Bula do profissional da saúde - PENTAGLOBIN BIOTEST FARMACÊUTICA LTDA
Biotest Farmacêutica Ltda
Solução injetável
50 mg/mL
imunoglobulina humana
Contendo IgA, IgG e IgM.
Solução injetável – 50mg/mL
Embalagens contendo 1 frasco-ampola com 10mL (0,5g), 50mL (2,5g) ou 100mL (5,0g).
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO e PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada 1 mL de solução injetável contém:
Proteína humana plasmática 50,0 mg
da qual no mínimo 95% é imunoglobulina humana
imunoglobulina M (IgM) 6,0mg
imunoglobulina A (IgA) 6,0mg
imunoglobulina G (IgG) 38,0 mg
Excipientes: glicose monohidratada, cloreto de sódio e água para injetáveis.
A distribuição das subclasses de IgG é aproximadamente a seguinte: 63% (IgG1), 26% (IgG2), 4,0% (IgG3), 7,0% (IgG4).
Terapia adjuvante de infecções bacterianas graves, incluindo septicemia, adicionalmente à antibioticoterapia.
Substituição de imunoglobulina em pacientes imunocomprometidos e pacientes que sofrem de síndrome grave de deficiência secundária de anticorpos (pacientes imunocomprometidos e aqueles com uma defesa imune suprimida).
2. resultados de eficácia
2. resultados de eficáciaEm um estudo1 prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e multicêntrico, os pacientes após cirurgia aberta de coração com mediastinite foram tratados com Pentaglobin® como terapia adjuvante.
Pentaglobin® ou placebo foram administrados antes da revisão de feridas e, subsequentemente, como uma infusão contínua I.V. por 5 dias (5mg/kg de peso corporal diariamente) adicionalmente à terapia convencional de antibióticos. Dos 125 pacientes
incluídos, 110 casos foram válidos em relação à avaliação de eficácia (56 de Pentaglobin® vs. 54 de placebo).
Um benefício clínico significativo e positivo da terapia adjuvante com Pentaglobin® com relação ao desfecho primário acumulado TISS-28 (Therapeutic Intervention Scoring System) foi demonstrado, quando administrado em conjunto com um antibiótico apropriado em um estágio inicial de mediastinite pós-operatória de cirurgia cardíaca. A diferença de 61 pontos entre os grupos de tratamento correspondeu a 2,3 dias menos de internação na UTI em favor de Pentaglobin®. Em relação a desfechos secundários significativos, foram demonstrados benefícios e mudanças nas condições das feridas (duração de deiscência da ferida; p = 0,0141).
Em um outro estudo2 prospectivo, controlado por placebo, multicêntrico, randomizado, paralelo, duplo-cego de fase IV foi investigado o efeito terapêutico de Pentaglobin® administrado concomitante a antibióticos em pacientes com infecções peritoneais iniciais. Os pacientes foram randomizados para receber 1.400 ml de Pentaglobin® (5 g / 100 mL) num prazo de quatro dias ou 1.400 mL de albumina a 1% como um placebo correspondente.
Para o grupo de 255 pacientes de intenção-de-tratamento (126 Pentaglobin®, 129 placebo), os resultados apresentaram uma tendência a favor do Pentaglobin® em comparação com placebo, em relação ao parâmetro de eficácia primária e com a pontuação SIRS (Síndrome de resposta inflamatória sistêmica) cumulativa e com a pontuação SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) cumulativa, que foram menores no grupo Pentaglobin® do que no grupo placebo, especialmente em pacientes com peritonite mais grave. Os pacientes no grupo Pentaglobin® apresentaram uma média menor da pontuação TISS-28, uma menor duração da febre, menor duração de tratamento em UTI e ventilação artificial e uma menor duração de tratamento com catecolaminas.
