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PRIMOVIST BAYER S.A. - bula do profissional da saúde

Dostupné balení:

Bula do profissional da saúde - PRIMOVIST BAYER S.A.

1. indicações

Este medicamento é destinado apenas para uso diagnóstico.

Os meios de contraste à base de gadolínio devem ser utilizados apenas quando a informação diagnóstica for essencial e não disponível por meio de ressonância magnética sem o uso de contraste.

Primovist® (gadoxetato dissódico) é um meio de contraste a base de gadolínio para imagem por ressonância magnética ponderada em T1 do fígado.

Em imagiologia dinâmica e tardia, Primovist® (gadoxetato dissódico) melhora a detecção de lesões hepáticas (por exemplo, número, tamanho, distribuição segmentar e visualização) e fornece informação adicional relativa à classificação e caracterização das lesões hepáticas focais, aumentando a confiança diagnóstica.

2. resultados de eficácia

Um total de 797 pacientes com lesão focal do fígado, conhecida ou sob suspeita, foram incluídos em quatro (04) estudos clínicos controlados fase III, dos quais 621 pacientes receberam 0,025 mmol/kg de Primovist® (gadoxetato dissódico) injetável e foram avaliados em relação a eficácia. Dos 621 pacientes, 334 (54%) eram homens e 287 (46%)

eram mulheres; a idade média foi de 57 anos (entre 19 e 84 anos). Em relação a etnia eram 556 (90%) caucasianos, 22 (4%) negros, 21 (3%) hispânicos, 15 (2%) asiáticos, e 7 (1%) de outros grupos étnicos.

Os estudos foram desenhados prospectivamente para determinar:

– a sensibilidade da IRM realçada com Primovist® (gadoxetato dissódico) (imagens combinadas pré e pós-contraste) na detecção da lesão do fígado comparado à IRM pré-contraste (dois estudos controlados). O padrão de referência foi a combinação da patologia de espécimes ou amostras do fígado operado e ultrassonografia intraoperatória para obter informação do fígado como um todo. O procedimento de rastreamento foi estabelecido para comparar lesões detectadas no padrão de referência (PR) e no procedimento de imagiologia.

– a proporção de lesão do fígado caracterizada corretamente (tipo correto de lesão do fígado) na IRM realçada com o contraste Primovist® (gadoxetato dissódico) (imagens combinadas pré e pós-contraste) comparada com a IRM pré-contraste (dois estudos clínicos). O PR incluiu vários procedimentos definidos prospectivamente, por exemplo, histopatologia de lesão maligna, certos procedimentos de imagiologia de certas lesões benignas.

Após a inclusão, os pacientes foram submetidos a ambos procedimentos pré-definidos para o PR e para a IRM do fígado, o qual incluiu IRM não contrastada seguido por IRM com 0,025 mmol/kg realçada com contraste Primovist® (gadoxetato dissódico) com imagiologia da fase dinâmica e dos hepatócitos (20 min. após a injeção). Em cada estudo clínico, imagens de IRM do fígado não contrastada e contrastada com Primovist® (gadoxetato dissódico) foram avaliadas pelos investigadores e, independentemente, por três radiologistas não envolvidos previamente em nenhum dos estudos de maneira cega, sistemática, randomizada, pareada e não pareada. Para os estudos de detecção, outro radiologista independente realizou o procedimento de rastreamento de lesão. Apenas lesões detectadas no local idêntico ao segmento do fígado no padrão de referência e na IRM foram consideradas corretamente detectadas e constituíram a base para a análise de sensibilidade.

Em todos os quatro estudos, Primovist® (gadoxetato dissódico) (imagens combinadas pré e pós-contraste) levou a uma melhora significativa na eficácia diagnóstica quando comparado à IRM não contrastada. A Tabela 1 mostra uma melhora significativa na detecção da lesão para todos os leitores em ambos os estudos quando da avaliação das imagens de IRM combinada pré e pós-contraste versus imagens de IRM não contrastada. Em relação aos estudos de caracterização (Tabela 2 ), a análise combinada do exame de IRM pré e pós-contraste levou a uma melhora significativa na proporção de lesões caracterizadas corretamente para dois dos três leitores cegos em cada estudo. Todas as diferenças para o leitor médio (média dos três leitores cegos) foram significativas­. Tipos

de lesões caracterizadas incluíram metástases, hemangiomas, hiperplasia nodular focal (HNF), cistos no fígado e carcinoma hepatocelular (CHC).

