Bula do profissional da saúde - ROCALTROL BELFAR LTDA
(calcitriol)
Belfar Ltda.
Cápsulas 0,25 mcg
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Calcitriol
Forma biologicamente ativa da vitamina D3
Cápsulas de 0,25 mcg em frascos com 30 cápsulas.
VIA ORAL
USO ADULTO
Cada cápsula contém:
Princípio ativo: 0,25 mcg de calcitriol sintético.
Excipientes: butil-hidroxianisol, butil-hidroxitolueno e triglicerídeo de cadeia média. Componentes da cápsula: gelatina, glicerol 85%, sorbitol, manitol, amido hidrolisado hidrogenado, dióxido de titânio, óxido férrico (vermelho e amarelo) e água purificada.
Rocaltrol® é indicado para:
Osteoporose; Osteodistrofia renal em pacientes com insuficiência renal crônica, em especial aqueles submetidos à hemodiálise; Hipoparatireoidismo pós-operatório; Hipoparatireoidismo idiopático; Pseudo-hipoparatireoidismo; Raquitismo dependente de vitamina D; Raquitismo hipofosfatêmico resistente à vitamina D.2. resultados de eficácia
2. resultados de eficáciaO calcitriol é um dos principais metabólitos ativos da vitamina D3 1,2,3,10,11,12,13,14. Normalmente é produzido pelos rins a partir de seu precursor, o 25-hidroxicolecalciferol (25-HCC). Sua produção fisiológica diária é, em geral, de 0,5 a 1,0 mcg e durante os períodos de maior atividade osteogênica (por exemplo: crescimento15 ou gravidez16) essa produção aumenta. O calcitriol promove a absorção intestinal do cálcio e regula a mineralização óssea17,18. O efeito farmacológico de uma dose única de calcitriol dura de três a cinco dias19.
O papel decisivo do calcitriol na regulação da homeostasia cálcica20, que inclui efeito estimulante sobre a atividade osteoblástica no esqueleto21,22, propicia uma sólida base farmacológica para seus efeitos terapêuticos na osteoporose3,4.
Nos pacientes que apresentam acentuada insuficiência renal, a síntese endógena do calcitriol está diminuída ou até mesmo completamente ausente. Esta deficiência exerce um papel decisivo na gênese da osteodistrofia renal23,24,25.
Nos pacientes com osteodistrofia renal, a administração oral de Rocaltrol® normaliza a reduzida absorção intestinal do cálcio5,10,15,26,27,28, a hipocalcemia10,15,26,27,28 e os níveis séricos elevados de fosfatase alcalina e hormônio paratireoideano6,7,10,26. Da mesma forma, promove alívio da dor óssea e muscular29,30,31,32 e corrige as alterações histológicas da osteíte fibrosa e outros distúrbios da mineralização33.
O Rocaltrol® reduz a hipocalcemia e seus sintomas clínicos34 nos pacientes com hipoparatireoidismo pós-operatório, idiopático8 ou pseudohipoparatireoidismo9.
Nos pacientes com raquitismo dependente da vitamina D, as concentrações séricas de calcitriol são baixas ou nulas.
Devido à insuficiente produção renal de calcitriol, o tratamento com Rocaltrol® tem caráter substitutivo10.
Nos pacientes que sofrem de raquitismo resistente à vitamina D e hipofosfatemia nos quais as concentrações plasmáticas de calcitriol estão reduzidas, o tratamento com Rocaltrol® reduz a eliminação tubular de fosfatos e, em conjunto com tratamento concomitante com fosfato, normaliza o desenvolvimento ósseo35,36,37.
O tratamento com Rocaltrol® tem demonstrado bons resultados nos pacientes com raquitismo de diferentes tipos, por exemplo, associado à hepatite neonatal, atresia biliar, cistinose ou uma carência alimentar de cálcio e vitamina D.
1. Coburn JW, et al: Metabolism and action of the hormone vitamin D. West J Med 1974;121:22–44.
2. Goodman and Gilman’s: Vitamin D. The Pharmacological Basis of Therapeutics, 8th Ed.,pp. 1510 ff.
3. Calcanis A, Goundis D, John J et al: Summary of Clinical Pharmacology: Rocaltrol in Postmenopausal Osteoporosis. Research Report B-0163904, 28 June 1994.
