Bula do profissional da saúde - indapamida TORRENT DO BRASIL LTDA
Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE
Cada comprimido revestido de liberação prolongada de indapamida contém: indapamida................................................................................................................... 1,5 mg
Excipientes: lactose monoidratada, amido, hipromelose, dióxido de silício, estearato de magnésio, macrogol e dióxido de titânio.
Este medicamento é destinado ao tratamento da hipertensão arterial essencial.
2. resultados de eficácia
Os benefícios clínicos da indapamida no tratamento da hipertensão arterial foram demonstrados através de vários estudos clínicos, desde o lançamento do produto no mercado.
Em estudo multicêntrico com 562 pacientes com hipertensão leve a moderada sem tratamento ou não controlados no tratamento anterior, foi realizado monitoramento da pressão arterial durante 32 horas através de MAPA (monitoramento ambulatorial da pressão arterial) durante 15 dias nos quais os pacientes receberam placebo ou combinação com anti-hipertensivo não diurético. Após dois meses de tratamento ativo com indapamida 1,5 mg, um segundo monitoramento por MAPA foi realizado por 32 horas após a última administração de indapamida 1,5 mg em pacientes que se mostraram responsivos ou normalizados pela avaliação da pressão arterial convencional. A pressão arterial sistólica e diastólica ambulatorial na linha de base (M0) e após tratamento (M2) foi comparada. A completa eficácia anti-hipertensiva por 24 horas de indapamida e sua segurança de uso após 2 meses foi confirmada neste estudo, além da confirmação de um efeito anti-hipertensivo contínuo por até 32 horas.
Referência Bibliográfica: Jaillon, P.; Asmar, R.: Thirty-two hour ambulatory blood pressure monitoring for assessment of blood pressure evolution in case of missed dose of Indapamide SR 1,5 mg. J Hypertens 2001; 19 (suppl.2): P3.177/ pg S234
Em meta-análise de um total de 72 estudos (envolvendo 9094 pacientes) para avaliação da redução de pressão arterial sistólica com diferentes anti-hipertensivos, exceto furosemida ou espironolactona. De todas as alternativas terapêuticas avaliadas, indapamida teve a maior redução de pressão arterial sistólica. As classes terapêuticas avaliadas apresentaram um efeito de magnitude similar na pressão arterial diastólica. A indapamida se mostrou como o medicamento mais efetivo para redução mais significativa da pressão arterial sistólica entre 2 e 3 meses de tratamento, o que é um elemento essencial na otimização da prevenção cardiovascular em pacientes hipertensos.
Referência Bibliográfica: Baguet, J.P, ET AL: A meta-analytical approach of the efficacy of antihypertensive drugs in reducing blood pressure. Am J Cardiovascular Drugs 2005: 5 (2); 131140 pp. 1175–3277
Estudo randomizado, com 3.845 pacientes com 80 anos ou mais e com uma pressão arterial sistólica sustentada em 160 mmHg ou mais, avaliou a administração de tratamento com indapamida ou placebo.
Após dois anos de tratamento, a pressão arterial enquanto sentado foi 15,0/6,1 mmHg menor no grupo de tratamento ativo do que no grupo placebo. Em uma análise de intenção de tratar ITT (Intention to Treat) o grupo tratado com indapamida apresentou uma redução de 30% da taxa de AVC (acidente vascular cerebral) fatal ou não fatal (intervalo de confiança de 95% [IC], –1 a 51; P = 0,06); uma redução de 39% na taxa de mortalidade por AVC (IC de 95 %, 1 a 62; P = 0,05); uma redução de 21% da taxa de mortalidade por qualquer causa (95% IC, 4 a 35; P = 0,02); uma redução de 23% da taxa de mortalidade por causas cardiovasculares (95% IC, –1 a 40; P=0,06); e uma redução de 64% na taxa de insuficiência cardíaca (95% IC, 42 a 78; P < 0,001). No grupo de tratamento com indapamida foram relatados menos eventos adversos graves (358 Contra 448 no grupo placebo; P = 0,001).
Referência: Beckett, et al: Treatment of Hypertension in patients 80 years of age or older. N. Engl. J. Med. 2008, 358.
