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DYSPORT BEAUFOUR IPSEN FARMACÊUTICA LTDA - bula do profissional da saúde

Dostupné balení:

Bula do profissional da saúde - DYSPORT BEAUFOUR IPSEN FARMACÊUTICA LTDA

Modelo de Texto de Bula para Profissionais de Saúde
DYSPORT®

(toxina botulínica A) Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda.

Pó liófilo injetável

300 U

500 U

DYSPORT®

toxina botulínica A

RESERVADO PARA USO HOSPITALAR OU CLÍNICA MÉDICA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

DYSPORT® somente deverá ser aplicado por especialistas experientes que tenham recebido orientação e

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. indicações

DYSPORT® está indicado para o tratamento de:

distonia cervical/torcicolo espasmódico; blefaroespasmo; espasmo hemifacial; hiperidrose axilar e palmar em adultos; linhas faciais hiperfuncionais, incluindo linhas glabelares ou latero-cantais; espasticidade de membros superiores e/ou inferiores em pacientes adultos pós-AVC; deformidade em pé equino espástico em pacientes adultos com espasticidade pós-AVC; deformidade em pé equino dinâmico em pacientes pediátricos portadores de paralisia cerebral, com capacidade de deambulação (e idade superior a dois anos).

2. resultados de eficácia

DYSPORT® (toxina botulínica A) possui extensa literatura sobre suas aplicações terapêuticas. Representa recurso inestimável no tratamento da espasticidade, limitações e dor que acompanham o quadro clínico, incluindo os casos pediátricos (idade igual ou superior a dois anos) de deformidade em pé equino dinâmico. É recurso amplamente documentado na terapia da hiperidrose e das linhas faciais hiperfuncionais, com poucos eventos adversos. Tem boa duração de ação, com efeitos reversíveis. Embora método simples, requer domínio técnico.

A toxina botulínica A (TBA) tem sido considerada como tratamento de escolha do torcicolo espasmódico (distonia cervical). Os resultados dos estudos clínicos com DYSPORT®, envolvendo mais de 1.000 pacientes mostram que houve redução máxima na dor intensa ou moderada de até 73% nos grupos tratados com até 1.000 U, comparado com 33% de resposta com placebo. Um estudo duplo-cego comparativo com triexifenidil4 mostrou que todos os pacientes tratados com DYSPORT® apresentaram melhora, com resultados significantemente melhores que os pacientes tratados com triexifenidil, nas escalas Tsui (p<0,001) e Toronto Westerns (TWSTRS) (p<0,01). Um estudo duplo-cego, randomizado, cruzado comparou DYSPORT® e outra TBA utilizando os escores de Tsui e de TWSTRS, os resultados mostraram que DYSPORT® foi significantemente mais eficaz, tanto na melhora da distonia cervical quanto na dor, com um efeito mais duradouro, embora apresentasse incidência um pouco maior de eventos adversos.5,6 Jan­kovic J (2006)7 , em um estudo de revisão e atualização, concluiu que a TBA preveniu contraturas e outras complicações da doença, como alterações degenerativas secundárias da coluna cervical e radiculopatias. Em longo prazo (pacientes tratados por até 20 anos), a duração da resposta se manteve, com mínimo risco de imunorresistência por anticorpos.

A TBA vem sendo utilizada com sucesso no tratamento de blefaroespasmo e espasmo hemifacial com boa eficácia e segurança. Em um conjunto de 12 estudos clínicos, 875 pacientes com blefaroespasmo e 507 com espasmo hemifacial receberam DYSPORT®, por até 16 cursos de tratamento, durante 3 a 4 anos. Em blefaroespasmo , houve melhora completa ou parcial em 91% dos pacientes, com duração consistente do efeito por 10–11 semanas. No espasmo hemifacial , verificou-se redução de 75% nos movimentos anormais, que duraram em média 15 semanas. Truong D e cols. (2008) 8 analisaram, em estudo multicêntrico, randomizado de larga escala, os efeitos do DYSPORT® (40, 80, 120 U/olho) no blefaroespasmo essencial benigno bilateral, com melhora dos danos funcionais e redução da frequência e intensidade dos espasmos faciais versus grupo controle. Em nosso meio, Schellini AS e cols. (2006)9 relataram melhora significativa do espasmo hemifacial e do blefaroespasmo em 91% dos pacientes (p<0,0001). A maioria dos pacientes não apresentou reações adversas. Lasalvia CGG e cols. (2006) analisaram os custos do tratamento do blefaroespasmo essencial benigno (BEB) e do espasmo hemifacial (EH) com DYSPORT® e concluíram que o procedimento possui excelente custo-benefício e promove melhora funcional significativa. O tratamento com a TBA também melhora significativamente a qualidade de vida e reduz a intensidade dos sintomas de depressão no blefaroespasmo­.10,11

Na hiperidrose palmar primária , um estudo duplo-cego, randomizado, comparativo de DYSPORT® com outra TBA, por via intradérmica, mostrou melhor performance de DYSPORT® no controle da sudorese (teste de Minor) em relação à basal (-78,6%; p=0,0002) do que a outra TBA (-56,6%; p=0,003) ao final do mês 1. Ao final do mês 3, os resultados permaneceram significantes (DYSPORT®-69,4% vs. basal; outra TBA –48,8% vs. basal). A duração dos efeitos positivos foi similar nos dois grupos: 17 semanas com DYSPORT® e 18 semanas com a outra TBA. Os eventos adversos locais foram mais frequentes com DYSPORT®.12 Ta­larico-Filho S e cols. (2007)13 compararam DYSPORT® e outra TBA na hiperidrose axilar primária em um estudo duplo-cego, randomizado. Cada paciente recebeu 150 U de DYSPORT® em uma axila e 50 U de outra TBA na axila contralateral, sendo quantificada a sudorese pelo teste de Minor e gravimetria nos dias 0 e 15, ao final de 1 mês e de 1 ano. Após 1 mês, a taxa de sudorese foi reduzida em

média de 97,7% para a outra TBA e de 99,4% para DYSPORT®, sem diferença estatística. A duração dos benefícios foi em média de 260 dias para a outra TBA e de 290 dias para DYSPORT®. Resultados similares foram reportados por outros pesquisadores.

Uma revisão sobre o uso da TBA na espasticidade ,14 abrangendo 50 estudos duplo-cegos e 150 estudos abertos, verificou que a toxina é parte importante do tratamento, além de segura e bem tolerada. Observou-se melhora dos movimentos ativos e passivos em 70 e 76% dos casos, respectivamente. A melhora funcional causada pela injeção é mais provável nos pacientes com alguma preservação do binômio musculatura agonista/anta­gonista. Os efeitos duram de 3 a 9 meses. As vantagens da injeção intramuscular de TBA para o tratamento da espasticidade incluem ausência de comprometimento sensorial, capacidade de atingir grupamentos musculares específicos, controle gradual destes músculos e poucos efeitos adversos. A média de eficácia em tratamentos prolongados foi de 65%, embora condições específicas como distonia focal de mãos demonstrem eficácia média de 83,5%. A melhora da dor, independente da função motora, foi reportada em 82,7% dos pacientes.

Na deformidade em pé equino dinâmico por espasticidade, em pacientes pediátricos com paralisia cerebral e deambulantes, DYSPORT® deve ser reservado a crianças maiores de 2 anos de idade e a centros hospitalares especializados, com equipe treinada. A redução do tônus ocorre, geralmente, dentro de 3 dias, e persiste por 2–4 meses. São apontadas melhoras relevantes e duradouras quando a aplicação da TBA é associada a outros tratamentos, como a fisioterapia.

