Bula do profissional da saúde - PERIDAL COSMED INDUSTRIA DE COSMETICOS E MEDICAMENTOS S.A.
PERIDAL® (domperidona)
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Comprimido 10mg
Suspensão 1mg/mL
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Peridal®
domperidona
Comprimido.
Embalagens contendo 20, 30 ou 60 comprimidos.
Suspensão.
Embalagem contendo 1 frasco de 100mL acompanhado com seringa dosadora
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 35KG (comprimido)
USO ADULTO E PEDIÁTRICO (suspensão)
Cada comprimido contém: domperidona......................................................................................................................................... 10mg
excipientes q.s.p...................................................................................................................... 1 comprimido
(amido, celulose microcristalina, estearato de magnésio, lactose monoidratada, laurilsulfato de sódio e povidona).
Cada mL da suspensão contém:
domperidona...........................................................................................................................................1mg
veículo q.s.p............................................................................................................................................ 1mL (celulose microcristalina, carmelose sódica, citrato de sódio di-hidratado, edetato dissódico di-hidratado, glicerol, goma xantana, metilparabeno, polissorbato 60, propilparabeno, sacarina sódica di-hidratada, simeticona, sorbitol e água).
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
Síndromes dispépticas frequentemente associadas a um retardo de esvaziamento gástrico, refluxo gastroesofágico e esofagite:– sensação de empachamento epigástrico, saciedade precoce, distensão abdominal, dor abdominal alta;
– eructação, flatulência;
– náuseas e vômitos;
– azia, queimação epigástrica com ou sem regurgitação de conteúdo gástrico.
Náuseas e vômitos de origem funcional, orgânica, infecciosa ou alimentar ou induzidas por radioterapia ou tratamento medicamentoso (anti-inflamatórios, antineoplásicos). Uma indicação específica são as náuseas e vômitos induzidos pelos agonistas dopaminérgicos usados no tratamento da Doença de Parkinson como a L-dopa e bromocriptina.2. resultados de eficácia
De Loose realizou um estudo cruzado duplo-cego, controlado por placebo e comparativo, em 67 pacientes adultos com dispepsia crônica. Os pacientes receberam 10mg de domperidona em modo cego, 10mg de metoclopramida ou de placebo 4 vezes ao dia durante períodos consecutivos de 2 semanas. A domperidona (91% com resultados bons ou excelentes) foi estatística e significativamente superior à metoclopramida (74% com resultados bons ou excelentes, p <0,02) e ao placebo (31% com resultados bons ou excelentes, p <0,001) na melhora global dos sintomas. Além disso, a domperidona foi estatística e significativamente superior ao placebo (p <0,001) para todos os 9 sintomas (eructação, plenitude após uma refeição pesada, incapacidade de terminar uma refeição normal, distensão abdominal, queimação epigástrica, azia, regurgitações, náuseas e vômitos) e estatística e significativamente superior à metoclopramida (0,001 <p <0,05) para 7 de 9 sintomas, excluindo eructação e distensão abdominal.
Van de Mierop e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo, em 32 pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes foram randomizados para receber 20mg de domperidona (n = 17) ou placebo (n = 15) 3 vezes ao dia antes das refeições por 4 semanas. Na avaliação global de eficácia, a domperidona (71% com resultados bons ou excelentes) foi estatística e significativamente superior ao placebo (13% com resposta boa ou excelente, p <0,001).
Englert e Schlich conduziram um estudo cruzado de 8 semanas, duplo-cego, controlado por placebo, em pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes (n = 48) receberam 10mg de domperidona ou placebo 3 vezes ao dia antes das refeições por 4 semanas, antes de serem transferidos à outra medicação em estudo por 4 semanas. A domperidona foi estatística e significativamente superior ao placebo (0,001 <p = 0,026) para o alívio de todos os sintomas (eructação, sensação de plenitude após as refeições, distensão abdominal, queimação na parte superior do abdômen, azia, regurgitação ácida, náuseas e vômitos).
De Loore e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo, em crianças e lactentes que tiveram vômitos e regurgitação crônicos. Um total de 47 pacientes (3 semanas a 8 anos) foram randomizados para receber 1 gota/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições de 0,3mg/gota de domperidona, 0,3mg/gota de metoclopramida ou placebo por 2 semanas. A domperidona foi estatística e significativamente superior ao placebo (p <0,001) e à metoclopramida (p <0,05) no controle da náusea e vômitos, após 2 semanas de tratamento.