3. características farmacológicas
Mecanismo de ação:
A indapamida é um derivado da sulfonamida com um anel indólico, farmacologicamente relacionada aos diuréticos tiazídicos, que age inibindo a reabsorção do sódio ao nível do segmento de diluição cortical. A indapamida aumenta a excreção urinária de sódio e cloretos e, em menor escala, a excreção de potássio e magnésio, aumentando assim a diurese e tendo sua ação anti-hipertensiva.
Efeitos farmacodinâmicos:
Os estudos de Fases II e III demonstraram, em monoterapia, um efeito anti-hipertensivo que se prolonga por 24 horas em doses onde suas propriedades diuréticas são mínimas. Esta atividade anti-hipertensiva é demonstrada por uma melhora do tônus arterial e uma diminuição das resistências periféricas totais e arteriolares.
A indapamida reduz a hipertrofia do ventrículo esquerdo.
Os tiazídicos e diuréticos relacionados possuem um efeito terapêutico em platô acima de uma determinada dose, enquanto que os efeitos adversos continuam a aumentar. A dose não deve ser aumentada se o tratamento é ineficaz.
Foi também, demonstrado a curto, médio e longo prazo no paciente hipertenso, que a indapamida:
– não interfere no metabolismo lipídico: triglicerídeos, colesterol LDL e colesterol HDL;
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– não interfere no metabolismo de carboidrato, mesmo no paciente diabético hipertenso.
A indapamida é apresentada sob a forma de liberação prolongada, baseada em um sistema matricial no qual a substância ativa é dispersa dentro de um suporte que permite uma liberação sustentada da indapamida.
A fração liberada da indapamida é rápida e totalmente absorvida pelo trato digestivo gastrointestinal. A tomada do produto em conjunto com as refeições aumenta ligeiramente a velocidade de absorção, mas não há influência sobre a quantidade de produto absorvido. O pico sérico, após a administração única, é atingido aproximadamente 12 horas após a tomada. A administração repetida reduz a variação dos níveis séricos entre duas tomadas. Existe variabilidade intraindividual.
A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é de 79%.
A meia-vida de eliminação está compreendida entre 14 e 24 horas (média de 18 horas).
O estado de equilíbrio é atingido após 7 dias.
A administração repetida da indapamida não leva ao acúmulo.
A eliminação é essencialmente urinária (70% da dose) e fecal (22%) sob a forma de metabólitos inativos.
Os parâmetros farmacocinéticos permanecem inalterados nos pacientes com insuficiência renal.
Os testes de mutagenicidade e carcinogenicidade da indapamida foram negativos.
As mais altas doses administradas por via oral em diferentes espécies animais (40 a 8000 vezes a dose terapêutica) demonstraram uma exacerbação das propriedades diuréticas da indapamida. Os principais sintomas dos estudos de toxicidade aguda com uma administração intravenosa ou intraperitonial de indapamida, são relacionados com a atividade farmacológica da indapamida como por exemplo, bradipneia e vasodilatação periférica.
Estudos de toxicidade reprodutiva não demonstraram embriotoxicidade e teratogenicidade.
A fertilidade não foi prejudicada em ratos fêmeas e machos.
4. contraindicações
A indapamida não deve ser utilizada nos casos de:
– Hipersensibilidade a substância ativa, outras sulfonamidas ou a qualquer outro componente da fórmula listados no item composição;
– Insuficiência renal grave;
– Encefalopatia hepática ou insuficiência hepática grave;
– Hipocalemia.
Este medicamento é contraindicado para o uso por crianças.
Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
5. advertências e precauções
5. advertências e precauçõesAdvertências
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Em caso de insuficiência hepática, os diuréticos tiazídicos relacionados podem causar, particularmente em eventos de desequilíbrio eletrolítico, encefalopatia hepática que pode progredir para como hepático. Neste caso, a administração do diurético deve ser suspensa imediatamente.
A ampla experiência clínica desde 1977, quando a indapamida foi lançada no mercado, confirmam que este produto, é muito bem tolerado clínica e metabolicamente. Esta excelente segurança é o maior critério de escolha para pacientes idosos, caracterizados por sua maior suscetibilidade a efeitos adversos. A melhor tolerabilidade com relação a parâmetros hidroeletrolíticos, resultado da redução da indapamida.
Mas como qualquer outro tratamento com diuréticos utilizados neste tipo de paciente, é essencial adaptar o monitoramento ao estado clínico inicial e a doenças intercorrentes.