Tabela 1 – Sensibilidade na detecção de lesão no fígado para os Estudos 96129 e 97160

Estudo 96129 n = 302 lesões em 129 pacientes

Estudo 97160 n = 316 lesões em 126 pacientes

Procedimento diagnóstico

Leitor

Sensibilidade (%)

95% IC

Sensibilidade (%)

95% IC

IRM pré-contraste

Leitor Médio

66,6

(61,1;

72,0)

61,4

(54,4;

68,4)

Leitor 1

71,2

(65,5;

76,9)

63,3

(55,7;

70,9)

Leitor 2

65,2

(59,1;

71,4)

61,7

(54,7;

68,7)

Leitor

3

63,3

(57,0;

69,5)

59,2

(51,6;

66,7)

IRM combinada pré e pós-contraste

Leitor Médio

71,2

(66,0;

76,4)

69,2

(63,6;

74,8)

Leitor 1

76,2

(70,4;

81,9)

71,5

(64,8;

78,2)

Leitor 2

69,5

(63,8;

75,3)

68,0

(62,0;

74,1)

Leitor

3

67,9

(62,1;

73,7)

68,0

(61,7;

74,4)

Diferença entre IRM combinada pré e

Leitor Médio

4,6*

(2,1; 7,2)

7,8*

(3,5;

12,2)

pós-contraste versus IRM pré-contraste a

Leitor 1

5,0*

(1,3; 8,6)

8,2*

(3,6;

12,8)

Leitor 2

4,3*

(0,6; 8,0)

6,3*

(0,3;

12,3)

Leitor

3

4,6*

(0,6; 8,7)

8,9*

(3,1;

14,7)

Nota: Os três leitores cegos para cada estudo são únicos para o estudo.

a Discrepâncias entre diferença absoluta e valores apresentados são devido ao

arredondamento.

* Melhora estatisticamente significativa na detecção da lesão para imagens combinadas (p < 0,05).

Tabela 2 – Proporção das lesões caracterizadas corretamente com relação ao PR para estudos 012387 e 014763

Estudo 012387 n = 182b

Estudo 014763 n = 177c

Procedimento Leitor

Proporção 95%

Proporção 95% IC

diagnóstico

correta (%) IC

correta

(%)

IRM pré-contraste Leitor

54,3 (48,1;

57,3 (50,6;

Médio

60,5)

63,9)

Leitor

51,4 (43,1;

59,5 (51,4;

1

59,6)

67,6)

Leitor

59,1 (51,6;

64,3 (56,7;

2

66,6)

71,9)

Leitor

52,5 (45,8;

48,0 (39,2;

3

59,2)

56,7)

IRM combinada Leitor

66,9 (61,7;

67,8 (62,0;

pré e pós-contraste Médio

72,1)

73,6)

Leitor

67,2 (60,4;

60,6 (52,6;

1

74,0)

68,6)

Leitor

76,1 (69,8;

75,8 (69,3;

2

82,4)

82,3)

Leitor

57,5 (50,5;

66,9 (59,3;

3

64,6)

74,6)

Diferença entre Leitor

12,6* (7,4;

10,5* (5,0;

IRM combinada pré e Médio

17,8)

16,0)

pós-contraste versus Leitor

15,8* (7,1;

1,1 (-7,3;

IRM pré-contraste a 1

24,6)

9,6)

Leitor

17,0* (9,5;

11,5* (4,9;

2

24,5)

18,2)

Leitor

5,0 (-1,8;

19,0* (10,7;

3

11,8)

27,3)

Nota: Os três leitores cegos para cada estudo são únicos para o estudo.

a Discrepâncias entre diferença absoluta e valores apresentados são devido ao arredondamento.

b n = número total de pacientes. Número total de lesões = 259.

c n = número total de pacientes. Número total de lesões = 269.

* Melhora estatisticamente significativa na detecção da lesão para imagens combinadas (p < 0,05).

