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ESPERSON N SANOFI MEDLEY FARMACÊUTICA LTDA. - bula do profissional da saúde

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Bula do profissional da saúde - ESPERSON N SANOFI MEDLEY FARMACÊUTICA LTDA.

1. indicações

ESPERSON N apresenta em sua formulação a desoximetasona, um esteroide tópico de ação anti-inflamatória e antipruriginosa, associado à neomicina, um antibacteriano de amplo espectro eficaz no combate a infecções bacterianas secundárias.

Este medicamento é destinado ao tratamento de dermatoses que devam ser tratadas por corticoides tópicos secundariamente infectadas por bactérias, tais como: eczemas, psoríase, neurodermatite, queimaduras de 1° grau, dermatite solar e outras dermatites infecciosas.

2. resultados de eficácia

A desoximetasona creme de 0,05% foi superior ao placebo em um estudo duplo-cego, de comparação pareadas em 60 pacientes portadores de dermatoses (principalmente eczema crônico, dermatite de contato, dermatite atópica). Os pacientes aplicaram o creme de dois tubos idênticos no lado direito ou esquerdo do corpo três vezes ao dia durante 7 dias. Entre as áreas tratadas com desoximetasona, 68% apresentaram uma melhoria marcada ou desaparecimento completo das lesões em comparação com 32% para o placebo, e os pacientes preferiram desoximetasona (57%) ao placebo (20%). Os efeitos adversos foram limitados a um paciente que sofreu piora das pústulas em ambos os locais de tratamento, e outro paciente que sofreu foliculite leve em ambos os locais de tratamento (Shah et al, 1980).

Em um pequeno ensaio de 2 semanas, duplo-cego, desoximetasona creme 0,25% foi igual ou ligeiramente superior ao valerato de betametasona creme 0,1% no tratamento de dermatite atópica. Avaliação semanal dos sintomas não produziu diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos, porém foi favorável a desoximetasona em relação ao prurido (Lessard & Labelle, 1980).

Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, de 2 semanas, 134 pacientes com psoríase estável ou piorando, desoximetasona creme 0,25% foi superior ao valerato de betametasona 0,1% em creme. Avaliação semanal dos sintomas foi favorável a desoximetasona para eritema, descamação e espessamento. A resposta geral após duas semanas também foi favorável a desoximetasona (Burnett et al, 1978).

A desoximetasona 0,25% e 0,05% formulações creme oleoso foram comparadas com valerato de betametasona creme a 0,1% e hidrocortisona 1% creme em 96 pacientes pediátricos com eczema (Ashton et al, 1987). Neste estudo duplo-cego, de grupo paralelo, os pacientes aplicaram os cremes duas vezes ao dia durante três semanas. Os resultados mostraram que desoximetasona 0,25% produziu a maior melhora nos sinais clínicos e sintomas de eczema. Hidrocortisona a 1% foi o menos efetivo de todos. Valerato de betametasona a 0,1% foi menos eficaz, mas produziu resultados semelhantes a desoximetasona 0,25%. Não foram relatados efeitos colaterais.

Em um estudo clínico com 42 pacientes com dermatoses infectadas, foi avaliadfo o uso de desoximetasona associada a neomicina. O tratamento consistiu na aplicação exclusiva da pomada 2 a 3 vezes ao dia, por no máximo 14 dias. Os resultados foram considerados satisfatórios em 95% dos casos, sem quaisquer manifestações secundárias (Pereira LC, 1979).

Em outro estudo clínico com 40 pacientes com dermatoses infectadas ou sob risco de infecção bacteriana, a associação desoximetasona e neomicina foi avaliada durante 14 dias. Obteve-se 85% de resultados satisfatórios e a tolerância a medicação foi considerada ótima (Furtado T et al, 1979).

O efeito antiproliferativo dos glicocortioóides é atribuível a uma taxa de rotatividade reduzida das células afetadas e a uma taxa reduzida de síntese de DNA. As conseqüências disso são bem conhecidas e incluem, inibição da granulação, fechamento da ferida e proliferação de fibroblastos.

O efeito anti-alérgico dos glicocorticoides deriva da sua ação imunossupressora e sua influência na hipersensibilidade mediada por anticorpos e células.

