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QLAIRA BAYER S.A. - bula do profissional da saúde

Dostupné balení:

Bula do profissional da saúde - QLAIRA BAYER S.A.

Qlaira
Bayer S.A.
Comprimido revestidoComprimido revestido

3 mg valerato de estradiol / 2 mg valerato de estradiol + 2 mg dienogeste / 2 mg valerato de estradiol + 3 mg dienogeste / 1 mg valerato de estradiol

Qlaira®

valerato de estradiol dienogeste

APRESENTAÇÃO

1 estojo de cartolina contendo 1 blíster com 28 comprimidos revestidos (26 comprimidos revestidos ativos e 2 comprimidos revestidos inativos)

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada blíster de 28 comprimidos revestidos contém 2 comprimidos revestidos amarelo escuro contendo 3 mg de valerato de estradiol; 5 comprimidos revestidos vermelho médio contendo 2 mg de valerato de estradiol e 2 mg de dienogeste; 17 comprimidos revestidos amarelo claro contendo 2 mg de valerato de estradiol e 3 mg de dienogeste; 2 comprimidos revestidos vermelho escuro contendo 1 mg de valerato de estradiol; 2 comprimidos revestidos brancos inativos.

Excipientes dos comprimidos revestidos coloridos ativos: lactose monoidratada, amido, povidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, talco, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e/ou óxido de ferro vermelho.

Excipientes dos comprimidos revestidos brancos inativos: lactose monoidratada, amido, povidona, estearato de magnésio, hipromelose, talco, dióxido de titânio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÃO

Contraceptivo oral.

Tratamento de sangramento menstrual intenso e/ou prolongado em mulheres sem patologia orgânica que optarem pelo uso de contracepção oral.

2. resultados de eficácia

O efeito anticoncepcional dos contraceptivos orais combinados (COCs) baseia-se na interação de diversos fatores, sendo que os mais importantes são inibição da ovulação e alterações na secreção cervical.

Estudos de Segurança Pós-Comercialização demonstraram que a frequência de diagnóstico de TEV (tromboembolismo venoso) varia entre 7 e 10 por 10.000 mulheres-ano que

utilizam COC com baixa dose de estrogênio (< 0,05 mg de etinilestradiol). Dados mais recentes sugerem que a frequência de diagnóstico de TEV é de aproximadamente 4 por 10.000 mulheres-ano em não usuárias de COCs e não grávidas. Essa faixa está entre 20 e 30 por 10.000 mulheres grávidas ou no pós-parto.

Um estudo de acompanhamento pós-registro foi concluído especificamente paraQlaira® (valerato de estradiol + dienogeste). Neste estudo prospectivo de vigilância ativa, a incidência de TEV em mulheres com ou sem outros fatores de risco para TEV que utilizaram Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) está no mesmo intervalo do que as que utilizaram os COCs contendo levonorgestrel.

Além da ação contraceptiva, os COCs apresentam diversas propriedades positivas. O ciclo menstrual torna-se mais regular, a menstruação apresenta-se frequentemente menos dolorosa e o sangramento menos intenso, o que, neste último caso, pode reduzir a possibilidade de ocorrência de deficiência de ferro.

Além disso, há evidência da redução do risco de ocorrência de câncer de endométrio e de ovário. Os COCs de dose mais elevada (0,05 mg de etinilestradiol) demonstraram diminuir a incidência de cistos ovarianos, doença inflamatória pélvica, doença benigna da mama e gravidez ectópica. Ainda não existe confirmação de que isto também se aplique aos contraceptivos orais combinados que contêm valerato de estradiol.

Em três estudos clínicos, 2.266 mulheres receberam valerato de estradiol/die­nogeste. Em mulheres com idade entre 18 – 50 anos ocorreram 19 gestações (Índice de Pearl [IP]=0,79 [limite superior de 95% IC (UCL)=1,23]), sendo que 10 gestações foram atribuídas à falha do método (Índice de Pearl ajustado = 0,42 [0,77]). Em mulheres com idade entre 18 – 35 anos ocorreram 18 gestações (Índice de Pearl = 1,01 [1,59]), sendo que 9 gestações foram atribuídas à falha do método (Índice de Pearl ajustado = 0,51 [0,97]). Esta análise dos dados coletados indica que o valerato de estradiol / dienogeste é um contraceptivo oral com estradiol, efetivo e bem-tolerado.

