Bula do profissional da saúde - Teriflunomida NATCOFARMA DO BRASIL LTDA
Natcofarma do Brasil Ltda.
Comprimido Revestido
14 mg
BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE
teriflunomida
Medicamento genérico, Lei n° 9.787, de 1999.
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO teriflunomida 14 mg
APRESENTAÇÃOTeriflunomida é apresentado na forma farmacêutica de comprimido revestido de 14 mg em embalagens com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 14 mg de teriflunomida.
Excipientes: lactose monoidratada, amido pré-gelatinizado, hiprolose, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício e estearato de magnésio. O revestimento do comprimido é composto de hipromelose, dióxido de titânio, talco, macrogol e azul de indigotina 132 laca de alumínio.
2. resultados de eficácia
A eficácia de teriflunomida foi demonstrada em dois estudos fase 3, controlados com placebo, em pacientes com as formas recorrentes da esclerose múltipla, e um estudo fase 3, controlado com placebo, em pacientes com esclerose múltipla recente (isto é, com o primeiro episódio clínico)
O estudo 1 (EFC6049/TEMSO), duplo cego, controlado com placebo, avaliou doses únicas diárias de teriflunomida 7 mg e 14 mg, em pacientes com formas recorrentes da esclerose múltipla (EMR) durante 108 semanas. Todos os pacientes apresentavam o diagnóstico definitivo de esclerose múltipla (EM), exibindo um curso clínico de recidivas com ou sem progressão, com pelo menos uma recidiva no ano anterior ao estudo ou, pelo menos duas recidivas nos dois anos anteriores ao estudo.
Os indivíduos não tinham recebido interferon-beta por pelo menos 4 meses, ou qualquer outra medicação para EM por pelo menos 6 meses antes de entrar no estudo, nem foi permitido o uso destes medicamentos durante o estudo. Avaliações neurológicas foram realizadas na triagem, a cada 12 semanas até a semana 108 e em visitas não agendadas por suspeita de recidiva. Ressonância magnética de imagem (MRI) foi realizada na triagem, e nas semanas 24, 48, 72 e 108. O desfecho primário foi a taxa anual de recidivas (ARR).
Um total de 1088 pacientes com EMR foram randomizados para receber 7 mg (n=366) ou 14 mg (n=259) de teriflunomida ou placebo (n=363). Na inclusão, os pacientes tinham uma pontuação < 5,5 na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS). A idade média da população do estudo foi de 37,9 anos, a duração média da doença foi de 5,33 anos, e a média do EDSS basal foi de 2,68.
Um total de 91,4% apresentava EM recorrente-remitente (EMRR) e 8,6% tinham a forma de EM progressiva com recidivas. O tempo médio com placebo foi de 631 dias, com 7 mg de teriflunomida foi de 635 dias, e com 14 mg de teriflunomida foi de 627 dias.
A ARR foi significativamente reduzida em pacientes tratados com 7 mg ou 14 mg de teriflunomida, comparado com os pacientes que receberam placebo (Tabela 1). Houve uma redução consistente na ARR, observada nos subgrupos definidos por sexo, idade, terapia anterior da EM, e atividade basal da doença.
O risco de progressão da incapacidade sustentada por 12 semanas (conforme avaliado pelo aumento de, pelo menos 1 ponto, do EDSS basal < 5,5, ou o aumento de 0,5 ponto para aqueles com EDSS basal > 5,5) foi estatisticamente menor apenas no grupo da teriflunomida 14 mg comparado com o placebo (Tabela 1 e Figura 1).
O efeito da teriflunomida em diversas variáveis de imagem na Ressonância Magnética (MRI) foi avaliado, incluindo o volume total de lesões T2 e lesões T1 hipointensas. A mudança no volume total das lesões comparado com o basal foi significativamente menor no grupo 7 mg e 14 mg do que no grupo placebo. Pacientes tratados com teriflunomida tiveram, significativamente menos lesões realçadas por gadolínio por imagem ponderada T1 do que aqueles no grupo placebo (Tabela 1).
