Bula do profissional da saúde - ROVAMICINA SANOFI MEDLEY FARMACÊUTICA LTDA.
1. indicações
Este medicamento é destinado ao tratamento de infecções por micro-organismos sensíveis à espiramicina, como os que causam manifestações otorrinolaringológicas, broncopulmonares, cutâneas, genitais (em particular prostáticas), ósseas e estomatológicas.
ROVAMICINA também é indicada em determinados casos, na profilaxia de meningite meningocócica, na quimioprofilaxia de recaída de Reumatismo Articular Agudo em pacientes alérgicos à penicilina e na toxoplasmose em mulheres grávidas.
2. resultados de eficácia
A maioria dos dados clínicos da espiramicina envolve o uso da droga em mães com infecção toxoplasmática confirmada para prevenir o envolvimento fetal (Georgiev, 1994; Couvreur et al, 1993; Ghidini et al, 1991; Jeannel et al, 1990; Hohlfeld et al, 1989; Couvreur et al, 1988). Apesar de terem sido observados resultados confusos, estes estudos geralmente sugerem a eficácia da profilaxia pré-natal com espiramicina (3 gramas diários) quando administrada ao primeiro sinal de infecção materna e continuada durante a gravidez (visto que a infecção placentária persiste, uma vez que tenha ocorrido). Em estudos envolvendo um grande número de gestantes, a incidência de infecção fetal com este regime foi reduzida em cerca de 60% (Jeannel et al, 1990; Couvreur et al, 1988), embora estes dados tenham sido criticados com base na falta de grupos de controle (Jeannel et al, 1990). Poucas mães imunocompetentes com toxoplasmose desenvolvem sintomas (menos de 10%), e a terapia é principalmente direcionada a prevenir o envolvimento placentário/fetal. A espiramicina não mostrou potencial teratogênico (Couvreur et al, 1988).
A espiramicina oral em doses de 1 grama duas ou três vezes ao dia ou 0,5 grama três vezes ao dia mostrou eficácia no tratamento de uma variedade de infecções clínicas, incluindo sinusite aguda (principalmente devido a staphylococci ), infecções do trato respiratório inferior, infecções do trato geniturinário, uretrite não gonocócica, tonsilite e infecções odontogênicas (Lo Bue et al, 1993; Manolopoulos et al, 1989; Kavi et al, 1988; De Cock & Poels, 1988; Segev et al, 1988; Boezeman et al, 1988; Suprihati et al, 1984).
Referências Bibliográficas
1. Georgiev VS. Management of toxoplasmosis. Drugs. 1994 Aug;48(2):179–88
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3. características farmacológicas
3. características farmacológicasPropriedades farmacodinâmicas
A espiramicina é um antibiótico do grupo dos macrolídeos, constituído, principalmente, pela espiramicina l ou [didesoxi-3,6 (didesoxi-2,6-metil-3-L- ribohexopiranosil) oxi-4 dimetilamino-3 beta-D-glicopiranosil] oxi-6 (dimetilamino-5 metil-6 tetraidropiranil-2) oxo-10 formilmetil-7 hidroxi-4 metoxi-5 dimetil-9, 16 oxo-2 oxa-1 ciclohexadieno-11, 13 (massa molecular 843), e pelas espiramicina ll, seu monoéster acético (massa molecular 885) e espiramicina lll, seu monoéster propiônico (massa molecular 899), em quantidades menores.
Seu espectro antibacteriano abrange:
– Espécies habitualmente sensíveis (CMI < 2 mg/l): estreptococos, estafilococos meticilina-sensíveis, Rhodococcus equi, Branhamella catarrhalis, Bordetella pertussis, Helicobacter pylori, Campylobacter jejuni, Corynebacterium diphteriae, Moraxella, Mycoplasma pneumoniae, Coxiella burnetti, Chlamydiae, Treponema pallidum, Borrelia burgdorferi, leptospiras, Propionibacterium acnes, Actinomyces, Eubacterium, Porphyromonas, Mobiluncus, Mycoplasma hominis e Toxoplasma gondii;
– Espécies moderadamente sensíveis: Neisseria gonorrhoeae, Vibrio, Ureaplasma urealyticum, Legionella pneumophila.