Os contraceptivos orais combinados, quando usados corretamente, apresentam um índice de falha de aproximadamente 1% ao ano. O índice de falha pode aumentar quando há esquecimento dos comprimidos ou estes são tomados incorretamente, ou ainda em casos de vômitos dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido ou diarreia intensa, bem como interações medicamentosas.

Não há dados disponíveis sobre o uso em adolescentes menores de 18 anos.

Dois estudos clínicos duplo-cegos, controlados por placebo, foram conduzidos para demonstrar a eficácia e segurança de Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) para o tratamento de sintomas do sangramento uterino disfuncional. Os dois estudos apresentaram desenho e plano de análise idênticos e randomizaram um total de 269 pacientes com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) e 152 pacientes com placebo. Em ambos os estudos, Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) foi eficaz no tratamento dos sintomas

do sangramento uterino disfuncional, com uma estimativa de proporção de pacientes com alívio completo dos sintomas de 29% no grupo tratado com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) comparado à 2% no grupo placebo (diferença 27%, intervalo de confiança da diferença 21% –33%, p < 0,0001). Após 6 meses de tratamento, o fluxo menstrual médio (FMM) foi reduzido em 88% (de 142 ml para 17 ml) no grupo tratado com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) comparado à 24% (de 154 ml para 117 ml) no grupo placebo.

A redução do FMM alcançada com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) é rápida (já no segundo ciclo o FM médio foi 41 ml comparado à 140 ml no grupo placebo) e sustentada sem perda de efeito durante o tratamento (no sétimo ciclo, o FMM no grupo tratado com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) foi 17 ml comparado à 117 ml no grupo placebo). A redução média no número de dias de sangramento, por um período de referência de 90 dias, foi significativamente mais elevada no grupo tratado com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) comparado ao grupo placebo (4 dias comparado à 2 dias). Isto foi acompanhado de melhora estatisticamente significativa nos parâmetros do metabolismo do ferro (hemoglobina, hematócrito e ferritina) e diminuição do uso de absorventes higiênicos.

3. características farmacológicas

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4. contraindicações

Contraceptivos orais combinados (COCs) não devem ser utilizados na presença de qualquer uma das condições listadas abaixo. Se qualquer uma destas condições ocorrer pela primeira vez durante o uso do COC, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente.

- presença ou história de processos trombóticos/trom­boembólicos arteriais ou venosos (por exemplo: trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio) ou de acidente vascular cerebral;

- presença ou história de prodrômicos de trombose (por exemplo: ataque isquêmico transitório, angina pectoris);

alto risco de trombose arterial ou venosa (veja item “Advertências e Precauções”);

- história de enxaqueca com sintomas neurológicos focais;

- diabetes mellitus_ com comprometimentos vasculares;

- doença hepática grave, enquanto os valores da função hepática não retornarem ao normal;

- presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos);

- diagnóstico ou suspeita de neoplasias influenciadas por esteroides sexuais (por exemplo: dos órgãos genitais ou das mamas);

- sangramento vaginal não-diagnosticado;

- diagnóstico ou suspeita de gravidez;

- hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes do produto.

5. advertências e precauções

Em caso de ocorrência de qualquer uma das condições ou fatores de risco mencionados a seguir, os benefícios da utilização de COCs devem ser avaliados frente aos possíveis riscos para cada usuária individualmente e discutidos com esta antes de optar pelo início de sua utilização. Em casos de agravamento, exacerbação ou aparecimento pela primeira vez de qualquer uma dessas condições ou fatores de risco, a usuária deve entrar em contato com seu médico. Nestes casos, a continuação do uso do produto deve ficar a critério médico.

As precauções e advertências a seguir são principalmente provenientes de dados epidemiológicos e clínicos de COCs contendo etinilestradiol.

> Distúrbios circulatórios

Estudos epidemiológicos sugeriram associação entre a utilização de COCs contendo etinilestradiol e um aumento do risco de distúrbios tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, como infarto do miocárdio, trombose venosa profunda, embolia pulmonar e acidente vascular cerebral. A ocorrência destes eventos é rara.