De modo global, a experiência clínica e os estudos clínicos com uso de TBA para rejuvenescimento facia l têm confirmado sua eficácia e segurança em longo prazo. Nas linhas hiperfuncionais , a TBA inibe a exocitose da acetilcolina por 3 a 12 meses, dependendo do tecido alvo. Baixas doses de toxina são usadas para suavizar as linhas faciais hipercinéticas; isto é especialmente útil no terço superior da face. Blitzer A e cols. (1997) 15 verificaram, em um estudo com 210 sítios faciais hiperfuncionais e 162 pacientes, que o efeito da toxina foi notado 24 a 72 horas após a injeção (com 95% de melhora cosmética) e persistiu por 3 a 6 meses. Bulstrode e Grobbelaar (2002),16 em um estudo prospectivo em pacientes com linhas hiperfuncionais com um seguimento de um a três anos, demonstraram intervalos ideais de 3 a 6 meses. Os resultados de um estudo sobre uso de TBA como tratamento das linhas verticais periorais mostraram a suavização destas linhas, preenchimento/e­versão dos lábios, e que 72% dos pacientes continuaram o tratamento.17 O re­juvenescimento da pele do pescoço com a aplicação de TBA é uma modalidade de tratamento minimamente invasiva, segura e eficaz, sendo alternativa ideal à ritidectomia (Brandt e Boker, 2004).18 Além disso, a toxina pode ser usada para corrigir o chamado “sorriso gengival”, bem como a assimetria do maxilar e da linha plastimal após ritidectomia.

As referências bibliográficas estão relacionadas ao final dessa bula.

3. características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Relaxantes Musculares de Ação Periférica. Código ATC: M03AX01.

A toxina botulínica A (ou TBA) é uma endotoxina produzida por esporos germinativos e células em crescimento da bactéria Clostridium botulinum. É um dos mais potentes entre sete tipos imunologicamente distintos de neurotoxinas.

DYSPORT® (toxina botulínica A) é um complexo de toxina-hemaglutinina botulínica tipo A isolada e purificada de culturas de Clostridium botulinum. A hemaglutinina é uma proteína pesada, que estabiliza a toxina e não possui efeito terapêutico. A TBA é uma proteína composta de uma cadeia pesada e uma cadeia leve, ligadas através de ligações dissulfídicas (S-S). Liga-se às terminações pré-sinápticas do sistema nervoso central e inibe a liberação de acetilcolina mediada pelo íon cálcio dos nervos motores, levando a paralisia flácida dos músculos afetados. Após injeção intramuscular ou subcutânea, não se espera a sua presença no sangue periférico em níveis mensuráveis. As quantidades de neurotoxina administradas em cada sessão terapêutica não resultam, normalmente, em manifestações clínicas sistêmicas à distância, como fraqueza muscular, em pacientes sem outra disfunção neuromuscular.

Modo de ação

A toxina botulínica A (ou TBA) é classificada como agente paralisante da função neuromuscular. O complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum bloqueia a transmissão periférica colinérgica na junção neuromuscular através da ação pré-sináptica, em sítio proximal à liberação de acetilcolina. A toxina age dentro dos

terminais nervosos, antagonizando eventos mediados pelo Ca2+, e que culminam na liberação do transmissor. A TBA não afeta a transmissão pós-ganglionar colinérgica ou simpática.

A ação da toxina inicia-se por rápida e intensa ligação à membrana do neurônio pré-sináptico. A seguir, ocorre o processo de internalização, em que a toxina atravessa a membrana pré-sináptica, ainda sem causar paralisia. Finalmente, a toxina inibe a liberação de acetilcolina mediada pelo Ca2+, diminuindo assim o potencial final da placa e provocando a paralisia.

A recuperação da transmissão do impulso ocorre gradualmente quando novos terminais nervosos se desenvolvem e é restabelecido contato com a placa motora – um processo que requer de 6 a 8 semanas em modelos animais.

No tratamento das linhas glabelares, o efeito clínico se desenvolve 48 horas após a aplicação. O efeito máximo ocorre um mês após a aplicação e o tempo de ação varia de 3 a 7 meses aproximadamente. Os resultados dos estudos clínicos demonstraram consistentemente a eficácia de DYSPORT® na redução da intensidade das linhas glabelares.

Propriedades Farmacocinéticas

Estudos farmacocinéticos com TBA em modelos animais, apresentam dificuldades de realização devido à alta potência, às pequenas doses envolvidas, ao elevado peso molecular do composto (150 kDa) e à dificuldade de marcar a toxina para produzir uma atividade específica suficientemente elevada. Estudos usando toxina marcada com I125 mostraram que a ligação ao receptor é específica e saturável, e a alta densidade dos receptores da toxina é um fator que contribui para sua potência elevada. Estudos em macacos demonstraram que, em doses baixas, houve início de efeito entre 2 e 3 dias, observando-se efeito máximo 5 a 6 dias após a injeção. A duração da ação, medida através de alterações do alinhamento ocular e da paralisia muscular, variou entre 2 semanas e 8 meses. Este modelo é observado também no homem, sendo atribuído ao processo de ligação, internalização e mudanças na junção neuromuscular.

4. contraindicações

DYSPORT® está contraindicado para indivíduos com hipersensibilidade conhecida à toxina botulínica A ou a qualquer outro componente da formulação.

Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.

5. advertências e precauções

Proporcionali­dade: tal como se aplica aos agentes biológicos em geral, não é possível estabelecer com exatidão uma proporcionalidade entre as diferentes neurotoxinas botulínicas (TBA) comercializadas. Como as apresentações comerciais de TBA têm diferentes dimensões, pesos moleculares, envoltórios proteicos, formas de armazenamento, diluição, comportamento farmacocinético e doses de administração, as unidades são específicas para cada toxina, e expressam unidades de potência específicas de cada preparação. Evidências sugerem que a proporcionalidade convencionalmente empregada no passado para a TBA 500 U Speywood (razão de 3:1 ou maior) possa ser inadequada e excessiva, porquanto motivada por estudos com amostras populacionais não significativas, e que proporcionalidades entre 1,5 e 2,5:1 poderiam ter maior respaldo clínico. Ademais, evidências sugerem maior duração de efeitos para a apresentação de TBA de 500 U, ainda demandando estudos de porte. O consenso atual é que as apresentações comercialmente disponíveis não são comparáveis por qualquer algoritmo específico, e que a avaliação médica e a resposta clínica individual devem orientar a terapêutica.19–25

A eficácia e a segurança de DYSPORT® dependem do armazenamento adequado do medicamento, seleção correta da dose e técnicas apropriadas de reconstituição e administração, vide Posologia e Modo de usar.

Uma avaliação cautelosa deve ser feita antes de nova aplicação em pacientes que apresentaram reação alérgica prévia. Os riscos de nova reação alérgica devem ser avaliados frente aos benefícios esperados para o tratamento. Como qualquer outro medicamento de origem biológica, a aplicação de DYSPORT® pode provocar reações anafiláticas. Por isso, devem estar disponíveis as medicações para combatê-las.

Foram relatados eventuais efeitos adversos resultantes da distribuição dos efeitos da toxina para locais distantes do local de administração. Os pacientes tratados com doses terapêuticas podem apresentar fraqueza muscular excessiva. O risco de ocorrência de tais efeitos indesejáveis pode ser reduzido não se excedendo a dose recomendada e pelo uso da menor dose eficaz.

DYSPORT® deve ser usado com cautela e sob cuidadosa supervisão em pacientes com evidências subclínicas ou clínicas de deficiência na transmissão neuromuscular (e.g. miastenia grave). Tais pacientes podem apresentar sensibilidade aumentada a toxina botulínica A, que pode resultar em fraqueza muscular excessiva.