Clara realizou um estudo duplo-cego, controlado por placebo em crianças que tiveram regurgitação excessiva crônica ou vômito verdadeiro. Um total de 32 pacientes (2,5 meses a 10 anos) foram randomizados para receber 0,3mg/gota de domperidona ou placebo por 4 semanas. Durante as primeiras 2 semanas de tratamento, os pacientes receberam 1 gota/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições; durante as últimas 2 semanas de tratamento, os pacientes receberam 2 gotas/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições. No final do tratamento, a domperidona foi estatisticamente superior ao placebo (p <0,05) em relação ao desaparecimento de náuseas ou ânsia de vômito, vômitos e regurgitação. Esseboom e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo, para avaliar as náuseas e vômitos tardios em pacientes adultos com câncer de mama metastático ou carcinoma ovariano avançado que estavam recebendo quimioterapia para câncer altamente emetogênica. Um total de 60 pacientes (20/grupo) que apresentavam êmese totalmente suprimida no dia da quimioterapia foram randomizados para receber tratamento em modo cego com 20mg de domperidona, 8mg de ondansetrona, ou placebo 3 vezes por dia durante 5 dias consecutivos após a quimioterapia. A domperidona (2/20 pacientes sintomáticos) foi estatisticamente superior à ondansetrona (9/20 pacientes sintomáticos, p <0,05) e ao placebo (18/20 pacientes sintomáticos, p <0,001) no alívio de náuseas e vômitos tardios em pacientes que estavam recebendo quimioterapia para câncer altamente emetogênica.
Quinn e colaboradores realizaram um estudo cruzado, cego, controlado por placebo, em 20 pacientes com parkinsonismo tratados com bromocriptina. Os pacientes receberam 50mg de domperidona, ou placebo 3 vezes por dia antes de cada dose de bromocriptina. Os pacientes foram divididos em dois grupos: 1) Grupo A (n = 10) recebeu placebo, domperidona, placebo, domperidona, na fase I, II, III e IV, respectivamente, e 2) grupo B (n = 10) recebeu domperidona, placebo, domperidona na fase I (sem fase II), III e IV, respectivamente. Os resultados para os pacientes do grupo A são os seguintes: durante a fase I (placebo), 9 de 10 pacientes apresentaram náuseas ou náuseas e vômitos; durante a fase II (domperidona), 7 de 9 pacientes foram protegidos destes eventos gastrintestinais; durante a fase III (placebo), 6 de 10 pacientes tiveram náusea; e durante a fase IV (domperidona), náusea não foi apresentada pelos pacientes que tiveram este evento durante a fase III. Os resultados para os pacientes do grupo B são os seguintes: durante a fase I (domperidona), nenhum paciente apresentou náuseas, e 1 de 10 pacientes apresentou vômitos; durante a fase III (placebo), 7 de 10 pacientes tiveram náuseas; durante a fase IV (domperidona), náusea não foi apresentada pelos pacientes que tiveram este evento durante a fase III.
Referências
1. Clara R. Chronic regurgitation and vomiting treated with Domperidone (R 33 812). A multicenter evaluation. Acta Pediatr Belg. 1979; 32:203–207.
2. De Loore I, Van Ravensteyn H, Ameryckx L. Domperidone drops in the symptomatic treatment of chronic paediatric vomiting and regurgitation. A comparison with metoclopramide. Postgrad Med J. 1979; 55 (Suppl. 1):40–42.
3. De Loose F. Domperidone in chronic dyspepsia: a pilot open study and a multicenter general practice crossover comparison with metoclopramide and placebo. Pharmatherapeutica 1979; 2:140–146.
4. Englert W, Schlich D. A double-blind crossover trial of domperidone in chronic postprandial dyspepsia. Postgrad Med J 1979; 55 (Suppl. 1):28–29.
5. Esseboom EU, Rojer RA, Borm JJJ, Statius van Eps LW. Prophylaxis of delayed nausea and vomiting after cancer chemotherapy. Netherlands J Med. 1995; 47:12–17.
6. Quinn N, Illas A, Lhermitte F, Agid Y. Bromocriptine and domperidone in the treatment of Parkinson disease. Neurology. 1981; 31:662–667.
7. Van de Mierop L, Rutgeerts B, Van den Langenbergh, Staessen A. Oral domperidone in chronic postprandial dyspepsia: A double-blind placebo-controlled evaluation. Digestion 1979; 19:244–250.