3. características farmacológicas

> Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

Primovist® (gadoxetato dissódico) é um meio de contraste paramagnético para ser usado em Imagem por Ressonância Magnética (IRM). O efeito de realce do contraste é mediado pelo gadoxetato, um complexo iônico formado por gadolínio (III) e o ligante ácido etoxibenzil-dietilenotriamina-pentacético (EOB-DTPA). Quando sequências de escaneamento ponderadas em T1 são usadas em imagem de ressonância magnética de próton, a redução do tempo de relaxamento da grade de spin de núcleos atômicos excitados induzida pelo íon gadolínio origina um aumento da intensidade de sinal e, consequentemente, um aumento do contraste de imagem de certos tecidos.

Efeitos farmacodinâmicos

O gadoxetato dissódico leva a um encurtamento dos tempos de relaxamento distintos mesmo em baixa concentração. Em pH 7, uma força do campo magnético de 0,47 T e 40°C de relaxatividade (r1) – determinada a partir da influência no tempo de relaxamento da grade de spin (T1) do próton do plasma – é cerca de 8,18 L/(mmol*seg) e a relaxatividade (r2) – determinada a partir da influência do tempo de relaxamento spin-spin (T2) – é cerca de 8,56 L/(mmol*seg). A 1,5 T a 37°C as respectivas relaxatividades no plasma são r1 = 6,9 L/(mmol*seg) e r2 = 8,7 L/(mmol*seg). A relaxatividade gera uma leve dependência inversa na força do campo magnético.

O etoxibenzil-dietilenotria­minapentaceta­to forma um complexo estável com o íon gadolínio paramagnético com estabilidade in-vivo e in-vitro extremamente elevada (constante de estabilidade termodinâmica: log KGdl = 23,46). O gadoxetato dissódico é um composto altamente hidrossolúvel, hidrofílico com coeficiente de partição entre n-butanol e tampão a pH 7,6 de cerca de 0,011.

Devido a sua metade lipofílica etoxibenzil o gadoxetato dissódico exibe um modo de ação bifásico: primeiro, a distribuição no espaço extracelular após injeção em bolus e posteriormente recaptação seletiva pelos hepatócitos. A relaxatividade r1 no tecido

hepático é 16,6 L/(mmol*seg) (a 0,47 T) resultando em aumento da intensidade do sinal do tecido hepático. Posteriormente o gadoxetato dissódico é excretado na bile.

A substância não exibe qualquer interação inibitória significante com enzimas em concentrações clinicamente relevantes.

> Farmacocinética

- Informações gerais

O gadoxetato dissódico se comporta no organismo como outros compostos biologicamente inertes altamente hidrofílicos, excretados por via renal e hepatobiliar.

- Absorção e Distribuição

Após administração intravenosa, o perfil de concentração plasmática do gadoxetato dissódico em função do tempo é caracterizado por um declínio biexponencial. O volume de distribuição total do gadoxetato dissódico em estado de equilíbrio é cerca de 0,21 L/kg (espaço extracelular). A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 10%. O composto se difunde pela barreira placentária somente em uma pequena extensão, como demonstrado em ratos.

Em ratas lactantes, menos de 0,5% da dose administrada por via intravenosa (0,1 mmol/kg) do gadoxetato marcado radioativamente foi excretado no leite materno recuperada no leite do estômago. A absorção após administração oral foi muito pequena em ratos, sendo 0,4% da dose administrada recuperada na urina.

- Metabolismo

O gadoxetato dissódico não é metabolizado.

- Eliminação

O gadoxetato dissódico é completamente eliminado pelas vias renal e hepatobiliar, em igual quantidade.

Sete dias após a injeção intravenosa do gadoxetato, menos que 1% da dose administrada foi encontrada no corpo de ratos e macacos. Desta quantidade, a mais alta concentração foi encontrada nos rins e fígado.

A meia-vida de eliminação terminal média do gadoxetato dissódico (dose 0,01 a 0,1 mmol/kg) observada em voluntários sadios foi cerca de 1 hora.

O clearance sérico total (CL) foi de 250 mL/min. O clearance renal (CLr) corresponde a cerca de 120 mL/min, um valor semelhante a taxa de filtração glomerular em sujeitos sadios.

- Linearidade / não-linearidade

O gadoxetato dissódico mostrou farmacocinética linear, isto é, parâmetros farmacocinéticos alteram a dose proporcionalmente (por exemplo, Cmáx, AUC) ou são dose independentes (por exemplo, Vss, ti/2) até a dose de 100 |imol/kg de peso corpóreo (0,4 mL/kg).