Tabela 1: Resultados clínicos e de MRI do Estudo EFC6049/TEMSO
Teriflunomida 14 mg (N=358) | Teriflunomida 7 mg (N=365) | Placebo (N= 363) | |
Desfechos Clínicos | |||
Taxa Anual de Recidivas (desfecho primário) | 0,369 (p =0,0005) | 0,370 (p=0,0002) | 0,539 |
Redução do risco relativo | 31% | 31% | |
Porcentagem de pacientes que permaneceram sem recidivas na semana 108 | 56,5% (p =0,0030) | 53,7% (p=0,01404) | 45,6% |
Porcentagem de progressão da incapacidade na semana 108 | 20,2% (p =0,028) | 21,7% (p=0,084) | 27,3% |
Razão de azar | 0,70 | 0,76 | |
Redução do risco relativo | 30% | 24% | |
Desfecho MRI | |||
Alteração média do volume total de lesões basal (mL) na semana 108 | 2 0,345 (p =0,0003) | 0,755 (p=0,0317)2 | 1,127 |
Porcentagem de alteração relativa ao placebo | 69% | 33% | |
Número médio de lesões T1 realçadas por gadolínio por imagem | 0,261 (p <0,0001) | 0,570 (p=0,0001) | 1,331 |
Redução relativa | 80% | 57% |
1 Volume total de lesões: soma das lesões T2 e T1 hipointensas, volume em mL.
2 Valores de p baseados na raiz cúbica transformada dos dados para volume total de lesões.
Figura 1: Gráfico Kaplan-Meier do tempo de progressão da incapacidade sustentada por 12 semanas – população intenção de tratar
Resultados de seguimento a longo prazo do estudo TEMSO de segurança da extensão de longo prazo (tratamento mediano total com duração aproximada de 5 anos, duração máxima do tratamento aproximadamente 8,5 anos) não evidenciou dados de segurança novos ou inesperados.
O estudo 2 (EFC10531/TOWER), duplo cego, controlado com placebo, avaliou doses únicas diárias de teriflunomida 7 mg e 14 mg em pacientes com as formas recorrentes da esclerose múltipla (EMR), com duração média do tratamento de, aproximadamente, 18 meses. Todos os pacientes tinham o diagnóstico definitivo de EM, exibindo um curso clínico de recidivas com ou sem progressão, com pelo menos uma recidiva durante o ano anterior ao estudo, ou pelo menos 2 recidivas durante os 2 anos anteriores ao estudo. Os indivíduos não haviam recebido interferon-beta, ou qualquer outro medicamento para EM, nos últimos 3 meses anteriores à inclusão no estudo, e nenhum destes medicamentos foi permitido durante o estudo. Avaliações neurológicas foram realizadas na triagem, a cada 12 semanas até o final do estudo, e em visitas não agendadas por suspeita de recidiva. O desfecho primário era a taxa anual de recidivas (ARR).
Um total de 1169 pacientes foram randomizados para receber 7 mg (n=408) ou 14 mg (n=372) de
teriflunomida ou placebo (n=389). A idade média foi de 37,9 anos, a duração média da doença foi de 5,16 anos, e a média do EDSS basal foi de 2,7 (mediana do EDSS basal foi 2,50). A maioria dos pacientes apresentava EM recorrente-remitente (97,5%). O tempo médio com placebo foi de 571 dias, com teriflunomida 7 mg foi de 552 dias, e com teriflunomida 14 mg foi de 567 dias.
A ARR foi reduzida significativamente em pacientes tratados com 14 mg de teriflunomida, comparado com os pacientes que receberam placebo (Tabela 2). Houve uma redução consistente na ARR, observada nos subgrupos definidos por sexo, idade, terapia anterior de EM, e atividade basal da doença.
O risco de progressão da incapacidade sustentada por 12 semanas (conforme avaliado pelo aumento de, pelo menos 1 ponto, do EDSS basal < 5,5, ou o aumento de 0,5 ponto para aqueles com EDSS basal > 5,5) foi significantemente menor apenas no grupo de teriflunomida 14 mg comparado com placebo (Tabela 2 e Figura 2).