Em um estudo clínico prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado, multicêntrico3, 56 pacientes com sepse grave submetidos a cirurgia foram tratados com Pentaglobin® adicionalmente à terapia antibiótica. Foi comparado o impacto da administração de Pentaglobin® em dose de 7 ml/kg de peso corporal, diariamente, por 5 dias em conjunto à administração de antibióticos versus o uso de terapia antibiótica em conjunto com 5% de albumina humana.
Os resultados revelaram uma clara vantagem para o desfecho do objetivo primário da UTI. Na análise por protocolo a taxa de mortalidade foi significativamente menor (p = 0,04) nos pacientes tratados com Pentaglobin® do que no grupo controle, 8,7 vs. 33,3%. El-Nawawy et al.4 investigou a utilização de Pentaglobin® como adjuvante na terapia da síndrome séptica pediátrica. Neste estudo prospectivo, randomizado, 100 pacientes com síndrome de sepse com idades entre 1–24 meses foram divididos aleatoriamente em dois grupos: 50 pacientes receberam, adicionalmente ao protocolo da terapia de rotina da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), Pentaglobin® numa dose de 400 mg/kg de peso corporal por três dias, 50 pacientes serviram como controle.
O número altas da unidade mostrou-se significativamente mais elevado no grupo de Pentaglobin® quando comparado ao grupo controle (36/50 versus 22/50, respectivamente, p = 0,0046). Além disso, houve uma diferença estatisticamente significativa em relação ao tempo de internação na UTIP (6,1 ± 2,4 vs 9,1 ± 4,7 dias, p = 0,001), e uma
porcentagem significativamente menor de casos de sepse que evoluíram para complicações (8% vs 32 %, p = 0,0027), especialmente coagulação intravascular disseminada (4% vs 24%) a favor do Pentaglobin®. Assim, a mortalidade no presente estudo foi significativamente reduzida de 56% para 28% nos pacientes que receberam Pentaglobin® como terapia adjuvante.
A evidência essencial da eficácia da imunoglobulina no tratamento da sepse e choque séptico é apresentada na meta-análise publicada na Biblioteca Cochrane em 20045. Esta meta-análise compreende estudos realizados com Pentaglobin® 6, 7, 8, 9.
Os revisores chegaram à conclusão de que a terapia com imunoglobulinas reduziu a mortalidade nessas condições (n = 492; risco relativo 0,64; IC 95% 0,51–0,80). Além disso, uma análise de subgrupo mostrou que a utilização de preparações enriquecidas com IgM podem baixar ainda mais o risco de mortalidade (N = 194; RR de 0,48; IC de 95% 0,30 para 0,67), quando comparadas com o IVIg policlonal padrão (n = 298; RR de 0,73; 95% CI 0,57–0,93). Estes dados foram utilizados para imunoglobulina polivalente com uma tendência a favor do Pentaglobin® compreendendo quinze ensaios com 1492 pacientes adultos para uma meta-análise10,11. O efeito combinado sobre a mortalidade apresentou um risco relativo de morte de 0,79 (95% CI 0,69 a 0,90, p < 0,0003). Houve uma forte tendência a favor de Pentaglobin® (RR = 0,66, IC de 95% 0,51–0,84, p < 0,0009) em comparação com as preparações contendo somente IgG (RR = CI 0,85, 95% de 0,73 para 0,99, p < 0,04). Em 12 ensaios com 710 neonatos, o efeito combinado sobre a mortalidade foi 0,56 (IC de 95% para 0,42 para 0,74, p < 0,0001). Houve também uma tendência positiva, embora menos pronunciada, que favorece o efeito de Pentalgobin® (RR = 0,50, IC de 95% 0,34 para 0,73, p < 0,0003) em comparação com IgG (CI RR = 0,63, 95% de 0,42 para 0,96, p < 0,03)10.
Uma meta-análise de Turgeon et al. revelou em 20 ensaios (n = 2621) que a terapia com imunoglobulinas policlonais intravenosa foi associada com um benefício de sobrevivência global (taxa de risco 0,74, IC de 95%, 0,62 para 0,89), em comparação com o placebo ou sem intervenção12.