- Características em populações especiais

Um estudo fase III com 25 |imol de Primovist® (gadoxetato dissódico) por kg de peso corpóreo comparou pacientes com vários níveis de disfunção hepática, disfunção renal, disfunção hepática e renal coexistindo e pacientes sadios de diferentes faixas etárias, incluindo idosos.

Sexo

Clearance total foi cerca de 20% menor no sexo feminino (185 mL/min) que em pacientes do sexo masculino (236 mL/min).

Idosos (65 anos de idade ou mais)

De acordo com as mudanças fisiológicas na função renal com a idade, o clearance plasmático do gadoxetato dissódico foi reduzido de 210 mL/min em pacientes não-idosos para 163 mL/min em pacientes idosos com 65 anos de idade ou mais. A meia-vida terminal e exposição sistêmica foram maiores em idosos (2,3h e 197 |imol*h/L, respectivamente) comparado com o grupo controle (1,8h e 160 |imol*h/L, respectivamente). A excreção renal foi completa após 24h em todos os pacientes sem diferença entre pacientes sadios idosos e não-idosos.

Disfunção renal e/ou hepática

Em pacientes com disfunção renal moderada, foram observados aumento na AUC para 237 |imol*h/L e na meia-vida terminal para 2,2h. Em pacientes com disfunção renal em estágio terminal, a AUC foi aumentada para cerca de 903 |imol*h/L e a meia-vida terminal prolongada para cerca de 20h nos pacientes. Cerca de 55% da dose administrada foi recuperada nas fezes no período de observação de 6 dias, a maioria dentro de 3 dias.

Em pacientes com disfunção hepática leve ou moderada, foram observados aumento leve a moderado na AUC plasmática, meia-vida e excreção urinária, bem como redução na excreção hepatobiliar quando comparados a voluntários sadios.

Em pacientes com disfunção hepática grave, especialmente em pacientes com níveis de bilirrubina sérica anormalmente aumentados (> 3 mg/dL), a AUC foi aumentada para 259 |imol*h/L comparado com 160 |imol*h/L no grupo controle. A meia-vida de eliminação

foi aumentada para 2,6 h comparada a 1,8 h no grupo controle. A excreção hepatobiliar diminuiu substancialmente para 5,7% da dose administrada nestes pacientes.

O gadoxetato dissódico pode ser removido do corpo por hemodiálise. Cerca de 30% da dose administrada foi recuperada no dialisado em diálise de 3 horas, iniciando 1 hora após a injeção. Em estudos com pacientes com disfunção renal em estágio terminal, gadoxetato dissódico foi quase que completamente eliminado via diálise e excreção biliar dentro de 6 dias. A concentração plasmática do gadoxetato dissódico foi mensurável até 72 horas após a dose nestes pacientes (veja “Advertências e Precauções”).

> Dados de segurança pré-clínicos

Dados pré-clínicos mostram que não há risco especial para humanos baseado nos estudos convencionais de toxicidade sistêmica, genotoxicidade e potencial contato-sensibilizante.

- Toxicidade reprodutiva

Em estudos no desenvolvimento embriofetal dose intravenosa repetida de Primovist® (gadoxetato dissódico) causou embriotoxicidade (aumento da perda pós-implantação) em coelhos em 25,9 vezes (baseado na área de superfície corpórea) ou 80 vezes (baseado no peso corpóreo) a dose única humana.

- Tolerância local e potencial contato-sensibilizante

Estudos de tolerância local experimental com Primovist® (gadoxetato dissódico) indicaram boa tolerabilidade local após administração intravascular (intravenosa e intra-arterial) e paravenosa.

No entanto, administração intramuscular causou reações de intolerância local, incluindo hemorragia intersticial, edema, e necrose focal da fibrose muscular e deve, portanto, ser estritamente evitada em humanos (veja “Advertências e Precauções”).

4. contraindicações

Primovist® (gadoxetato dissódico) é contraindicado no caso de histórico de reações de hipersensibilidade ao gadoxetato dissódico ou qualquer outro componente da formulação.

5. advertências e precauções

Os meios de contraste à base de gadolínio devem ser utilizados apenas quando a informação diagnóstica for essencial e não disponível por meio de ressonância magnética sem o uso de contraste; usar a menor dose efetiva e avaliar os benefícios e riscos potenciais de cada paciente antes de administrar repetidas doses de meios de contraste a base de gadolínio.