Pacientes idosos (> 65 anos): A experiência clínica não identificou diferenças na resposta entre pacientes idosos e pacientes adultos jovens. Em geral, pacientes idosos devem ser observados para avaliar sua tolerabilidade ao DYSPORT®, devido à maior frequência de risco de quedas, doença concomitante e outras terapias medicamentosas.

Ensaios clínicos controlados com placebo, em que pacientes foram tratados para espasticidade dos membros inferiores, 6,3% e 3,7% sofreram queda no grupo DYSPORT® e no grupo placebo, respectivamente.

DYSPORT® deve ser administrado com cautela a pacientes com problemas respiratórios ou de deglutição, pois estes problemas podem piorar se a toxina atingir os músculos relevantes. Broncoaspiração ocorreu em raros casos, e é um risco em pacientes portadores de patologia respiratória crônica. Nesses pacientes, o tratamento deve ser administrado sob controle de um especialista e apenas se o benefício esperado para o tratamento superar o risco.

Os pacientes e seus cuidadores devem ser alertados sobre a necessidade de tratamento médico imediato em caso de problemas respiratórios, de deglutição ou fala.

Foram relatados casos muito raros de óbito, ocasionalmente num contexto de disfagia, pneumopatia e/ou em pacientes com astenia significativa, após o tratamento com toxina botulínica A ou tipo B.

Foram relatados casos de secura nos olhos com o uso de DYSPORT® no tratamento de linhas glabelares e latero-cantais, blefarospasmo e espasmo hemifacial (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). Pode ocorrer produção reduzida de lágrimas, piscar reduzido e distúrbio da córnea com o uso de toxinas botulínicas, incluindo DYSPORT®

Para o tratamento de pacientes com paralisia cerebral, DYSPORT® somente deve ser usado a partir de 2 anos de idade. A posologia e a frequência de administração recomendadas para DYSPORT® não devem ser ultrapassadas.

Raramente foi observada formação de anticorpos contra a toxina botulínica em pacientes em uso de DYSPORT®. Clinicamente, a existência de quantidades significativas de anticorpos neutralizantes pode ser presumida pela deterioração substancial da resposta terapêutica e/ou pela necessidade constante de aumento das doses.

Os médicos que fizerem uso de DYSPORT® em seus pacientes devem conhecer profundamente a anatomia e a fisiologia neuromuscular, bem como estar a par de quaisquer alterações anatômicas que potencialmente podem ocorrer após procedimentos cirúrgicos anteriores. Devem conhecer técnicas-padrão de eletromiografi­a (EMG).

É essencial conhecer a anatomia facial do paciente antes de administrar DYSPORT® para correção de linhas glabelares. Deve ser considerada a possibilidade de assimetria facial, ptose, dermatocalasia excessiva, cicatrizes, bem como quaisquer alterações em relação a essa anatomia como resultado de intervenções cirúrgicas prévias.

Os pacientes a serem tratados quanto a linhas hiperfuncionais na região glabelar devem ser cuidadosamente avaliados e desencorajados a prosseguir com o tratamento caso as linhas hiperfuncionais não sejam causadas pela contratura dos músculos subjacentes.

Recomenda-se que o frasco-ampola de DYSPORT® seja usado para tratar um único paciente, durante uma única sessão. Qualquer resíduo remanescente do produto que não tenha sido utilizado deve ser descartado. Precauções específicas devem ser tomadas para o preparo e a administração do produto, inativação e descarte de qualquer solução reconstituída não utilizada.

Tal como outras toxinas botulínicas, este produto contém uma pequena quantidade de albumina humana. O risco de transmissão de infecção viral não pode ser excluído com absoluta certeza, no caso do uso de sangue humano ou derivados.

Nos casos de hiperidrose, antes do inicio do tratamento, deve-se considerar causas secundárias, como menopausa, obesidade, uso de drogas (e.x. antidepressivos), distúrbios endócrinos (e.x. hipoglicemia, hipertiroidismo, feocromocitoma), distúrbios neurológicos com desregulação autonômica e psiquiátricos (e.x. fobia social).

O uso de DYSPORT® em pacientes com insuficiência hepática ou renal não costuma demandar redução de dose.

Como qualquer injeção intramuscular, DYSPORT® deve ser usado somente quando estritamente necessário em pacientes com tempo de sangramento prolongado, infecção ou inflamação local na área a ser injetada. Cuidados especiais devem ser tomados nos pacientes portadores de coagulopatia ou em uso de anticoagulantes.

Deve-se ter cautela quando DYSPORT® for utilizado em músculos que apresentam fraqueza ou atrofia excessiva.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e usar máquinas: há um risco potencial de fraqueza muscular ou distúrbios visuais que, se ocorrer, pode temporariamente prejudicar a capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Gravidez, lactação e fertilidade

Categoria de risco na gravidez C – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Existem dados de segurança limitados quanto ao uso do complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum em mulheres grávidas. Estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos durante a gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal, a não ser os relacionados com a intoxicação materna causada por altas doses. Não existem dados clínicos sobre o efeito de DYSPORT® na fertilidade.

DYSPORT® só deve ser usado por mulheres grávidas se o benefício esperado do tratamento justificar qualquer risco potencial ao concepto. A prescrição a mulheres grávidas deve ser feita com extrema cautela.

Não se sabe se o complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum é excretado através do leite humano. Não foi estudada a excreção deste complexo através do leite, em animais. Não é recomendado o uso durante a lactação.

Não existem dados clínicos sobre a utilização de DYSPORT® e seu efeito na fertilidade. Não há evidência de efeito direto de DYSPORT® na fertilidade em estudos com animais.

Dados de segurança pré-clínica :

Os estudos de toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos tratados com complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum – através de uma injeção intramuscular diária, em doses de 79 unidades/kg e 42 unidades/kg (em ratos e coelhos, respectivamente), não resultaram em toxicidade embrionária/fetal. Foi observada toxicidade materna grave, associada à perda do implante embrionário, com doses mais elevadas, em ambas as espécies. O complexo não demonstrou atividade teratogênica em ratos e coelhos, e nenhum efeito foi observado no pré- e pós-natal na geração F1 de ratos. A fertilidade dos machos e fêmeas foi comprometida devido à redução do acasalamento, secundária à paralisia muscular, em doses elevadas.

Em um estudo de toxicidade crônica realizado em ratos com até 12 unidades/animal, não houve evidência de toxicidade sistêmica. Efeitos na reprodução e na toxicidade crônica dos estudos não clínicos limitaram-se a alterações nos músculos injetados, em linha com o mecanismo de ação do complexo.

Em um estudo de toxicidade juvenil, os ratos tratados semanalmente a partir da idade de desmame no dia 21 pós-natal até 13 semanas de idade (comparáveis a crianças de 2 anos de idade) até a idade adulta jovem (11 administrações por 10 semanas, até a dose total de aproximadamente 33U/kg) não mostraram efeitos adversos no crescimento pós-natal (incluindo avaliação esquelética), desenvolvimento reprodutivo, neurológico e neuro-comportamental.

Não houve irritação ocular após a administração do complexo em olhos de coelhos.

6. interações medicamentosas

Os efeitos da toxina botulínica A podem ser potencializados por fármacos que interfiram direta ou indiretamente com a função neuromuscular e, portanto, tais medicamentos devem ser usados com precaução em pacientes tratados com toxina botulínica.

Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. A alimentação não interfere nos efeitos de DYSPORT®.

7. cuidados de armazenamento do medicamento

Cuidados de conservação : Conservar entre +2 °C e +8 °C (sob refrigeração). Não congelar.