O risco de ocorrência de TEV é mais elevado durante o primeiro ano de uso do contraceptivo hormonal. Este risco aumentado está presente após iniciar pela primeira vez o uso de COC ou ao reiniciar o uso (após um intervalo de 4 semanas ou mais sem uso de pílula) do mesmo COC ou de outro COC. Dados de um grande estudo coorte prospectivo, de 3 braços, sugerem que este risco aumentado está presente principalmente durante os 3 primeiros meses.

O risco geral de TEV em usuárias de COCs contendo estrogênio em baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs que não estejam grávidas e continua a ser menor do que o risco associado à gravidez e ao parto.

O TEV pode provocar risco para a vida da paciente, podendo ser fatal (em 1 a 2% dos casos).

O TEV se manifesta como trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar, pode ocorrer durante o uso de qualquer COC.

Em casos extremamente raros, tem sido observada a ocorrência de trombose em outros vasos sanguíneos como, por exemplo, em veias e artérias hepáticas, mesentéricas, renais, cerebrais ou retinianas em usuárias de COCs.

Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) podem incluir: inchaço unilateral da perna ou ao longo de uma veia da perna; dor ou sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando se está em pé ou andando, calor aumentado na perna afetada; hiperemia ou descoloração da pele da perna.

Sintomas de embolia pulmonar (EP) podem incluir: início súbito inexplicável de dispneia ou taquipneia; tosse de início abrupto que pode levar a hemoptise; angina aguda que pode aumentar com a respiração profunda; sensação de ansiedade; tontura severa ou vertigem; taquicardia ou arritmia cardíaca. Alguns destes sintomas (por exemplo, dispneia, tosse) não são específicos e podem ser erroneamente interpretados como eventos mais comuns ou menos graves (por exemplo, infecções do trato respiratório).

Um evento tromboembólico arterial pode incluir acidente vascular cerebral, oclusão vascular ou infarto do miocárdio (IM). Sintomas de um acidente vascular cerebral podem incluir: diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando, de forma súbita, a face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão súbita, dificuldade para falar ou compreender; dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação; cefaleia repentina, intensa ou prolongada, sem causa conhecida; perda de consciência ou desmaio, com ou sem convulsão. Outros sinais de oclusão vascular podem incluir: dor súbita, inchaço e cianose de uma extremidade; abdome agudo.

Sintomas de infarto do miocárdio (IM) podem incluir: dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto ou estufamento no peito, braço ou abaixo do esterno; desconforto que se irradia para as costas, mandíbula, garganta, braços, estômago; saciedade, indigestão ou sensação de asfixia; sudorese, náuseas, vômitos ou tontura; fraqueza extrema, ansiedade ou dispneia; taquicardia ou arritmia cardíaca.

Eventos tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da paciente, podendo ser fatais.

O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado em mulheres que possuem uma combinação de fatores de risco ou apresentem um fator de risco individual mais grave. Este risco aumentado pode ser maior que um simples risco cumulativo de fatores. Um COC não deve ser prescrito em caso de uma avaliação risco-benefício negativa (veja item “Contraindicações”).

O risco de processos trombóticos/trom­boembólicos arteriais ou venosos, ou de acidente vascular cerebral, aumenta com:

- idade;

- obesidade (índice de massa corpórea superior a 30 kg/m2);

- história familiar positiva (isto é, tromboembolismo venoso ou arterial detectado em um(a) irmão(ã) ou em um dos progenitores em idade relativamente jovem). Se há suspeita ou conhecimento de predisposição hereditária, a usuária deve ser encaminhada a um especialista antes de decidir pelo uso de qualquer COC;

- imobilização prolongada, cirurgia de grande porte, qualquer intervenção cirúrgica em membros inferiores ou trauma extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar o uso do COC (em casos de cirurgia programada com pelo menos 4 semanas de antecedência) e não reiniciá-lo até duas semanas após o total restabelecimento;

- tabagismo (com consumo elevado de cigarros e aumento da idade, o risco torna-se ainda maior, especialmente em mulheres com idade superior a 35 anos);

- dislipoprotei­nemia;

- hipertensão;

- enxaqueca;

- valvopatia;

- fibrilação atrial.

Não há consenso quanto à possível influência de veias varicosas e de tromboflebite superficial na gênese do tromboembolismo venoso.