> Hipersensibili­dade

Uma avaliação risco-benefício particularmente cuidadosa é necessária em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao Primovist® (gadoxetato dissódico).

Como ocorre com outros meios de contraste administrados por via intravenosa, Primovist® (gadoxetato dissódico) pode ser associado a reações anafilactoides/hi­persensibilida­de ou a outras reações idiossincráticas caracterizadas por manifestações cardiovasculares, respiratórias ou cutâneas, podendo ocasionar reações graves, incluindo choque.

O risco de reações de hipersensibilidade aumenta nos casos de:

- reação anterior a meios de contraste,

- história de asma brônquica, – história de distúrbios alérgicos.

Em pacientes com disposição alérgica a decisão quanto ao uso de Primovist® (gadoxetato dissódico) deve ser feita após uma avaliação particularmente cuidadosa da relação risco-benefício.

A maioria dessas reações ocorre dentro de 30 minutos após a administração do meio de contraste.

Portanto, recomenda-se a observação do paciente após a realização do exame.

São necessários medicamentos para o tratamento de reações de hipersensibilidade, assim como preparo para instituição de medidas de emergência.

Reações tardias após horas ou até vários dias foram raramente observadas (veja “Reações Adversas”).

Pacientes que estiverem utilizando betabloqueadores e apresentarem tais reações podem ser resistentes aos efeitos do tratamento com beta-agonista.

> Doença cardiovascular

Deve-se ter cautela quando Primovist® (gadoxetato dissódico) é administrado a pacientes com problemas cardiovasculares graves, pois as informações disponíveis até o momento são limitadas.

> Comprometimento renal

Em pacientes saudáveis, gadoxetato dissódico é igualmente eliminado por via renal e hepatobiliar.

Antes da administração de Primovist® (gadoxetato dissódico), recomenda-se que todos os pacientes sejam avaliados em relação à disfunção renal através de histórico e/ou exames laboratoriais.

Em pacientes com disfunção renal grave, os benefícios devem ser pesados cuidadosamente em relação aos riscos, uma vez que a eliminação dos meios de contraste é atrasada em alguns casos. Deve-se garantir um período de tempo suficiente para a eliminação do meio de contraste antes de qualquer readministração em pacientes com disfunção renal.

O gadoxetato dissódico pode ser eliminado do organismo através de hemodiálise. Cerca de 30% da dose administrada é eliminada do corpo por sessão única de diálise de 3 horas iniciada 1 hora após a injeção. Em pacientes com disfunção renal em estágio terminal, gadoxetato dissódico foi quase que completamente eliminado via diálise e excreção biliar com um período de observação de 6 dias, sendo a maioria dentro de 3 dias.

Nos pacientes que já estiverem em hemodiálise por ocasião da administração de Primovist® (gadoxetato dissódico), deve-se considerar o rápido início da hemodiálise após sua administração para aumentar a eliminação do meio de contraste (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”).

Há relatos de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN), associada ao uso de alguns meios de contraste contendo gadolínio, em pacientes com:

- disfunção renal grave aguda ou crônica [taxa de filtração glomerular (TFG): < 30 mL/min/1,7­3m2] e

- insuficiência renal aguda de qualquer gravidade devido à síndrome hepatorrenal ou em período perioperatório de transplante de fígado.

Embora a exposição sistêmica corporal ao gadolínio seja baixa com base na dose para diagnóstico como também pela eliminação do Primovist® (gadoxetato dissódico) por dupla via (renal e hepatobiliar), há possibilidade de ocorrência de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN) com Primovist® (gadoxetato dissódico). Portanto, Primovist® (gadoxetato dissódico) somente deve ser utilizado nestes pacientes após cuidadosa avaliação de risco-benefício (veja “Reações adversas”).

> Intolerância local

Administração intramuscular deve ser estritamente evitada devido a reações de intolerância local incluindo necrose focal (veja “Dados de segurança pré-clínicos”).

> Gravidez

Não há dados disponíveis de estudos clínicos sobre a exposição ao gadoxetato dissódico durante a gravidez. Estudos em animais com doses clinicamente relevantes não mostraram toxicidade reprodutiva após administrações repetidas (veja “Dados de segurança pré-clínicos”).

