Bula do profissional da saúde - INTRAFEM NOVA QUIMICA FARMACÊUTICA S/A
valerato de estradiol
Comprimido revestido de 2 mg. Embalagem contendo 28, 56 ou 84 unidades.
USO ORAL
USO ADULTO
Cada comprimido revestido de 2 mg contém:
valerato de estradiol*...............................................................................................................................................2 mg
excipiente** q.s.p.............................................................................................................................................1 com rev
*equivalente a 1,528 mg de estradiol.
**lactose monoidratada, povidona, amido, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, azul brilhante 133 laca de alumínio.
Este medicamento é indicado à terapia de reposição hormonal (TRH) para o tratamento dos sintomas da menopausa em mulheres com útero intacto ou histerectomizadas.
2. resultados de eficácia
O uso de medicamentos contendo valerato de estradiol para a melhora dos sintomas da menopausa é reconhecido cientificamente.
Na maioria das mulheres de 1 a 2 mg de valerato de estradiol ou estradiol são suficientes para obter efeito terapêutico. INTRAFEM® (valerato de estradiol) contém 2 mg de valerato de estradiol, que corresponde a 1,528 mg de estradiol.
3. características farmacológicas
3. características farmacológicasFarmacodinâmica
Este medicamento contém o estrogênio valerato de estradiol, um pró-fármaco do 17p-estradiol natural humano.
A ovulação não é inibida durante o uso de valerato de estradiol e a produção endógena de hormônios dificilmente é afetada.
Durante o climatério, a redução e posterior perda da secreção do estradiol ovariano pode resultar em uma instabilidade na termorregulação, causando ondas de calor associadas com distúrbios do sono e sudorese excessiva, atrofia urogenital com sintomas de secura vaginal, dispareunia e incontinência urinária. Menos específicos, mas frequentemente mencionados como parte da síndrome do climatério, são os sintomas como queixas anginosas, palpitações, irritabilidade, nervosismo, falta de energia e de capacidade de concentração, esquecimento, perda da libido, dores musculares e nas articulações. A terapia de reposição hormonal (TRH) alivia muitos desses sintomas provocados pela deficiência de estradiol em mulheres na menopausa.
A TRH com concentração adequada de estrogênio, como em valerato de estradiol, reduz a reabsorção óssea e retarda ou cessa a perda de massa óssea na pós-menopausa. Quando o tratamento é interrompido, a massa óssea reduz-se a uma razão comparável àquela encontrada no período da pós-menopausa imediata. Não há evidência de que a TRH restaure a massa óssea aos níveis da pré-menopausa. A reposição hormonal também tem um efeito positivo sobre o conteúdo do colágeno e a espessura da pele e consegue retardar o processo de formação de rugas da pele.
A TRH altera o perfil lipídico: diminui o colesterol total e o LDL-colesterol e pode aumentar o HDL-colesterol e os níveis de triglicérides. Os efeitos metabólicos podem ser anulados em parte pela adição de um progestógeno.
É recomendada a adição de um progestógeno a um regime de reposição estrogênica, como com valerato de estradiol, por no mínimo 10 dias por ciclo, para mulheres com o útero intacto. Desta forma, reduz-se o risco de hiperplasia endometrial e o risco contínuo de adenocarcinoma nessas mulheres. A adição de um progestógeno ao regime de reposição estrogênica não mostrou interferência na eficácia do estrogênio para o uso indicado.
Estudos observacionais e o estudo “Women’s Health Iniciative (WHI)” com estrogênios equinos conjugados (EEC) e acetato de medroxiprogesterona (MPA) sugerem uma redução na morbidade do câncer de colo na pós-menopausa em mulheres que usam TRH. No estudo da WHI com monoterapia de EEC não foi observada redução no risco. Não se sabe se estes dados também se estendem para outros medicamentos e esquemas terapêuticos para TRH.