Uma vez que o produto não contém um agente antimicrobiano, sob o ponto de vista microbiológico, é recomendado que o produto seja usado imediatamente após a reconstituição. Entretanto, após o preparo, se mantido sob refrigeração (entre +2 °C e +8 °C), o produto mantêm sua estabilidade por até 24 horas. O medicamento reconstituído não deve ser congelado. Recomenda-se que o batoque do frasco de DYSPORT® seja perfurado apenas uma vez, pois este componente não foi projetado para penetrações repetidas da agulha.

Prazo de validade : 24 meses contados a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas : Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

DYSPORT® é apresentado como um pó liófilo branco, cujos grânulos são sólidos, uniformes e sem corpos estranhos. Após reconstituição com solução salina 0,9% (soro fisiológico) obtém-se um líquido claro e incolor.

O frasco-ampola de DYSPORT® não contém vácuo, apenas um gradiente diferencial de pressão mínimo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. posologia e modo de usar

As unidades Speywood são exclusivas para DYSPORT® e não são intercambiáveis com outras preparações contendo toxina botulínica.

Vias de administração: Intramuscular ou subcutânea. O uso de outra via de administração que não seja a intramuscular ou subcutânea poderá causar transtornos neuromusculares graves.

DYSPORT® deverá ser reconstituído com solução salina 0,9% (soro fisiológico), conforme descrito nas Tabelas de Diluição abaixo, de acordo com a técnica do profissional e a clínica do paciente.

Tabela de Diluição de DYSPORT® 300 U e concentrações resultantes:

Volume de Diluição (300 U)

Concentração (U/0,1 mL)

0,6 mL

50 U/ 0,1 mL

1,0 mL

30 U/ 0,1 mL

1,2 mL

25 U/ 0,1 mL

1,5 mL

20 U/ 0,1 mL

2,0 mL

15 U/ 0,1 mL

3,0 mL

10 U/ 0,1 mL

Tabela de Diluição de DYSPORT® 500 U e concentrações resultantes:

Volume de Diluição (500 U)

Concentração (U/0,1 mL)

1,0 mL

50 U/ 0,1 mL

2,0 mL

25 U/ 0,1 mL

2,5 mL

20 U/ 0,1 mL

3,0 mL

16,6 U/ 0,1 mL

Instruções de uso:

A porção central da tampa de borracha deve ser limpa com álcool imediatamente antes de inserir a agulha estéril. Cada frasco-ampola tem capacidade máxima de 3 mL.

Instruções de descarte:

A toxina botulínica A é muito suscetível ao calor e certos produtos químicos. Qualquer derramamento deve ser limpo usando um material absorvente embebido em solução de hipoclorito diluída (no caso de produto liofilizado ou superfície seca) ou com material absorvente seco (no caso de produto reconstituído). Se um frasco-ampola

quebrar, proceder como indicado acima. Recolher cuidadosamente os cacos de vidro e limpar, evitando qualquer corte na pele. Se o produto entrar em contato com a pele, lavar com solução de hipoclorito diluída e enxaguar abundantemente com água. Se o produto entrar em contato com os olhos, enxaguar abundantemente com água ou solução de enxágue específica para olhos. Todos os materiais contaminados devem ser devidamente descartados.

Insuficiência renal: não é relevante uma vez que o medicamento é administrado localmente e não sofre metabolismo sistêmico.

Insuficiência hepática: não é relevante uma vez que o medicamento é administrado localmente e não sofre metabolismo sistêmico.

Espasticidade de membros superiores e/ou membros inferiores em adultos e membros inferiores em crianças acima de 2 anos – orientações gerais

A dose em sessões de tratamento inicial e sequencial deve ser adaptada ao indivíduo com base no tamanho, número e localização dos músculos envolvidos, gravidade da espasticidade, presença de fraqueza muscular local, resposta do paciente ao tratamento anterior e/ou histórico de eventos adversos. Embora a localização real dos locais de injeção possa ser determinada por palpação, recomenda-se o uso de uma técnica guiada de orientação de injeção, como eletromiografia, estimulação elétrica ou ultrassom para direcionar os locais de injeção. A dose inicial deve ser reduzida se houver evidências que sugiram risco de fraqueza excessiva dos músculos alvo, como por exemplo, pacientes em que os músculos alvo são pequenos ou em que foram administradas injeções em outros grupos musculares. A melhora clínica pode ser esperada dentro de duas semanas após o tratamento. As injeções podem ser repetidas a cada 12 a 16 semanas, ou conforme necessário para manter resposta adequada, mas não mais frequentemente do que a cada 12 semanas.. Crianças: A segurança e a eficácia de DYSPORT® no tratamento da espasticidade de membros inferiores e superiores pós-AVC não foram demonstradas em crianças. Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular. Não se deve administrar mais do que 1 ml (adultos) e 0,5 ml (crianças) em qualquer local de injeção única

a) Espasticidade de membros inferiores (incluindo pós-AVC)

Posologia: A dose recomendada é de até 1.500 unidades Speywood no total, distribuídas entre os músculos gastrocnêmio e sóleo, embora injeções no músculo tibial posterior e outros também possam ser consideradas. A dose máxima administrada não deve exceder 1.500 unidades.

A tabela a seguir exemplifica doses para outros grupos musculares, se clinicamente adequado:

Doses usuais de DYSPORT®

[Essas doses podem ser diminuídas

injetadas em músculos dos membros inferiores

ou aumentadas em função dos fatores já mencionados ]

Músculo

Doses recomendada de Pontos de Aplicação

DYSPORT®

Gastrocnêmio

Cabeça medial*

100 – 450 U

1 – 3

Cabeça lateral*

100 – 450 U

1 – 3

Sóleo*

300 – 550 U

2 – 4

Tibial Posterior

100 – 250 U

1 – 3

Flexor Longo dos Artelhos

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Curto dos Artelhos

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Longo do Hálux

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Curto do Hálux

50 – 100 U

1 – 2

Adutor Magno

100 – 300 U

1 – 3

Adutor Longo

50 – 150 U

1 – 2

Adutor Curto

50 – 150 U

1 – 2

Grácil

100 – 200 U

1 – 3

Isquiotibiais

100 – 400 U

1 – 3

Reto Femoral

100 – 400 U

1 – 3

Glúteo Máximo

100 – 400 U

1 – 2

Glúteo Mínimo

120 – 180 U

1

A dose máxima total por sessão de tratamento é 1500 U ________________

* Grupo muscular alvo primário para o tratamento da espasticidade do tornozelo.

b) Espasticidade de membros superiores (incluindo pós-AVC)

Posologia: A dose recomendada é de até 1.000 unidades Speywood, distribuídas entre os cinco músculos a seguir: flexor profundo dos dedos (FDP), flexor superficial dos dedos (FDS), flexor ulnar do carpo (FCU); flexor radial do carpo (FCR) e bíceps braquial (BB). A dose máxima administrada não deve exceder 1.000 unidades.

Todos os músculos, exceto o bíceps braquial (BB), podem ser injetados em um único ponto. O bíceps, porém, pode ser injetado em dois pontos. A distribuição da dose recomendada (em unidades Speywood) está relacionada abaixo:

BB

FDP

FDS

FCU

FCR

Total

300 – 400

150

150 – 250

150

150

1.000

Doses superiores a 1000 U e até 1500 U podem ser administradas quando os músculos do ombro também são injetados. Doses superiores a 1500 unidades de DYSPORT® não foram investigadas para o tratamento da espasticidade do membro superior em adultos.

