Bula do profissional da saúde - KAVA KAVA HERBARIUM HERBARIUM LABORATORIO BOTANICO LTDA
( Piper methysticum G. Forst.)
Herbarium Laboratório Botânico LTDA.
Cápsula dura
75 mg
KAVA KAVA HERBARIUM
Piper methysticum G. Forst., Piperaceae.
herbarium
Rizoma.
Kava-Kava.
Cápsula dura – Extrato seco do rizoma de Piper methysticum G. Forst. 75 mg – Embalagem com 45 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula dura contém:
extrato seco dos rizomas de Piper methysticum G. Forst., padronizado em
30% de kavalactonas.........................................................................75 mg*;
excipiente q.s.p...............................................................................1 cápsula.
(amido)
*equivalente à 22,5 mg de kavalactonas por cápsula.
Kava Kava Herbarium é indicado para o tratamento sintomático de estágios leves a moderados de ansiedade e insônia, em curto prazo (1–8 semanas de tratamento).3, 4, 5 e 6
Já foram desenvolvidos inúmeros ensaios clínicos, empregando-se as mais variadas metodologias para avaliação da eficácia de fitoterápicos à base de Piper methysticum G. Forst. e a sua possível aplicação na terapêutica. Por este motivo, Pittler e Ernst, 2000, desenvolveram e publicaram uma meta–análise dos ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo. Três ensaios clínicos utilizaram doses de 100 mg, administrados três vezes ao dia, do extrato padronizado de P. methysticum G. Forst. WS 1490, correspondendo a 210 mg/dia de kavalactonas, durante quatro, oito e 24 semanas e foram selecionados para a meta-análise. Esses ensaios envolveram 198 pacientes, arrolados de clínicas generalistas e ginecológicas, e que utilizaram a escala de Hamilton como forma de diagnóstico. Adicionalmente, 51% dos pacientes foram diagnosticados pelo critério padrão da American Psychiatric Association’s Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, (DSM III-R). Todos os três ensaios mostraram resultados favoráveis ao extrato de P. methysticum G. Forst. (sugeriram uma redução de 10 pontos na escala de ansiedade de Hamilton) em relação ao placebo, e a meta-análise desses resultados mostrou uma redução significante no escore total na escala de Hamilton em favor da P. methysticum G. Forst.5
Em 2002, Pittler e Ernst publicaram outra meta-análise para demonstrar a eficácia terapêutica e a segurança de extratos padronizados de Kava–Kava no tratamento da ansiedade. Foram avaliados 21 ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo, publicados até 2001 e disponíveis em bancos de dados eletrônicos. Apenas 11 ensaios clínicos foram revisados, pois respeitavam os critérios de inclusão. Desses 11 ensaios, apenas seis foram incluídos na meta-análise, pois utilizaram o mesmo sistema para medir a eficácia do tratamento (escala de ansiedade de Hamilton) e o mesmo extrato padronizado de P. methysticum G. Forst. (WS 1490). Foram utilizadas as seguintes doses e duração do tratamento: 150 mg/dia/4 semanas; 200 mg/dia/4 semanas; 300 mg/dia/4 semanas; 300 mg/dia/8 semanas e 300 mg/dia/24 semanas. A análise dos dois maiores ensaios, envolvendo 158 pacientes com ansiedade não-psicótica, escore 19 na escala de ansiedade de Hamilton, e que receberam 300 mg/dia do extrato de P. methysticum G. Forst. (correspondendo a 210 mg/dia de kavalactonas), mostrou um efeito terapêutico significativo (diferença média de 7,1 pontos de redução na escala de ansiedade de Hamilton entre o grupo tratado e o placebo). A meta-análise de estudos clínicos sugeriu uma redução significativa no escore total da escala de ansiedade de Hamilton nos pacientes tratados com o extrato padronizado de P. methysticum G. Forst. em relação àqueles tratados com o placebo. Os resultados desta revisão sistemática também indicaram um efeito benéfico e significativo no tratamento dos pacientes com o medicamento fitoterápico, em relação aos tratados com placebo.6
REFERÊNCIAS
1. ALEXANDRE, RF. Fitoterapia baseada em evidências: exemplos dos medicamentos fitoterápicos mais vendidos em Santa Catarina. Dissertação apresentada à UFSC. 2004.
2. ALEXANDRE, RF, GARCIA, FN, SIMOES, CMO. Fitoterapia Baseada em Evidências. Parte 1.Medicamentos Fitoterápicos Elaborados com Ginkgo, Hipérico, Kava e Valeriana. Acta Farm. Bonaerense 24 (2): 300–9 (2005).