O risco potencial para humanos é desconhecido.

Primovist® (gadoxetato dissódico) somente deve ser usado durante a gravidez se a condição clínica da mulher requer o uso de gadoxetato dissódico.

Categoria B – “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”

> Lactação

Não se sabe se o gadoxetato dissódico é excretado no leite materno humano. Há evidências de dados de estudos pré-clínicos que o gadoxetato dissódico é excretado no leite materno em quantidades muito pequenas (menos de 0,5% da dose administrada por via intravenosa) e a absorção via trato gastrintestinal é pobre (cerca de 0,4% da dose administrada oralmente foi excretada pela urina) (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”).

Em doses clínicas, nenhum efeito ao lactente é esperado e Primovist® (gadoxetato dissódico) pode ser usado durante a amamentação.

> Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas

Não são conhecidos efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas.

> Retenção de gadolínio no cérebro e outros tecidos

O gadolínio é retido por meses ou anos em vários órgãos. As maiores concentrações (nanomoles por grama de tecido) foram identificados no osso, seguidos por outros órgãos (por exemplo, cérebro, pele, rim, fígado e baço). A duração da retenção também varia de acordo com o tecido e é mais longa no osso. Os meios de contraste a base de gadolínio (GBCAs) lineares causam mais retenção do que GBCAs macrocíclicos. Consequências da retenção de gadolínio no cérebro não foram estabelecidas. As consequências patológicas e clínicas da administração e retenção de GBCAs na pele e outros órgãos foram estabelecidas em pacientes com insuficiência renal. Existem relatos raros de alterações patológicas de pele em pacientes com função renal normal. Eventos adversos envolvendo múltiplos sistemas orgânicos foram notificados em doentes com função renal normal sem uma relação causal estabelecida com a retenção de gadolínio.

Embora as consequências clínicas da retenção do gadolínio não tenham sido estabelecidas em pacientes com função renal normal, certos pacientes podem estar em maior risco. Estes incluem pacientes que requerem doses múltiplas ao longo da vida, pacientes grávidas, pacientes pediátricos e pacientes com condições inflamatórias. Considere a retenção característica do agente ao escolher um GBCA para estes pacientes. Minimize o número de imagens repetitivas com GBCA, particularmente evitando os exames com espaços curtos, quando possível.

6. interações medicamentosas

Interferência de níveis elevados de bilirrubina ou de ferritina em pacientes Níveis elevados de bilirrubina (>3mg/dL) ou de ferritina podem reduzir o efeito de contraste de Primovist® (gadoxetato dissódico) no fígado. Se Primovist® (gadoxetato dissódico) for usado nestes pacientes, completar a ressonância magnética por imagem em não mais que 60 minutos após administração de Primovist® (gadoxetato dissódico) (veja “Características farmacológicas - Farmacocinética”).

7. cuidados de armazenamento do produto conservar em temperatura ambiente (entre 15°c e 30°c).

Prazo de validade a partir da data de fabricação: 36 meses.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

Primovist® (gadoxetato dissódico) é fornecido como uma solução límpida, de incolor a amarelo-pálido.

Primovist® (gadoxetato dissódico) é química e fisicamente estável. Do ponto de vista microbiológico o produto deve ser utilizado imediatamente após aberto.

Este medicamento deve ser inspecionado visualmente antes do uso.

Primovist® (gadoxetato dissódico) não deve ser utilizado em casos de descoloração acentuada, ocorrência de material particulado ou defeitos no recipiente.

Propriedades físico-químicas de Primovist® (gadoxetato dissódico) estão listadas a seguir:

Osmolalidade (mOsm/kg H2O) a 37°C

688

Viscosidade (mPa.s) a 37°C

1,19

pH

6,8 – 8,0

8. posologia e modo de usar

> Método de administração

Este medicamento é para administração intravenosa.

A dose é administrada como uma injeção intravenosa em bolus.

Após a injeção do meio de contraste a cânula/ linha intravenosa deve ser lavada com solução salina fisiológica

Após a injeção em bolus de Primovist® (gadoxetato dissódico), durante as fases arterial, portovenosa e de equilíbrio, a imagiologia dinâmica utiliza os diferentes padrões temporais de realce de tipos diferentes de lesões hepática para obter informações sobre a classificação (benigna/maligna) e a caracterização específica. Adicionalmente melhora a visualização de lesões hepáticas hipervasculari­zadas.