Tabela 2: Resultados clínicos do Estudo EFC10531/TOWER
Teriflunomida 14 mg (N=370) | Teriflunomida 7 mg (N=407) | Placebo (N= 388) | |
Desfechos Clínicos | |||
Taxa anual de recidivas (desfecho primário) | 0,319 (p =0,0001) | 0,389 (p=0,0189) | 0,501 |
Redução do risco relativo | 36,3% | 22,3% | |
Porcentagem de pacientes que permaneceram sem recidivas na semana 108 | 57,1% (p <0,0001) | 58,2% (p=0,0016) | 46,8% |
Porcentagem da progressão da incapacidade na semana 108 | 15,8% (p =0,044) | 21,1% (p=0,762) | 19,7% |
Razão de azar | 0,69 | 0,96 | |
Redução do risco relativo | 31% | 4% |
Figura 2: Gráfico Kaplan-Meier do tempo para a progressão da incapacidade sustentada por 12 semanas – população com intenção de tratar
O Estudo 3 (EFC6260/TOPIC), duplo
cego, controlado com placebo, avaliou doses únicas diárias de
teriflunomida 7 mg e 14 mg por até 108 semanas em pacientes com EM recente (isto é, com o primeiro episódio clínico). Os pacientes apresentaram o primeiro evento neurológico num período de 90 dias da randomização, com 2 ou mais lesões T2, com pelo menos 3 mm de diâmetro que são característicos de EM. O desfecho primário foi o tempo para o segundo episódio clínico (recidiva).
Um total de 618 pacientes foram randomizados para receber 7 mg (n=205) ou 14 mg (n=216) de teriflunomida ou placebo (n=197). A idade média da população do estudo foi de 32,1 anos e o tempo médio desde o primeiro evento neurológico foi de 1,85 meses, 59,1% dos pacientes entraram no estudo com um episódio monofocal, e 40,9% com um episódio multifocal. O tempo médio com placebo foi de 464 dias, com teriflunomida 7 mg foi de 464 dias, e com teriflunomida 14 mg foi de 493 dias.
O risco do segundo episódio clínico foi reduzido de forma estatisticamente significativa no grupo de 7 mg e 14 mg de teriflunomida, comparado com o placebo (Tabela 3 e Figura 3).
O risco do segundo episódio clínico, ou uma nova lesão na MRI (uma nova lesão T1 ou T2 realçada por gadolínio), foi reduzida de forma estatística e significante no grupo de teriflunomida 7 mg e 14 mg, comparados com placebo (Tabela 3 e Figura 3).
Tabela 3: Resultados clínicos e de MRI do EFC6260/TOPIC
Teriflunomida 14 mg (N=214) | Teriflunomida 7 mg (N=203) | Placebo (N= 197) | |
Desfechos Clínicos | |||
Porcentagem de pacientes que permaneceram sem um segundo episódio clínico na semana 108 (desfecho primário) | 76,0% (p =0,0087) | 72,4% (p=0,0271) | 64,1% |
Razão de azar | 0,574 | 0,628 | |
Porcentagem de pacientes que permaneceram sem um segundo episódio clínico e sem nova lesão MRI na semana 108 | 28,5% (p =0,0003) | 26,7% (p=0,0020) | 13,0% |
Razão de azar | 0,651 | 0,686 | |
Desfecho MRI | |||
Alteração média do volume total de lesões1 basal (mL) na semana 108 | 0,227 (p =0,0374)2 | 0,047 (p=0,7789)2 | 0,202 |
Número médio de lesões T1 realçadas por gadolínio por imagem | 0,395 (p =0,0008) | 0,749 (p=0,4366) | 0,953 |