3. AMORIM, MFD et al. The controvertible role of kava (Piper methysti-cum G. Foster) an anxiolytic herb, on toxic hepatitis. Rev. Bras. Farmacogn. v.17 n.3 João Pessoa jul./set. 2007.
4. OMS. Assessment of the risk of hepatotoxicity with kava products. Genebra. 2007. 82p.
5. PITTLER, M. H.; ERNST, E. Efficacy of kava extract for treating anxiety: systematic review and meta-analysis. Journal Clinical Psycho-pharmacology, v.20, p. 84–89, 2000.
6. PITTLER, M. H.; ERNST, E. Kava for treating anxiety – a meta-analysis of randomized trials. Perfusion, v. 15, p. 474–481, 2002.
Esse medicamento é constituído por um extrato padronizado do rizoma de P. methysticum G. Forst. rico em substâncias lipossolúveis denominadas kavalactonas (kavaína, diidrokavaína, yangonina, desmetoxiangonina), também conhecidas como kavapironas, as quais apresentam uma variedade de efeitos no Sistema Nervoso Central (SNC) com ação nos estágios leves a moderados de ansiedade e insônia.
O extrato de P. methysticum G. Forst. possui ação sobre o núcleo amig-daliano levando a uma diminuição da atividade do sistema límbico, o que determina uma ação ansiolítica. Adicionalmente, exerce efeitos presumíveis sobre a formação reticular. A diminuição da ansiedade, da tensão e da agitação aumenta a tolerância ao estresse mental e leva a uma maior estabilidade emocional.
Estudos clínicos mostraram aumento da atividade beta e, simultânea diminuição da atividade alfa no EEG quantitativo. O aumento do índice beta/ alfa é típico do perfil eletroencefalográfico farmacológico dos ansiolíticos. Por outro lado, a ausência de um acréscimo das atividades delta e teta demonstraram que o extrato de P. methysticum G. Forst. é desprovido de propriedades hipnóticas.
Nos estudos clínicos sobre a influência na qualidade do sono, observou-se que a quantidade de fusos de sono e a porcentagem de sono profundo aumentaram, o sono REM não apresentou alterações, o estágio 1 do sono e a latência do sono tenderam a diminuir e o tempo de sono subjetivo aumentou. Conforme comprovado clinicamente, a influência de medicamentos à base de P. methysticum G. Forst. na qualidade do sono não é acompanhada de uma restrição na capacidade de reação.
Toxicologia: A DL50 do extrato acetônico padronizado em 70% de ka-valactonas, em camundongos e ratos, foi maior que 1500 mg/kg após a administração oral e maior que 360 mg/Kg após administração intraperi-toneal. Esse extrato em camundongos, nas doses de 770–2800 mg/kg de peso, por via oral, e nas doses de 280 a 600 mg/kg de peso por via intra-peritoneal; bem como em ratos, nas doses de 770–2100 mg/kg de peso por via oral e 280–460 mg/kg de peso por via intraperitoneal, mostrou efeitos dose-dependente de redução da motilidade espontânea, ataxia, sedação, decúbito lateral com redução dos reflexos por estímulo, inconsciência e morte por parada respiratória. Resultados similares foram observados após a administração intraperitoneal ou intragástrica de diidrometisticina e diidrokavaína. O extrato acetônico foi testado quanto à sua toxicidade crônica, em ratos e cães, por um período de 26 semanas; a dose máxima em ratos foi de 320 mg/kg e em cães foi de 60 mg/kg. Nessas dosagens, foram observadas alterações histopatológicas em tecidos do fígado e dos rins. Os cães toleraram dose de 24 mg/kg/dia e os ratos de 20 mg/kg/dia, sem apresentar reações adversas.
Existem alguns relatos de toxicidade em humanos, após o consumo excessivo de bebidas à base de P. methysticum G. Forst.; os sintomas apresentados variaram de ataxia, erupção cutânea, queda de cabelo, amarelamento da pele, da esclerótica e das unhas, vermelhidão nos olhos, dificuldade de acomodação visual, problemas de audição, dificuldade de deglutição, até problemas respiratórios, perda de apetite e de peso. Deve-se observar que esses sintomas foram apresentados por pessoas que ingeriram doses, no mínimo, 100 vezes maiores do que aquelas testadas clinicamente e recomendadas na terapêutica.