As meta-analises5,10–12 salientam os resultados consistentes de Pentaglobin® em demonstrar um claro benefício no tratamento de infecções bacterianas graves, quando administrado adicionalmente ao tratamento com antibióticos e também proporcionam uma evidência da superioridade das preparações enriquecidas com IgM.
1. Study 924: Adjuvant therapy of mediastinitis with immunoglobulins (Pentaglobin®) after cardiac surgery (ATMI). A multi-center, randomized, prospective, placebo controlled double-blind study.
2. Study 940: Placebo controlled, multicenter, randomized, double-blind study on the efficacy of Pentaglobin® compared to placebo in patients with intra-abdominal infections.
3. Rodriguez A et al.: Effects of high-dose of intravenous immunoglobulin and antibiotics on survival for severe sepsis undergoing surgery. Shock 2005, Vol. 23, N° 4: 298–304.
4. El-Nawawy A et al.: Intravenous polyclonal immunoglobulin administration to sepsis syndrome patients: A prospective study in a pediatric intensive care unit. Journal of Tropical Pediatrics; published May 25, 2005.
5. Alejandria MM et al.: Intravenous immunoglobulin for treating sepsis and septic shock. The Cochrane Library, Issue 1, 2004.
6. Erdem G et al.: The use of IgM-enriched intravenous immunoglobulin for the treatment of neonatal sepsis in preterm infants. The Turkish Journal of Pediatrics 1993; 35: 277–81.
7. Haque KN et al.: IgM-enriched intravenous immunoglobulin therapy in neonatal sepsis. Am J Dis Child 1988; 142: 1293–1296.
8. Schedel L et al.: Treatment of Gram-negative septic shock with an immunoglobulin preparation: a prospective randomized clinical trial. Crit Care Med 1991; 19, 9: 11041113.
9. Wesoly C et al.: Immunoglobulin therapy of postoperative sepsis. Z Exp Chir Transplant Künstliche Organe 1990; 23: 213–216.
10. Kreymann KG et al.: Use of polyclonal immunoglobulins as adjunctive therapy for sepsis or septic shock. Crit Care Med. 2007 Dec; 35(12):2677–85. Review.
11. Kluge S et al.: Immunglobuline bei Antikopermangelsyndrom. Internist (Berl). 2007 Nov; 48(11): 1297–302, 1304.
12. Turgeon AF et al.: Meta-analysis: intravenous immunoglobulin in critically ill adult patients with sepsis. Ann Intern Med. 2007 Dec 4; 147(11):813; author reply 813–4.
3. características farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico: os soros imunes e imunoglobulinas séricas, imunoglobulina humana para administração intravenosa, código ATC: J06B A02.
Pentaglobin® contém imunoglobulina G (IgG) e elevadas concentrações de imunoglobulinas A (IgA) e imunoglobulina M (IgM) com um amplo espectro de anticorpos para uma variedade de agentes infecciosos e suas toxinas.
Pentaglobin® contém um amplo espectro de anticorpos presente na população normal. Como resultado este aumento da concentração de IgA e em particular de IgM, o Pentaglobin® tem títulos mais altos de anticorpos aglutinantes para antígenos bacterianos quando comparado a produtos que contém apenas IgG.
Pentaglobin® é preparado a partir do pool de plasma coletado de pelo menos 1000 doadores.
Doses adequadas do produto podem reestabelecer níveis de imunoglobulinas anormalmente baixos para os níveis normais.
O mecanismo de ação em outras indicações além da terapia de reposição não está completamente elucidado, porém inclui efeitos imunomodulatórios.
A imunoglobulina humana é imediatamente e completamente biodisponível na circulação após a administração intravenosa. É distribuída relativamente rápida entre o plasma e o
fluido extravascular, sendo alcançado um equilíbrio entre os compartimentos intra e extravascular após aproximadamente 3 a 5 dias.