Deve-se considerar o aumento do risco de tromboembolismo no puerpério (para informações sobre gravidez e lactação veja item “Gravidez e Lactação”).

Outras condições clínicas que também foram associadas aos eventos adversos circulatórios são: diabetes mellitus , lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico-urêmica, patologia intestinal inflamatória crônica (doença de Crohn ou colite ulcerativa) e anemia falciforme.

Aumento da frequência ou da intensidade de enxaqueca durante o uso de COCs pode ser motivo para a suspensão imediata deste, dada a possibilidade deste quadro representar o início de um evento vascular cerebral.

Os fatores bioquímicos que podem indicar predisposição hereditária ou adquirida para trombose arterial ou venosa incluem: resistência à proteína C ativada (PCA),

hiper-homocisteinemia, deficiências de antitrombina III, de proteína C e de proteína S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico). Na avaliação da relação risco-benefício, o médico deve considerar que o tratamento adequado de uma condição clínica pode reduzir o risco associado de trombose, e que o risco associado à gestação é mais elevado do que aquele associado ao uso de COCs de baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol).

> Tumores

O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por HPV (Papilomavírus Humano). Alguns estudos epidemiológicos indicaram que o uso de COCs por período prolongado pode contribuir para este risco aumentado, mas continua existindo a controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser atribuída aos fatores de confusão (vieses), por exemplo, da realização de citologia cervical e do comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de barreira.

Uma meta-análise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que existe um pequeno aumento do risco relativo (RR = 1,24) para câncer de mama diagnosticado em mulheres que estejam usando COCs. Este aumento desaparece gradualmente nos 10 anos subsequentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres com idade inferior a 40 anos, o aumento no número de diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes de COCs é pequeno, se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos não fornecem evidências de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido ao diagnóstico precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama diagnosticados em usuárias que utilizam ou utilizaram COCs tendem a ser clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram COCs.

Foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, malignos em usuárias de COCs. Em casos isolados, estes tumores provocaram hemorragias intra-abdominais com risco para a vida da paciente. A possibilidade de tumor hepático deve ser considerada no diagnóstico diferencial de usuárias de COCs que apresentarem dor intensa em abdome superior, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal.

Tumores malignos podem provocar risco para a vida da paciente, podendo ser fatais.

> Outras condições

Mulheres com hipertriglice­ridemia, ou com história familiar desta, podem apresentar risco aumentado de desenvolver pancreatite durante o uso de COC.

Embora tenham sido relatados discretos aumentos da pressão arterial em muitas usuárias de COCs, os casos de relevância clínica são raros. Entretanto, no caso de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa durante o uso de COC, é prudente que o médico descontinue o uso do COC e trate a hipertensão. Se for considerado apropriado, o uso do COC pode ser reiniciado, caso os níveis pressóricos se normalizem com o uso de terapia anti-hipertensiva.

Foram relatas a ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a gestação quanto durante o uso de COC, no entanto, a evidência de uma associação com o uso de COC é inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionados à colestase; formação de cálculos biliares; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham ; herpes gestacional; perda da audição relacionada com a otosclerose.

Em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angioedema.

Os distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem requerer a descontinuação do uso de COC, até que os marcadores da função hepática retornem aos valores normais. A recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira vez durante a gestação, ou durante o uso anterior de esteroides sexuais, requer a descontinuação do uso de COCs.

Embora os COCs possam exercer efeito sobre a resistência periférica à insulina e sobre a tolerância à glicose, não há evidência da necessidade de alteração do regime terapêutico em usuárias de COCs de baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol) que sejam diabéticas. Entretanto, deve-se manter cuidadosa vigilância enquanto estas pacientes estiverem utilizando COCs.

O uso de COCs foi associado à doença de Crohn e à colite ulcerativa. Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, sobretudo em usuárias com história de cloasma gravídico. Mulheres predispostas ao desenvolvimento de cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem usando COCs.