Farmacocinética: Após a administração de 100 mg/kg de peso em camun-dongos de um extrato acetônico padronizado em 70% de kavalactonas, foram encontrados, por HPLC, níveis plasmáticos máximos de 1,7–2,5 gg/ mL para as kavalactonas (diidrokavaína, kavaína, metisticina e diidrometis-ticina) e níveis plasmáticos máximos de 0,3 gg/mL para a iangonina, depois de cinco horas. Concentrações cerebrais (1,1–2,0 gg/mg peso úmido) mostraram um perfil paralelo quando comparadas com os níveis plasmáticos. A meia-vida das kavalactonas no plasma e no cérebro foi de aproximadamente 1 hora. Em cães, foram encontrados níveis plasmáticos máximos de 0,1 a 0,5 gg/mL para diidrometisticina e metisticina, após a administração oral do mesmo extrato na dose de 10 mg/Kg de peso. A diidrokavaína e a iangonina foram detectadas abaixo do limite de quantificação.
Uma investigação comparativa mostrou que a biodisponibilidade das kavalactonas após a administração do extrato acetônico padronizado em 70% de kavalactonas foi maior do que após a administração das substâncias isoladas.1, 4
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes (mulheres amamentando).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Cuidados de conservação
Kava Kava Herbarium deve ser conservada em temperatura ambiente (ente 15 e 30°C) em sua embalagem original.
Proteger da luz e da umidade.
24 meses após a data de fabricação impressa no cartucho.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na sua embalagem original.
Cápsulas gelatinosas duras de cor creme.
Odor característico e praticamente não apresenta sabor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
USO ORAL / USO INTERNO
As cápsulas devem ser ingeridas inteiras e sem mastigar com quantidade suficiente de água para que sejam deglutidas, preferencialmente após as refeições, devido à solubilidade lipídica dos componentes ativos da P. methysticum G. Forst.
Utilizar apenas a via oral. O uso deste medicamento por outra via, que não a oral, pode causar a perda do efeito esperado ou mesmo promover danos ao seu usuário.
Ingerir uma cápsula, quatro vezes ao dia, obedecendo ao intervalo de seis horas entre as doses, ou a critério médico. Utilizar por, no máximo, dois meses.
Não ultrapassar o limite máximo de nove cápsulas ao dia.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Em raros casos, foram relatados mal estar gastrintestinal e reações alérgicas cutâneas, agitação, vertigem, sonolência, tremor, cãimbras, problemas respiratórios, cefaleia e cansaço nos ensaios clínicos realizados. Em todos os casos, os sintomas desapareceram com a interrupção do tratamento.
Eventualmente, pode ocorrer emagrecimento, hipertensão arterial, manchas, lesões e ressecamento da pele, exacerbação do reflexo patelar, movimentos irregulares, espasmódicos e involuntários dos membros, pescoço e musculatura facial. Podem ocorrer alterações nos reflexos motores.
No início do tratamento pode aparecer um leve cansaço matinal.
Outros efeitos adversos, tais como coloração amarelada reversível da pele, unhas e cabelos, distúrbios visuais, tontura, efeitos extrapiramidais, congestão pulmonar e hepatite são raros, mas também podem estar relacionados com o uso de fitoterápicos elaborados com a P. methysticum G. Forst. Caso algum destes sintomas ocorra, o tratamento deve ser interrompido. A administração da P. methysticum G. Forst. pode causar redução dos níveis das proteínas plasmáticas, ureia, bilirrubina e plaquetopenia.
Pode ocorrer elevação das enzimas hepáticas aspartato e aminotransferase, Y-glutamiltransferase e desidrogenase lática com aumento concomitante da bilirrubina conjugada.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Os sintomas de intoxicação após uso de altas doses de P. methysticum G. Forst. descritos são: ataxia, desequilíbrio, distúrbios da fala, fadiga e sonolência, dificuldade de acomodação visual, dilatação das pupilas, distúrbios do balanço oculomotor, problemas articulares, perda de apetite e de peso e ressecamento da pele acompanhado de coloração amarelada.1
Adicionalmente, foram descritas reações paradoxais com potencialização da ansiedade e ocorrência de lesões hepáticas irreversíveis após super-dosagem.
A utilização de altas doses de P. methysticum G. Forst. foi relacionada ao aumento dos níveis de Y-glutamiltransferase (GGT).
Em caso de superdosagem, suspender a medicação imediatamente. Recomenda-se tratamento de suporte sintomático pelas medidas habituais de apoio e controle das funções vitais. Na superdosagem aguda, o tratamento deve ser instituído com passagem de sonda nasogástrica seguida de esvaziamento e lavagem gástrica. Os sintomas de superdosagem melhoram com a interrupção da administração da P. methysticum G. Forst. Se ocorrer eritema ou edema em extensas áreas, pode ser necessário o uso de corticóides.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.