A natremia deve ser avaliada antes de iniciar o tratamento e depois, em intervalos regulares. Todo tratamento diurético pode provocar uma hiponatremia, com consequências graves. A baixa da natremia pode apresentar-se assintomática, no início. Assim sendo, um controle regular é indispensável e deverá ser feito, mais frequentemente, nos grupos de risco representados pelos idosos e pelos pacientes cirróticos.
Casos de reações de fotossensibilidade foram reportados com tiazídicos e diuréticos tiazídicos relacionados (vide item REAÇÕES ADVERSAS). Se reações de fotossensibilidade ocorrerem durante o tratamento, é recomendado suspender o tratamento. Se a re-administração do diurético é considerada necessária, é recomendado proteger as áreas expostas ao sol ou a raios UVA artificiais.
A indapamida não afeta a vigilância, mas podem ocorrer em determinados pacientes reações individuais relacionadas à diminuição da pressão arterial, especialmente no início do tratamento ou no caso de associação com outro medicamento anti-hipertensivo. Consequentemente a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas pode ser prejudicada.
Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência total de lactase ou má absorção de glicose-galactose não devem administrar este medicamento.
Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
Devido à presença da lactose, este medicamento é contraindicado em casos de galactosemia, síndrome de má absorção de glicose e galactose ou deficiência de lactase.
– Sódio plasmático: deve ser avaliada antes de iniciar o tratamento e depois em intervalos regulares. A queda de sódio plasmático pode apresentar-se assintomática no início e, portanto, um controle regular é indispensável e deverá ser feito, mais frequentemente, nos grupos de risco, representados pelos idosos e pelos pacientes cirróticos (vide itens REAÇÕES ADVERSAS e SUPERDOSE). Todo tratamento diurético pode causar uma hiponatremia e algumas vezes com
consequências graves. Hiponatremia com hipovolemia pode ser responsável por desidratação e hipotensão ortostática. A perda concomitante de íons cloreto pode levar secundariamente a uma alcalose metabólica compensatória: a incidência e o grau desses efeitos são fracos.
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– Potássio plasmático: a depleção de potássio com hipocalemia constitui-se no maior risco dos tiazídicos e diuréticos relacionados. A hipocalemia pode causar distúrbios musculares. Foram notificados casos de rabdomióloise, principalmente no contexto de hipocalemia grave. O risco de surgimento de uma hipocalemia (< 3,4 mmol/L) deve ser prevenido em certas populações de risco, como idosos, pessoas desnutridas e/ou polimedicadas, pacientes cirróticos portadores de edemas e ascite, pacientes com Doença Arterial Coronariana e portadores de insuficiência cardíaca. Nestes casos, a hipocalemia aumenta a toxicidade cardíaca em preparações digitálicas e o risco de arritmias.
Os pacientes que apresentam um intervalo QT prolongado são considerados igualmente como grupo de risco, seja de origem congênita ou iatrogênica. A hipocalemia, assim como a bradicardia, age como um fator favorável ao surgimento de arritmias graves, em particular as “torsades de pointes”, potencialmente fatais.
Em todos estes casos, um monitoramento mais frequente do potássio plasmático torna-se necessário. A primeira avaliação do potássio plasmático deve ser realizada no decorrer da primeira semana de tratamento. A constatação de uma hipocalemia requer a sua correção.
– Cálcio plasmático: os tiazídicos e diuréticos relacionados podem reduzir a excreção urinária do cálcio e ocasionar um aumento pequeno e transitório do cálcio plasmático. Uma hipercalcemia verdadeira pode ser causada por um hiperparatireoidismo não diagnosticado previamente. O tratamento deve ser interrompido antes da investigação funcional da paratireoide.
– Glicemia: o monitoramento da glicemia é importante para os pacientes diabéticos, principalmente na ocorrência de uma hipocalemia.
– Ácido úrico: nos pacientes hiperuricêmicos, pode haver aumento na ocorrência de crises de gota.
– Função renal e diuréticos: os tiazídicos e diuréticos relacionados somente possuem eficácia total quando a função renal está normal ou pouco alterada (creatina < 25 mg/L, isto é, 220 ^mol/L para um adulto). No idoso, a creatinina deve ser ajustada em função da idade, do peso e do gênero do paciente.