4. Calcanis A, Goundis D, John J et al: Clinical Expert Report: Rocaltrol in Postmenopausal Osteoporosis. Research Report B-0163909, 28 June 1994.
5. Gallagher JC: Metabolic effects of synthetic calcitriol (Rocaltrol®) in the treatment of postmenopausal osteoporosis. Metabolism 1990;39 Suppl 1:27–29.
6. Riggs BL and Nelson KI: Effect of long-term treatment with calcitriol on calcium absorption and mineral metabolism in post menopausal osteoporosis. J Clin Endocrinol Metab 1985;61(3):457–461.
7. Baker LRI, Abrams SML, Roe CJ, et al: 1,25(OH)2D3 administration in moderate renal failure: a prospective, double-blind trial. Kidney Int 1989;35:661–669.
8. Rosen JF, Fleischman AR, Finberg L, et al: 1,25-Dihydroxycholecalciferol: Its use in the long-term management of idiopathic hypoparathyroidism in children. J Clin Endocrinol Metab 1977;45:457–468.
9. Bell NH and Stern PH: Hypercalcemia and increases in serum hormone value during prolonged administration of 1a, 25-dihydroxyvitamin D. N Engl J Med 1978;298:1241–1243.
10. DeLuca HF: Osteoporosis and metabolites of vitamin D Metabolism 1990;4(39):3–9.
11. Marx SJ, Bikle DD, Spiegel AM: Diseases of bone and bone mineral metabolism (part XVII) in: Cecil Textbook of Medicine, Wyngaarden JB, Smith LH jr., Bennett JC, ed., 19th Ed. (1992), Vol. 2, pp. 1398 ff.
12. Fraser D, et al: Calcium and phosphate metabolism Textbook of Clinical Chemistry, Tietz NW (Ed.), W. B. Saunders Company, Philadelphia 1986, chapter 12, pp. 1317–1372.
13. Mallon JP, Hamilton JG, Nauss-Karol C, et al: An improved competitive protein binding assay for 1,25-dihydroxyvitamin D. Arch Biochem Biophys 1980;201(1):277–285.
14. Gray TK, McAdoo T, Pool D, et al: A modified radioimmunoassay for 1,25-dihydroxycholecalciferol. Clin Chem 1981;27(3):458–463.
15. Chesney RW, Rosen JF, Hamstra AJ, et al: Serum 1,25-dihydroxyvitamin D levels in normal children and in vitamin D disorders. Am J Dis Child 1980;134:135–139.
16. Kumar R, Cohen WR, Silva P, et al: Elevated 1,25-dihydroxyvitamin D plasma levels in normal human pregnancy and lactation. J Clin Invest 1979;63:342–344.
17. Favus MJ: Factors that influence absorption and secretion of calcium in the small intestine and colon. Am J Physiol 1985;248(2)(Part 1):G147-G157.
18. Grinstead WC, Pak CYC, Krejs GJ: Effect of 1,25-dihydroxyvitamin D3 on calcium absorption in the colon of healthy humans. Am J Physiol 1984;247(2) Part 1):G189-G192.
19. O’Loughlin PD, Morris HA, Need AG, et al: Duration of action of calcitriol on calcium absorption. In: 8th Workshop on Vitamin D, July 5–10, 1991, Paris, France, p. 31, poster No. 46.
20. DeLuca HF: Some new concepts emanating from a study of the metabolism and function of vitamin D. Nutr Rev 1980;38(5):169–182.
21. Bryce GF, Shapiro SS: Summary of the Preclinical Pharmacology of Rocaltrol as it Relates to the Effects on Bone and Cell Differentiation. Research Report N-0124075, November 10, 1986.
22. Cohen M: Expert Report Update on the Pharmaco-Toxicological Documentation for Rocaltrol; manuscript for submission to Regulatory Authorities.Manuscript N-0135085, January 3, 1994.
23. Haussler MR, Baylink DJ, Hughes MR, et al: The assay of 1a, 25-dihydroxyvitamin D3: physiologic and pathologic modulation of circulating hormone levels. Clin Endocrinol 1976;5(Suppl):151s-165s.