1 Volume total de lesões: soma das lesões T2 e T1 hipointensas, volume em mL.
2 Valores de p baseados na raiz cúbica transformada dos dados para volume total de lesões
Figura 3: Gráfico Kaplan-Meier do tempo para o segundo episódio clínico população com intenção de
tratar (EFC6260/TOPIC)
O efeito da teriflunomida na atividade MRI também foi demonstrada em um quarto estudo, 2001, randomizado, duplo cego, controlado com placebo, com pacientes com EM com recidivas. Um total de 179 pacientes foi tratado com o dobro da dose usual na primeira semana e, depois, recebeu 7 mg (n=61) ou 14 mg (n=57) de teriflunomida ou placebo (n=61) para o restante do período de 36 semanas de tratamento. O desfecho primário foi o número médio de lesões únicas ativas/MRI durante o tratamento. O exame RMI foi realizado no início, semana 6, semana 12, semana 18, semana 24, semana 30 e semana 36. O resultado demográfico basal foi consistente em todos os grupos de tratamento. O número médio de lesões ativas únicas por MRI do cérebro, durante o período das 36 semanas de tratamento, foi menor nos pacientes tratados com teriflunomida 14 mg (0,98) e 7 mg (1,06) quando comparado com placebo (2,69), sendo que a diferença foi estatisticamente significante para ambos (p =0,0052 e p =0,0234, respectivamente).
A eficácia da teriflunomida foi comparável com a de um interferon subcutâneo beta-1a ( na dose recomendada de 44 ^g três vezes por semana) em 324 pacientes randomizados em um estudo (TENERE) com duração mínima de tratamento de 48 semanas (máximo de 114 semanas). O risco de falha (surto confirmado ou interrupção do tratamento permanente, o que vier primeiro) foi o desfecho primário. Teriflunomida 7 mg e 14 mg/dia não foram estatisticamente superiores ao interferon beta-1 a no desfecho primário. A estimativa percentual de pacientes com falha terapêutica na 96a semana utilizando o método de Kaplan-Meier foi de 58,8% ‘versus’ 44,4% (teriflunomida 7 mg ‘versus’ grupo interferon beta 1a, p = 0.5190) e 41,1% ‘versus’ 44,4% (teriflunomida 14 mg versus grupo interferon beta-1a, p = 0.5953).
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:1. O'Connor P, Wolinsky JS, Confavreux C, Comi G, Kappos L, Olsson TP, Benzerdjeb H, Truffinet P, Wang L, Miller A, Freedman MS; TEMSO Trial Group. Randomized trial of oral teriflunomide for relapsing multiple sclerosis. N Engl J Med. 2011 Oct 6;365(14):1293–303.
2. Freedman MS; Teriflunomide in relapsing multiple sclerosis: therapeutic utility. Ther Adv Chronic Dis. 2013. Sep 4;4(5):192–205.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
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eliminação pode ser acelerada pelos seguintes processos:
Administração de 8 g de colestiramina, a cada 8 horas, por 11 dias. Se 8 g de colestiramina, três vezes por dia, não forem bem tolerados, 4 g de colestiramina, três vezes por dia, podem ser usados. Administração de 50 g de pó de carvão ativado, a cada 12 horas, por 11 dias.Se ambos os procedimentos de eliminação são pouco tolerados, os dias de tratamento não precisam ser consecutivos, a menos que seja necessário diminuir a concentração plasmática de teriflunomida rapidamente.
Ao final dos 11 dias, ambos esquemas aceleram a eliminação de teriflunomida com sucesso, levando à diminuição das concentrações plasmáticas de teriflunomida em mais de 98%.
O uso do procedimento de eliminação acelerada pode, potencialmente, resultar no retorno da atividade da doença, caso o paciente estiver respondendo ao tratamento com teriflunomida.
Populações especiais:Sexo, idosos e crianças:
Foram identificadas diversas fontes de variabilidade intrínseca em indivíduos saudáveis e em pacientes com esclerose múltipla, baseada na análise de farmacocinética populacional: idade, peso corpóreo, sexo, raça e níveis de albumina e de bilirrubina. No entanto, o impacto permanece limitado (< 31%).