A hipovolemia, secundária à perda de água e de sódio induzida pelo diurético no início do tratamento, causa uma redução da filtração glomerular, que pode resultar num aumento das concentrações plasmáticas de ureia e creatinina. Esta insuficiência renal funcional e transitória não traz consequências para os pacientes com função renal normal, mas pode agravar uma insuficiência renal pré-existente.
Deve-se atentar para o fato de que a indapamida é um princípio ativo que pode induzir uma reação positiva nos testes realizados durante o controle antidoping
Sulfonamida ou princípios ativos derivados da sulfonamida podem causar uma reação idiossincrática resultando em efusão coroidal com defeito de campo visual, miopia transitória e glaucoma agudo de ângulo fechado. Os sintomas incluem início agudo de diminuição da acuidade visual ou dor ocular e geralmente ocorrem dentro de horas a semanas após o início do medicamento. O glaucoma agudo de ângulo fechado não tratado pode levar à perda permanente da visão. O tratamento primário é interromper a administração do medicamento o mais rápido possível. Tratamentos médicos ou cirúrgicos imediatos devem ser considerados se a pressão intraocular permanecer descontrolada. Os fatores de risco para o desenvolvimento de glaucoma agudo de ângulo fechado podem incluir uma história de alergia a sulfonamida ou penicilina.
Gravidez:
Não existem dados ou a quantidade é limitada (resultado em menos de 300 grávidas) sobre o uso de indapamida em mulheres grávidas. A exposição prolongada a tiazídicos durante o terceiro trimestre da gravidez pode reduzir o volume plasmático materno, bem como o fluxo sanguíneo uteroplacentário, o que pode provocar isquemia fetoplacentária e atraso no crescimento fetal.
Os estudos em animais não indicam efeitos nocivos direta ou indiretamente em relação à toxicidade reprodutiva (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).
Como medida de precaução, é preferível evitar a utilização de indapamida durante a gravidez.
Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não existe informação suficiente sobre a excreção da indapamida e seus metabólitos no leite humano. Hipersensibilidade a medicamentos derivados de sulfonamidas e hipocalemia podem ocorrer. O risco para os recém-nascidos e lactentes não pode ser excluído.
A indapamida está intimamente relacionada com diuréticos tiazídicos que tem sido associados, durante a amamentação, com a diminuição ou mesmo supressão da lactação.
A indapamida não deve ser utilizada durante a amamentação.
Os estudos de toxicidade reprodutiva não demonstraram efeito na fertilidade em ratos fêmeas e machos (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). Nenhum efeito na fertilidade humana é previsto.
Este medicamento pode causar doping.
6. interações medicamentosas
Aumento dos níveis sanguíneos de lítio acompanhado de sinais de superdosagem, como ocorre durante uma dieta hipossódica (redução na excreção urinária do lítio). No entanto, se o uso de diuréticos for necessário, os níveis sanguíneos de lítio devem ser monitorados com atenção e a dosagem deve ser ajustada.
– Agentes antiarrítmicos da Classe Ia (por exemplo quinidina, hidroquinidina, disopiramida);
– Agentes antiarrítmicos da Classe III (por exemplo amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida, bretílio);
– Alguns antipsicóticos: Fenotiazinas (por exemplo clorpromazina, ciamemazina,
levomepromazina, tioridazina, trifluoperazina), Benzamidas (por exemplo amisulpirida, sulpirida, sultopirida, tiapirida), Butirofenonas (por exemplo droperidol, haloperidol), outro antipsicótico (por exemplo pimozida), outras substâncias (por exemplo bepridil, cisaprida, difemanil, eritromicina IV, halofantrina, mizolastina, pentamidina, esparfloxacina, moxifloxacina, vincamina IV, metadona, astemizol, terfenadina).
Risco aumentado de arritmia ventricular, em particular “torsades de pointes” (a hipocalemia é um fator de risco).
A hipocalemia deve ser monitorada e corrigida, se necessário, antes de iniciar a associação com esta combinação. Deve-se monitorar os sinais clínicos, os eletrólitos plasmáticos e o ECG. Em casos de hipocalemia, utilizar medicamentos sem a desvantagem de causar “torsades de pointes”.