O valerato de estradiol é rápida e completamente absorvido. O éster esteroidal é clivado em estradiol e ácido valéri-co durante a absorção e o metabolismo de primeira passagem no fígado. Ao mesmo tempo, o estradiol passa por um metabolismo intenso até transformar-se em estrona, estriol e sulfato de estrona. Somente cerca de 3% do estradiol se torna biodisponível após a administração oral do valerato de estradiol. Os alimentos não afetam a biodisponibilidade do estradiol.
Concentrações séricas máximas de estradiol, de aproximadamente 15 pg/mL (ou 30 pg/mL), são geralmente esperadas entre 4 a 9 horas após a ingestão do comprimido revestido. Dentro de 24 horas após a ingestão do comprimido revestido, espera-se que os níveis séricos do estradiol diminuam até concentrações de cerca de 8 pg/mL (ou 15 pg/mL). O estradiol liga-se à albumina e às proteínas transportadoras de hormônios sexuais (SHBG). A fração do estradiol não-ligado no soro é de cerca de 1 a 1,5% e a fração ligada às proteínas transportadoras de hormônios sexuais é de aproximadamente 30 – 40%.
O volume aparente de distribuição do estradiol após uma única administração intravenosa é de cerca de 1 l/kg.
Após a clivagem do éster exógeno administrado, valerato de estradiol, o metabolismo do fármaco segue os caminhos de biotransformação do estradiol endógeno: é metabolizado principalmente pelo fígado e também por vias extra-hepáticas como, por exemplo, no intestino, rins, músculos esqueléticos e órgãos-alvo. Estes processos envolvem a formação da estrona, estriol, catecolestrogênios e sulfatos e glicuronídeos conjugados destes compostos, os quais são todos claramente menos estrogênicos ou mesmo não-estrogênicos em relação ao estradiol.
A eliminação sérica total do estradiol, após dose única administrada via intravenosa, mostra grande variabilidade em um intervalo de 10 a 30 mL/min/kg. Uma certa proporção de metabólitos do estradiol é excretada na bile e passa pela circulação entero-hepática. Enfim, os metabólitos do estradiol são principalmente excretados por via renal como sulfatos e glicuronídeos na urina.
São esperados, aproximadamente, níveis séricos do estradiol duas vezes maiores após múltiplas administrações em relação a uma dose única. Em média, a concentração do estradiol varia entre 15 (ou 30 pg/mL) (nível mínimo) e 30 (ou 60 pg/mL) (nível máximo). A estrona, como um metabólito menos estrogênico, alcança concentrações séricas aproximadamente 8 vezes maiores. O sulfato de estrona alcança, aproximadamente, concentrações 150 vezes mais altas. Após a interrupção do tratamento, os níveis de pré-tratamento de estradiol e estrona são atingidos dentro de 2 a 3 dias.
O perfil toxicológico do estradiol é bem conhecido. Não existem dados pré-clínicos relevantes adicionais àqueles descritos nos demais itens.
4. contraindicações
A terapia de reposição hormonal (TRH) não deve ser iniciada na presença de qualquer uma das condições listadas abaixo. Se alguma dessas condições surgir durante a TRH, deve-se descontinuar imediatamente o uso do produto. – gravidez e lactação;
– sangramento vaginal não diagnosticado;
– diagnóstico ou suspeita de câncer de mama;
– diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas dependentes de esteroides sexuais;
– presença ou história de tumor hepático (benigno ou maligno);
– doença hepática grave;
– tromboembolismo arterial agudo (p.ex., infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral);
– presença ou história de trombose venosa profunda, distúrbios tromboembólicos;
– alto risco de trombose venosa ou arterial;
– hipertrigliceridemia grave;
– hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
5. advertências e precauções
5. advertências e precauçõesAntes de iniciar o tratamento, todas as condições/fatores de risco mencionados abaixo devem ser considerados para determinar a relação risco/benefício individual do tratamento para a paciente.
Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra pela primeira vez uma contrain-dicação, assim como, nas seguintes situações:
– ocorrência pela primeira vez de enxaquecas ou cefaleias com intensidade e frequência fora do habitual ou ocorrência de outros sintomas que sejam possíveis sinais prodrômicos de acidente cerebrovascular;
– recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático que tenham ocorrido inicialmente durante uma gravidez ou durante uso anterior de esteroides sexuais;
– sintomas ou suspeita de um evento trombótico.
Em caso de ocorrência ou agravamento das seguintes condições ou fatores de risco, deve-se reavaliar a relação ris-co/benefício individual, considerando a possível necessidade de descontinuar a terapia.
O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado em mulheres que possuam uma combinação de fatores de risco ou apresentem uma severidade maior de um fator de risco isolado. Este risco aumentado pode ser ainda maior que a simples soma do risco de cada fator. A TRH não deve ser prescrita quando a avaliação risco/benefício for desfavorável.
Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugeriram um aumento do risco relativo (RR) de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), isto é, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício deve ser cuidadosamente avaliada, em conjunto com a paciente, quando se prescrever TRH para mulheres que apresentem fator de risco para TEV.
Fatores de risco geralmente reconhecidos para TEV incluem histórico pessoal ou familiar (a ocorrência de TEV em um familiar em primeiro grau em idade relativamente precoce pode indicar predisposição genética) e obesidade grave. O risco de TEV também aumenta com a idade. Não há consenso sobre a possível influência de veias varico-sas no desenvolvimento de TEV.
O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização prolongada, cirurgia eletiva ou pós-traumática de grande porte ou trauma extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da imobili-zação, deve-se considerar a interrupção temporária da TRH.
Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC) e acetato de medroxiprogeste-rona (AMP), em esquema de administração contínua, mostraram um possível aumento no risco de doença arterial coronariana (DAC) no primeiro ano de uso e nenhum benefício após este período. Um grande estudo clínico com EEC isoladamente demonstrou potencial redução nas taxas de cardiopatia coronariana em mulheres com idade entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral no total da população estudada. Como resultado secundário, verificou-se um aumento de 30 a 40% no risco de acidente vascular cerebral em dois grandes estudos clínicos utilizando EEC isoladamente ou combinado com MPA. Não se sabe se estes dados também se aplicam a outros produtos utilizados na TRH ou para formas não orais de administração.
É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por estrogênios. Algumas mulheres são predispostas a desenvolver doenças da vesícula biliar durante a terapia estrogênica.
Existe evidência limitada observada a partir de estudos clínicos realizados com produtos contendo estrogênios equinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode aumentar o risco de provável demência se iniciada em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. O risco pode ser diminuído se o tratamento for iniciado no início da menopausa, como observado em outros estudos clínicos. Não se sabe se estes dados também se aplicam a outros produtos utilizados em TRH.
Estudos observacionais e clínicos relataram aumento do risco de câncer de mama em mulheres que usaram TRH por muitos anos. Estes resultados podem ser devido ao diagnóstico precoce, dos efeitos que promovem o crescimento de tumores preexistentes ou da combinação de ambos.
Estimativas para risco relativo global de diagnóstico de câncer de mama fornecidas em mais de 50 estudos epidemi-ológicos variaram, na maioria dos estudos, entre 1 e 2.
O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser mais baixo, ou possivelmente neutro, com a utilização de produtos contendo somente estrogênios.
Dois grandes estudos randomizados realizados com EEC administrados isoladamente ou em combinação contínua com AMP mostraram um risco estimado de 0,77 (Intervalo de Confiança (IC) de 95%: 0,59 – 1,01) ou de 1,24 (IC de 95%: 1,01 – 1,54) após 6 anos de TRH. Não se sabe se o aumento do risco também se aplica a outros produtos utilizados na TRH.
Aumentos similares no diagnóstico de câncer de mama são observados, por exemplo, com o atraso da menopausa natural, consumo de bebidas alcoólicas ou adiposidade.
O excesso de risco diminui dentro de poucos anos após ter cessado a TRH.