24. Clemens TL, Hendy GN, Papapoulos SE, et al: Measurement of 1,25–
dihydroxycholecalciferol in man by radioimmunoassay. Clin endocrinol 1979;11:225–234.
25. Gray RW, Adams ND, Caldas AE, et al: The effects of dihydrotachysterol therapy on the measurement of plasma 1,25-(OH)2-vitamin D in humans. J Lab Clin Med 1979;93:1031–1034.
26. Gallagher JC, Riggs BL, Eisman J, et al: Intestinal calcium absorption and serum vitamin D metabolites in normal subjects and osteoporotic patients. J Clin Invest 1979:64:729–736.
27. Gallagher JC, Jerpbak CM, Jee WSS, et al: 1,25-dihydrocyvitamin D3: short- and long-term effects on bone and calcium metabolism in patients with post-menopausal osteoporosis. Proc Natl Acad Sci 1982;79:3325–3329.
28. Brown DJ, Spanos E, MacIntyre I: Hormonal control of plasma 1,25-dihydroxyvitamin D3 in man. J Endocrinol 1979;83:54P.
29. Goldstein DA, Malluche HH, Massry SG: Long term effects of 1,25(OH)2D3 on clinical and biochemical derangements of divalent ions in dialysis patients. Contrib Nephrol 1980;18:42.
30. Brickman AS, Sherrard DJ, Jowsey J, et al: 1,25-dihydroxycholecalciferol: Effect on skeletal lesions and plasma parathyroid hormone levels in uremic osteodystrophy. Arch Intern Med 1974;134:883.
31. Henderson RG, Russell RGG, Ledingham JGG, et al: Effects of 1,25–
dihydroxycholecalciferol on calcium absorption, muscle weakness and bone disease in chronic renal failure. Lancet 1974;1:379.
32. Massry SG, Goldstein DA, Malluche HH: Current status of the use of 1,25(OH)2D3 in the management of renal osteodystrophy. Kidney Int 1980;18:409.
33. Sherrard DJ, Coburn JW, Brickman AS, et al: Skeletal response to treatment with 1,25-dihydroxy vitamin D in renal failure. Contr Nephrol 1980;18:92.
34. Kooh SW, Fraser D, Toon R, et al: Response of protracted neonatal hypocalcemia to 1a, 25-dihydroxyvitamin D3. Lancet 1976;2:1105–1107.
35. Bettinelli A, et al: Acute effects of calcitriol and phosphate salts on mineral metabolism in children with hypophosphatemic rickets. J Pediatr 1991;118(3):372–376.
36. Chan JCM, Young RB, Mamunes P: Calcium and phosphorus metabolism in children with idiopathic hypoparathyroidism or pseudohypoparathyroidism: Effects of 1,25
dihydroxyvitamin-D3. Eur J Pediatr 1983;140(2):182(A 242).
37. Chan JCM, et al: Hypercalcemia in children with disorders of calcium and phosphate metabolism during long-term treatment with 1,25-dihydroxyvitamin-D3. Pediatrics 1983;72:225–233.
3. características farmacológicas
Calcitriol é a mais ativa forma conhecida da vitamina D3 em estimular o transporte de cálcio no intestino. Os efeitos biológicos de calcitriol são mediados pelo receptor de vitamina D, um receptor hormonal nuclear expresso na maioria dos tipos de células e que funciona como um fator de transcrição ativado por ligante que se fixa em locais específicos do DNA modificando a expressão de genes alvos.
Os dois locais de ação conhecidos de calcitriol são intestino e ossos.
Um receptor-proteico ligante de calcitriol parece existir na mucosa do intestino humano. Evidências adicionais sugerem que calcitriol também aja nos rins e nas glândulas paratireoides. Em ratos urêmicos agudos foi demonstrado que calcitriol estimula a absorção de cálcio no intestino.
Os rins de pacientes urêmicos não sintetizam adequadamente calcitriol, o hormônio ativo formado a partir do seu precursor de vitamina D. Hipocalcemia resultante e hiperparatireoidismo secundário são as maiores causas da doença metabólica óssea associada à insuficiência renal. No entanto, outras substâncias tóxicas ósseas que se acumulam na uremia (por exemplo, o alumínio) podem também contribuir.