A meia-vida das imunoglobulinas contidas no Pentaglobin® é similar a meia-vida das imunoglobulinas endógenas. Esta meia-vida pode variar de paciente para paciente, em particular na síndrome de imunodeficiência primária.
As imunoglobulinas e complexos de imunoglobulinas são quebrados dentro das células no sistema reticulo-endotelial.
As imunoglobulinas são componentes normais do corpo humano. Estudos de toxicidade crônica e toxicidade embriofetal são impraticáveis devido a indução de, ou interferência com, anticorpos. Efeitos do produto sobre o sistema imunológico dos recém-nascidos não foram estudados.
A experiência clínica não fornece tendências para os efeitos mutagênicos e carcinogênicos. Estudos clínicos experimentais não foram considerados necessários.
4. contraindicações
Hipersensibilidade ao princípio ativo (imunoglobulina humana) ou a algum dos excipientes listados acima. Hipersensibilidade às imunoglobulinas humanas, especialmente em pacientes com anticorpos anti-IgA.
Pacientes com deficiência seletiva de IgA que desenvolvem anticorpos para IgA, pois a administração de um produto contendo IgA pode resultar em anafilaxia.
5. advertências e precauções
A fim de melhorar a rastreabilidade dos medicamentos biológicos, o nome e o número do lote do produto administrado devem ser claramente registrados.
Complicações potenciais podem ser muitas vezes evitadas certificando-se que:
– Pacientes não são sensíveis a imunoglobulina humana normal administrando inicialmente o produto lentamente (0,4 mL/Kg de peso corporal/hora);
– Pacientes são cuidadosamente monitorados durante todo o período de infusão e observados em relação aos sintomas e efeitos indesejáveis. Em particular, os pacientes sem uso prévio de imunoglobulina normal, pacientes que mudaram de um produto alternativo a imunoglobulina intravenosa ou quando houve um longo intervalo de tempo desde a última infusão devem ser monitorados no hospital durante a primeira infusão e pela primeira hora após a primeira infusão, a fim de detectar os potenciais sinais de eventos adversos. Todos os pacientes devem ser observados por no mínimo 20 minutos após a administração;
Em todos os pacientes, a administração de IVIg requer:
– Hidratação adequada antes do início da infusão de IVIg;
– Monitoramento do volume de urina;
– Monitoramento dos níveis séricos de creatinina;
– Evitar o uso concomitante de diuréticos.
Em caso de reação adversa, a taxa de infusão deve ser reduzida ou interrompida. O tratamento necessário depende da natureza e da gravidade da reação adversa.
Certas reações adversas (por exemplo, dor de cabeça, rubor, calafrios, mialgia, chiado no peito, taquicardia, dor lombar, náusea e hipotensão) podem estar relacionadas à taxa de infusão. A taxa de infusão recomendada dada no item 8. Posologia e modo de usar , deve ser seguida. Os pacientes devem ser monitorados de perto e cuidadosamente observados quanto a sintomas durante o período de infusão.
Reações adversas podem ocorrer mais frequentemente:
em pacientes que recebem imunoglobulina humana normal pela primeira vez ou, em casos raros, quando o produto de imunoglobulina humana normal é trocado ou quando existe um longo intervalo desde a infusão anterior. em pacientes com infecção não tratada ou inflamação crônica subjacente.Reações de hipersensibilidade são raras
Anafilaxia pode se desenvolver em pacientes:
com IgA indetectável que possuem anticorpos anti-IgA que haviam tolerado tratamento anterior com imunoglobulina humana normal. Em caso de choque, o tratamento médico padrão para o choque deve ser implementado.Há evidência clínica de uma associação entre a administração de imunoglobulina intravenosa (IVIg) e eventos tromboembólicos como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (incluindo derrame), embolia pulmonar e trombose venosa profunda que podem estar relacionados com aumento relativo da viscosidade sanguínea através do alto fluxo de imunoglobulina em pacientes sob risco. Atenção deve ser dada a prescrição e infusão de imunoglobulina nos seguintes indivíduos: em pacientes obesos e pacientes com pré-existência de fatores de risco para eventos trombóticos (como idade avançada, hipertensão, diabetes mellitus, histórico de doença vascular ou episódios trombóticos, pacientes com distúrbio trombofílicos adquiridos ou herdados, paciente em longo período de imobilização, pacientes com hipovolemia grave e pacientes com doenças que aumentam a viscosidade sanguínea).