O efeito imunossupressor dos glicocorticoides é atribuível principalmente à diminuição do número e atividade dos linfócitos (linfócitos T, linfócitos B).

A hipersensibi­lidade mediada por anticorpos é influenciada, entre outros fatores, pela inibição da liberação de substâncias vasoativas (por exemplo, histamina) e a hipersensibilidade mediada por células é influenciada por uma redução na liberação de linfocinas.

O efeito antiinflamatório baseia-se, em parte, na intervenção no metabolismo do ácido araquidónico, juntamente com a formação reduzida de mediadores de inflamação, por exemplo, prostaglandinas e leucotrienos. Por outro lado, os sinais celulares excessivos também são suprimidos para o nível normal.

Para determinar o efeito sistêmico da desoximetasona quando aplicada em uma área grande, 25 g de ESPERSON N foram esfregados em 50% da superfície corporal de sete indivíduos uma vez por dia por um período de 10 dias.

As concentrações plasmáticas de cortisol e a excreção urinária de 17-oxosteroides e 17-hidroxi-corticosteroides foram determinadas antes, durante e após a aplicação. A redução antecipada das concentrações plasmáticas de cortisol e na excreção urinária de 17-oxosteroides e 17-hidroxicorticos­teroides foi detectada durante a aplicação de ESPERSON N.

Estes valores aumentaram novamente após o término do tratamento.

3. características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

A desoximetasona, ingrediente ativo de ESPERSON N, é um corticosteroide altamente ativo especialmente desenvolvido para uso tópico. Tem efeito anti-inflamatório, antialérgico, antiexsudativo, antiproliferativo e antipruriginoso.

O sulfato de neomicina é um antibiótico aminoglicosídeo que exerce seu efeito bactericida através da inibição da síntese de proteína nas células bacterianas susceptíveis. É eficaz contra bacilos gram-negativos e algumas cepas de micro-organismos gram-positivos, mas ineficaz contra a flora intestinal anaeróbica.

Propriedades Farmacocinéticas (desoximetasona)

As investigações foram realizadas após administração sistêmica de desoximetasona em cães e ratos.

Em ratos, a meia-vida da desoximetasona, rotulada como tritium, no sangue foi de 2,3 horas. A excreção foi muito rápida e ocorreu em proporções quase iguais na urina e fezes. Aproximadamente 95% da administração radioativa foi excretada dentro de 24 horas.

A concentração sanguínea em cães reduziu em duas fases com meias-vidas de 4 horas e 3–4 dias. Após 24 horas, as concentrações sanguíneas caíram para 3% a 7% da concentração máxima. Aproximadamente 55% da dose radioativa administrada foi excretada por via renal, com a maior parte sendo eliminada nas primeiras 24 horas.

Em ratos, os principais produtos de excreção isolados na urina foram os metabólitos 6-beta-hidroxidesoxi­metasona (aproximadamente 70%) e 7-alfa-hidroxidexometasona (aproximadamente 20%). Em cães, também a principal substância excretada na urina foi 6-beta-hidroxidesoxi­metasona (aproximadamente 60%). Um metabólito adicional também foi detectado, 6-beta-hidroxi-21-carboxidesoxi­metasona (aproximadamente 35%). Apenas traços de desoximetasona inalterada foram detectados em ambas as espécies.

Em ratos, o principal metabólito 6-beta-hidroxidesoxi­metasona demonstrou atividades timolíticas e anti-inflamatórias significativamente menores que a desoximetasona.

Dados de Segurança Pré-Clínicos (desoximetasona)

Toxicidade Aguda

Durante a aplicação tópica, nenhuma reação de toxicidade foi detectada tanto em ratos quanto em coelhos.

Para determinar a toxicidade oral aguda em ratos, a desoximetasona suspendida em mucilagem de amido foi administrada utilizando um tubo estomacal. Os ratos toleraram a dose máxima oral possível de 20 mL/kg de peso corpóreo de ESPERSON N (equivalente a uma dose do ingrediente ativo de 437,5 mg/kg de peso corpóreo) sem nenhuma reação. Após três semanas de acompanhamento, foi calculada uma LD50 de 1469 (985 a 2152) mg/kg de peso corpóreo. A toxicidade foi caracterizada por ptose, ataxia, espasmos sutis posicionados na lateral.