O efeito benéfico de Rocaltrol® na osteodistrofia renal parece ser resultado da correção da hipocalcemia e do hiperparatireoidismo secundário. É incerto que Rocaltrol® produza outros efeitos benéficos independentes.
Após administração de uma dose oral única de 0,25 a 1,0 mcg, concentrações plasmáticas máximas são alcançadas dentro de duas a seis horas.
Durante a passagem pela corrente sanguínea, o calcitriol e outros metabólitos da vitamina D ligam-se a proteínas plasmáticas específicas.
Calcitriol é hidroxilado e oxidado nos rins e no fígado por uma isoenzima específica citocromo P450: CYP24A1.
Diversos metabólitos com diferentes graus de atividade da vitamina D foram identificados.
A meia-vida de eliminação de calcitriol no plasma varia entre cinco a oito horas. A cinética de eliminação do calcitriol permanece linear até a dose de 96 mcg em um intervalo de dose amplo. O efeito farmacológico de uma dose única de calcitriol dura pelo menos quatro dias. O calcitriol é excretado pela bile e pode ser submetido à circulação enterohepática.
Em pacientes com síndrome nefrótica ou que fazem hemodiálise, as concentrações séricas de calcitriol estavam reduzidas e o tempo para o aparecimento de picos de concentração prolongados.
4. contraindicações
Rocaltrol® está contraindicado em todas as doenças associadas com hipercalcemia.
O uso de Rocaltrol® também está contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade ao calcitriol, aos componentes da fórmula ou a medicamentos da mesma classe terapêutica. Rocaltrol® é contraindicado se houver evidência de toxicidade por vitamina D.
5. advertências e precauções
5. advertências e precauçõesExiste uma acentuada correlação entre o tratamento com calcitriol e o desenvolvimento de hipercalcemia. Em estudos realizados em pacientes com osteodistrofia urêmica, observou-se hipercalcemia em até 40% dos pacientes tratados com calcitriol. Um súbito aumento na ingestão de cálcio como resultado de alterações na dieta (por exemplo, consumo elevado de laticínios) ou ingestão não controlada de preparações à base de cálcio, pode levar à hipercalcemia. É absolutamente necessário, portanto, que os pacientes sigam rigorosamente as recomendações do médico sobre a dieta, fato que os familiares também devem ter conhecimento e que sejam instruídos sobre como reconhecer os sintomas de hipercalcemia.
Pacientes imobilizados, por exemplo, aqueles submetidos à cirurgia, estão particularmente expostos ao risco de hipercalcemia.
O calcitriol aumenta as concentrações séricas de fosfatos inorgânicos. Embora isso seja desejável em pacientes com hipofosfatemia, recomenda-se cautela em pacientes com insuficiência renal devido ao risco de calcificação ectópica.
Em tais casos, a concentração sérica de fosfato deve ser mantida dentro dos níveis normais (2 – 5 mg/100 mL ou 0,65 – 1,62 mmol/L) pela administração oral de agentes quelantes de fosfato e dieta pobre em fosfatos.
É recomendado que o produto das concentrações séricas de cálcio versus fosfato (Ca x P) não exceda 70 mg2/dL2.
Os pacientes com raquitismo resistente à vitamina D (hipofosfatemia familiar) que estejam sendo tratados com Rocaltrol® devem manter o tratamento com fosfatos por via oral. No entanto, deve-se levar em consideração que o Rocaltrol® pode estimular a absorção intestinal de fosfatos, alterando a suplementação necessária de fosfato.
Sendo o calcitriol o principal metabólito de vitamina D, outras medicações a base dessa vitamina não devem ser administradas concomitantemente a Rocaltrol® , com o objetivo de se prevenir hipervitaminose D.
Caso o paciente esteja recebendo ergocalciferol (vitamina D2) e mude para calcitriol, podem transcorrer vários meses para que a concentração de ergocalciferol na corrente sanguínea retorne aos valores normais.
Os pacientes com função renal normal tratados com Rocaltrol® devem ingerir quantidades adequadas de líquido para evitar a desidratação.