A melhora clínica pode ser esperada dentro de duas semanas após a injeção. A maioria dos pacientes em estudos clínicos foi retratada entre 12 e 16 semanas; no entanto, alguns pacientes tiveram uma duração mais longa de resposta, ou seja, 20 semanas. O grau e padrão de espasticidade muscular no momento da reinjeção pode necessitar de alterações na dose de DYSPORT® e nos músculos a serem injetados.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular. A tabela a seguir exemplifica doses para outros grupos musculares, se clinicamente adequado:

Doses usuais de DYSPORT® injetadas em músculos dos membros superiores [ Essas doses podem ser diminuídas ou aumentadas em função dos fatores já mencionados ]

Músculos Injetados

Doses recomendadas de DYSPORT® (U)

Pontos de Aplicação

Grande Dorsal

150 – 300U

2 – 3

Peitoral Maior*

150 – 300U

1 – 2

Redondo Maior

90 – 150U

1

Redondo Menor*

60 – 120 U

1

Deltoide*

150 – 300 U

1 – 2

Bíceps Braquial

200 – 400 U

2 – 4

Tríceps Braquial

150 – 300U

2 – 3

Braquiorradial

100 – 200 U

1

Braquial

200 – 400 U

2 – 4

Subescapular

150 – 300U

2 – 3

Pronador Redondo

100 – 200 U

1

Pronador Quadrado

60 – 90 U

1

Flexor Ulnar do Carpo

100 – 200 U

1 – 2

Extensor do Punho*

30 – 100U

1 – 2

Flexor Radial do Carpo

100 – 200 U

1 – 2

Palmar Longo*

60 – 150U

1 – 2

Flexor Superficial dos Dedos

100 – 200 U

1 – 2

Flexor Profundo dos Dedos

100 – 200 U

1 – 2

Flexor Longo do Polegar

100 – 200 U

1

Oponente do Polegar

30 – 60 U

1

Adutor do Polegar

25 – 50 U

1

Intrínsecos da Mão

(Lumbricais – por músculo)

15 – 20 U

1

A dose máxima total por tratamento é 1000U, ou 1500 U se a aplicação for feita nos músculos do ombro

* Músculos pouco injetados.

c) Espasticidade na paralisia cerebral pediátrica

Posologia:

A dose total máxima de DYSPORT® administrada por sessão de tratamento não deve exceder 15 U/kg para injeções unilaterais de membros inferiores ou 30 U/kg para injeções bilaterais. Além disso, a dose total de DYSPORT® por sessão de tratamento não deve exceder 1000 unidades ou 30 U/kg, o que for menor. A dose total administrada deve ser dividida entre os músculos espásticos afetados do(s) membro(s) inferior(es). Quando possível, a dose deve ser distribuída em mais de 1 local de injeção em qualquer músculo isolado. Não mais do que 0,5 ml de DYSPORT® devem ser administrados em qualquer local de injeção.

Dose de DYSPORT® por Músculo para Espasticidade do Membro Inferior Pediátrico

Músculo

Faixa de Dose Recomendada por músculo por perna (U/kg de peso corporal)

Número de locais de injeção por músculo

Distal

Gastrocnêmio

5 a 15 U/kg

Até 4

Sóleo

4 a 6 U/kg

Até 2

Tibial posterior

3 a 5 U/kg

Até 2

Proximal

Isquiotibiais

5 a 6 U/kg

Até 2

Adutores de quadril

3 a 10 U/kg

Até 2

Dose Total

Até 15 U/kg/perna, se injetada apenas nos músculos distais, apenas nos músculos proximais ou multinível (músculos distais e proximais)

A maioria dos pacientes em estudos clínicos foi retratada entre 16 e 22 semanas; no entanto, alguns pacientes tiveram uma duração de resposta mais longa, ou seja, 28 semanas. O grau e padrão de espasticidade muscular no momento da reinjeção pode necessitar de alterações na dose de DYSPORT® e nos músculos a serem injetados.

Distonia cervical / Torcicolo espasmódico, espasmo hemifacial e blefaroespasmo – orientações gerais

As injeções podem ser repetidas a cada 12 semanas (espasmo hemifacial e blefaroespasmo) a 16 semanas (distonia cervical/torcicolo espasmódico), ou conforme necessário para manter resposta adequada, mas não mais frequentemente do que a cada 12 semanas. Crianças: A segurança e a eficácia de DYSPORT® no tratamento do torcicolo espasmódico, blefaroespasmo e espasmo hemifacial não foram demonstradas em crianças.

d) Distonia cervical / Torcicolo espasmódico

Posologia: As doses recomendadas para torcicolo são aplicáveis a adultos de todas as idades desde que com peso normal e sem nenhuma evidência de perda de massa muscular cervical. Uma dose reduzida pode ser apropriada se o paciente estiver claramente abaixo do peso ou em idosos nos casos em que possa existir massa muscular reduzida.

A dose inicial recomendada para o tratamento de torcicolo espasmódico é de 500 unidades Speywood por paciente, dividida e administrada nos dois ou três músculos distônicos do pescoço.

Para o torcicolo rotacional recomenda-se distribuir as 500 unidades, administrando-se 350 unidades no músculo esplênio da cabeça, ipsilateral à direção da rotação queixo/cabeça, e 150 unidades no músculo esternocleido­mastoideo, contralateral à rotação.

Para laterocolo, recomenda-se distribuir as 500 unidades administrando-se 350 unidades no músculo esplênio da cabeça ipsilateral e 150 unidades no músculo esternocleido­mastoideo. Nos casos associados à elevação do ombro, os músculos trapézio ipsilateral ou elevador da escápula podem também requerer tratamento, de acordo com a hipertrofia do músculo ou com a eletromiografia (EMG). Quando forem necessárias injeções em três músculos,

recomenda-se distribuir as 500 unidades como a seguir: 300 unidades no esplênio da cabeça, 100 unidades no esternocleido­mastoideo e 100 unidades no terceiro músculo.

Para retrocolo, recomenda-se distribuir as 500 unidades, administrando-se 250 unidades em cada um dos músculos esplênios da cabeça. Isto pode ser seguido por injeções bilaterais no trapézio (até 250 unidades por músculo) após 6 semanas, se a resposta for insuficiente. As injeções bilaterais no esplênio podem aumentar o risco de fraqueza muscular do pescoço.

Todas as outras formas de torcicolo são altamente dependentes de conhecimento especializado e uso da EMG para identificar e tratar os músculos mais afetados. A EMG deve ser usada como diagnóstico em todas as formas complexas de torcicolo, quando não ocorrerem os resultados esperados, em casos não complexos, e para orientar injeções nos músculos profundos, em pacientes com sobrepeso, nos quais os músculos do pescoço são difíceis de individualizar.

Na administração subsequente, as doses podem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica e os efeitos adversos observados. São recomendadas doses na faixa de 250 a 1.000 unidades, embora doses mais elevadas possam ser acompanhadas por um aumento de reações adversas, particularmente disfagia. Não são recomendadas doses acima de 1.000 unidades.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular.

e) Blefaroespasmo e espasmo hemifacial

Posologia: Adultos e idosos:

Em um estudo clínico de avaliação de dose de DYSPORT® para tratamento de blefaroespasmo essencial benigno, a dose de 40 unidades por olho foi significativamente efetiva.

Doses de 80 unidades e 120 unidades por olho resultaram em maior duração do efeito terapêutico. Porém, a incidência de eventos adversos relacionados, particularmente ptose palpebral, é maior com o aumento da dose. Para o tratamento de blefaroespasmo e espasmo hemifacial, a dose máxima administrada não deve exceder 120 unidades por olho.

Injeções de 10 unidades administradas medialmente e 10 unidades administradas lateralmente devem ser realizadas na junção entre a região pré-septal e orbital de ambos os músculos orbiculares superiores (3 e 4) e inferiores (5 e 6) dos olhos. A fim de reduzir o risco de ptose como complicação, deve ser evitada a injeção próxima ao elevador da pálpebra superior.