> Consultas/exames médicos

Antes de iniciar ou retomar o uso do COC, é necessário obter história clínica detalhada e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em “Contraindicações” e “Advertências e Precauções”; estes acompanhamentos devem ser repetidos periodicamente. A avaliação médica periódica é igualmente importante porque as contraindicações (por exemplo, um ataque isquêmico transitório etc.) ou fatores de risco (por exemplo, história familiar de trombose arterial ou venosa) podem aparecer pela primeira vez durante a utilização do COC. A frequência e a natureza destas avaliações devem ser baseadas nas condutas médicas estabelecidas e adaptadas

a cada usuária, mas devem, em geral, incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical.

As usuárias devem ser informadas de que os contraceptivos orais não protegem contra infecções causadas pelo HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis.

> Habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas em usuárias de COCs.

> Redução da eficácia

A eficácia dos COCs pode ser reduzida nos casos de esquecimento de tomada dos comprimidos ativos (contendo hormônio) (veja subitem “Comprimidos esquecidos”), distúrbios gastrintestinais durante a ingestão de comprimidos ativos (contendo hormônio) ou tratamento concomitante com outros medicamentos (veja itens “Posologia e Modo de Usar” e “Interações medicamentosas”).

> Controle de ciclo

Como ocorre com todos os COCs, pode surgir sangramento irregular (gotejamento ou sangramento de escape), especialmente durante os primeiros meses de uso. Portanto, a avaliação de qualquer sangramento irregular somente será significativa após um período de adaptação de cerca de três ciclos.

Se o sangramento irregular persistir ou ocorrer após ciclos anteriormente regulares, devem ser consideradas causas não-hormonais e, nestes casos, são indicados procedimentos diagnósticos apropriados para exclusão de neoplasia ou gestação. Estas medidas podem incluir a realização de curetagem.

É possível que em algumas usuárias não ocorra o sangramento por privação durante a ingestão dos comprimidos brancos inativos (sem hormônio). Se a usuária ingeriu os comprimidos segundo as instruções descritas no item “Posologia e Modo de Usar”, é pouco provável que esteja grávida. Porém, se o COC não tiver sido ingerido corretamente no ciclo em que houve ausência de sangramento por privação ou se não ocorrer sangramento por privação em dois ciclos consecutivos, deve-se excluir a possibilidade de gravidez antes de continuar a utilização do COC.

> Gravidez e lactação

- Gravidez

Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) é contraindicado durante a gravidez. Caso a usuária engravide durante o uso de Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste),

deve-se descontinuar o seu uso. Entretanto, estudos epidemiológicos abrangentes com COCs contendo etinilestradiol não revelaram risco aumentado de malformações congênitas em crianças nascidas de mulheres que tenham utilizado COCs antes da gestação. Também não foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da ingestão inadvertida de COCs no início da gestação.

“Categoria X (Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente) – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.”

- Lactação

Os COCs podem afetar a lactação, uma vez que podem reduzir a quantidade e alterar a composição do leite materno. Portanto, em geral, não é recomendável o uso de COCs até que a lactante tenha suspendido completamente a amamentação do seu filho. Pequenas quantidades dos esteroides contraceptivos e/ou de seus metabólitos podem ser excretadas pelo leite materno.

6. interações medicamentosas

> Efeitos de outras substâncias medicinais sobre Qlaira ® (valerato de estradiol + dienogeste)

As interações medicamentosas podem ocorrer com fármacos indutores das enzimas microssomais, o que pode resultar em aumento da depuração dos hormônios sexuais e pode produzir sangramento de escape e/ou diminuição da eficácia do contraceptivo oral.

Usuárias sob tratamento com qualquer uma destas substâncias devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo de barreira ou escolher um outro método contraceptivo. O método de barreira deve ser usado durante todo o período de tratamento com esses medicamentos, assim como nos 28 dias posteriores à descontinuação do tratamento.

> Substâncias que aumentam a depuração dos COCs (diminuição da eficácia dos COCs por indução enzimática), por exemplo:

fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e também possivelmente oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João.

O efeito da rifampicina, indutor do citocromo CYP 3A4, foi estudado em mulheres saudáveis pós-menopáusicas. A coadministração de rifampicina com comprimidos contendo valerato de estradiol/die­nogeste levaram a diminuições significativas das

concentrações no estado de equilíbrio e exposições sistêmicas ao dienogeste e ao estradiol. A exposição sistêmica ao dienogeste e ao estradiol no estado de equilíbrio, medida pela ASC (Área sob a Curva 0 – 24h) foram reduzidas em 83% e 44%, respectivamente.