Estudos de toxicidade reprodutiva em ratos indicaram que doses orais de até 300 ng/kg/dia (trinta vezes a dose humana usual) não afetam negativamente a reprodução. Em coelhos, foram observadas anomalias fetais múltiplas em duas ninhadas com dose oral tóxica materna de 300 ng/kg/dia e em uma ninhada com 80 ng/kg/dia, mas não com 20 ng/kg/dia (duas vezes a dose humana habitual). Embora não haja diferenças estatísticas significativas entre o grupo tratado e o controle em números de ninhadas ou fetos com anormalidades, a possibilidade desses achados estarem relacionados à administração de calcitriol não pode ser descartada.
Os exames laboratoriais regulares que são necessários incluem determinações séricas de cálcio, fósforo, magnésio e fosfatase alcalina e dosagem do teor de cálcio e fosfato na urina de 24 horas.
Com base no perfil farmacodinâmico dos eventos adversos relatados, Rocaltrol® pode ser considerado seguro ou improvável em prejudicar tais atividades.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Estenose aórtica supravalvar foi produzida em fetos de coelhos por doses orais de vitamina D próximas da dose letal administradas em coelhas grávidas. Não há nenhuma evidência para sugerir que a vitamina D é teratogênica em seres humanos, mesmo em doses muito elevadas. Rocaltrol® só deve ser administrado a mulheres grávidas se os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o feto.
Deve-se assumir que calcitriol exógeno passe para o leite materno. Tendo em vista o potencial de hipercalcemia na mãe e a possibilidade de reações adversas no lactente, mães podem amamentar durante o tratamento com Rocaltrol® desde que os níveis plasmáticos de cálcio na mãe e no lactente sejam monitorados.
Estudos de toxicidade subcrônica em ratos e cães indicam que calcitriol em uma dose oral de 20 ng/kg/dia (duas vezes a dose humana usual) por até seis meses causou nenhuma ou mínimas reações adversas. Uma dose de 80 ng/kg/dia (oito vezes a dose humana usual) por até seis meses produziu reações adversas moderadas. As alterações observadas parecem ser resultantes principalmente de hipercalcemia prolongada.
Até o momento, não há informações de que calcitriol possa causar doping.
6. interações medicamentosas
6. interações medicamentosasDevem-se observar estritamente as recomendações médicas sobre a dieta, principalmente no que diz respeito à ingestão suplementar de cálcio, e que o paciente se abstenha de ingerir por sua própria conta preparados contendo cálcio.
O tratamento concomitante com um diurético tiazídico aumenta o risco de hipercalcemia.
A dose de calcitriol deve ser cuidadosamente determinada em pacientes sob tratamento com digitálicos uma vez que, em tais pacientes, a hipercalcemia pode precipitar arritmias cardíacas. Existe uma relação de antagonismo funcional entre os análogos da vitamina D, que promovem absorção de cálcio e os corticosteroides, que a inibem.
Os medicamentos que contém magnésio (por exemplo, os antiácidos) não devem ser administrados junto com o Rocaltrol® aos pacientes submetidos à diálise crônica, já que poderão causar hipermagnesemia.
Uma vez que Rocaltrol® interfere no transporte de fosfatos no intestino, rins e ossos, as doses dos produtos quelantes de fosfatos devem ser ajustadas de acordo com a concentração sérica de fosfatos (níveis normais: 2 – 5 mg/100 mL ou 0,65 – 1,62 mmol/L).
Pacientes com raquitismo resistente à vitamina D (hipofosfatemia familiar) devem continuar sua terapia com fosfato oral. No entanto, a necessidade de modificação na suplementação de fosfato deve ser considerada devido a um possível estímulo na absorção intestinal de fosfato pelo calcitriol.
Sequestradores de ácidos biliares, incluindo colestiramina e sevelamer podem reduzir a absorção intestinal das vitaminas lipossolúveis e, portanto, alterar a absorção intestinal de calcitriol.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM DO MEDICAMENTO
Rocaltrol® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Este medicamento possui prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Rocaltrol® é uma cápsula oval com uma de suas metades de coloração laranja amarronzada a laranja avermelhada opaca e a outra metade de coloração branca a amarelo acinzentada ou laranja acinzentada opaca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.
8. posologia e modo de usar
8. posologia e modo de usarEste medicamento deve ser administrado por via oral, com um pouco de líquido, de preferência pela manhã.
