Bula do profissional da saúde - ERITROPOIETINA CHRON EPIGEN INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
CHRON EPIGEN INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA – CNPJ 04.415.365/0001–38
SOLUÇÃO INJETAVEL
Solução injetável, 2.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
Solução injetável, 3.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
Solução injetável, 4.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
Solução injetável, 10.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
ERITROPOIETINA
alfaepoetina
APRESENTAÇÕES:
Solução injetável, 2.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
Solução injetável, 3.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
Solução injetável, 4.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
Solução injetável, 10.000 UI/mL: Embalagem contendo 1, 6, 10 e 20 frascos-ampola com 1mL e 1,6 e 12 seringas preenchidas com 1 mL.
USO INTRAVENOSO OU SUBCUTÂNEO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
COMPONENTES | Quantidade por apresentação | |||
Alfaepoetina | 2.000UI | 3.000UI | 4.000UI | 10.000UI |
Albumina humana | 2,5mg | 2,5mg | 2,5mg | 2,5mg |
Cloreto de sódio | 5,8mg | 5,8mg | 5,8mg | 5,8mg |
Citrato de sódio | 5,8mg | 5,8mg | 5,8mg | 5,8mg |
Ácido cítrico | 0,06mg | 0,06mg | 0,06mg | 0,06mg |
Água para injeção | qsp 1,0mL | qsp 1,0mL | qsp 1,0mL | qsp 1,0mL |
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. indicações
A alfaepoetina (eritropoietina humana recombinante) é indicada para o tratamento de anemia associada à falência renal crônica, anemia em pacientes com câncer tratados com quimioterapia e para a mobilização de hemácias em período peri-operatório em cirurgias eletivas.
2. resultados de eficácia
Foi realizado estudo clínicos, duplo-cego, durante 26 semanas, com grupo controle tratado com placebo, 118 pacientes anêmicos submetidos a diálise com media de hemoglobina de aproximadamente 7g/dL foram tratados com alfaepoetina e Placebo. Ao final do estudo, a hemoglobina média subiu para cerca de 11g/dl nos pacientes tratados com a alfaepoetina e permaneceu inalterado em pacientes que receberam Placebo.
3. características farmacológicas
Farmacodinâmica
A primeira evidência da existência de um regulador da hematopoese surgiu em 1906 quando Carnot e De Flandre demonstraram o aumento na contagem de hemácias em coelhos normais após injeção de plasma de coelhos anêmicos por hemorragia (1). Quase 40 anos depois, Bondsdorff e Jalavisto (2) demonstraram que tal regulador era responsável apenas pelo aumento no número de hemácias circulantes. Dessa forma, introduziram o termo eritropoietina usado até hoje.Em 1950, Reismann demonstrou que hipóxia estimula a produção de eritropoietina (3). Em 1957, Jacobson e colaboradores relataram que o rim é o sítio de produção de eritropoietina (4). Em 1977, esta proteína foi purificada da urina de pacientes com anemia aplásica por Miyake et al (5), enquanto Jacobs et al e Lin et al (6,7) determinaram a seqüência de nucleotídeos do gen da eritropoietina em 1985. Em 1987, Eschbach e Adamson publicaram o primeiro estudo clínico com ertiropoetina em pacientes renais (8). Desde então a eritropoietina tem sido usada com sucesso no tratamento da anemia associada ao câncer, infecção por HIV, artrite reumatóide, mielodisplasia, hemoglobinopatias, gravidez e pós-parto assim como na anemia do prematuro. Além disso, a eritropoietina pode ser utilizada como tratamento adjuvante na transfusão de sangue autólogo (9,10). A Eritropoietina circulante é uma glicoproteína com 165 aminoácidos e alta taxa de glicosilação. O grau de glicosilação da eritropoietina é muito importante visto ser o fator determinante no seu clearance do plasma pelo fígado (12).O Rim, em particular as células intersticiais peritubulares, é o principal sítio de produção de eritropoietina em adultos (13). O fígado é o principal sítio no feto (14). Durante hipóxia severa porém, o fígado contribui com até 33% da eritropoietina produzida nos animais adultos (16).