Insuficiência hepática:A insuficiência hepática leve e moderada não teve impacto na farmacocinética da teriflunomida. A farmacocinética da teriflunomida em pacientes com insuficiência hepática severa, não foi avaliada (veja item 4. Contraindicações).
Insuficiência renal:A insuficiência renal grave não teve impacto na farmacocinética da teriflunomida.
4. contraindicações
Teriflunomida está contraindicada em:
– Pacientes com hipersensibilidade conhecida à teriflunomida, leflunomida ou a qualquer um dos componentes da formulação;
– Insuficiência hepática grave.
– Mulheres grávidas, ou mulheres com potencial de engravidar e que não estejam utilizando métodos contraceptivos confiáveis, durante o tratamento com teriflunomida e por todo o tempo em que o nível plasmático esteja acima de 0,02 mg/L (veja item 5. Advertências e precauções).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência hepática grave.
Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Proibido para mulheres grávidas ou em idade fértil sem a utilização de métodos contraceptivos.
5. advertências e precauções
Contraindicações).
É esperado que concentrações plasmáticas de teriflunomida menores que 0,02 ug/mL tenham risco mínimo, baseado em dados disponíveis de animais. Caso a teriflunomida seja descontinuada, o procedimento de eliminação acelerada é recomendado (veja item 3. Características Farmacológicas – Eliminação).
Os dados humanos disponíveis de registros de gravidez, ensaios clínicos, casos de farmacovigilância e literatura publicada são muito limitados para tirar conclusões, mas não indicam claramente o aumento de defeitos congênitos ou aborto associado à exposição inadvertida à teriflunomida no início do primeiro trimestre, quando seguido por um procedimento de eliminação acelerada. Não há dados humanos referentes a exposições no final do primeiro trimestre ou posterior à este período.
Dados prospectivamente relatados (de ensaios clínicos e relatórios pós-comercialização) de mais de 150 gestações em pacientes tratadas com teriflunomida e mais de 300 gestações em pacientes tratadas com leflunomida não demonstraram um aumento na taxa de malformações congênitas ou aborto após a exposição à teriflunomida no início do primeiro trimestre, quando seguidas por um procedimento de eliminação acelerada. Padrões específicos de grandes malformações congênitas em humanos não foram observados. As limitações desses dados incluem um número insuficiente de gestações relatadas, a curta duração da exposição à medicamentos nas gestações relatadas, relatórios incompletos e a incapacidade de controlar os fatores de confusão (como doença materna subjacente e uso de medicamentos concomitantes).
Uso por mulheres grávidas ou em idade fértilDados de animais sugerem riscos ao feto. Mulheres em idade fértil devem usar um método contraceptivo eficaz para evitar a gravidez durante o tratamento com teriflunomida.
Caso teriflunomida seja descontinuado, a mulher deve continuar com o método contraceptivo até que a concentração plasmática humana de teriflunomida seja igual ou menor que 0,02 ^g/mL. Mulheres, que planejam engravidar ou que estão grávidas, devem ser aconselhadas sobre o procedimento de eliminação acelerada, que pode ser usado para diminuir as concentrações plasmáticas de teriflunomida rapidamente.
Sem o procedimento de eliminação acelerada, leva-se 8 meses, em média, para se atingir concentrações plasmáticas menores ou iguais a 0,02 ^g/mL. No entanto, devido à variação individual, o clearance da droga pode levar até 2 anos. O procedimento de eliminação acelerada pode ser utilizado em qualquer momento, após a descontinuação de teriflunomida (veja item 3. Características Farmacológicas -Eliminação).
Uso por HomensO risco de toxicidade embriofetal em homens em tratamento com teriflunomida é considerado baixo.
LactaçãoEstudos em animais mostraram excreção de teriflunomida no leite materno. Não se sabe se a droga é excretada no leite materno humano. Pelo fato de que muitas drogas são excretadas no leite humano e devido ao potencial de eventos adversos sérios em lactentes, a decisão deve ser feita se o aleitamento será interrompido ou se a droga será descontinuada, considerando a importância da droga à mãe.