A TRH aumenta a densidade das imagens mamográficas, o que pode afetar adversamente a detecção radiológica do câncer de mama em alguns casos.
A prevalência de câncer de ovário é menor do que a prevalência de câncer de mama.
Uma metanálise de 52 estudos epidemiológicos relatou que o risco global de ser diagnosticado câncer de ovário é ligeiramente aumentado para as usuárias de TRH em comparação com mulheres que nunca usaram TRH (estudos prospectivos: RR 1,20, IC de 95% 1,15–1,26; todos os estudos combinados: RR 1,14, IC de 95% 1,10–1,19). Em usuárias atuais de TRH o risco de câncer de ovário aumentou ainda mais (RR 1,43, IC de 95% 1,31–1,56).
Essas associações não foram demonstradas em todos os estudos, incluindo ensaios clínicos controlados randomiza-dos, como por exemplo, “Women’s Health Initiative (WHI)”.
Além disso, não foi consistentemente demonstrado um efeito de duração de exposição, mas o risco pode ser mais relevante com o uso prolongado (vários anos).
A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente aumenta o risco de desenvolvimento de hiperpla-sia ou carcinoma do endométrio. Estudos sugerem que a adição apropriada de progestógeno à terapia elimina esse aumento no risco.
Após o uso de hormônios como o contido em INTRAFEM ®, foram observados raros casos de tumores hepáticos benignos e, ainda mais raramente, tumores malignos que, em casos isolados, ocasionaram hemorragias intra-abdominais com risco para a vida da paciente. Se ocorrerem dores no abdome superior, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal deve-se incluir tumor hepático nas considerações diagnóstico-diferenciais.
Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento de hipertensão clínica. Foram relatados discretos aumentos na pressão arterial em usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, se em casos individuais ocorrer desenvolvimento de hipertensão clinicamente significativa e persistente durante a TRH, deve-se considerar a descontinuação do tratamento.
Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias como a síndrome de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de rigorosa supervisão, sendo que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de piora nos indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH.
Mulheres com níveis de triglicérides moderadamente elevados necessitam de acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento adicional no nível de triglicérides ocasionando risco de pancreatite aguda.
Embora a TRH possa ter efeito na resistência insulínica periférica e na tolerância à glicose, geralmente não há necessidade de alterar o regime terapêutico para pacientes diabéticas que estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem ser cuidadosamente monitoradas durante a terapia.
Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela estimulação estrogênica durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma frequente ou persistente, recomenda-se uma avaliação endometrial.
Leiomiomas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a influência de estrogênios. Caso seja observado este aumento, o tratamento deve ser descontinuado.
Se ocorrer reativação da endometriose durante a TRH, recomenda-se a descontinuação do tratamento. Se a paciente apresentar diagnóstico de prolactinoma, é necessário um acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação periódica dos níveis de prolactina. Ocasionalmente pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem em tratamento com TRH.
A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso de TRH. Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e que estiverem sob terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.
– epilepsia;
– doença benigna da mama;
– asma;
– enxaqueca;
– porfiria;
– otosclerose;
– lúpus eritematoso sistêmico;
– coreia menor.
Em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar os sintomas de angi-oedema.
INTRAFEM ® não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação (vide “CONTRAINDICAÇÕES”). Se ocorrer gravidez durante o uso de INTRAFEM ®, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente.
Estudos epidemiológicos extensivos realizados com hormônios esteroides utilizados para contracepção e para terapia de reposição hormonal não revelaram aumento no risco de malformação congênita em crianças cujas mães utilizaram hormônios sexuais antes da gravidez ou efeitos teratogênicos quando hormônios sexuais foram administrados de forma inadvertida durante a fase inicial da gestação.
Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas com o leite materno.
Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter o histórico clínico detalhado e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em “CONTRAINDICAÇÕES” e “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”; estes acompanhamentos devem ser repetidos periodicamente. A frequência e a natureza destas avaliações devem basear-se nas condutas médicas estabelecidas e ser adaptadas a cada usuária, mas, em geral, devem incluir órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical, abdome, mamas e pressão sanguínea.
Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Não foram observados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas em usuárias de INTRAFEM ®.
6. interações medicamentosas
6. interações medicamentosasNota: As informações de medicamentos usados concomitantemente devem ser consultadas para que sejam identificadas potenciais interações.
Podem ocorrer interações com medicamentos que induzem as enzimas microssomais as quais podem resultar em aumento da depuração de hormônios sexuais e que podem levar a alterações no perfil do sangramento uterino e/ou redução do efeito terapêutico.
– Substâncias que aumentam a depuração dos hormônios sexuais (eficácia diminuída por indução enzimática), por exemplo:
fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e possivelmente também oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo erva de São João.
A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento e atinge graus máximos geralmente em poucas semanas. A indução enzimática pode ser mantida por cerca de 4 semanas após a descontinuação da medicação.
– Substâncias com efeitos variáveis na depuração de hormônios sexuais:
Quando coadministrados com hormônios sexuais, muitos inibidores de protease e inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa do HIV / HCV podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas do estrogênio. Em alguns casos estas alterações podem ser clinicamente relevantes.
– Substâncias que diminuem a depuração de hormônios sexuais (inibidores enzimáticos):
Inibidores potentes e moderados do CYP3A4, tais como antifúngicos azólicos (por exemplo, fluconazol, itraconazol, cetoconazol, voriconazol), macrolídeos (por exemplo, claritromicina, eritromicina), verapamil, diltiazem e suco de toranja (grapefruit) podem aumentar as concentrações plasmáticas do estrogênio.
Substâncias que sofrem conjugação substancial, como por exemplo, o paracetamol, podem aumentar a biodisponibi-lidade do estradiol pela inibição competitiva do sistema de conjugação durante a absorção.
A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos níveis circulantes de estradiol.
O uso de esteroides sexuais pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática, tiroidiana, adrenal e renal, níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina de ligação a corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas, parâmetros do metabolismo de carboidratos, da coagulação e fibrinólise. As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial normal.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
7. cuidados de armazenamento do medicamentoConservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade do medicamento a partir da data de fabricação é de 24 meses.
Características físicas e organolépticas:
Comprimido revestido na cor azul, circular, biconvexo e sem vinco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
A contracepção hormonal deve ser interrompida quando a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) for iniciada e, se necessário, a paciente deve ser orientada a adotar medidas contraceptivas não hormonais.
Pacientes histerectomizadas podem iniciar o uso de INTRAFEM® a qualquer momento.
Se a paciente apresentar útero intacto e ainda estiver menstruando, o tratamento deve ser iniciado dentro dos primeiros cinco dias da menstruação, com um regime combinado de INTRAFEM® e um progestógeno.
Em pacientes amenorreicas, ou com períodos menstruais muito pouco frequentes ou na pós-menopausa, o tratamento pode ser iniciado com um regime combinado em qualquer tempo, desde que seja excluída a existência de gravidez.
Se a paciente estiver mudando de outra TRH, deve completar o ciclo com o medicamento em uso antes de iniciar a terapia com INTRAFEM®.
Deve ser ingerido um comprimido revestido diariamente de 2 mg.
Cada cartela contém comprimidos revestidos para 28 dias de tratamento. O tratamento é contínuo, ou seja, a próxima cartela deve ser iniciada imediatamente sem intervalo de pausa entre o término de uma cartela e o início de outra. – Regime combinado:
Para mulheres com útero intacto, recomenda-se o uso de um progestógeno apropriado durante 10–14 dias a cada 4 semanas (TRH combinada sequencial ou cíclica) ou conjuntamente com cada comprimido revestido de estrogênio (TRH combinada contínua).
A paciente deve ser adequadamente orientada por seu médico sobre o regime combinado de administração, a fim de facilitar e assegurar o uso correto pela paciente.