– Espécies infrequentemente sensíveis: Streptococcus pneumoniae, Enterococcus, Campylobacter coli, Peptostreptococcus, Clostridium perfringens.
– Espécies resistentes (CMI > 4 gg/ml): estafilococos meticilina-resistentes, enterobactérias, Pseudomonas, Acinetobacter, Nocardia, Fusobacterium, Bacteroides fragilis, Haemophilus influenza e H. parainfluenza.
Como para uma determinada espécie não foi estabelecida a sensibilidade constante das cepas, somente um estudo da cepa “in vitro” poderá confirmar se ela é sensível, intermediária ou resistente.
Absorção: A absorção da espiramicina é rápida (20 minutos), mas incompleta, não sendo modificada pela ingestão de alimentos.
Distribuição: Após a administração oral de 6 M.U.I., a concentração sérica máxima (3,3 gg/ml) é alcançada entre 1,30 e 3 horas. A meia-vida plasmática é de aproximadamente 8 horas. A difusão salivar, bem como a tissular (pulmões: 20 a 60 gg/g; amígdalas: 20 a 80 gg/g; seios da face infectados: 75 a 110 gg/g; cavidade oral: 5 a 100 gg/g), é excelente. Dez dias após a suspensão do tratamento, permanecem 5 a 7 gg/g de substância ativa no baço, fígado e rins. A espiramicina não penetra no LCR em extensão apreciável. Sua ligação às proteínas plasmáticas é fraca (aproximadamente 10%).
Biotransformação: A espiramicina é metabolizada no fígado, com formação de metabólitos bacteriologicamente ativos. Excreção: A excreção da espiramicina é lenta. Na urina, as concentrações encontradas não chegam a 10% da dose ingerida. A eliminação biliar é muito importante, alcançando taxas 15 a 40 vezes acima das concentrações plasmáticas. Encontra-se em quantidades apreciáveis nas fezes. É excretada no leite materno.
Em pacientes com insuficiência na função renal, praticamente não ocorre eliminação do fármaco ativo inalterado pela via renal.
4. contraindicações
5. advertências e precauções
Foram relatados casos muito raros de hemólise aguda em pacientes com deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase, portanto, o uso de espiramicina nestes pacientes não é recomendado.
Prolongamento do intervalo QT
Casos de prolongamento do intervalo QT foram relatados em pacientes que tomam macrolídeos, incluindo espiramicina.
O cuidado deve ser tomado ao usar espiramicina, em pacientes com fatores de risco conhecidos para o prolongamento do intervalo QT, tais como:
– Desequilíbrio eletrolítico não corrigido (por exemplo, hipocalemia, hipomagnesemia);
– Síndrome congênita do QT longo;
– Doença cardíaca (por exemplo, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, bradicardia);
– Uso concomitante de drogas que são conhecidas por prolongar o intervalo QT (ex antiarrítmicos de classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, alguns antiinfecciosos, alguns antipsicóticos).
Os doentes idosos, recém-nascidos e as mulheres podem ser mais sensíveis aos efeitos de prolongamento do QTc. (Vide “Interações Medicamentosas”, “Reações Adversas” e “Superdose”).
Casos de reações adversas cutâneas severas, incluindo síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) e Pustulose Exantemática Generalizada Aguda (PEGA) foram relatados com o uso de ROVAMICINA. Os pacientes devem ser advertidos sobre os sinais e sintomas e cuidadosamente monitorados para reações cutâneas. Se os sintomas ou sinais de SSJ, NET (por exemplo, erupção cutânea progressiva, muitas vezes com bolhas ou lesões mucosas) ou PEGA estão presentes, o tratamento com ROVAMICINA deve ser interrompido. (Vide “Reações Adversas”).
Gravidez e lactação
A segurança da espiramicina durante a gravidez não foi estabelecida em estudos clínicos controlados. Entretanto, vem sendo utilizada com segurança, há muitos anos, durante a gravidez.