Categoria de risco na gravidez: X. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Populações especiais
Crianças:
A segurança e eficácia de teriflunomida em pacientes pediátricos com esclerose múltipla, antes dos 18 anos de idade, não foi estabelecida.
Idosos:Estudos clínicos de teriflunomida não incluíram pacientes acima de 65 anos de idade. Teriflunomida deve ser utilizado com cautela em pacientes com idade acima de 65 anos.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinasTeriflunomida não influencia ou influencia de forma insignificante, a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas.
Informação de Doping:Até o momento, não há informações de que teriflunomida possa causar doping.
Este medicamento contém lactose.
6. interações medicamentosas
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teriflunomida. Não é esperada que esta interação com a teriflunomida impacte de forma adversa na eficácia dos contraceptivos orais, no entanto, deve-se considerar o tipo de tratamento contraceptivo oral utilizado em combinação com a teriflunomida.
Efeito da teriflunomida nos substratos da CYP1A2:Doses repetidas de teriflunomida diminuíram a Cmax média e ASC da cafeína (substrato da CYP1A2), respectivamente em 18% e 55%, sugerindo que a teriflunomida in vivo é um indutor fraco da CYP1A2. Portanto, drogas metabolizadas por CYP1A2 (tais como, duloxetina, alosetrona, teofilina e tizanidina) devem ser utilizadas com cautela durante o tratamento com teriflunomida, pois podem levar à redução na eficácia de tais drogas.
Efeito da teriflunomida nos substratos do transportador de ânions orgânicos 3 (OAT3):Houve um aumento na Cmax média e ASC do cefaclor (1,43 e 1,54 vezes, respectivamente), após doses repetidas de teriflunomida, sugerindo que a teriflunomida é um inibidor do OAT3 in vivo. Portanto, quando a teriflunomida é coadministrada com substratos da OAT3 (tais como: cefaclor, penicilina G, ciprofloxacino, indometacina, cetoprofeno, furosemida, cimetidina, metotrexato, zidovudina), deve-se observar com cautela.
Efeitos da teriflunomida no BCRP e/ou substratos do polipeptídico transportador de ânions orgânicos B1 e B3:Houve um aumento na Cmax média e ASC da rosuvastatina (2,65 e 2,51 vezes, respectivamente), após doses repetidas de teriflunomida. Entretanto, não houve impacto aparente deste aumento na exposição plasmática da rosuvastatina na atividade da HMG-CoA redutase. Caso sejam utilizados juntos, a dose da rosuvastatina não deve exceder 10 mg, administrados uma vez ao dia. Para outros substratos do BCRP (por exemplo: metotrexato, topotecano, sulfassalazina, daunorubicina, doxorubicina) e da família OATP, especialmente inibidores da HMG-CoA redutase (por exemplo, sinvastatina, atorvastatina, pravastatina, metotrexato, nateglinida, repaglinida, rifampicina), em administração concomitante com a teriflunomida, também se deve ter cautela. Monitorar os pacientes de perto para sinais e sintomas de exposição excessiva e considerar a redução na dose destes medicamentos.
Efeito da teriflunomida nos substratos da CYP2B6, CYP3A, CYP2C9, CYP2C19 e CYP2D6:A teriflunomida não afetou a farmacocinética da bupropiona (um substrato da CYP2B6), midazolam (um substrato da CYP3A), S-varfarina (um substrato da CYP2C9), omeprazol (um substrato CYP2C19) e metoprolol (um substrato da CYP2D6).
Interação com exames laboratoriaisNão há dados sobre interferência com testes laboratoriais.
Interação com alimentosNão é esperada a interação de teriflunomida com alimentos, pois estes não possuem efeito clínico relevante na farmacocinética da teriflunomida.
Interação com álcool e nicotinaNão há dados sobre a interação de álcool e nicotina.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Teriflunomida deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).
Prazo de validade : 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o na embalagem original.
Características físicas e organolépticasTeriflunomida 14 mg está disponível na forma de comprimido revestido com formato pentagonal, na coloração azul clara a azul pastel, com a gravação “T14” em um dos lados do comprimido e liso no outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
O paciente deve tomar o comprimido com líquido por via oral.
