O grupo ATC L01CD é composto pelos medicamentos taxanos, que são utilizados no tratamento de diversos tipos de câncer. Esses medicamentos são derivados da planta Taxus baccata e possuem ação antineoplásica, ou seja, inibem o crescimento e a proliferação das células cancerígenas.
No Brasil, os taxanos mais utilizados são o paclitaxel e o docetaxel. O paclitaxel é indicado para o tratamento de câncer de mama, ovário, pulmão e cabeça e pescoço. Já o docetaxel é utilizado no tratamento do câncer de mama, próstata, pulmão e cabeça e pescoço.
Os taxanos atuam inibindo a divisão celular através da estabilização dos microtúbulos durante a fase mitótica. Isso impede que as células se dividam corretamente e leva à morte das células cancerígenas.
Os taxanos podem ser administrados por via intravenosa ou oral. A administração intravenosa é feita em ambiente hospitalar sob supervisão médica. Já a administração oral pode ser feita em casa pelo próprio paciente ou cuidador.
Os principais efeitos colaterais dos taxanos incluem queda de cabelo (alopecia), náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, neuropatia periférica (dormência ou formigamento nas mãos e pés), anemia e neutropenia (diminuição das células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo).
Apesar dos possíveis efeitos colaterais, os taxanos são considerados medicamentos eficazes no tratamento do câncer. Estudos mostram que a utilização de taxanos em combinação com outros medicamentos pode aumentar a sobrevida dos pacientes.
No Brasil, o uso de taxanos tem crescido nos últimos anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2018 foram registrados mais de 59 mil casos de câncer de mama no país. O tratamento com taxanos é uma das opções terapêuticas para esses pacientes.
Além disso, os taxanos também são utilizados no tratamento do câncer de próstata, que é o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros. Em 2018, foram registrados mais de 68 mil casos desse tipo de câncer no país.
Em resumo, os taxanos são medicamentos importantes no tratamento do câncer e têm sido cada vez mais utilizados no Brasil. Apesar dos possíveis efeitos colaterais, sua eficácia tem sido comprovada em estudos clínicos e sua utilização pode aumentar a sobrevida dos pacientes.