3. características farmacológicas
3. características farmacológicasOs distúrbios digestivos provocados por uma discinesia esôfago-gastro-duodenal pós-prandial, correspondem hoje a uma das síndromes mais frequentes que se apresentam na prática clínica. Pelas suas manifestações funcionais – distensão gástrica, azia, pirose ou mesmo dores epigástricas – esta síndrome traduz, frequentemente, uma desarmonia motora do esfíncter inferior do esôfago, das contrações antrais e do ritmo de abertura e fechamento do esfíncter pilórico. Consequentemente à sua ação antidopaminérgica, Peridal® restaura a harmonia rítmica motora do esôfago, estômago e duodeno, possibilitando a reorganização da sequência das etapas digestivas. Além disso, a domperidona possui potente ação antiemética.
Peridal® contém domperidona, um antagonista da dopamina com propriedades antieméticas. A domperidona não atravessa imediatamente a barreira hematoencefálica. Nos usuários de domperidona, especialmente em adultos, os efeitos extrapiramidais são muito raros, mas a domperidona estimula a liberação de prolactina a partir da hipófise. Os seus efeitos antieméticos podem ser devidos a uma combinação de um efeito periférico (gastrocinético) com o antagonismo dos receptores dopaminérgicos na zona quimioreceptora de gatilho, que fica fora da barreira hematoencefálica na área postrema. Estudos em animais e as baixas concentrações encontradas no cérebro indicam um efeito periférico predominante da domperidona nos receptores dopaminérgicos.
Estudos em humanos mostram que a domperidona oral aumenta a pressão esofágica inferior, melhora a motilidade antroduodenal e acelera o esvaziamento gástrico. Não há qualquer efeito sobre a secreção gástrica.
Em pacientes em jejum, a domperidona é rapidamente absorvida após a administração oral, com concentrações plasmáticas máximas ocorrendo aproximadamente 60 minutos após administração. Os principais parâmetros farmacocinéticos após administração de doses únicas ou múltiplas (administradas 4 vezes ao dia) de comprimido de 10mg de domperidona a pacientes saudáveis são apresentados na tabela abaixo. Os valores de Cmáx e ASC da domperidona aumentaram proporcionalmente à dose no intervalo de dose de 10mg a 20mg.
Principais parâmetros farmacocinéticos de domperidona após a administração de doses únicas e múltiplas (administradas 4 vezes ao dia) de comprimido de 10mg de domperidona a pacientes saudáveis | ||
Parâmetro farmacocinético | Doses de 10mg de domperidona administradas quatro vezes ao dia _____________________________________________________________ | |
Média | Dia 1 | Dia 4 |
n | 40 | 40 |
Cmín, ng/mL | NA | 5,26 (CV: 31,1%) |
Cmáx, ng/mL | 11,6 (CV: 50,8%) | 17,3 (CV: 35,4%) |
Tmáx ha | 1,02 (intervalo: 0,52 – 5,02) | 1,02 (intervalo: 0,50 – 4,03) |
AUC5h, ng.h/mL | 20,4 (CV: 34,4%) | 47,8 (CV: 30,5%) |
a mediana (intervalo)
AUC: área sob a curva
NA: não aplicável
CV: coeficiente de variação
Fonte: Estudo DOM-DYP-1001
A baixa biodisponibilidade absoluta da domperidona oral (aproximadamente 15%) é devida a um extensivo metabolismo na primeira passagem pela parede intestinal e fígado. Apesar da biodisponibilidade da domperidona ser aumentada nos indivíduos normais quando tomada após as refeições, pacientes com queixas gastrintestinais devem tomar a domperidona 15–30 minutos antes das refeições. A redução da acidez gástrica perturba a absorção da domperidona. A biodisponibilidade oral de domperidona é diminuída pela administração prévia e concomitante de cimetidina e bicarbonato de sódio. O tempo do pico de absorção é ligeiramente retardado e a AUC levemente aumentada quando o medicamento é tomado por via oral após as refeições.
A ligação a proteínas plasmáticas da domperidona é de 91–93%. Os estudos de distribuição com o fármaco radiomarcado em animais mostrou uma ampla distribuição tecidual, mas baixas concentrações no cérebro. Pequenas quantidades do medicamento atravessam a placenta em ratas.
A domperidona sofre um rápido e extenso metabolismo hepático pela hidroxilação e N-dealquilação. Experimentos do metabolismo “in vitro” com inibidores diagnósticos revelaram que o CYP3A4 é a principal forma do citocromo P-450 envolvida na N-dealquilação da domperidona, enquanto que o CYP3A4, o CYP1A2 e o CYP2E1 estão envolvidos na hidroxilação aromática da domperidona.