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Medicamentos do tipo AINEs (via sistêmica), incluindo inibidores seletivos da COX-2 e ácido salicilico em doses elevadas (> 3 g/dia).Possível redução do efeito anti-hipertensivo da indapamida.
Risco de insuficiência renal aguda no paciente desidratado (diminuição da filtração glomerular).
Hidratar o paciente; monitorar a função renal no início do tratamento.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA).Risco de hipotensão súbita e/ou insuficiência renal aguda quando se inicia um tratamento com um inibidor da ECA nos pacientes com depleção sódica preexistente (particularmente nos pacientes portadores de estenose da artéria renal).
Na hipertensão arterial essencial, quando uma terapia prévia com diuréticos pode ter ocasionado depleção sódica, é necessário
– Interromper o diurético 3 dias antes de iniciar o tratamento com um inibidor da ECA e reintroduzir um diurético hipocalemiante, se necessário;
– Ou iniciar o tratamento com o inibidor da ECA em doses iniciais baixas e aumentar gradativamente.
Na insuficiência cardíaca congestiva, iniciar o tratamento com uma dose muito baixa do inibidor da ECA, se possível, após redução da dose do diurético hipocalemiante associado.
Em todos os casos, monitorar a função renal (creatinina plasmática) nas primeiras semanas do tratamento com um inibidor da ECA.
Outros agentes hipocalemiantes: anfotericina B (IV), glico e mineralocorticóides (rota sistêmica), tetracosactídeo, laxativos estimulantes:Risco aumentado de hipocalemia (efeito aditivo).
Monitorar o potássio plasmático e, se necessário, proceder à sua correção. Este controle deve ser feito, principalmente, nos casos de tratamento concomitante com digitálicos. Utilizar laxativos não estimulantes.
Baclofeno:Aumento do efeito anti-hipertensivo.
Hidratar o paciente, monitorar a função renal no início do tratamento.
Digitálicos:Hipocalemia que favorece os efeitos tóxicos dos digitálicos.
Monitorar o potássio plasmático e o ECG e, se necessário, ajustar o tratamento.
Alopurinol: Tratamento concomitante com a indapamida pode aumentar a incidência de reações de hipersensibilidade ao alopurinol.
A associação racional, útil para determinados pacientes, não exclui a possibilidade do surgimento de uma hipocalemia ou de uma hipercalemia (particularmente no paciente com insuficiência renal e no diabético).
Monitorar o potássio plasmático e o ECG e, se necessário, reavaliar o tratamento.
Metformina:Risco aumentado de ocorrência de acidose láctica devido à metformina, desencadeada por uma eventual insuficiência renal funcional ligada aos diuréticos e, mais especificamente, aos diuréticos de alça.
Não utilizar a metformina quando os níveis sanguíneos de creatinina ultrapassarem 15 mg/L (135 ^mol/L) no homem e 12 mg/L (110 gmol/L) na mulher.
Produtos de contraste iodados:Em caso de desidratação provocada pelos diuréticos, há um risco aumentado de insuficiência renal aguda, particularmente quando da utilização de doses elevadas de produtos de contraste iodados.
Reidratar o paciente antes da administração do produto iodado.
Antidepressivos semelhantes à imipramina, neurolépticos:Efeito anti-hipertensivo e aumento no risco de hipotensão ortostática (efeito aditivo).
Sais de cálcio:Risco de hipercalcemia pela redução da eliminação urinária do cálcio.
Ciclosporina, Tacrolimus:Risco de aumento dos níveis plasmáticos de creatinina sem modificação das taxas circulantes de ciclosporina, mesmo na ausência de depleção água/sódio.
Corticosteroides, tetracosactídeo (via sistêmica):Diminuição do efeito anti-hipertensivo (retenção de água devido aos corticosteroides).
7. cuidados de armazenamento do medicamento
7. cuidados de armazenamento do medicamentoConservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 36 meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
indapamida 1,5 mg: comprimido revestido, branco a quase branco, redondo, biconvexo e liso em ambos os lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
8. posologia e modo de usarOs comprimidos devem ser ingeridos com copo de água, preferencialmente pela manhã e não devem ser mastigados.
A indapamida é administrada sempre em uma dose única diária.
O aumento da dose não aumenta a ação anti-hipertensiva da indapamida enquanto aumenta seu efeito diurético.
Em casos de insuficiência renal severa (clearance de creatinina abaixo 30 mL/min) o tratamento é contraindicado.