A dose recomendada de teriflunomida é de 14 mg, uma vez ao dia, administrada pela via oral.
Teriflunomida pode ser administrado com ou sem alimentos.
Não há estudos dos efeitos de teriflunomida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Insuficiência hepática:Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática leve e moderada. Teriflunomida é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática grave (consulte o item 4 Contraindicações).
Insuficiência renal:Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal grave.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. reações adversas
Um total de 2047 pacientes com teriflunomida (7 ou 14 mg uma vez ao dia) e 997 com placebo constituíram a população de segurança, na análise que reuniu os estudos controlados com placebo em pacientes com as formas recorrentes da esclerose múltipla (EMR).
Nos estudos clínicos, as reações adversas mais frequentes com teriflunomida (incidência > 10% e > 2% maior do que no grupo placebo) nos estudos controlados com placebo foram: cefaleia, diarreia, náusea, alopecia e aumento da ALT.
A classificação utilizada na frequência do Conselho para Oragnizações de Ciências Médicas (CIOMS), quando aplicável, foi: muito comum > 10%; comum > 1 e < 10%; incomum > 0,1 e < 1%; rara > 0,01 e < 0,1%; muito rara <0,01% (não pode ser estimado pelos dados disponíveis no momento).
Tabela 4: Reações adversas encontradas nos estudos controlados com placebo (ocorrendo em > 1% dos
pacientes, e reportados para teriflunomida 14 mg a uma taxa >1% mais alta do que o reportado para o
placebo)
Teriflunomida | ||
CLASSIFICAÇÃO PRIMÁRIA SISTEMA ÓRGÃO Termo preferencial n(%) | Placebo (n=997) | 14 mg (n=1002) |
INFECÇÕES E INFESTAÇOES | ||
Influenza | 70 (7,0%) | 88 (8,8%) |
Sinusite | 42 (4,2%) | 53 (5,3%) |
Gastroenterite viral | 11 (1,1%) | 24 (2,4%) |
DISTÚRBIOS DO SISTEMA LINFÁTICO E SANGUÍNEO | ||
Neutropenia | 19 (1,9%) | 59 (5,9%) |
DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO | ||
Parestesia | 67 (6,7%) | 88 (8,8%) |
Cefaleia | 150 (15,0%) | 157 (15,7%) |
DISTÚRBIOS CARDÍACOS | ||
Palpitações | 10 (1,0%) | 12 (1,2%) |
DISTÚRBIOS VASC | ULARES | |
Hipertensão | 18 (1,8%) | 43 (4,3%) |
DISTÚRBIOS GASTROI | NTESTINAIS | |
Diarreia | 75 (7,5%) | 136 (13,6%) |
Náusea | 72 (7,2%) | 107 (10,7%) |
Dor no abdômen superior | 36 (3,6%) | 50 (5,0%) |
Dor de dente | 18 (1,8%) | 29 (2,9%) |
DISTÚRBIOS NO TECIDO SUBCUTÂNEO E PELE | ||
Alopecia | 50 (5,0%) | 135 (13,5%) |
Rash | 32 (3,2%) | 45 (4,5%) |
DISTÚRBIOS DO TECIDO MUSCULOESQUELÉTICO E CONJUNTIVO | ||
Dor musculoesquelética | 21 (2,1%) | 33 (3,3%) |
Artralgia | 52 (5,2%) | 58 (5,8%) |
Mialgia | 15 (1,5%) | 24 (2,4%) |
DISTÚRBIOS DO SISTEMA REPI | RODUTIVO E MAMA | |
Menorragia | 4 (0,4%) | 16 (1,6%) |
Teriflunomida | ||
CLASSIFICAÇÃO PRIMÁRIA SISTEMA ÓRGÃO Termo preferencial n(%) | Placebo (n=997) | 14 mg (n=1002) |
INVESTIGAÇÃO | ||
Aumento da alanina aminotransferase | 89 (8,9%) | 150 (15,0%) |
Aumento da aspartato aminotransferase | 17 (1,7%) | 34 (3,4%) |
Aumento da gama-glutamiltransferase | 9 (0,9%) | 23 (2,4%) |
Diminuição de peso | 8 (0,8%) | 24 (2,4%) |
Diminuição da contagem de neutrófilos | 11 (1,1%) | 22 (2,2%) |
Aumento da creatina fosfoquinase sanguínea | 7 (0,7%) | 16 (1,6%) |
Diminuição contagem de glóbulos brancos | 4 (0,4%) | 13 (1,3%) |