As excreções urinária e fecal são respectivamente de 31 e 66% da dose oral. A proporção de medicamento excretado inalterado é pequena (10% da excreção fecal e aproximadamente 1% da excreção urinária). A meia-vida plasmática após a dose oral única é 7–9 horas em indivíduos saudáveis, mas é prolongada em pacientes com insuficiência renal severa.
Em indivíduos com insuficiência hepática moderada (escore de Pugh 7 a 9 e Child-Pugh B), a AUC e a Cmáx de domperidona é 2,9 e 1,5 vezes maiores, respectivamente, quando comparadas a indivíduos saudáveis. A fração não ligada é aumentada em 25% e a meia-vida de eliminação terminal é prolongada de 15 para 23 horas. Indivíduos com insuficiência hepática leve tem menor exposição sistêmica do que indivíduos saudáveis, baseando na Cmáx e AUC, sem alteração na ligação às proteínas plasmáticas ou na meia-vida terminal. Indivíduos com insuficiência hepática severa não foram estudados (vide “Contraindicações”).
Em pacientes com insuficiência renal severa (creatinina sérica >6mg/100mL ou >0,6mmol/L) a meia-vida de domperidona aumenta de 7,4 para 20,8 horas, mas os níveis plasmáticos do medicamento foram inferiores aos de voluntários com função renal normal. Uma pequena quantidade inalterada é excretada pela via renal (aproximadamente 1%) (vide “Posologia e modo de usar”).
Em dose alta e tóxica para as ratas mães de 200mg/kg/dia, foram observados efeitos teratogênicos nos ratos (anormalidades dos órgãos, tais como anoftalmia, microftalmia e deslocamento da artéria subclávia). A significância clínica desses achados é desconhecida. Não foi observada teratogenicidade em camundongos e coelhos.
Estudos eletrofisiológicos “in vitro” e “in vivo” mostraram que a domperidona, em concentrações altas, pode prolongar o intervalo QTc.
Em ratos juvenis, um nível sem eventos adversos observados de 10mg/kg foi observado após a administração de 30 dias de doses intraperitoniais repetidas, uma vez ao dia. Doses únicas intraperitoniais ou intravenosas mostraram valores de DL50 similares (intervalo médio 53–76mg/kg) tanto em ratos juvenis como em adultos.
4. contraindicações
Peridal® é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à domperidona ou a qualquer um dos excipientes.
Peridal® não deve ser utilizado sempre que a estimulação da motilidade gástrica possa ser perigosa, por exemplo, na presença de hemorragia gastrintestinal, obstrução mecânica ou perfuração.
Peridal® também é contraindicado em pacientes com tumor hipofisário secretor de prolactina (prolactinoma).
A administração concomitante de Peridal® com inibidores potentes do CYP3A4 que demonstraram causar um prolongamento do intervalo QT, tais como claritromicina, eritromicina, itraconazol, cetoconazol oral, posaconazol, ritonavir, saquinavir, telitromicina, telaprevir e voriconazol, é contraindicada (vide “Advertências e precauções” e “Interações medicamentosas”).
Peridal® é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática moderada ou severa (vide “Características farmacológicas – propriedades farmacocinéticas”).
5. advertências e precauções
Estudos epidemiológicos mostraram que a domperidona pode estar associada a um risco aumentado de arritmias ventriculares graves ou morte cardíaca súbita (vide “Reações adversas”). Esses estudos sugerem que este risco aumentado pode ser maior em pacientes com mais de 60 anos ou em pacientes tomando doses orais maiores que 30mg por dia. Portanto, Peridal® deve ser usado com cautela em pacientes idosos.
Devido ao aumento do risco de arritmia intraventricular, não é recomendado o uso de Peridal® em pacientes apresentando prolongamento conhecido dos intervalos de condução cardíaca, particularmente do intervalo QTc, em pacientes com distúrbios eletrolíticos significativos (hipocalemia, hipercalemia, hipomagnesemia), ou bradicardia, ou em pacientes com doenças cardíacas subjacentes, tais como insuficiência cardíaca congestiva.
Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hipercalemia, hipomagnesemia) e bradicardia são condições conhecidas por aumentarem o risco pró-arrítmico.
O tratamento com Peridal® deve ser interrompido se sinais ou sintomas que podem estar associados à arritmia cardíaca ocorrerem e os pacientes devem contatar o médico imediatamente.