Baixos níveis de RNA para eritropoietina foram detectados no cérebro e baço de ratos submetidos à hipóxia (17). Estes resultados sugerem um possível papel fisiológico adicional da eritropoietina que não a eritropoese visto que a barreira hemato-ecefálica no cérebro impediria que a eritropoietina encontrasse os progenitores na medula óssea. Eritropoietina protege os progenitores eritróides da morte celular programada (19), permitindo que estes proliferem e se diferenciem em eritrócitos. Redução na tensão de O2 é o estímulo primário à produção de eritropoietina. A eritropoietina exerce seu efeito através da ligação a um receptor específico. Células em um estágio intermediário entre CFU-E e proeritroblasto apresentam o maior número de receptores de eritropoietina (20). Os seguintes eventos ocorrem após a ligação da eritropoietina ao seu receptor: aumento da entrada de cálcio; aumento da fosforilação do receptor e de diversas proteínas intracelulares; aumento da internalização de glicose após 1 hora; aumento do número de receptores de transferrina em 6 horas; aumento da síntese de hemoglobina em 12 horas; síntese de proteínas da membrana de hemácias e enucleação após 12 a 14 horas (22,23).
Farmacocinética
Absorção
Após administração subcutânea, a absorção da alfaepoetina é lenta. A concentração plasmática máxima é atingida em média 18 horas após administração.
Distribuição
O tempo de meia-vida plasmática é de aproximadamente 3 – 20h. A área sob a curva de 0 a 48h após administração subcutânea corresponde a 15% do valor obtido após administração intravenosa de dose equivalente.
Eliminação
Ocorre em média de 4–13 horas após a administração. A meia-vida de eliminação é geralmente maior após as primeiras doses (>7horas) do que depois de duas ou mais semanas de tratamento (6,2 horas após 7 doses e 4,6 horas após 24 doses).
4. contra indicações
A alfaepoetina é contra indicada para pacientes com hipersensibilidade à alfaepoetina ou a qualquer outro componente da fórmula, sensíveis a derivados de células de mamíferos, pessoas com hipertensão e para pessoas com infecções pré-existentes.
Gravidez e Lactação
A segurança da alfaepoetina em grávidas não foi estabelecida. O médico deve avaliar se este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez para verificar se o benefício potencial justificar o risco potencial ao feto. Deve-se tomar cuidado com o uso deste medicamento por mulheres que estejam amamentando, pois não se sabe se a alfaepoetina é excretada no leite humano.
5. advertências e precauções
O hematócrito deve ser monitorado regularmente, uma vez por semana na fase inicial do tratamento e uma vez a cada duas semanas na fase de manutenção, para evitar eritropoese excessiva, o hematócrito não deve ser maior que 36%. O tratamento com alfaepoetina deve ser interrompido se ocorrer eritropoese excessiva.
Os hábitos alimentares devem ser alterados para evitar excesso de potássio. Se ocorrer excesso de potássio, a dose deve ser ajustada de acordo com a recomendação médica.
Atenção deve ser dispensada a pacientes com sintomas como infarto do miocárdio, pulmão, cérebro e manifestações alérgicas.
Deve ser feita a reposição de ferro, caso o nível de ferritina sérica esteja abaixo de 100ng/mL ou a saturação de transferrina esteja menor que 20%. Caso o paciente não responda ou não mantenha resposta à terapia com alfaepoetina, devem ser considerados os possíveis motivos: deficiência de ácido fólico ou vitamina B12, intoxicação por alumínio.
As seringas preenchidas são de dose única, não devendo ser reutilizadas após a administração.
Este medicamento pode causar doping.
6. interações medicamentosas
Não foram observadas evidências de interações medicamentosas entre alfaepoetina e outros fármacos durante os ensaios clínicos.