Os comprimidos revestidos devem ser ingeridos com um pouco de líquido.
Os comprimidos revestidos devem ser ingeridos preferencialmente no mesmo horário todos os dias.
Se ocorrer esquecimento da ingestão de um comprimido revestido no horário habitual, a paciente deve tomá-lo assim que possível. Se houver transcorrido mais de 24 horas, não se deve ingerir um comprimido revestido adicional. Caso haja esquecimento de vários comprimidos revestidos, pode ocorrer sangramento.
Informações adicionais para populações especiais
– Crianças e adolescentes: INTRAFEM® não é indicado para o uso em crianças e adolescentes.
– Pacientes idosas: não existem dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosas.
– Pacientes com disfunção hepática: INTRAFEM® não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção hepática. INTRAFEM® é contraindicado em mulheres com presença ou histórico de tumores hepáticos e com doença hepática grave (vide “CONTRAINDICAÇÕES”). Para mulheres com insuficiência hepática, é necessária supervisão cuidadosa e em caso de deterioração dos marcadores da função hepática, o uso de TRH deve ser interrompido (vide “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
– Pacientes com disfunção renal: INTRAFEM® não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção renal.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. reações adversas
9. reações adversasAs reações adversas mais graves associadas à TRH estão listadas em “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
A tabela abaixo relata as reações adversas que foram observadas em usuárias de TRH classificadas por sistema cor-póreo (MedDRA SOCs).
Classificação por sistema corpóreo | Comum (> 1/100 a < 1/10) | Incomum (> 1/1.000 a < 1/100) | Rara (< 1/1.000) |
Distúrbios no sistema imunológico | reação de hipersensibilidade | ||
Distúrbios metabólicos e nutricionais | aumento de peso corporal, diminuição de peso corporal | ||
Distúrbios psiquiátricos | estados depressivos | ansiedade, aumento da libido, diminuição da libido | |
Distúrbios no sistema nervoso | cefaleia | vertigem | enxaqueca |
Distúrbios nos olhos | distúrbios visuais | intolerância a lentes de contato | |
Distúrbios cardíacos | palpitações | ||
Distúrbios gastrintestinais | dor abdominal, náusea | dispepsia | distensão abdominal, vômito |
Distúrbios cutâneos e nos tecidos subcutâneos | erupção cutânea, prurido | eritema nodoso, urticária | hirsutismo, acne |
Distúrbios musculoesque-léticos e nos tecidos conec-tivos | cãibras musculares | ||
Distúrbios no sistema reprodutivo e nas mamas | sangramento uterino/vaginal, incluindo gotejamento | dor nas mamas, hipersensibilidade dolorosa nas mamas | dismenorreia, secreção vaginal, sín-drome semelhante à pré-menstrual, aumento das mamas |
Distúrbios gerais e condições no local de administração | edema | fadiga |
Foi utilizado o termo MedDRA (versão 8.1) mais apropriado para descrever uma determinada reação e seus sinônimos e condições relacionadas.
Em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar os sintomas de angi-oedema (vide “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Em estudos epidemiológicos, TRH apenas com estrogênio ou com a combinação de estrogênio-progestógeno foram associados com risco levemente aumentado de câncer de ovário. O risco pode ser mais relevante com o uso prolongado (durante vários anos) (vide “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseEstudos de toxicidade aguda não indicaram risco de reações adversas agudas em caso de ingestão inadvertida de uma quantidade múltipla da dose terapêutica diária.
A superdose pode causar náuseas e vômitos e, em algumas mulheres, sangramento por privação.
Não existe um antídoto específico e o tratamento deve ser sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS-1.2675.0384
Farm. Resp.: Dr. Carlos Alberto Fonseca de Moraes
CRF-SP n° 14.546
Registrado por: NOVA QUÍMICA FARMACÊUTICA S/A
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08
Bairro Chácara Assay
Hortolândia/SP – CEP: 13186–901
CNPJ: 72.593.791/0001–11
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Fabricado e embalado por: EMS S/A
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