Em pacientes com risco de reações adversas tromboembólicas, os medicamentos IVIg devem ser administrados com as taxas mínimas de infusão e dosagem praticáveis.
Casos de insuficiência renal aguda foram relatados em pacientes que recebiam terapia com IVIg. Na maioria dos casos, os fatores de risco foram identificados, tais como
insuficiência renal pré-existente, diabetes mellitus, hipovolemia, sobrepeso, medicamentos nefrotóxicos concomitantes ou idade acima de 65 anos.
Os parâmetros renais devem ser avaliados antes da infusão de IVIg, particularmente em pacientes considerados com risco potencial aumentado de desenvolver insuficiência renal aguda, e novamente em intervalos apropriados. Em pacientes com risco de insuficiência renal aguda, os produtos IVIg devem ser administrados na taxa mínima de infusão e dose praticável.
Em casos de insuficiência renal, a descontinuação da terapia com IVIg deve ser considerada.
Enquanto estes relatos de disfunção renal e insuficiência renal aguda foram associados ao uso de muitos produtos de IVIg, contendo vários excipientes como sacarose, glicose e maltose, aqueles contendo sacarose como estabilizador foram responsáveis por uma parcela elevada do total. Em pacientes de risco, o uso de produtos IVIg que não contém estes excipientes pode ser considerado. Pentaglobin® não contém sacarose ou maltose, mas contém glicose (veja abaixo: Pentaglobin® contém glicose).
Foi relatada a ocorrência da Síndrome de meningite asséptica em associação com o tratamento com IVIg. A síndrome geralmente começa entre algumas horas à até 2 dias após o tratamento IVIg. Estudos de líquido cefalorraquidiano são frequentemente positivos com pleocitose de até vários milhares de células por mm3, predominantemente da série granulocítica e os níveis de proteína elevados em até várias centenas de mg/dL. SMA pode ocorrer mais frequentemente associados ao tratamento com IVIg em altas doses (2 g/kg).
Os pacientes que apresentam esses sinais e sintomas devem receber um exame neurológico completo, incluindo estudos do LCR, para descartar outras causas de meningite.
A descontinuação do tratamento com IVIg resultou na remissão da AMS dentro de vários dias sem sequelas.
A imunoglobulina intravenosa (medicamentos de IVIg) podem conter anticorpos de grupo sanguíneo que podem atuar como hemolisinas e induzir um revestimento in vivo dos glóbulos vermelhos com imunoglobulina, causando uma reação positiva direta a antiglobulina (teste de Coombs) e, raramente, hemólise. A anemia hemolítica pode se desenvolver após a terapia com IVIg devido ao aumento do sequestro de glóbulos vermelhos (hemácias). Pacientes que receberam IVIg devem ser monitorados quanto a sinais clínicos e sintomas de hemólise.
Foi relatada uma diminuição transitória na contagem de neutrófilos e/ ou episódios de neutropenia, às vezes graves, após o tratamento com IVIgs. Isso geralmente ocorre poucas horas ou dias após a administração de IVIg e se resolve espontaneamente dentro de 7 a 14 dias.