Para injeções na pálpebra superior, a agulha deve ser direcionada para fora de seu centro, para evitar o músculo elevador. Um diagrama para ajudar na aplicação destas injeções é fornecido acima. Pode-se esperar que o alívio dos sintomas comece dentro de dois a dez dias após a injeção, com efeito máximo dentro de duas semanas.

Em tais administrações subsequentes, caso a resposta ao tratamento inicial seja considerada insuficiente, a dose administrada em cada olho pode ser aumentada conforme descrito a seguir: 60 unidades (10 unidades administradas medialmente e 20 unidades administradas lateralmente); 80 unidades (20 unidades administradas medialmente e 20 unidades administradas lateralmente) ou até 120 unidades (20 unidades administradas medialmente e 40 unidades administradas lateralmente) acima e abaixo de cada olho da maneira previamente descrita. Injeções em locais adicionais no músculo frontal acima da sobrancelha (1 e 2) também podem ser realizadas se espasmos nesta região interferem com a visão.

Nos casos de blefaroespasmo unilateral, as injeções devem ser restritas ao olho afetado. Pacientes com espasmo hemifacial devem ser tratados tal como no blefaroespasmo unilateral. As doses recomendadas são aplicáveis aos adultos de todas as idades incluindo os idosos.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção subcutânea medial e lateralmente, na junção entre as regiões pré-septal e orbital de ambos os músculos orbiculares superiores e inferiores dos olhos.

Hiperidrose axilar e palmar, linhas faciais hiperfuncionais, linhas latero-cantais moderadas a graves, linhas horizontais na região frontal – orientações gerais

Crianças: a segurança e a eficácia do uso de DYSPORT® em crianças ainda não foram demonstradas. O uso de DYSPORT® não é recomendado para o tratamento de linhas faciais em pacientes com menos de 18 anos de idade. A necessidade de novas aplicações deverá ser determinada em bases individuais, mas não mais frequentemente que a cada 12 semanas.

f) Hiperidrose axilar

Posologia: Adultos e idosos: A dose inicial recomendada é de 100 unidades Speywood por axila. Caso o efeito desejado não seja obtido, podem ser administradas até 200 U por axila em injeções subsequentes. A área a ser injetada deve ser previamente identificada pelo teste iodo-amido de Minor. Após assepsia local, delimitam-se 10 pontos. São, administradas 100 unidades por axila (ou seja, 10 unidades por ponto delimitado), por via intradérmica. O efeito máximo é esperado dentro de duas semanas após a injeção. Em muitos casos, a dose recomendada proporcionará uma supressão adequada da secreção de suor por aproximadamente 48 semanas.Há evidências sugerindo um possível efeito cumulativo de doses repetidas, de modo que o intervalo entre cada tratamento deve ser avaliado individualmente. A dose máxima administrada não deve exceder 200 unidades por axila.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intradérmica, conforme descrito acima. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 23 ou 25.

g) Hiperidrose palmar

Posologia: Adultos e idosos: Para hiperidrose palmar, a dose total utilizada por palma é de 120 unidades Speywood, distribuídas em 6 a 25 diferentes pontos de injeção subcutânea, sendo 10 unidades por ponto.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intradérmica, nas áreas hiperidróticas previamente determinadas. Usam-se agulhas estéreis de calibre 26. Alguns estudos não usaram anestesia local prévia, outros usaram resfriamento local da palma, ou bloqueio dos nervos medial ou ulnar para minimizar a dor.

h) Linhas faciais hiperfuncionais

Para o tratamento de linhas faciais hiperfuncionais, DYSPORT® deve ser reconstituído, conforme detalhado nas Tabelas de Diluição. O médico deverá julgar a dose ideal baseando-se na clínica do paciente.

Linhas glabelares moderadas a graves

Posologia: A dose recomendada é de 50 unidades de DYSPORT®, que deve ser dividida em 5 pontos de injeção. Dez unidades devem ser administradas por via intramuscular em cada um destes 5 pontos: duas injeções em cada músculo corrugador e uma injeção no músculo prócero, próxima ao ângulo nasofrontal, conforme mostrado no diagrama abaixo.

Remover a maquiagem e desinfetar a pele com um antisséptico local. Marcos anatômicos podem ser mais facilmente identificados se o paciente franzir a testa. Antes da injeção, posicionar o polegar ou indicador abaixo da margem orbital, a fim de evitar extravasamento para a região abaixo da margem orbital. As injeções intramusculares devem ser aplicadas perpendicularmente à pele, utilizando uma agulha estéril de calibre 29–30. A agulha deve ser posicionada de forma ascendente e medialmente durante a injeção. A fim de reduzir o risco de ptose, deve-se evitar injeção próxima ao elevador da pálpebra superior, particularmente em pacientes com grandes complexos do depressor do supercílio. Injeções no corrugador lateral devem ser aplicadas ao menos 1 cm acima da crista óssea supra-orbital.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular, conforme descrito acima.

Linhas latero-cantais moderadas a graves

Posologia:

Pacientes com até 50 anos: A dose recomendada é de 30 unidades de DYSPORT® para cada região ocular, e que deve ser dividida em 3 pontos de aplicação (10 unidades por ponto; dose total de 60 unidades, considerando ambos os olhos). A injeção deve ser lateral (ângulo de 20–30°) à pele e muito superficial. Todos os pontos de injeção devem estar na parte externa do músculo orbicular do olho e suficientemente longe da borda orbital (aproximadamente 1 –2 cm da borda orbital externa como mostrado abaixo).

Pacientes acima de 50 anos: A dose recomendada é de 45 unidades de DYSPORT® para cada região ocular e que deve ser dividida em 3 pontos de aplicação (15 unidades por ponto; dose total de 90 unidades, considerando ambos os olhos).

Todos os pacientes: Remover a maquiagem e desinfetar a pele com um antisséptico local. As injeções intramusculares no orbicular devem ser aplicadas perpendicularmente à pele.

Em cada um dos 3 pontos devem ser administradas de 10 U (em pacientes com até 50 anos) a 15 U (em pacientes com 50 anos ou mais). Os pontos de aplicação devem estar todos a, no mínimo, 1,5 cm do canto lateral da órbita, e

1 cm acima da borda orbital. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 30.

Deve-se pedir que o paciente sorria. As injeções devem ser administradas no sentido do extremo exterior das linhas latero-cantais – em direção lateral, perpendicular às linhas latero-cantais. Deve-se tomar cuidado para evitar a injeção próxima à margem inferior do músculo zigomático maior. Deve-se advertir o paciente para não esfregar a área injetada nas 12 horas seguintes ao tratamento.

Linhas horizontais da região frontal

Posologia: Adultos e idosos: Recomendam-se 30 a 45 U para tratamento parcial, e de 60 a 80 U para paralisia total. Uma linha imaginária é traçada horizontalmente através da fronte entre os supercílios e a linha de implante do cabelo. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 30. Injetam-se 6 U em cada ponto, podendo iniciar na linha vertical que passa sobre cada pupila. Duas injeções adicionais (mesmas doses) são aplicadas entre estes dois sítios, de forma que se produzam pelo menos 4 pontos equidistantes nesta linha horizontal. Massagear com firmeza estes pontos.

De um modo geral, no tratamento de linhas faciais, um efeito significativo tem início dentro de 7 a 14 dias, atingindo um máximo em um mês e persistindo por 3 a 4 meses após a injeção de DYSPORT®.

As injeções poderão ser repetidas, de acordo com a resposta clínica, a cada 16 semanas, aproximadamente, sendo recomendável um intervalo mínimo de 3 meses entre cada aplicação.