Camundongos também toleraram a administração de uma dose única oral ou subcutânea de desoximetasona em uma dose de 50 mg/kg de peso corpóreo sem reação (10 animais por grupo, acompanhados durante 7 dias).

Toxicidade Crônica

Após aplicação crônica (20 aplicações para cada categoria de peso corpóreo) na pele de coelhos raspados e/ou com escaras (0,05 g/ 0,15 g/ 0,5 g / 1 g/kg de peso corpóreo) e de cães (0,5 mg/kg de peso corpóreo), as únicas alterações observadas foram aquelas normalmente associadas com corticosteroides (atrofia do timus, aumento do ducto epitelial hepático a aumento do conteúdo de glicogênio).

Após administração oral subcrônica de desoximetasona de ratos, efeitos tipicamente associados com corticosteroides foram observados: retardamento do crescimento corpóreo e involução da adrenal, timus e sistema linfático. Foi mensurado um pequeno aumento no colesterol e uréia no sangue.

Toxicologia de reprodução

As investigações em ratos utilizando desoximetasona em doses de até 0,8 e 2,5 mg/kg de peso corpóreo respectivamente falharam em revelar qualquer falha na fertilidade de machos e fêmeas, gravidez em geral e desenvolvimento perinatal e pós-natal. Em altas doses, o único efeito notado foi um leve retardo no crescimento pós-natal na prole.

Estudos de teratogenicidade com desoximetasona em duas espécies animais (ratos e coelhos) confirmaram os resultados previamente conhecidos para os corticosteroides: a administração durante a gravidez nestes animais levou a um aumento de óbitos intrauterinos e a uma maior taxa de más-formações. A significância destes resultados para o homem não pôde ser esclarecida.

4. contraindicações

ESPERSON N não deve ser utilizado nos olhos (vide “Advertências e Precauções”) e em pacientes com hipersensibilidade conhecida a desoximetasona, sulfato de neomicina, e a outros corticosteroides derivados da betametasona ou a qualquer componente da fórmula.

ESPERSON N contém uma parafina em sua fórmula, que pode causar vazamento ou ruptura de preservativos de látex (camisinha). Portanto, o contato entre ESPERSON N e preservativos de látex deve ser evitado, pois a segurança proporcionada pelo preservativo pode estar prejudicada.

ESPERSON N não deve ser utilizado em reações cutâneas consequentes de vacinações e manifestações cutâneas consequentes à sífilis, tuberculose, infecções virais (por exemplo, varicela), rosácea e dermatite perioral devido ao risco de agravamento.

Gravidez e Lactação

Devido ao risco de absorção sistêmica da desoximetasona, a aplicação tópica de ESPERSON N em áreas extensas é contraindicada durante a gravidez e lactação. Entretanto, se o médico considerar necessário o uso de ESPERSON N, este pode ser aplicado apenas em uma pequena área da pele.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

5. advertências e precauções

O tratamento prolongado (superior a 4 semanas) e em áreas extensas do corpo (superior a 10% da superfície corporal) deve ser evitado, para que não ocorram manifestações sistêmicas decorrentes da utilização do medicamento. Em tais casos, especialmente no uso prolongado, a possibilidade de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal deve ser considerada. Se isto ocorrer, o tratamento deverá ser descontinuado gradualmente.

Ao longo do tempo, a pressão intraocular pode aumentar se pequenas doses de corticosteroides tópicos (incluindo ESPERSON N) repetidamente entrar em contato com a bolsa conjuntival. Por esta razão, a aplicação prolongada de ESPERSON N nos arredores dos olhos deverá ser precedida por uma cuidadosa avaliação risco/benefício e deve somente ser feita sob supervisão médica.

Distúrbio visual pode estar associado com o uso de corticosteroides sistêmico e tópico. Se o paciente apresentar sintomas como visão turva ou outros distúrbios visuais, este deve ser encaminhado a um oftalmologista para uma avaliação das possíveis causas, que podem incluir catarata, glaucoma ou doenças raras como Corioretinopatia Central Serosa (CRCS).