A fase tardia (hepatócito) começa cerca de 10 minutos após a injeção (em estudos confirmatórios, a maioria dos dados foi obtida em 20 minutos após a injeção) com uma

janela de imagem que dura pelo menos 120 minutos. A janela de imagem é reduzida para 60 minutos em pacientes que requeiram hemodiálise e em pacientes com valores elevados de bilirrubina (>3 mg/dL) (veja “Interações medicamentosas”).

O realce do parênquima hepático durante a fase de hepatócito auxilia na identificação do número, distribuição segmental, visualização e delineação das lesões hepáticas e, dessa forma melhora a detecção de lesões. Os diferentes padrões de realce/washout de lesões hepáticas contribuem para informações da fase dinâmica.

A excreção hepática de Primovist® (gadoxetato dissódico) resulta no realce das estruturas biliares.

Devem ser observadas as regras gerais de segurança normalmente utilizadas para imagem por ressonância magnética, por exemplo, exclusão de marcapasso cardíaco e implantes ferromagnéticos.

> Incompatibilidades

Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros produtos medicinais.

> Instruções de uso

As seringas pré-carregadas devem ser retiradas da embalagem e preparadas para injeção imediatamente antes do exame. A tampa só deve ser retirada da seringa pré-carregada imediatamente antes do uso. Qualquer solução de meio de contraste não utilizada no exame deve ser descartada.

> Posologia

0,1 mL por kg de peso corpóreo de Primovist® (gadoxetato dissódico), equivalente a 25 mcmol por kg de peso corpóreo.

> Informações adicionais para populações especiais

- População pediátrica

Estudos prospectivos, randomizados e controlados na população pediátrica não foram realizados até o momento, devido à raridade da condição clínica.

Um estudo observacional com Primovist® (gadoxetato dissódico) foi realizado em 52 pacientes (com idade > 2 meses e < 18 anos) encaminhados para avaliação de lesões hepáticas focais suspeitas ou conhecidas. O Primovist® (gadoxetato dissódico) melhorou o delineamento das bordas e aumentou o contraste da lesão primária em 86,3% dos pacientes quando comparado às imagens sem contraste. Não foram identificados problemas de segurança.

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Não é necessário ajuste da dose de acordo com a idade em pacientes pediátricos. A segurança e a eficácia do Primovist® (gadoxetato dissódico) não foram estabelecidas em prematuros.

- Idosos (65 anos de idade ou mais)

Não há necessidade de ajuste de dose. Em estudos clínicos, não foram observadas diferenças gerais de segurança ou eficácia entre idosos (65 anos de idade ou mais) e pacientes jovens, e outras experiências clínicas relatadas não identificaram diferenças entre idosos e pacientes jovens (veja “Características Farmacológicas -Farmacocinética”).

- Pacientes com disfunção hepática

Não há necessidade de ajuste de dose. Em estudos clínicos, não foram observadas diferenças gerais de segurança ou eficácia entre pacientes com e sem disfunção hepática, e outras experiências clínicas relatadas não identificaram diferenças em pacientes com disfunção hepática e pacientes saudáveis (veja “Características Farmacológicas -Farmacocinética”).

- Pacientes com disfunção renal

Em estudos clínicos, não foram observadas diferenças gerais de segurança e eficácia entre pacientes com disfunção renal e pacientes com função renal normal. A eliminação do gadoxetato dissódico é prolongada em pacientes com disfunção renal. Para garantir imagens diagnosticamente úteis, não é recomendado ajuste de dose (veja também “Advertências e Precauções” e “Características Farmacológicas – Farmacocinética”).

9. reações adversas

As reações adversas mais frequentemente observadas (> 0,5%) em pacientes recebendo Primovist® (gadoxetato dissódico) foram náusea, dor de cabeça, sensação de calor, aumento da pressão sanguínea e tonturas.
A maioria das reações adversas foi de intensidade leve a moderada.