9. reações adversas

As reações adversas e os eventos adversos são classificadas de acordo com a sua freqüência, primeiro as mais freqüentes, usando os seguintes parâmetros:

Frequência

Parâmetros

> 1/10 (> 10%)

Muito comum

> 1/100, < 1/10 (> 1% e <10%)

Comum (frequente)

> 1/1000, < 1/100 (> 0,1% e <1%)

Incomum (infrequente)

> 1/10.000, < 1/1000 (> 0,01% e < 0,1%)

Rara

< 1/10.000 (> 0,001%)

Muito rara

Desconhecida

Não é possível estimar a partir dos dados disponíveis

Gerais

Nos pacientes tratados com DYSPORT®em uma série de estudos clínicos para blefaroespasmo, espasmo hemifacial, torcicolo espasmódico, espasticidade associada à paralisia cerebral ou AVC, hiperidrose axilar ou linhas faciais hiperfuncionais, aproximadamente 25% experimentaram um evento adverso.

Reações adversas a DYSPORT® estão relacionadas, em geral, à fraqueza temporária da musculatura adjacente, que pode ser minimizada mediante uso das mínimas doses eficazes, nos respectivos grupamentos.

Distúrbios do sistema nervoso

Rara: amiotrofia neurálgica

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Incomum: prurido

Rara: erupções cutâneas

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comuns: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reações no local da injeção (dor, hematoma)

Os seguintes eventos adversos, geralmente de intensidade leve e moderada, foram observados nos pacientes tratados com DYSPORT® para as seguintes indicações:

Espasticidade de membros inferiores pós-AVC

Distúrbios gastrointestinais

Comum: disfagia

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular nos membros inferiores, mialgia

Distúrbios urinários e renais

Incomum: incontinência urinária

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (dor, hematomas, erupção cutânea, prurido)

Lesão, envenenamento e complicações no procedimento

Comum: lesão acidental/quedas

Espasticidade de membros superiores pós-AVC

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (por exemplo, dor, eritema, inchaço etc.)

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular, dor musculoesquelética, dor nas extremidades

Distúrbios gastrointestinais

Incomum: disfagia

A frequência da disfagia foi derivada de dados agrupados de estudos abertos. Disfagia não foi observada nos estudos duplo-cegos na indicação AUL (membro superior adulto).

Tratamento sintomático da espasticidade focal que afeta o membro superior e inferior em adultos

Ao tratar ambos os membros superiores e inferiores concomitantemente com DYSPORT® em uma dose total de até 1500 U, não há achados de segurança além daqueles esperados do tratamento dos membros superiores ou dos músculos dos membros inferiores isoladamente.

Espasticidade parcial da paralisia cerebral (PC) pediátrica

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular nos membros inferiores, mialgia

Distúrbios renais e urinários

Comum: incontinência urinária

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: marcha anormal, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (dor, eritema, hematomas, etc.), fadiga

Incomum: astenia

Lesão, envenenamento e complicações no procedimento

Comum: lesão acidental/quedas

Torcicolo espasmódico

Distúrbios do sistema nervoso

Comuns: cefaléia, vertigem, fraqueza do músculo facial

Distúrbios oculares

Comuns: visão turva, acuidade visual reduzida

Incomum: diplopia, ptose

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Comuns: disfonia, dispnéia

Raro: aspiração

Distúrbios gastrointestinais

Muito comuns: disfagia, boca seca

Incomum: náusea

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Muito comum: fraqueza muscular

Comuns: dor no pescoço, dor musculoesquelética, mialgia, dor nas extremidades, rigidez musculosquelética Incomum: atrofia muscular, distúrbio da mandíbula

A disfagia parece ser relacionada à dose e foi mais frequente após a injeção no músculo esternocleido­mastoideo.

Recomenda-se uma dieta leve, e cuidado com líquidos, até a resolução dos sintomas.

Blefaroespasmo e espasmo hemifacial

Distúrbios do sistema nervoso

Comum: fraqueza do músculo facial

Incomum: paralisia facial

Distúrbios oculares

Muito comum: ptose

Comuns: diplopia, secura dos olhos, lacrimejamento

Rara: oftalmoplegia

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Comum: edema palpebral

Rara: entrópico

Reações adversas podem ocorrer devido a injeções profundas ou injeções posicionadas incorretamente de DYSPORT®, paralisando temporariamente outros grupos musculares próximos.

Hiperidrose axilar

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Comum: sudorese compensatória, erupção cutânea

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Incomum: reações no local da injeção * (por exemplo, dor, hematomas, prurido, edema)

* Foram observadas reações no local da injeção durante a vigilância pós-comercialização na indicação de hiperidrose axilar.

Hiperidrose palmar

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Sudorese compensatória, rash

Distúrbios gerais e reações no local de injeção

Podem ocorrer fraqueza dos músculos adjacentes e dor, hematomas, prurido, edema no local da aplicação da injeção.

Tratamento de linhas faciais hiperfuncionais – linhas glabelares moderadas a graves

Distúrbios oculares

Comuns: astenopia, ptose palpebral, edema palpebral, aumento de lacrimejamento, secura dos olhos, contrações musculares (contrações musculares ao redor dos olhos)

Incomuns: diminuição visual, visão turva, diplopia

Raro: distúrbios do movimento ocular

Distúrbios gerais e reações no local de injeção

Muito comum: reações no local da injeção (incluindo dor, hematoma, prurido, parestesia, eritema, erupção cutânea, edema, desconforto). Nota: esses eventos também foram observados no grupo placebo.

Distúrbios do sistema imune

Incomum: hipersensibilidade

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza do músculo adjacente à área da injeção

Distúrbios do sistema nervoso

Muito comum: cefaleia

Comum: fraqueza temporária do músculo facial (devido à paresia temporária dos músculos faciais próximos aos locais de injeção, descreve predominantemente a paresia da sobrancelha)

Incomum: tontura

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Incomuns: erupção cutânea, prurido

Raro: urticaria

Tratamento de linhas faciais hiperfuncionais – linhas latero-cantais moderada a graves

Em geral, as reações relacionadas com a técnica de tratamento/injeção ocorreram na primeira semana após a injeção e foram transitórias. A incidência de reações relacionadas com a técnica de tratamento/injeção diminuiu ao longo de ciclos repetidos.

Distúrbios do sistema nervoso

Comum: cefaleia, fraqueza facial temporária (paresia temporária dos músculos faciais próximos aos locais de injeção)

Distúrbios dos olhos

Comum: edema palpebral, ptose palpebral

Incomum: secura dos olhos

Distúrbios gerais e reações no local da injeção

Muito comum: reações no local da injeção (por exemplo hematoma, prurido e inchaço)

Tratamento concomitante de linhas glabelares e linhas cantais laterais

O perfil de segurança de DYSPORT® para o tratamento concomitante de linhas glabelares e linhas cantais laterais foi avaliado na parte aberta do estudo de fase III; a natureza e a frequência dos eventos adversos foram comparáveis às observadas quando os pacientes foram tratados para as indicações individuais.

Experiência pós-comercialização

O perfil de reações adversas notificadas durante o uso pós-comercialização reflete a farmacologia do produto e eventos observados durante os ensaios clínicos. Foram relatados casos esporádicos de hipersensibilidade.

Muito raramente foram relatados eventos adversos resultantes da distribuição dos efeitos da toxina para locais remotos em relação ao local da injeção (fraqueza muscular excessiva, disfagia, pneumonia por aspiração que pode ser fatal).