Pode ocorrer absorção sistêmica de corticosteroides tópicos (especialmente quando utilizados por longos períodos, em altas doses, em uso impróprio ou excessivo, em áreas extensas, sob curativo oclusivo). Os riscos associados com a descontinuação repentina após o uso prolongado de corticosteroides são exacerbação ou recorrência da doença subjacente, insuficiência adrenocortical ou síndrome de abstinência de esteroides. O risco pode variar conforme a potência do esteroide. Sinais e sintomas típicos da suspensão de esteroides tópicos são eritema, ardência, descamação da pele, prurido, etc.

Gravidez e lactação

Vide “Contraindicações”. No período de gestação e amamentação o uso de ESPERSON N somente deve ocorrer sob prescrição e controle médico.

Populações especiais

Uso em bebês e crianças com menos de 6 anos

ESPERSON N somente poderá ser utilizado em bebês ou crianças com menos de 6 anos se o médico considerar necessário, já que nesta faixa de idade o risco de efeitos sistêmicos, devido a absorção de corticosteroide, é maior. Se o uso for inevitável, a aplicação deverá ser a mínima dose necessária para o sucesso do tratamento.

Pacientes idosos

Não são conhecidas advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento por pacientes idosos.

6. interações medicamentosas

Não são conhecidas até o momento interações com outros medicamentos.

7. cuidados de armazenamento do medicamento

ESPERSON N deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

Prazo de validade : 18 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Pomada branca a quase branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. posologia e modo de usar

Se possível, ESPERSON N deve ser aplicado suavemente na pele.

Aplicar ESPERSON N 1 a 2 vezes ao dia e em casos mais graves, a critério médico, 3 vezes ao dia. Aplicar pequena quantidade e espalhar pela pele. Após melhora do quadro clínico a dose pode ser reduzida gradativamente.

A aplicação em grandes áreas (superior a aproximadamente 10% da superfície corporal) e terapias prolongadas (período superior a 4 semanas) deverão ser evitadas. Ambos os casos levam a um risco de efeito corticosteroide sistêmico. Adicionalmente, a terapia prolongada está também associada a um risco pronunciado dos efeitos adversos locais.

Não há estudos dos efeitos de ESPERSON N administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via tópica.

Erro de Dosagem

Caso ocorra um pequeno desvio no esquema posológico (por exemplo: aplicação em uma área maior ou em excessiva quantidade, aplicação muito frequente ou um pequeno erro de dosagem) não causará prejuízo ao tratamento.

9. reações adversas

Reação muito comum (> 1/10).

Reação comum (> 1/100 e < 1/10).

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100).

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000).

Reação muito rara (< 1/10.000).

Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados existentes).

As seguintes reações adversas podem ser observadas na região em que o produto foi aplicado: foliculite, hipertricose, acne, hiper ou hipopigmentação, telangiectasias, estrias por distensão, atrofia e maceração da pele

Estes efeitos tópicos ocorrem especialmente quando o tratamento é prolongado ou utiliza-se curativos oclusivos.

ESPERSON N raramente leva a uma reação de hipersensibilidade no local da pele.

Quantidades sistemicamente ativas de desoximetasona podem ser absorvidas se ESPERSON N for usado sobre grandes áreas, por período prolongado ou sob curativos oclusivos (vide “Posologia e Modo de Usar”).

Distúrbios visuais

Desconhecido: visão turva e corioretinopatia.

Distúrbios nutricionais e metabólicos

Desconhecido: hiperglicemia.

Distúrbios endócrinos

Desconhecido: síndrome de abstinência de esteroides.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

10. superdose

Devido à absorção de grande quantidade de desoximetasona podem ocorrer efeitos corticosteroides sistêmicos -particularmente após aplicação de ESPERSON N em grandes superfícies de pele ou por períodos prolongados. Nestes casos, a dosagem deve ser reduzida ou o tratamento interrompido. Caso haja suspeita de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, a descontinuação do tratamento deve ser feita de maneira gradativa.

A neomicina apresenta particular ototoxicidade e nefrotoxicidade. No caso de ingestão acidental de grandes dosagens pode causar náusea, vômito e diarreia.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.