Em pacientes recebendo IVIg, houveram relatos de edema pulmonar não cardiogênico agudo [Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI)]. TRALI é caracterizado por hipóxia grave, dispneia, taquipneia, cianose, febre e hipotensão. Os sintomas de TRALI geralmente se desenvolvem durante ou dentro de 6 horas de uma transfusão, geralmente dentro de 1–2 horas. Portanto, os receptores de IVIg devem ser monitorados e a infusão de IVIg deve ser imediatamente interrompida em caso de reações adversas pulmonares.
TRALI é uma condição potencialmente ameaçadora da vida que requer gerenciamento imediato da unidade de terapia intensiva.
Após a administração de imunoglobulina, o aumento transitório de diversos anticorpos transferidos passivamente no sangue do paciente pode acarretar em resultados falso-positivos em testes sorológicos.
A transmissão passiva de anticorpos para antígenos de eritrócitos, por exemplo, A, B e D, pode interferir com alguns testes sorológicos para anticorpos de glóbulos vermelhos, por exemplo o teste direto antiglobulina (teste de Coombs direto).
Medidas padrão para evitar infecções resultantes da utilização de medicamentos preparados a partir de sangue ou plasma humanos incluem a seleção de doadores, triagem de doações individuais e pools de plasma para marcadores específicos de infecção e a inclusão de etapas de fabricação eficazes para a inativação/remoção de vírus. Apesar disso, quando os medicamentos preparados a partir de sangue ou plasma humanos são administrados, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída. Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes e a outros agentes patogênicos.
As medidas tomadas são consideradas eficazes para os vírus envelopados como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV). As medidas tomadas podem ser de valor limitado contra vírus não envelopados, como o vírus da hepatite A (HAV) e/ou o parvovírus B19.
Há evidências tranquilizadoras referentes à falta de transmissão de hepatite A ou parvovírus B19 com imunoglobulinas e também é assumido que o teor de anticorpos tem uma contribuição importante para a segurança viral.
O Pentaglobin® contém GLICOSE:
1 mL da solução contém 25mg de glicose (equivalente a aproximadamente 0,0021 BE). A dose diária da solução para infusão de aproximadamente de 350 mL para adultos contém 8,75g de glicose (equivalente a aproximadamente 0,735 BE). Essa informação deve ser utilizada nos casos de pacientes com diabetes mellitus.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.
O Pentaglobin® contém SÓDIO:
O Pentaglobin® contém 0,078 mmol / ml (1,79 mg/ mL) de sódio (principal componente do sal de cozinha). Uma dose diária de aproximadamente 350 ml para adultos contém 27,3 mmol (627,6 mg) de sódio. Isso equivale a aproximadamente 31% da ingestão diária máxima recomendada pela OMS de 2g de sódio para um adulto.
A apresentação clínica de reações à infusão, hipersensibilidade ou reações alérgicas em neonatos e lactentes pode variar em relação à outras faixas etárias em termos dos sinais e sintomas relatados, consulte Reações Adversas.
Pentaglobin® tem pouco influencia na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Os pacientes que apresentarem reações adversas durante o tratamento devem esperar pela melhora destas reações antes de conduzir ou utilizar máquinas.
A segurança deste medicamento para uso em mulheres grávidas não foi estabelecida em estudos clínicos controlados, portanto, deve ser administrado com cautela em mulheres grávidas e em amamentação. Foi demonstrado que a IgG administrada por via intravenosa atravessa a placenta, aumentando durante o terceiro trimestre. Pentaglobin® também contém IgA e IgM. Foi demonstrado que a IgA materna atravessa a placenta em menor extensão que a IgG. Normalmente, a IgM não atravessa a placenta em quantidades relevantes. Isso pode mudar no caso de infecções ascendentes, onde a transferência transplacentária das três classes de imunoglobulinas aumenta com o aumento do grau de infecção. A experiência clínica com imunoglobulinas sugere que não sejam esperados efeitos nocivos durante a gravidez, ou no feto e no recém-nascido.
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
As imunoglobulinas são excretadas no leite humano. Nenhum efeito negativo em recém-nascidos / lactentes amamentados é esperado.