A dose diária recomendada de Rocaltrol® deve ser cuidadosamente determinada em função da concentração sérica de cálcio de cada paciente. O tratamento com Rocaltrol® deve ser iniciado sempre com as doses mais baixas possíveis, aumentando-as somente com rigoroso controle do cálcio sérico.
Durante a fase de normalização do tratamento com Rocaltrol® , as concentrações séricas de cálcio devem ser verificadas ao menos duas vezes por semana.
Uma vez determinada a dosagem ideal de Rocaltrol® , deverão ser controladas mensalmente as concentrações séricas de cálcio (ou como abaixo especificado para as indicações individuais). Amostras para análise sérica de cálcio deverão ser coletadas sem auxílio de torniquete. Logo que essas concentrações se situem em 1 mg/100 mL (250 ^mol/L) acima do normal (9 – 11 mg/100 mL ou 2250 – 2750 ^mol/L), ou a creatinina sérica aumente para > 120 gmol/L, o tratamento deve ser imediatamente interrompido até que seja alcançada a normocalcemia.
Durante os períodos de hipercalcemia, deve-se medir diariamente as concentrações séricas de cálcio e fosfatos. Após a normalização dos valores, poder-se-á continuar com a administração de Rocaltrol® , porém numa dose diária inferior em 0,25 mcg à dose precedente.
Deve-se calcular a ingestão diária aproximada de cálcio com a dieta e, se necessário, ajustar o aporte.
O aporte adequado de cálcio – mas não excessivo – no início do tratamento é um requisito indispensável para uma melhor eficácia de Rocaltrol®. Caso haja necessidade, deve-se prescrever cálcio suplementar.
Graças à melhor absorção gastrintestinal de cálcio com o uso de Rocaltrol® , pode-se reduzir o aporte de cálcio em alguns pacientes. Naqueles com propensão a hipercalcemia, doses baixas de cálcio ou a interrupção da suplementação são suficientes.
A dose recomendada de Rocaltrol® é de 0,25 mcg duas vezes ao dia. As concentrações séricas de cálcio e de creatinina devem ser determinadas a cada quatro semanas, três meses, seis meses e posteriormente em intervalos de seis meses.
A dose inicial é de 0,25 mcg. Para os pacientes normocálcicos ou com hipocalcemia leve, são suficientes 0,25 mcg a cada dois dias. Caso não seja observada uma resposta satisfatória dos parâmetros bioquímicos e manifestações clínicas da doença, no prazo de duas a quatro semanas, poder-se-á elevar a posologia em 0,25 mcg diários a intervalos de duas a quatro semanas. Durante este período, devem ser determinadas as concentrações séricas de cálcio pelo menos duas vezes por semana. A maioria dos pacientes responde a uma dose de 0,5 a 1,0 mcg diários.
Uma pulsoterapia com dose inicial de 0,1 mcg/kg/semana, dividida em duas ou três doses iguais administradas a noite, foi efetiva em pacientes refratários a terapia contínua. A dosagem máxima total acumulativa de 12 mcg por semana não deve ser excedida.
A dose inicial recomendada de Rocaltrol® é de 0,25 mcg/dia, administrada pela manhã. Caso não se observe uma resposta satisfatória nos parâmetros bioquímicos e manifestações clínicas da doença, a dose pode ser aumentada em intervalos de duas a quatro semanas. Durante este período as concentrações séricas de cálcio devem ser determinadas pelo menos duas vezes por semana.
Se ocorrer hipercalcemia, Rocaltrol® deve ser imediatamente descontinuado até resultados normocalcêmicos. Deve-se ter cuidado também em diminuir a ingestão de cálcio através da dieta. Má absorção foi ocasionalmente notada em pacientes com hipoparatireoidismo, com isso, doses maiores de Rocaltrol® podem ser necessárias.
Se o profissional de saúde decidir administrar Rocaltrol® a mulheres grávidas com hipoparatireoidismo, um aumento na dose pode ser necessário durante a segunda metade da gestação, com redução de dose pós-parto ou durante lactação.
Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos. Deve-se, no entanto, observar as recomendações quanto ao controle das concentrações séricas de cálcio e de creatinina.
A segurança e eficácia de Rocaltrol® em crianças não foram suficientemente investigadas para permitir recomendações de dosagem.