A principal via metabólica da domperidona é através da CYP3A4. Os dados em humanos e “in vitro” mostram que o uso concomitante de medicamentos que inibem significativamente esta enzima pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de domperidona. A coadministração de domperidona com inibidores potentes da CYP3A4, que demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, é contraindicado (vide “Contraindicações”).
Deve-se ter cautela quando a domperidona é coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que não demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, tais como indinavir, e os pacientes devem ser monitorados de perto para sinais e sintomas de reações adversas (vide “Reações adversas”).
Deve-se ter cautela quando a domperidona é coadministrada com medicamentos que demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, e os pacientes devem ser monitorados de perto para sinais e sintomas de reações adversas cardiovasculares (vide “Reações adversas”). Exemplos incluem:
Antiarrítmicos classe IA (ex.: disopiramida, quinidina) Antiarrítmicos classe III (ex.: amiodarona, dofetilida, dronedarona, ibutilida, sotalol) Certos antipsicóticos (ex.: haloperidol, pimozida, sertindol) Certos antidepressivos (ex.: citalopram, escitalopram) Certos antibióticos (ex.: levofloxacino, moxifloxacino) Certos agentes antifúngicos (ex.: pentamidina) Certos agentes antimaláricos (ex.: halofantrina) Certos medicamentos gastrintestinais (ex.: dolasetrona) Certos medicamentos contra câncer (ex.: toremifeno, vandetanibe) Outros medicamentos (ex.: bepridil, metadona)A listagem anterior é representativa e não exaustiva.
Antiácidos ou agentes antissecretores não devem ser tomados simultaneamente com Peridal®, uma vez que eles reduzem a biodisponibilidade oral da domperidona. Quando usados concomitantemente, Peridal® deve ser tomado antes das refeições e antiácidos ou agentes antissecretores, após as refeições.
Peridal® comprimido contêm lactose e pode ser inadequado para pacientes com intolerância à lactose, galactosemia ou má absorção da glicose e da galactose. A suspensão contém sorbitol e pode ser inadequada para pacientes com intolerância ao sorbitol.
Foram observadas tontura e sonolência com o uso de domperidona (vide “Reações adversas”).
Portanto, pacientes devem ser aconselhados a não dirigir veículos ou operar máquinas ou se envolver em outras atividades que necessitam de estado de alerta mental ou coordenação, até que seja estabelecido como Peridal® afeta esses pacientes.
Existem dados pós-comercialização limitados quanto ao uso de domperidona em gestantes. Um estudo em ratas mostrou toxicidade reprodutiva em uma dose alta, tóxica para a mãe.
O risco potencial em humanos é desconhecido. Portanto, Peridal® deve ser usado durante a gravidez apenas quando justificado pelo benefício terapêutico antecipado.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A quantidade de domperidona que poderia ser ingerida por um lactente através do leite materno é baixa. A dose máxima relativa para o lactente (em %) é estimada como 0,1% do peso materno ajustado à dose. Não se sabe se isto é nocivo ao recém-nascido. Por essa razão a amamentação não é recomendável às mulheres que estão tomando Peridal®.
6. interações medicamentosas
6. interações medicamentosasA principal via metabólica da domperidona é através do CYP3A4. Dados “in vitro” e em humanos demonstram que o uso concomitante de fármacos que inibem esta enzima de forma significativa pode resultar em níveis plasmáticos elevados de domperidona.
Quando a domperidona foi coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, foram observadas alterações clinicamente significativas nos intervalos QT. Portanto, a coadministração de Peridal® com certos medicamentos é contraindicada (vide “Contraindicações”).
Deve-se ter cautela quando a domperidona é coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que não demonstraram causar prolongamento do intervalo QT ou medicamentos que demonstraram causar prolongamento do intervalo QT (vide “Advertências e precauções”).
A administração concomitante de medicamentos anticolinérgicos (ex.: dextrometorfano, difenidramina) pode antagonizar o efeito antidispéptico de Peridal®.
Teoricamente, como Peridal® tem um efeito gastrocinético, ele pode influenciar na absorção de fármacos administrados concomitantemente por via oral, particularmente aqueles com liberação prolongada ou formulações com comprimidos de liberação entérica. Contudo, em pacientes já estabilizados num tratamento com digoxina ou paracetamol, o uso simultâneo da domperidona não influencia os níveis sanguíneos destes medicamentos.
