Os inibidores da calcineurina são medicamentos que agem bloqueando a atividade de uma enzima chamada calcineurina. Essa enzima é responsável por ativar células do sistema imunológico, o que pode levar a inflamações e rejeições em transplantes de órgãos.
No Brasil, os principais inibidores da calcineurina disponíveis são a ciclosporina e o tacrolimo. Ambos são utilizados principalmente em pacientes que passaram por transplante de órgãos, como rim, fígado ou coração.
A ciclosporina é administrada por via oral ou intravenosa e tem uma absorção variável no organismo. Já o tacrolimo é administrado por via oral ou tópica (para tratamento de dermatites) e tem uma absorção mais previsível.
Esses medicamentos podem apresentar diversos efeitos colaterais, como hipertensão arterial, nefrotoxicidade (lesão nos rins), hipercalemia (aumento do potássio no sangue) e distúrbios metabólicos. Por isso, seu uso deve ser monitorado cuidadosamente pelo médico responsável.
Além disso, os inibidores da calcineurina podem interagir com outros medicamentos, como antibióticos e antifúngicos. Por isso, é importante informar ao médico sobre todos os medicamentos que está utilizando antes de iniciar o tratamento com esses medicamentos.
No Brasil, estima-se que cerca de 30 mil pessoas estejam na fila para transplante de órgãos. O uso dos inibidores da calcineurina é fundamental para evitar a rejeição do órgão transplantado e garantir a sobrevida do paciente.
No entanto, é importante ressaltar que esses medicamentos não são indicados para todos os pacientes. Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico responsável, levando em consideração fatores como idade, estado de saúde geral e outros medicamentos em uso.
Em resumo, os inibidores da calcineurina são medicamentos importantes no tratamento de pacientes que passaram por transplante de órgãos. Seu uso deve ser monitorado cuidadosamente pelo médico responsável e o paciente deve informar sobre todos os medicamentos em uso antes de iniciar o tratamento.