> Substâncias com efeito variável na depuração dos COCs, por exemplo: Quando coadministrados com COCs, muitos inibidores das HIV/HCV proteases e inibidores não-nucleosídios da transcriptase reversa podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas de estrogênios e progestógenos. Essas alterações podem ser clinicamente relevantes em alguns casos.

> Substâncias que reduzem a depuração dos COCs (inibidores enzimáticos): O dienogeste é um subtrato do citocromo P450 (CYP) 3A4.

Inibidores potentes e moderados do CYP3A4, tais como antifúngicos azólicos (p. ex. itraconazol, voriconazol, fluconazol), verapamil, macrolídeos (p. ex. claritromicina, eritromicina), diltiazem, e suco de toranja (“grapefruit ) podem aumentar a concentração plasmática do estrógeno, do progestógeno ou de ambos.

Em um estudo investigativo sobre o efeito de inibidores do CYP3A4 (cetoconazol, eritromicina), os níveis plasmáticos de dienogeste e estradiol no estado de equilíbrio estavam aumentados. A coadministração com o potente inibidor cetoconazol resultou em um aumento de 2,86 vezes da ASC (0 – 24h) no estado de equilíbrio para o dienogeste e de 1,57 vezes para o estradiol. Quando coadministrado com o inibidor moderado eritromicina, a ASC (0 – 24h) do dienogeste e estradiol no estado de equilíbrio foram aumentados em 1,62 vezes e 1,33 vezes, respectivamente.

> Efeitos de Qlaira ® (valerato de estradiol + dienogeste) sobre outras substâncias medicinais

Contraceptivos orais podem interferir no metabolismo de outros fármacos. Desta forma, as concentrações plasmática e tecidual podem aumentar ou diminuir (p.ex., lamotrigina). Entretanto, baseados nos dados in vitro, é pouco provável que ocorra inibição das enzimas CYP por Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) em doses terapêuticas.

> Outras formas de interação

> Exames laboratoriais

O uso de esteroides presentes nos contraceptivos hormonais pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática, tireoidiana, adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina de ligação a corticosteroides e frações

lipídicas/lipo­proteicas; parâmetros do metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e fibrinólise. As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial considerado normal.

Baseado em estudos epidemiológicos não há indicação de qualquer interação clinicamente relevante entre álcool e contraceptivo.

Deve-se avaliar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado concomitantemente a fim de identificar interações em potencial.

7. cuidados de armazenamento do medicamento

O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da umidade.

O prazo de validade de Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) é de 24 meses a partir da data de fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.” “Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

> Características Organolépticas

Comprimidos revestidos ativos de cor amarelo escuro, vermelho médio, amarelo claro e vermelho escuro e comprimidos revestidos inativos de cor branca.

Sem cheiro (odor) ou gosto característico

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. posologia e modo de usar

> Método de administração

Uso oral.

> Regime de dose

Os comprimidos devem ser ingeridos na ordem indicada na cartela, todos os dias, aproximadamente no mesmo horário, com um pouco de líquido conforme necessário. A ingestão dos comprimidos é contínua. Deve-se ingerir um comprimido por dia durante 28 dias consecutivos. Cada cartela subsequente é iniciada no dia seguinte à ingestão do último comprimido da cartela anterior, sem pausa entre elas. Em geral, o sangramento por privação inicia-se durante a ingestão dos últimos comprimidos da cartela e pode não ter cessado antes do início da próxima cartela. Em algumas mulheres, o sangramento se inicia após a ingestão dos primeiros comprimidos da nova cartela.

> Início do uso de Qlaira ® (valerato de estradiol + dienogeste)

- Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado no mês anterior

No caso da usuária não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão deve ser iniciada no 1° dia do ciclo (1° dia de sangramento menstruai).

- Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel vaginal ou adesivo transdérmico para Qlaira ® (valerato de estradiol + dienogeste)

A usuária deve começar o uso de Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) no dia posterior à ingestão do último comprimido ativo (contendo hormônio) do contraceptivo usado anteriormente. Se a paciente estiver mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico, deve iniciar o uso de Qlaira®(valerato de estradiol + dienogeste) no dia da retirada do último anel ou adesivo do ciclo.

- Mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno (minipílula, injeção, implante) ou Sistema Intrauterino (SIU) com liberação de progestógeno para Qlaira ® (valerato de estradiol + dienogeste)

A usuária poderá iniciar o uso de Qlaira®(valerato de estradiol + dienogeste) em qualquer dia no caso da minipílula, ou no dia da retirada do implante ou do SIU, ou no dia previsto para a próxima injeção, mas em todos estes casos, recomenda-se usar adicionalmente um método de barreira nos 9 primeiros dias de ingestão dos comprimidos.

- Após abortamento de primeiro trimestre

Pode-se iniciar o uso de Qlaira®(valerato de estradiol + dienogeste) imediatamente, e neste caso, sem necessidade de utilizar métodos contraceptivos adicionais.

- Após parto ou abortamento no segundo trimestre

Após parto ou abortamento de segundo trimestre, é recomendável iniciar o uso de Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) no período entre o 21° e o 28° dia após o procedimento. Se começar em período posterior, recomenda-se utilizar adicionalmente um método de barreira nos 9 dias iniciais de ingestão dos comprimidos. Entretanto, se já tiver ocorrido relação sexual, deve-se certificar de que a mulher não esteja grávida antes de iniciar o uso do COC ou, então, aguardar a primeira menstruação.

Para amamentação, vide “Gravidez e Lactação” no item “Advertências e Precauções”.

> Comprimidos esquecidos

Comprimidos brancos inativos (sem hormônio) esquecidos podem ser desconsiderados e devem ser descartados a fim de evitar que o período de ingestão desses comprimidos seja prolongado equivocadamente.

As recomendações a seguir referem-se somente a comprimidos ativos (contendo hormônio) esquecidos:

Se houver transcorrido menos de 12 horas do horário habitual de ingestão de qualquer comprimido, a proteção contraceptiva não será reduzida. A usuária deve tomar o comprimido esquecido assim que se lembrar e continuar o restante da cartela no horário habitual.

Se houver transcorrido mais de 12 horas do horário habitual de ingestão de qualquer comprimido, a proteção contraceptiva pode estar reduzida. Neste caso, a usuária deve tomar o último comprimido esquecido assim que se lembrar, mesmo que isso signifique a ingestão de dois comprimidos ao mesmo tempo, e continuar o restante da cartela no horário habitual.

Dependendo do dia do ciclo em que ocorreu o esquecimento (vide esquema abaixo para maiores detalhes), devem ser utilizados métodos contraceptivos adicionais (como por exemplo, método de barreira, tal como preservativo) de acordo com os seguintes procedimentos:

Tabela 1. Procedimentos dos comprimidos esquecidos

Dia

Cor (conteúdo de valerato de estradiol (VE)/dienoges­te (DNG))

Procedimentos a seguir em caso de esquecimento de 1 comprimido por mais de 12 horas do horário habitual

1 – 2

Comprimidos amarelo escuro

(3,0 mg VE)

– tomar o comprimido esquecido imediatamente e continuar a tomar

3 – 7

Comprimidos vermelho médio

(2,0 mg VE + 2,0 mg DNG)

os comprimidos seguintes no horário habitual (mesmo que isso

8 – 17

Comprimidos amarelo claro (2,0 mg VE + 3,0 mg DNG)

signifique tomar 2 comprimidos no mesmo dia)

– continuar a ingestão dos comprimidos no horário habitual – utilizar método contraceptivo adicional pelos próximos 9 dias

18 – 24

Comprimidos amarelo claro (2,0 mg VE + 3,0 mg DNG)

– descartar a cartela atual e iniciar imediatamente com o primeiro comprimido da nova cartela

– continuar a ingestão dos comprimidos regularmente – utilizar método contraceptivo adicional pelos próximos 9 dias

25 – 26

Comprimidos vermelho escuro (1,0 mg VE)

– tomar o comprimido esquecido imediatamente e continuar o restante no horário habitual (mesmo que isso signifique a ingestão de 2 comprimidos no mesmo dia)

– não é necessária medida contraceptiva adicional

27 – 28

Comprimidos brancos (inativos)

– descartar o comprimido esquecido e continuar o restante no horário habitual

– não é necessária medida contraceptiva adicional

Não se deve tomar mais do que 2 comprimidos em um mesmo dia.