Tiazídico e diuréticos relacionados são totalmente eficazes apenas quando a função renal é normal ou está minimamente debilitada.
Em idosos, a creatinina plasmática deve ser ajustada em relação à idade, peso e gênero. Pacientes idosos podem ser tratados com indapamida quando a função renal é normal ou está minimamente debilitada.
Em casos de insuficiência hepática severa o tratamento é contraindicado.
A indapamida não é recomendada para o uso em crianças e adolescentes devido a falta de dados em segurança e eficácia.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. reações adversas
As reações adversas mais frequentemente relatadas são reações de hipersensibilidade, principalmente dermatológicas, nos pacientes que possuem predisposição as reações alérgicas e asmáticas, e exantema maculopapular. Durante os ensaios clínicos, foi observada hipocalemia (potássio plasmático < 3,4 mmol /L em 10% dos pacientes e 4% dos pacientes < 3,2 mmol/L após 4 a 6 semanas de tratamento). Após 12 semanas de tratamento, a redução média do potássio plasmático foi de 0,23 mmol/L.
A maior parte dos efeitos adversos relacionados aos parâmetros clínicos e laboratoriais são dose-dependentes.
Os seguintes efeitos indesejados foram observados com indapamida durante o tratamento e classificados com a seguinte frequência:
Muito comum (>1/10); comuns (>1/100 e <1/10); incomuns (>1/1.000 e <1/100); rara (>1/10000 e <1/1000); muito rara (<1/10.000); desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Classe de Sistema de Órgãos | Eventos Adversos | Frequência |
Alteração do sistema sanguíneo e linfático | Agranulocitose | Muito rara |
Anemia Aplástica | Muito rara | |
Anemia Hemolítica | Muito rara | |
Leucopenia | Muito rara | |
Trombocitopenia | Muito rara | |
Alterações do metabolismo e nutricionais | Hipercalcemia | Muito rara |
Depleção de potássio com hipocalemia, particularmente grave em certas populações de alto risco (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) | Desconhecida | |
Hiponatremia (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) | Desconhecida | |
Alterações do sistema | Vertigem | Rara |
nervoso | Fadiga | Rara |
Dor de cabeça | Rara | |
Parestesia | Rara | |
Síncope | Desconhecida | |
Alterações Visuais | Miopia | Desconhecida |
Visão turva | Desconhecida | |
Deficiência visual | Desconhecida | |
Glaucoma agudo de ângulo fechado | Desconhecida | |
Efusão coroidal | Desconhecida | |
Alterações Cardíacas | Arritmia | Muito rara |
Torsade de pointes (potencialmente fatal) (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS) | Desconhecida | |
Alterações vasculares | Hipotensão | Muito rara |
Alterações gastrointestinais | Vômito | Incomum |
Náusea | Rara | |
Constipação | Rara | |
Boca seca | Rara | |
Pancreatite | Muito rara | |
Alterações hepatobiliares | Alteração da função hepática | Muito rara |
Possibilidade de surgimento de encefalopatia hepática em casos de insuficiência hepática (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS) | Desconhecida | |
Hepatite | Desconhecida | |
Alterações da pele e tecido subcutâneo | Reações de hipersensibilidade | Comum |
Exantema maculopapular | Comum | |
Púrpura | Incomum | |
Angioedema | Muito rara | |
Urticária | Muito rara | |
Necrólise epidérmica tóxica | Muito rara | |
Síndrome Stevens-Johnson | Muito rara | |
Possível agravamento de lúpus eritematoso agudo disseminado pré-existente. | Desconhecida | |
Reações de fotossensibilidade (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) | Desconhecida | |
Alterações renal e urinária | Insuficiência renal | Muito rara |
Alterações musculoesqueléticas e no tecido conjuntivo | Espasmos musculares | Desconhecida |
Fraqueza muscular | Desconhecida | |
Mialgia | Desconhecida | |
Rabdomiólise | Desconhecida | |
Investigação | Intervalo QT prolongado no Eletrocardiograma (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS) | Desconhecida |
Aumento da glicose no sangue (vide | Desconhecida |
PHRRíTIH
item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) | ||
Aumento do ácido úrico no sangue (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) | Desconhecida | |
Elevação das enzimas hepáticas | Desconhecida |
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseA indapamida não apresentou toxicidade em doses de até 40 mg, ou seja, 27 vezes a dose terapêutica.