9. reações adversas
9. reações adversasAs reações adversas listadas abaixo refletem a experiência dos estudos investigacionais e de pós-comercialização de Rocaltrol® :
A reação adversa mais comumente reportada foi hipercalcemia.
Muito Comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento | Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizaram este medicamento) | Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizaram este medicamento) | Desconhecido | |
Distúrbios do sistema imunológico | Hipersensibilidade Urticária (vergões vermelhos na pele) | |||
Distúrbios do metabolismo e nutrição | Hipercalcemia | Diminuição de apetite | Sede aumentada Desidratação | |
Distúrbios psiquiátricos | Apatia | |||
Distúrbios do sistema nervoso | Dor de cabeça | Fraqueza muscular Alteração sensorial | ||
Distúrbios gastrointestinais | Dor abdominal Náusea | Vômito | Prisão de ventre Dor na parte superior do abdômen | |
Distúrbios de pele e | Rash (manchas | Eritema |
do tecido subcutâneo | na pele) | (vermelhidão na pele) Prurido (coceira) | ||
Distúrbios musculoesqueléticos e tecidos conectivos | Retardo do crescimento | |||
Distúrbios renais e urinários | Infecção no trato urinário | Aumento de volume urinário | ||
Distúrbios gerais e condições do local de administração | Calcinose (depósito de cálcio no corpo) Febre Sede | |||
Investigações | Aumento de creatinina no sangue | Diminuição de peso |
Uma vez que Rocaltrol® exerce atividade de vitamina D, as reações adversas que podem ocorrer são semelhantes as que ocorrem quando há uma administração excessiva de vitamina D, tais como, síndrome de hipercalcemia ou intoxicação por cálcio, dependendo da gravidade e duração da hipercalcemia. Sintomas agudos ocasionais incluem diminuição de apetite, dor de cabeça, náusea, vômito, dor abdominal, dor abdominal superior eobstipação.
As investigações farmacocinéticas têm demonstrado que, em virtude da curta meia-vida biológica do calcitriol, elevadas concentrações séricas de cálcio são normalizadas poucos dias após a suspensão da medicação, isto é, mais rapidamente do que após tratamento com preparados contendo vitamina D3.
Efeitos crônicos podem incluir fraqueza muscular, perda de peso, alteração sensorial, febre, sede, polidipsia, poliúria, desidratação, apatia, retardo do crescimento e infecções do trato urinário.
A concomitância de hipercalcemia e hiperfosfatemia (> 6 mg/100 mL ou > 1,9 mmol/L) pode acarretar calcinose, visível radiograficamente.
Reações de hipersensibilidade como rash , eritema, prurido, e urticária podem ocorrer em indivíduos suscetíveis.
A incidência de efeitos adversos relatados com o uso clínico de Rocaltrol® durante um período de 15 anos, em todas as indicações terapêuticas, é muito baixa, incluindo a hipercalcemia, que ocorreu a uma razão de 0,001% ou menos.
Nos pacientes com função renal normal, a hipercalcemia crônica pode estar associada a um aumento da creatinina sérica.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseTratamento de hipercalcemia assintomática: uma vez que o calcitriol é um derivado da vitamina D, os sintomas de superdosagem são os mesmos que os dessa vitamina (anorexia, cefaleia, vômito e obstipação). A ingestão de altas doses de cálcio e fosfatos junto com Rocaltrol® pode dar origem a sintomas semelhantes. Uma concentração elevada de cálcio no paciente submetido à diálise pode contribuir para uma hipercalcemia.
Sintomas crônicos: distrofia (fraqueza, perda de peso), alteração sensorial, febre associada à sede, poliúria, desidratação, apatia, interrupção do crescimento e infecções do trato urinário. Ocorre calcificação metastática do córtex renal, miocárdio, pulmões e pâncreas associada à hipercalcemia.
Superdosagem acidental : lavagem gástrica imediata ou indução de vômitos para impedir uma maior absorção e administração de óleo mineral para favorecer a eliminação fecal podem ser adotados. É aconselhável efetuar repetidas determinações do cálcio sérico. Caso persista a hipercalcemia sérica, poderá proceder-se à administração de fosfatos e corticosteroides e medidas para induzir uma diurese forçada adequada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.