A espiramicina é excretada no leite materno, portanto, o seu uso em lactantes não é recomendado.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
6. interações medicamentosas
Levodopa: inibição da absorção da carbidopa com diminuição dos níveis plasmáticos de levodopa. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados, devendo-se realizar ajuste posológico da levodopa quando necessário.
Medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT:
A espiramicina, como outros macrolídeos, deve ser usada com precaução em pacientes medicados com fármacos conhecidos por prolongar o intervalo QT (ex.: antiarrítmicos classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, alguns antiinfecciosos, alguns antipsicóticos) (Vide “Advertências”)
7. cuidados de armazenamento do medicamento
ROVAMICINA deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).
Prazo de validade : 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido revestido, biconvexo, branco a branco cremoso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
Os comprimidos devem ser administrados com líquido, por via oral.
A posologia indicada é de: 4 a 6 comprimidos ao dia, divididos em 2 ou 3 administrações ao dia.
Profilaxia da meningite meningocócica: 2 comprimidos a cada 12 horas.
Não há estudos dos efeitos de ROVAMICINA administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Populações especiais
Pacientes com insuficiência renal: devido à taxa muito baixa de eliminação renal do fármaco, não é necessário realizar ajuste posológico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
9. reações adversas
9. reações adversasAs frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (> 1/10).
Reação comum (> 1/100 e < 1/10).
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100).
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000).
Reação muito rara (< 1/10.000).
Distúrbios gastrintestinais
Comum: dor abdominal, náusea, vômito, diarreia e casos muito raros de colite pseudo-membranosa;
Distúrbios do sistema imune
Desconhecida: choque anafilático, vasculite, incluindo púrpura de Henoch-Schonlein ;
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Comum: rash
Desconhecida: urticária, prurido, angioedema, Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) e
Pustulose Exantemática Generalizada Aguda (PEGA) (Vide “Advertências”).
Distúrbios cardíacos
Desconhecido: arritmia ventricular, taquicardia ventricular, torsade de pointes, que podem resultar em parada cardíaca
(Vide “Advertências”).
Distúrbios hepatobiliares
Desconhecido: hepatite colestática e mista foram reportadas.
Distúrbios no sangue ou sistema linfático
Desconhecida: foram relatados casos muito raros de hemólise aguda, leucopenia, neutropenia.
Investigação
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseNão há antídoto específico para superdose de espiramicina. Em caso de suspeita relevante de superdose, recomenda-se tratamento sintomático e de suporte. Devido ao risco de prolongamento do intervalo QT, é recomendado o monitoramento por ECG.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS 1.8326.0363
Farm. Resp.: Ricardo Jonsson
CRF-SP: 40.796
Registrado e importado por:
Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ – 10.588.595/0010–92
Indústria Brasileira
® Marca Registrada
Fabricado por:
Famar Health Care Services Madrid, S.A.U.
Avda. Leganés, 62
28923 Alcorcón – Madrid
IB240619B
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 25/02/2021.
Anexo B
Histórico de Alteração para a Bula
Dados da submissão eletrônica | Dados da petição/notificação que altera bula | Dados das alterações de bulas | |||||||
Data do expediente | No. expediente | Assunto | Data do expediente | No. expediente | Assunto | Data da aprovação | Itens de bula | Versões (VP/VPS) | Apresentações relacionadas |
06/02/2014 | 0094596/14–0 | 10458 – Inclusão inicial de texto de bula – RDC 60/12 | 06/02/2014 | 0094596/14–0 | 10458 -Inclusão inicial de texto de bula – RDC 60/12 | 06/02/2014 | Dizeres Legais | VP/ VPS | 1,5 MUI COM REV CT BL AL PLAS INC X 16 |
13/05/2014 | 0367720/14– 6 | (10451) -MEDICAMENTO NOVO -Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | 13/05/2014 | 0367720/14–6 | (10451)-MEDICAMENTO NOVO -Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | 13/05/2014 | Dizeres Legais | VP/ VPS | 1,5 MUI COM REV CT BL AL PLAS INC X 16 |
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