Peridal® pode também ser administrado com:
– neurolépticos, pois a ação deles não é potencializada;
– agonistas dopaminérgicos (bromocriptina, L-dopa), cujos efeitos periféricos indesejáveis, como distúrbios digestivos, náuseas e vômitos, são suprimidos sem neutralização das suas propriedades centrais.
É recomendado o uso de Peridal® antes das refeições. Se ele for tomado após as refeições, a absorção do medicamento será retardada.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Peridal® comprimido: Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Prazo de validade: 36 meses.
Peridal® suspensão: Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Peridal® comprimido apresenta-se como comprimido circular, convexo, branco, liso em uma das faces e sulcado na outra.
Peridal® suspensão apresenta-se como suspensão branca, homogênea, levemente viscosa e com sabor doce.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
8. posologia e modo de usarModo de usar
– É recomendado o uso de Peridal® antes das refeições. Se ele for tomado após as refeições, a absorção do medicamento será retardada.
- Os comprimidos não devem ser administrados em crianças com peso inferior a 35kg.
Lactentes e crianças <12 anos com peso < 35kg
A eficácia de Peridal® não foi estabelecida em lactentes e crianças <12 anos e pesando <35kg (vide “Características farmacológicas – Lactentes e crianças <12 anos”).
Como a meia-vida de eliminação de domperidona é prolongada nos pacientes com insuficiência renal grave (creatinina sérica > 6mg/100mL, ou seja, >0,6mmol/L), a frequência da administração de Peridal® deve ser reduzida para 1 ou 2 vezes ao dia, dependendo da severidade do distúrbio, e pode ser necessário reduzir a dose. Pacientes com insuficiência renal grave devem ser avaliados regularmente (vide “Características farmacológicas – Propriedades farmacocinéticas”).
Peridal® é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh 7 a 9) ou grave (Child-Pugh >9) (vide “Contraindicações”). Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh 5 a 6) (vide” Características farmacológicas – propriedades farmacocinéticas”).
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. reações adversas
9. reações adversasReações adversas são eventos adversos que são considerados como razoavelmente associados ao uso de domperidona, com base na avaliação abrangente das informações disponíveis sobre eventos adversos. A relação causal com domperidona não pode ser estabelecida de forma confiável a partir de casos individuais. Adicionalmente, como os estudos clínicos são conduzidos sob condições amplamente variáveis, taxas de reações adversas observadas em estudos clínicos do medicamento não podem ser diretamente comparadas às taxas em estudos clínicos de outros medicamentos e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.
A segurança de Peridal® foi avaliada em 1.221 pacientes com gastroparesia, dispepsia, Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), ou outra condição relacionada em 45 estudos clínicos incluídos na base de dados de segurança. Todos os pacientes tinham 15 anos ou mais e receberam ao menos uma dose oral de domperidona. Um pouco menos da metade dos pacientes (553/1.221) eram diabéticos. A dose mediana diário total foi de 80mg (faixa de 10 a 160mg), sendo que 230 pacientes receberam uma dose maior que a de 80mg. A mediana da duração de exposição foi de 56 dias (faixa de 1 a 2.248 dias).
As reações adversas relatadas por 1% ou mais dos pacientes tratados com domperidona nesses 45 estudos clínicos são apresentadas na tabela 1 a seguir.
Durante a experiência de pós-comercialização, não houve diferenças entre o perfil de segurança de adultos e crianças.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseSuperdose tem sido relatada principalmente em lactentes e crianças.
Os sintomas da superdose podem incluir agitação, alteração da consciência, convulsão, desorientação, sonolência e reações extrapiramidais.
Não existe nenhum antídoto específico contra a domperidona. Supervisão médica de perto e medidas de suporte são recomendadas. Medicamentos anticolinérgicos ou antiparkinsonianos podem ser úteis no controle das reações extrapiramidais.
É aconselhável entrar em contato com um centro de controle de intoxicação para obter as recomendações mais recentes para o tratamento de uma overdose.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Registro M.S. n° 1.7817.0884
Farm. Resp.: Luciana Lopes da Costa – CRF-GO n° 2.757.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
@SAC
0800 97 99 900
áí Mantecorp vl Farmasa
Rua Bonnard (Green Valley I) n° 980 – Bloco 12, Nível 3, Sala A – Alphaville Empresarial – Barueri – SP CEP 06465–134 – C.N.P.J.: 61.082.426/0002–07 – Indústria Brasileira
VPR 1 – Quadra 2-A – Módulo 4 – DAIA – Anápolis – GO – CEP 75132–020