A Cladribina é um medicamento utilizado no tratamento de leucemia linfocítica crônica (LLC) e de esclerose múltipla (EM). Pertence ao grupo ATC L01BB04.
Na LLC, a Cladribina é utilizada como tratamento de primeira linha em pacientes com sintomas avançados. Em estudos clínicos, foi demonstrado que a Cladribina reduz o risco de progressão da doença e aumenta a sobrevida global dos pacientes.
Já na EM, a Cladribina é utilizada como terapia modificadora da doença. Estudos clínicos mostraram que a Cladribina reduz significativamente o número de surtos e lesões cerebrais em pacientes com EM recorrente-remitente.
No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram registrados cerca de 10 mil novos casos de leucemia em 2020. A LLC representa cerca de 30% desses casos. Já a EM afeta cerca de 35 mil pessoas no país, segundo dados da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM).
A Cladribina é administrada por via oral, em ciclos curtos. O tratamento consiste em duas fases: uma fase inicial, chamada "ciclo basal", seguida por uma fase subsequente, chamada "ciclo adicional". O objetivo do tratamento é controlar os sintomas da doença e prevenir sua progressão.
Como todo medicamento, a Cladribina pode causar alguns efeitos colaterais. Os mais comuns incluem náuseas, vômitos, diarreia e fadiga. Em casos mais raros, pode ocorrer queda de cabelo, infecções e problemas no fígado.
Por isso, é importante que o paciente seja acompanhado por um médico especialista durante todo o tratamento. O médico deve monitorar a resposta do paciente ao medicamento e ajustar a dose conforme necessário.
Em resumo, a Cladribina é um medicamento eficaz no tratamento da leucemia linfocítica crônica e da esclerose múltipla. Seu uso deve ser acompanhado por um médico especialista, que irá monitorar os efeitos colaterais e ajustar a dose conforme necessário.