7. cuidados de armazenamento do
MEDICAMENTO
A alfaepoetina deve ser mantida sob refrigeração (2 – 8°C). Não deve ser congelada. Deve ser protegida da luz. A alfaepoetina tem validade de 24 meses a partir de sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
A alfaepoetina é um líquido transparente e incolor, sem partículas visíveis. Apenas soluções incolores, transparentes devem ser injetadas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
Antes da administração, a solução de alfaepoetina deve ser analisada quanto à presença de partículas visíveis. Apenas soluções incolores, transparentes ou levemente opacas devem ser injetadas. A solução não deve ser agitada. Antes da injeção deve-se aguardar a solução estar à temperatura ambiente. Utilizando técnicas assépticas, deve-se remover o lacre do frasco-ampola contendo a alfaepoetina, inserir uma seringa com agulha estéril no frasco ampola e aspirar o conteúdo desejado. Utilizando técnicas assépticas, deve-se remover o lacre do frasco-ampola contendo alfaepoetina, inserir uma agulha com seringa estéril no frasco -ampola e aspirar o conteúdo desejado. No caso de seringa preenchida deve-se abrir a embalagem externa da seringa preenchida, retirar a proteção de borracha da agulha e ministrar a injeção diretamente por via intravenosa ou subcutânea. A injeção no paciente deve ser lenta para evitar desconforto na área injetada.O material utilizado deve ser descartado de acordo com as exigências locais. Pacientes com falência renal crônica: alfaepoetina deve ser administrada sob supervisão médica através de injeção por via intravenosa ou subcutânea, 2 a 3 vezes na semana. A dose deve ser ajustada de acordo com o grau de anemia, idade e outros fatores relacionados. O tratamento com alfaepoetina é dividido em dois estágios: fase inicial e fase de manutenção. Para a fase inicial, a dose recomendada é de 100–150UI/Kg/semana para pacientes sob hemodiálise e diálise peritoneal contínua e 75–100UI/Kg/semana para pacientes que não estejam sob diálise. A dose pode ser elevada de 15–30UI/Kg quatro semanas após o início da terapia se o aumento do hematócrito tiver sido inferior a 0,5% por semana. Porém, o aumento máximo na dose não deve exceder 30UI/Kg semanal e o hematócrito não deve exceder 36%.Para a fase de manutenção, a dose deve corresponder a 2/3 da dose inicial tão logo o hematócrito atinja 30–33% ou a hemoglobina atinja 100–110g/L. O hematócrito deve ser monitorado a cada 2–4 semanas para que estes parâmetros sejam mantidos em um nível apropriado. Recomenda-se injeção intravenosa aos pacientes sob diálise e subcutânea aos pacientes sob diálise peritoneal e aqueles que não estejam sob diálise. Mobilização peri-cirúrgica de hemácias: Pacientes com cirurgia programada, apresentando hemoglobina entre 100–130g/L devem receber 150UI/Kg de alfaepoetina por via subcutânea, 3 vezes por semana, iniciando 10 dias antes da cirurgia até 4 dias após. alfaepoetina pode aliviar a anemia associada com a cirurgia, reduzir a necessidade de transfusões peri-cirúrgicas e corrigir a anemia pós-cirúrgica. Suplemento férrico deve ser administrado para evitar a falta de ferro. Pacientes com câncer sob quimioterapia: O tratamento com alfaepoetina não é recomendado a pacientes com níveis endógenos de eritropoietina superiores a 200mUI/mL. Pacientes com níveis endógenos basais inferiores respondem mais vigorosamente ao tratamento que pacientes com níveis superiores. A dose inicial recomendada é de 150UI/Kg/aplicação, por via subcutânea, 3 vezes por semana durante 4 a 8 semanas. Se a resposta não for satisfatória (não reduzir a necessidade de transfusões ou aumentar o hematócrito após 8 semanas de terapia) a dose de alfaepoetina pode ser elevada até 200UI/kg/aplicação, 3 vezes por semana. Se o hematócrito exceder 40%, a dose de alfaepoetina deve ser interrompida até que o hematócrito alcance 36%. A dose de alfaepoetina deve ser reduzida em 25% quando o tratamento for recomeçado e ajustada para manter o hematócrito desejado. O aumento na dose deve ser interrompido quando o hematócrito exceder 40% ou o aumento deste exceder 4% em um período de duas semanas.