Fertilidade A experiência clínica com imunoglobulinas sugere que nenhum efeito prejudicial na fertilidade é esperado.
6. interações medicamentosas
A administração de imunoglobulinas pode interferir na eficácia das vacinas de vírus vivo atenuado como sarampo, rubéola, caxumba e varicela por um período de 6 semanas a 3
meses. Após a administração do medicamento, um intervalo de 3 meses deve decorrer antes da vacinação com vacinas de vírus vivo atenuado. Em caso de sarampo, esta interferência pode persistir por até 1 ano. Portanto, pacientes que receberam vacina contra sarampo devem ter os níveis de anticorpos verificados.
Evitar o uso concomitante com diuréticos de alça.
Espera-se que a mesma interação mencionada para os adultos também possa ocorrer na população pediátrica.
Nota: Pentaglobin® é solúvel em soro fisiológico. No entanto, nenhuma outra preparação deve ser adicionada a solução de Pentaglobin®, uma vez que uma mudança na concentração de eletrólitos ou do valor do pH pode resultar em precipitação ou na desnaturação de proteínas.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
7. cuidados de armazenamento do medicamentoO produto deve ser armazenado dentro do cartucho, protegido da luz, entre 2°C e 8°C. Não congelar. A solução deverá ser utilizada imediatamente após a abertura do frasco. Devido ao risco de contaminação bacteriana, a solução não utilizada deverá ser descartada. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
A solução deverá apresentar-se levemente a moderadamente opalescente e incolor a amarela pálida.
Não utilizar soluções que se encontrem turvas ou com depósitos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
A dose é dependente da condição do sistema imunológico do paciente e da gravidade da doença. A sugestão de dosagem a seguir pode ser considerada como referência:
1. Neonatos e lactentes:
5mL (0,25g)/kg peso corporal, por dia, durante 3 dias consecutivos.
Infusões posteriores podem ser necessárias dependendo do estado clínico do paciente.
2. Crianças e adultos:
a) Terapia de infecções bacterianas severas:
5mL (0,25g)/kg peso corporal, por dia, durante 3 dias consecutivos. Infusões posteriores podem ser necessárias dependendo do estado clínico do paciente.
b) Substituição de imunoglobulinas em pacientes imunocomprometidos e com síndrome grave de deficiência secundária de anticorpos:
3–5mL (0,15–0,25g)/kg de peso corporal. Repetição em intervalos semanais, se necessário.
Pentaglobin® deve ser trazido a temperatura ambiente ou temperatura corporal antes do uso. Pentaglobin® é uma solução pronta para o uso e não requer diluição, mas no caso de ser necessária uma diluição, deve ser diluído apenas em solução fisiológica de cloreto de sódio e não deve ser misturado a outros produtos.
Pentaglobin® deve ser administrado via intravenosa nas seguintes taxas:
Em neonatos e lactentes: 1,7mL/Kg peso corporal/hora por bomba de infusão.
Em crianças e adultos: 0,4mL/kg peso corporal/hora.
Alternativamente: Nos primeiros 100mL a 0,4mL/kg peso corporal/hora.
Então 0,2mL/kg peso corporal/hora continuamente.
Até que 15mL/kg peso corporal seja alcançado dentro de 72 horas.
Exemplos | Peso corporal | Dose total Dia 1 | Taxa de infusão | Duração da infusão |
Neonato | 3 kg | 15mL | 5mL/h | 3h |
Criança | 20 kg | 100mL | 8mL/h | 12,5h |
Adulto | 70 kg | 350mL | 28mL/h | 12,5h |
Alternativa: 28mL/h 14mL/h | 3,5h inicialmente, então 68h continuamente |
Nenhuma evidência está disponível para exigir um ajuste de dose.
Nenhum ajuste de dose, a menos que seja clinicamente justificado, consulte item 5.
Advertências e Precauções.