Nos estudos controlados com placebo, a neuropatia periférica, incluindo polineuropatia e mononeuropatia (por exemplo: síndrome do túnel do carpo), foram reportados com maior frequência nos pacientes recebendo teriflunomida do que nos pacientes recebendo placebo. Nos estudos pivotais, controlados com placebo, a incidência de neuropatia periférica, confirmada pelos estudos de condução nervosa foi de 1,4% (13 pacientes) e 1,9% (17 pacientes), com 7 mg e 14 mg de teriflunomida, respectivamente, comparados com 0,4% com placebo (4 pacientes). O tratamento foi descontinuado em 8 pacientes com neuropatia periférica confirmada (3 estavam utilizando teriflunomida 7 mg e 5 estavam utilizando teriflunomida 14 mg). Quatro deles se recuperaram após a descontinuação do tratamento. Nem todos os casos de neuropatia periférica foram resolvidos com o tratamento contínuo.
Experiência pós-comercializaçãoNa experiência pós-comercialização de teriflunomida, as seguintes reações adversas foram identificadas:
Distúrbios do Sistema Imune– Reações de hipersensibilidade (imediata ou tardia), algumas das quais foram graves, como: anafilaxia e angioedema.
Distúrbios do Tecido Subcutâneo e Pele– Reações cutâneas graves, incluindo necrólise epidérmica tóxica (TEN), Síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e Reações ao Medicamento com Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos (DRESS);
– Psoríase (incluindo psoríase pustular e psoríase ungueal)
– Alterações nas unhas.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino– Doenças intersticiais pulmonares (DIP)
Distúrbios Gastrointestinais– Estomatite (tais como: aftosa ou ulcerativa)
– Pancreatite
– Colite
Distúrbios Hepatobiliares– Lesão hepática induzida por fármaco (LHID)
Como estas reações são reportadas voluntariamente, a partir de uma população de tamanho incerto, não é possível estimar confiavelmente a sua frequência.
Atenção: Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da ANVISA.
10.SUPERDOSE
Não há experiência quanto à superdose ou intoxicação de teriflunomida em humanos. Doses diárias de 70 mg de teriflunomida por até 14 dias foram bem toleradas, em indivíduos saudáveis.
Em caso de superdose ou intoxicação relevante, recomenda-se o uso de colestiramina ou carvão ativado para acelerar a eliminação (consulte o item 3. Características farmacológicas).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
III) DIZERES LEGAISMS: 1.8261.0003
Farm. Resp.: Monique Loss Stinghel – CRF/ES n° 4756
Fabricado por:NATCO PHARMA LIMITED.
Kothur, Rangareddy District, Telangana, Índia
Importado e Registrado por:NATCOFARMA DO BRASIL LTDA.
Avenida Quinhentos n° 56, quadra 19, lote M-04/M-05/M-06/M-07, TIMS, Serra/ES.
CEP 29.161–388
CNPJ: 08.157.293/0001–27
SAC: 0800 0303043
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA COM RETENÇÃO DE RECEITA.Esta bula foi atualizada conforme bula padrão aprovada pela ANVISA em 14/02/2022.
Teriflunomida_Mar2022_v5_VPS
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica | Dados da petição/notificação que altera bula | Dados das alterações de bulas | |||||||
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Não disponível (gerado no momento do peticionamento) | 10452 -Genérico -Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12 | I) Identificação do medicamento |