Os anti-micóticos de uso sistêmico são medicamentos utilizados para tratar infecções fúngicas que afetam o corpo inteiro. Eles são classificados no grupo ATC J02 e são prescritos por médicos especializados em doenças infecciosas ou dermatologistas.
No Brasil, as infecções fúngicas mais comuns incluem a candidíase, as micoses superficiais e a aspergilose. Estudos mostram que cerca de 75% das mulheres brasileiras já tiveram pelo menos um episódio de candidíase vaginal na vida. Além disso, a incidência de micoses superficiais é alta em regiões quentes e úmidas do país.
Os anti-micóticos de uso sistêmico funcionam inibindo o crescimento dos fungos ou matando-os diretamente. Eles podem ser administrados por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade da infecção e da saúde geral do paciente.
Os medicamentos mais comuns nessa categoria incluem o fluconazol, itraconazol, voriconazol e anfotericina B. Cada um desses medicamentos tem suas próprias indicações específicas e pode apresentar diferentes efeitos colaterais.
O fluconazol é frequentemente usado para tratar candidíase vaginal recorrente ou outras infecções fúngicas superficiais. Ele é bem tolerado pelos pacientes e geralmente não causa muitos efeitos colaterais graves.
O itraconazol é usado para tratar uma variedade de infecções fúngicas sistêmicas, incluindo aspergilose invasiva. No entanto, ele pode interagir com outros medicamentos e pode causar problemas cardíacos em pacientes com histórico de doenças cardíacas.
O voriconazol é um medicamento mais novo que tem se mostrado eficaz no tratamento de infecções fúngicas invasivas, incluindo aspergilose e candidíase invasiva. No entanto, ele pode causar efeitos colaterais graves, como problemas hepáticos e visuais.
A anfotericina B é geralmente reservada para casos graves de infecções fúngicas sistêmicas. Ela é administrada por via intravenosa e pode causar uma série de efeitos colaterais, incluindo danos renais e reações alérgicas.
É importante lembrar que os anti-micóticos de uso sistêmico só devem ser usados com receita médica. Além disso, eles podem interagir com outros medicamentos ou suplementos que o paciente esteja tomando. É essencial informar ao médico sobre todos os medicamentos que o paciente está tomando antes de iniciar o tratamento com anti-micóticos.
Em resumo, os anti-micóticos de uso sistêmico são uma classe importante de medicamentos usados para tratar infecções fúngicas graves em todo o corpo. Eles são prescritos por médicos especializados em doenças infecciosas ou dermatologistas e devem ser usados apenas sob supervisão médica adequada.