muito raras |
Doenças do sistema imunitário | Reação de hipersensibilidade | Choque anafilático | |
Perturbações gerais e alterações no local de administração | Febre | ||
Exames complementares de diagnóstico | Inibidores contra o FVIII | Inibidores contra o FvW |
Incomuns (>1/1.000, <1/100)
Raros (>1/10.000, <1/1.000)
Muito raros (<1/10.000), incluindo comunicações isoladas
Doença de von Willebrand
Muito raramente, na doença de von Willebrand especialmente do tipo 3, os doentes podem desenvolver anticorpos neutralizantes contra o FvW. Na presença de inibidores, manifesta-se uma resposta clínica insuficiente. Estes anticorpos podem precipitar e ocorrer concomitantemente com uma reação anafilática. Deste modo, doentes que experimentem uma reação anafilática, devem ser avaliados quanto à presença de inibidores. Nestes casos, recomenda-se contatar um centro especializado no tratamento da hemofilia.
Existe o risco de ocorrência de episódios trombóticos, particularmente em doentes com fatores de risco laboratorial ou clínico conhecidos. Estes doentes devem ser monitorizados para sinais precoces de trombose. Deve ser instituída a profilaxia contra o tromboembolismo venoso de acordo com as recomendações em vigor. Nos doentes tratados com concentrados de FvW contendo FVIII, níveis plasmáticos de FVIII:C excessivos podem aumentar o risco de episódios trombóticos.
Hemofilia A
Doentes com hemofilia A podem desenvolver anticorpos neutralizantes (inibidores) ao fator VIII. Na presença de inibidores, manifesta-se uma resposta clínica insuficiente. Nestes casos, recomenda-se contatar um centro especializado no tratamento da hemofilia. Devido ao número reduzido de doentes tratados com Wilate, não é possível fazer uma afirmação conclusiva quanto ao desenvolvimento de inibidores em doentes previamente tratados. Não está disponível informação quanto à ocorrência de inibidores em doentes sem tratamento prévio. Não existe informação suficiente para recomendar o uso do Wilate em doentes não previamente tratados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em:
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
9. superdose
9. superdoseNão há dados disponíveis sobre a superdosagem com o uso de FVIII/FvW.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
III – DIZERES LEGAISRegistro MS: 1.3971.0014.001–4
1.3971.0014.002–2
Farmacêutico responsável: Ana Carolina Almeida CRF RJ 10.515
Uso restrito a hospitais
Venda sob prescrição médica
Fabricado por:Octapharma Pharmazeutika Produktionsges m.b.H.
Viena, Áustria
Embalado por :Octapharma Pharmazeutika Produktionsges m.b.H.
Viena, Áustria ou
Octapharma Dessau GmbH
Dessau, Alemanha
Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 26/11/2015