Se a usuária esquecer de iniciar uma nova cartela ou se esquecer de tomar 1 ou mais comprimidos durante o período entre 3° e o 9° dia da cartela e tiver ocorrido relação sexual durante os 7 dias anteriores ao esquecimento, ela pode estar grávida. Quanto mais comprimidos são esquecidos (principalmente os comprimidos com 2 hormônios combinados entre os dias 3 e 24) e mais próximo estiver da fase de ingestão dos comprimidos inativos (sem hormônio), maior será o risco de ocorrência de gravidez.

Se ocorrer esquecimento e a usuária não tiver sangramento por privação subsequentemente ao final da cartela atual/início da nova cartela, deve-se considerar a possibilidade de gravidez.

> Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais

No caso de distúrbios gastrintestinais graves, após a ingestão de um comprimido ativo (contendo hormônio), a absorção pode não ser completa e métodos contraceptivos adicionais devem ser empregados.

Se ocorrer vômito dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido ativo (contendo hormônio), deve-se seguir o mesmo procedimento usado no item “Comprimidos esquecidos”. Se a usuária não quiser alterar seu esquema habitual de ingestão, deve retirar o(s) comprimido(s) adicional(is) de outra cartela.

> Informações adicionais para populações especiais

– Crianças e adolescentes

Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) é indicado apenas para uso após a menarca.

– Pacientes idosas

Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) não é indicado para uso após a menopausa.

– Pacientes com insuficiência hepática

Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) é contraindicado em mulheres com doença hepática grave. Veja item “Contraindicações”.

– Pacientes com insuficiência renal

Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) não foi estudado especificamente em pacientes com disfunção renal. Dados disponíveis não sugerem alteração no tratamento desta população.

“Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado . 

9. reações adversas

> Resumo do perfil de segurança

As reações adversas mais frequentemente relatadas com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) são: naúseas, dor nas mamas e sangramento uterino inesperado. Essas reações ocorrem em mais que 2% das usuárias.

Reações adversas graves são: tromboembolismo arterial e venoso.
> resumo tabulado das reações adversas
A frequência das reações adversas ao medicamento (RAMs) relatadas em estudos clínicos de fase II e III com Qlaira® (valerato de estradiol + dienogeste) estão resumidas na tabela abaixo segundo a classificação de sistema corpóreo MedDRA (MedDRA SOCs). Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão apresentadas por ordem decrescente de frequência. As frequências são definidas como: comum (> 1/100 a < 1/10), incomum (> 1/1.000 a < 1/100) e rara (> 1/10.000 a < 1/1.000).
Tabela 1, reações adversas ao medicamento, ensaios clínicos de fase II e III, N = 2687 mulheres (100,0%)
> descrição das reações adversas selecionadas
Reações adversas com frequência muito baixa ou com início tardio dos sintomas que são consideradas relacionadas ao grupo de contraceptivos orais combinados (COCs) estão listadas abaixo (veja itens “Contraindicações” e “Advertências e Precauções”).

Tumores:

- a frequência do diagnóstico de câncer de mama é ligeiramente maior entre as usuárias de CO. Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres com idade inferior a 40 anos, o aumento da incidência é baixo em relação ao risco geral de câncer de mama. A causalidade com o uso de COC é desconhecida.

- tumores hepáticos (benignos e malignos).

Outras condições:

- eritema nodoso, eritema multiforme;

- secreção mamária ;

- mulheres com hipertriglice­ridemia (risco aumentado de pancreatite durante o uso de COCs);

- hipertensão;

- ocorrência ou piora das condições para as quais a associação com uso de COC não é conclusiva: icterícia e/ou prurido relacionado à colestase; formação de cálculos biliares; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham ; herpes gestacional; perda da audição relacionada à otosclerose;

- em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angioedema;

- distúrbios da função hepática;

- alterações na tolerância à glicose ou efeito sobre a resistência periférica à insulina;

- doença de Crohn , colite ulcerativa;

- cloasma;

- hipersensibilidade (incluindo sintomas como rash, urticária);

Interações:

Sangramento de escape e/ou falha contraceptiva podem resultar das interações de outras substâncias (indutores enzimáticos) com contraceptivos orais (veja item “Interações Medicamentosas”).

„Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.“

10. superdose