Os fármacos com ácidos biliares são uma classe de medicamentos utilizados no tratamento de distúrbios hepáticos e biliares. Eles agem aumentando a produção de bile pelo fígado, o que ajuda na digestão e absorção de gorduras.
No Brasil, estima-se que cerca de 5% da população sofra com doenças hepáticas, como a esteatose hepática não alcoólica (EHNA) e a cirrose. Essas condições podem levar a complicações graves, como insuficiência hepática e câncer.
Os fármacos com ácidos biliares são indicados para o tratamento dessas doenças, ajudando a reduzir os níveis de gordura no fígado e melhorando sua função. Além disso, eles também podem ser usados no tratamento da colestase (redução ou interrupção do fluxo biliar), que pode ocorrer em doenças como a colangite esclerosante primária.
Entre os principais medicamentos dessa classe estão o ácido ursodesoxicólico (UDCA) e o ácido quenodesoxicólico (CDCA). O UDCA é considerado o padrão-ouro para o tratamento da EHNA e é eficaz na redução dos níveis de enzimas hepáticas e na melhora da histologia do fígado. Já o CDCA é utilizado principalmente no tratamento da colestase.
Apesar dos benefícios desses medicamentos, eles também apresentam alguns riscos. O uso prolongado pode levar ao desenvolvimento de cálculos biliares em alguns pacientes. Além disso, em casos raros, podem ocorrer efeitos colaterais como diarreia, náusea e dor abdominal.
Por isso, é importante que o uso desses medicamentos seja acompanhado por um médico especialista em doenças hepáticas. O tratamento deve ser individualizado de acordo com a gravidade da doença e as características do paciente.
Em resumo, os fármacos com ácidos biliares são uma classe importante de medicamentos no tratamento de doenças hepáticas e biliares. Eles ajudam a melhorar a função do fígado e reduzir os sintomas associados a essas condições. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado por um médico especialista para minimizar os riscos potenciais.