Os anti-micóticos de uso sistêmico são medicamentos que têm como objetivo combater infecções causadas por fungos no organismo humano. Eles são classificados no grupo ATC J02A e são amplamente utilizados na prática clínica.
No Brasil, as infecções fúngicas são um problema de saúde pública, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados mais de 7 mil casos de candidíase invasiva no país.
Os anti-micóticos de uso sistêmico agem inibindo a síntese da parede celular dos fungos ou interferindo na sua reprodução. Eles podem ser administrados por via oral ou intravenosa, dependendo do tipo e gravidade da infecção.
Entre os principais medicamentos deste grupo estão o fluconazol, itraconazol e voriconazol. O fluconazol é indicado para o tratamento de candidíase vaginal, meningite criptocócica e outras infecções fúngicas sistêmicas. Já o itraconazol é utilizado no tratamento de onicomicoses (infecções fúngicas nas unhas) e outras infecções fúngicas sistêmicas. O voriconazol é indicado para o tratamento de aspergilose invasiva e outras infecções fúngicas graves.
É importante ressaltar que os anti-micóticos de uso sistêmico devem ser prescritos por um médico especialista em infectologia ou micologia médica. Além disso, eles podem apresentar efeitos colaterais como náusea, vômito, diarreia e alterações hepáticas.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, a dose dos medicamentos deve ser ajustada para evitar toxicidade. Além disso, é importante monitorar os níveis sanguíneos dos anti-micóticos para garantir sua eficácia e segurança.
Em resumo, os anti-micóticos de uso sistêmico são medicamentos importantes no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas. Eles devem ser prescritos por um médico especialista e utilizados com cautela em pacientes com insuficiência renal ou hepática. O acompanhamento clínico é fundamental para garantir a eficácia e segurança do tratamento.