Os sinais de intoxicação aguda se traduzem, principalmente, pelas alterações hidroeletrolíticas (hiponatremia, hipocalemia). Clinicamente, existe a possibilidade de ocorrência de náusea, vômito, hipotensão, câimbra, vertigem, sonolência, confusão, poliúria ou oligúria podendo chegar à uma anúria (por hipovolemia).
O tratamento de urgência consiste na eliminação rápida dos produtos ingeridos através de lavagem gástrica e/ou administração de carvão ativo, seguida da restauração do equilíbrio hidroeletrolítico em um centro especializado.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
MS – 1.0525.0067
Farmacêutico Responsável: Dra. Ana Carolina P. Forti – CRF-SP n° 47.244
Fabricado por:
Torrent Pharmaceuticals Ltd.
Baddi- Índia
Importado por:
Torrent do Brasil Ltda.
Av. Tamboré, 1180 – Módulos A3, A4, A5 e A6
Barueri – SP
CNPJ 33.078.528/0001–32
SAC: 0800.7708818
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
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Dados da submissão eletrônica | Dados da petição/notificação que altera bula | Dados das alterações de bulas | |||||||
Data do expediente | N° expediente | Assunto | Data do expediente | N° expediente | Assunto | Data de aprovação | Itens de bula | Versões (VP/VPS) | Apresentações relacionadas |
13/05/2022 | Versão atual | 10452 – GENÉRICO -Notificação de Alteração de Texto de Bula -publicação no Bulário RDC 60/12 | 18/01/2022 | 4508219/21–7 | AFE – Alteração -medicamentos e insumos farmacêuticos -importadora-endereço matriz | 10/02/2022 | VP: iten 8. Quais os males que este medicamento pode me causar? VPS: itens 6. Interações Medicamentosas e 9. Reações Adversas. – Dizeres legais | VP e VPS | Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens contendo 30 comprimidos. |
03/09/2021 | Versão atual | Notificação de Alteração de texto de bula – RDC 60/12 | - | - | - | - | VP: Quando não devo usar este medicamento?, O que devo saber antes de usar este medicamento? Quais os males que este medicamento pode me causar? VPS: Resultados de eficácia, Características farmacológicas, Contraindicações, Advertências e precauções, Interações medicamentosas, Posologia e modo de usar, Reações adversas | VP e VPS | Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens contendo 30 comprimidos. |
15/01/2020 | 0194177/21–1 | Notificação de Alteração de texto de bula – RDC 60/12 | - | - | - | - | VPS: Reações adversas | VPS | Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens contendo 30 comprimidos. |
06/08/2020 | 2601875/20–6 | Notificação de Alteração de texto de bula – RDC 60/12 | - | - | - | - | VPS: Resultados de eficácia | VPS | Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens contendo 30 comprimidos. |
Guia de Submissão Eletrônica de Texto de Bula_v5_13.01.14
20/08/2018 | 0819345/18–2 | Notificação de Alteração de texto de bula – RDC 60/12 | - | - | - | - | VP: Identificação do medicamento, O que devo saber antes de usar este medicamento?, Dizeres legais. VPS: Identificação do medicamento, Interações medicamentosas, Dizeres legais. | VP e VPS | Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens contendo 30 comprimidos. |
27/06/2018 | 0514385/18–3 0514402/18–7 | Alteração na AFE/AE -Responsável técnico | 27/06/2018 | ||||||
17/04/2018 | 0298744/18–9 | Notificação de Alteração de texto de bula – RDC 60/12 | 02/03/2018 | 0160848/18–7 / 0160855/18–0 | Alteração na AFE/AE -Responsável técnico | 02/03/2018 | Dizeres Legais | VP e VPS | Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens contendo 30 e 60 comprimidos. |
26/03/2018 | 1933751/16–5 | Ampliação do prazo de validade | 26/03/2018 | VPS: Cuidados de armazenamento do medicamento. | |||||
19/12/2016 | 2617016/16–7 | Inclusão inicial de texto de bula – RDC 60/12 | – | – | – | – | Atualização de texto de bula conforme bula padrão publicada no bulário. | VP e VPS | Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens contendo 30 e 60 comprimidos. |