Nenhum ajuste de dose, a menos que seja clinicamente justificado, consulte item 5.
Advertências e Precauções.
9. reações adversas
9. reações adversasResumo do perfil de segurança
Reações adversas causadas por imunoglobulinas humanas normais,(em frequência decrescente) abrangem (veja também Advertências e Precauções):
Calafrios, dor de cabeça, tontura, febre, vômito, reações alérgicas, náusea, artralgia, pressão arterial baixa, e dor lombar moderada. Reações hemolíticas reversíveis; especialmente naqueles pacientes com grupos sanguíneos A, B e AB e (raramente) anemia hemolítica que requer transfusão. (Raramente) uma queda repentina da pressão arterial e, em casos isolados, choque anafilático, mesmo quando o paciente não apresenta hipersensibilidade à administração anterior. (Raramente) reações cutâneas transitórias (incluindo lúpus eritematoso -frequência desconhecida). (Muito rara) reações tromboembólicas, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda. Casos de meningite asséptica. Casos de aumento do nível de cretinina e/ ou ocorrência de insuficiência renal aguda. Casos de lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI).Informações sobre segurança no que diz respeito aos agentes transmissíveis: ver Advertências e Precauções.
A Tabela 1 mostra as reações adversas de ensaios clínicos de Pentaglobin® e a Tabela 2 mostra as reações adversas da experiência pós-comercialização com Pentaglobin®.
Para avaliação das reações adversas, as seguintes categorias de frequências foram usadas: Muito comum (>1/10); comum (>1/100 a <1/10); Incomum (>1/1.000 a <1/100); rara (>1/10.000 e <1/1.000); muito rara (< 1/10.000); desconhecida (não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).
Classe de Sistema de Órgãos MedDRA |
Frequência
Distúrbios do sistema imunológico
Reações alérgicas
Incomum
Distúrbios vasculares
Pressão arterial baixa e hipotensão
Comum
Distúrbios gastrintestinais
Náuseas e vômitos
Comum
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Hiperidrose
Comum
Reações cutâneas / dermatite alérgica
Incomum
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecido conjuntivo
dor nas costas
Incomum
Classe de Sistema de Órgãos MedDRA |
Infecções e infestações
Meningite Asséptica
Distúrbios do sangue e do sistema linfático
Anemia hemolítica reversível/ hemólise
Distúrbios do sistema imunológico
Choque anafilático, reações anafilactóides, Hipersensibilidade
Distúrbios cardíacas
Taquicardia
Distúrbios vasculares
Rubor
Distúrbios respiratórios, torácico e mediastinal
Dispneia
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Prurido
Distúrbios do sistema nervoso
Dor de cabeça, tontura.
Distúrbios renais e urinários
Insuficiência renal aguda e/ou aumento no nível de creatinina sérica
Distúrbios gerais e no local de administração
Febre, calafrio
Embora a natureza e a frequência das reações adversas nos grupos etários neonatos e lactentes sejam geralmente comparáveis às reações adversas em outros grupos etários (por exemplo, reações à infusão, reações anafiláticas, hipersensibilidade), sua apresentação clínica em termos dos sinais e sintomas relatados varia e pode incluir adicionalmente, por exemplo alterações na frequência cardíaca (taquicardia ou bradicardia), taquipneia, diminuição da saturação de oxigênio, descolorações da pele, incluindo palidez e/ ou cianose e hipotonia.
É importante relatar suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento. Permite a monitorização contínua da relação benefício/ risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que relatem suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa
10. superdose
10. superdoseA superdose do Pentaglobin® pode levar a sobrecarga circulatória e hiperviscosidade sanguínea, especialmente em pacientes de risco, incluindo pacientes idosos e pacientes com insuficiência cardíaca ou renal.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Registro M.S.: 1.0914.0018
Farmacêutica Responsável: Natália R. de Almeida Pereira
CRF-SP 70.657
Biotest AG
D-63303 Dreieich
Alemanha