As reações adversas observadas com Primovist® (gadoxetato dissódico) estão representadas na tabela abaixo. As reações adversas estão classificadas de acordo com a Classificação por Sistema Corpóreo (MedDRA versão 12.1). O termo MedDRA mais apropriado é usado para descrever uma certa reação, seus sinônimos e condições relacionadas.
Reações adversas de estudos clínicos são classificadas de acordo com suas frequências: Frequente: > 1/100 a < 1/10; Pouco frequente: > 1/1.000 a < 1/100; Rara: > 1/10.000 a < 1/1.000. As reações adversas identificadas apenas durante a avaliação pós-comercialização, e para as quais a frequência não pode ser estimada, estão listadas como “desconhecida”.
Em cada grupo de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade.

Tabela 3: Reações adversas relatadas em estudos clínicos ou durante a avaliação pós-comercialização em pacientes tratados com Primovist® (gadoxetato dissódico)

Classificação por

Sistema Corpóreo

Frequente

Pouco frequente

Rara

Desconhecida

Distúrbios no sistema imune

Hipersensibilidade /reação anafilactoide (por exemplo, choque*, hipotensão, edema faringolaringeal, urticária, edema facial, rinite, conjuntivite, dor abdominal, hipoestesia, espirro,tosse, palidez).

Distúrbios no sistema nervoso

cefaleia

vertigem tontura disgeusia parestesia parosmia

tremor

acatisia

inquietação

Distúrbios cardíacos

bloqueio de ramo

taquicardia

palpitação

Distúrbios

vasculares

aumento da pressão arterial

rubor

Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino

distúrbios respiratórios (dispneia*, dificuldade respiratória)

Distúrbios gastrintestinais

náuseas

vômitos

boca seca

desconforto oral hipersecreção salivar

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

rash

prurido**

rash maculopapular hiperidrose

Distúrbios músculo-esqueléticos e dos tecidos conectivos

dor nas costas

Distúrbios gerais e condições no local de administração

dor no peito reações no local de injeção*** sensação de calor calafrios

fadiga

sensação anormal

desconforto mal-estar

* Foram relatados casos com risco para a vida e/ou fatais. Estes relatos foram originados de experiências pós-comercialização.

* * Prurido (prurido generalizado, prurido nos olhos).

* ** Reações no local de injeção (diversos tipos) compreendem os seguintes termos: extravasamento no local de injeção, queimação no local de injeção, sensação de frio no local de injeção, irritação no local de injeção, dor no local da injeção.

Foram relatados casos de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN) com alguns meios de contraste contendo gadolínio (veja “Advertências e Precauções”).

Foram observados valores elevados de ferro sérico e valores laboratoriais elevados de bilirrubina sérica em menos de 1% dos pacientes após a administração de Primovist® (gadoxetato dissódico). Os valores não excederam mais de 2 à 3 vezes os valores basais e retornaram ao basal dentro de 1 a 4 dias.

“Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.”

10. superdose

Dose única de gadoxetato dissódico tão elevada quanto 0,4 mL/kg (100 mcmol/kg) de peso corpóreo foi bem tolerada. Em um número limitado de pacientes, uma dose de 2,0 mL/kg (500 mcmol/kg) de peso corpóreo foi testada em estudos clínicos. Houve ocorrência mais frequente de reações adversas, mas não foram observadas novas reações adversas nestes pacientes.

Considerando o baixo volume e a taxa extremamente baixa de absorção gastrintestinal de Primovist® (gadoxetato dissódico) e baseado em dados de toxicidade aguda, a intoxicação devido à ingestão oral inadvertida do meio de contraste é extremamente improvável. Não foram observados ou relatados casos de superdose no uso clínico. Por isso, os sinais e sintomas de superdose não têm sido caracterizados.

> Pacientes com disfunção renal e/ou hepática

Em casos de superdose inadvertida em pacientes com funções renal e/ou hepática gravemente alteradas, Primovist® (gadoxetato dissódico) pode ser removido por hemodiálise (veja “Advertências e Precauções” e “Características Farmacológicas -Farmacocinética”).

“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”

DIZERES LEGAIS

MS-1.7056.0086

Farm. Resp.: Dra. Dirce Eiko Mimura

CRF-SP n° 16532

Fabricado por:

Bayer AG

Berlim – Alemanha

CDO-LUíE

Importado por:

Bayer S.A.

Rua Domingos Jorge, 1100 04779–900 – Socorro – São Paulo – SP

C.N.P.J. n° 18.459.628/0001–15

SAC 0800 7021241

Venda sob prescrição médica

Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 25/04/2022.