Alguns eventos adversos relacionados ao sistema imune (hipersensibi­lidade), ao sistema nervoso (hipoestesia) e distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo (atrofia muscular) também foram relatados, todos com frequência desconhecida.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa

10. superdose

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Doses excessivas podem provocar paralisia neuromuscular distante e profunda levando a um risco elevado da neurotoxina passar para a corrente sanguínea, causando complicações associadas à intoxicação botulínica oral (tais como disfagia e disfonia). Suporte respiratório pode ser necessário se doses excessivas causarem paralisia dos músculos respiratórios. Em caso de superdose, o paciente deverá ser monitorado quanto aos sintomas de fraqueza

muscular excessiva ou paralisia muscular. Tratamento sintomático deverá ser associado, se necessário. Não há antídoto específico; não se deve esperar que a antitoxina seja benéfica, e cuidados gerais de suporte são recomendados.

Os sintomas de superdose podem não aparecer imediatamente após a injeção. No caso de injeção acidental ou ingestão oral, o indivíduo deverá ser supervisionado por várias semanas quanto a possíveis sinais e sintomas de fraqueza muscular excessiva ou paralisia muscular.

DIZERES LEGAIS

MS – 1.6977.0001

Farmacêutica Responsável: Dra. Heloisa Zeringota

CRF – SP n° 10.078

Importado por:

Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda.

Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 1297 cj 62

04571–010, São Paulo – SP

CNPJ n° 07.718.721/0001–80

Fabricado por:

Ipsen Biopharm Ltd.

Ash Road North, Wrexham – Reino Unido

LL13 9UF

08007701820

IP5E^

Innovation for patient care

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 21/03/2022.

VPS V03T

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DYSPORT®
toxina botulínica Atoxina botulínica A

RESERVADO PARA USO HOSPITALAR OU CLÍNICA MÉDICA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

DYSPORT® somente deverá ser aplicado por especialistas experientes que tenham recebido orientação e

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. indicações

DYSPORT® está indicado para o tratamento de:

distonia cervical/torcicolo espasmódico; blefaroespasmo; espasmo hemifacial; hiperidrose axilar e palmar em adultos; linhas faciais hiperfuncionais, incluindo linhas glabelares ou latero-cantais; espasticidade de membros superiores e/ou inferiores em pacientes adultos pós-AVC; deformidade em pé equino espástico em pacientes adultos com espasticidade pós-AVC; deformidade em pé equino dinâmico em pacientes pediátricos portadores de paralisia cerebral, com capacidade de deambulação (e idade superior a dois anos).

2. resultados de eficácia

DYSPORT® (toxina botulínica A) possui extensa literatura sobre suas aplicações terapêuticas. Representa recurso inestimável no tratamento da espasticidade, limitações e dor que acompanham o quadro clínico, incluindo os casos pediátricos (idade igual ou superior a dois anos) de deformidade em pé equino dinâmico. É recurso amplamente documentado na terapia da hiperidrose e das linhas faciais hiperfuncionais, com poucos eventos adversos. Tem boa duração de ação, com efeitos reversíveis. Embora método simples, requer domínio técnico.

A toxina botulínica A (TBA) tem sido considerada como tratamento de escolha do torcicolo espasmódico (distonia cervical). Os resultados dos estudos clínicos com DYSPORT®, envolvendo mais de 1.000 pacientes mostram que houve redução máxima na dor intensa ou moderada de até 73% nos grupos tratados com até 1.000 U, comparado com 33% de resposta com placebo. Um estudo duplo-cego comparativo com triexifenidil4 mostrou que todos os pacientes tratados com DYSPORT® apresentaram melhora, com resultados significantemente melhores que os pacientes tratados com triexifenidil, nas escalas Tsui (p<0,001) e Toronto Westerns (TWSTRS) (p<0,01). Um estudo duplo-cego, randomizado, cruzado comparou DYSPORT® e outra TBA utilizando os escores de Tsui e de TWSTRS, os resultados mostraram que DYSPORT® foi significantemente mais eficaz, tanto na melhora da distonia cervical quanto na dor, com um efeito mais duradouro, embora apresentasse incidência um pouco maior de eventos adversos.5,6 Jan­kovic J (2006)7 , em um estudo de revisão e atualização, concluiu que a TBA preveniu contraturas e outras complicações da doença, como alterações degenerativas secundárias da coluna cervical e radiculopatias. Em longo prazo (pacientes tratados por até 20 anos), a duração da resposta se manteve, com mínimo risco de imunorresistência por anticorpos.

A TBA vem sendo utilizada com sucesso no tratamento de blefaroespasmo e espasmo hemifacial com boa eficácia e segurança. Em um conjunto de 12 estudos clínicos, 875 pacientes com blefaroespasmo e 507 com espasmo hemifacial receberam DYSPORT®, por até 16 cursos de tratamento, durante 3 a 4 anos. Em blefaroespasmo , houve melhora completa ou parcial em 91% dos pacientes, com duração consistente do efeito por 10–11 semanas. No espasmo hemifacial , verificou-se redução de 75% nos movimentos anormais, que duraram em média 15 semanas. Truong D e cols. (2008) 8 analisaram, em estudo multicêntrico, randomizado de larga escala, os efeitos do DYSPORT® (40, 80, 120 U/olho) no blefaroespasmo essencial benigno bilateral, com melhora dos danos funcionais e redução da frequência e intensidade dos espasmos faciais versus grupo controle. Em nosso meio, Schellini AS e cols. (2006)9 relataram melhora significativa do espasmo hemifacial e do blefaroespasmo em 91% dos pacientes (p<0,0001). A maioria dos pacientes não apresentou reações adversas. Lasalvia CGG e cols. (2006) analisaram os custos do tratamento do blefaroespasmo essencial benigno (BEB) e do espasmo hemifacial (EH) com DYSPORT® e concluíram que o procedimento possui excelente custo-benefício e promove melhora funcional significativa. O tratamento com a TBA também melhora significativamente a qualidade de vida e reduz a intensidade dos sintomas de depressão no blefaroespasmo­.10,11

Na hiperidrose palmar primária , um estudo duplo-cego, randomizado, comparativo de DYSPORT® com outra TBA, por via intradérmica, mostrou melhor performance de DYSPORT® no controle da sudorese (teste de Minor) em relação à basal (-78,6%; p=0,0002) do que a outra TBA (-56,6%; p=0,003) ao final do mês 1. Ao final do mês 3, os resultados permaneceram significantes (DYSPORT®-69,4% vs. basal; outra TBA –48,8% vs. basal). A duração dos efeitos positivos foi similar nos dois grupos: 17 semanas com DYSPORT® e 18 semanas com a outra TBA. Os eventos adversos locais foram mais frequentes com DYSPORT®.12 Ta­larico-Filho S e cols. (2007)13 compararam DYSPORT® e outra TBA na hiperidrose axilar primária em um estudo duplo-cego, randomizado. Cada paciente recebeu 150 U de DYSPORT® em uma axila e 50 U de outra TBA na axila contralateral, sendo quantificada a sudorese pelo teste de Minor e gravimetria nos dias 0 e 15, ao final de 1 mês e de 1 ano. Após 1 mês, a taxa de sudorese foi reduzida em

média de 97,7% para a outra TBA e de 99,4% para DYSPORT®, sem diferença estatística. A duração dos benefícios foi em média de 260 dias para a outra TBA e de 290 dias para DYSPORT®. Resultados similares foram reportados por outros pesquisadores.

Uma revisão sobre o uso da TBA na espasticidade ,14 abrangendo 50 estudos duplo-cegos e 150 estudos abertos, verificou que a toxina é parte importante do tratamento, além de segura e bem tolerada. Observou-se melhora dos movimentos ativos e passivos em 70 e 76% dos casos, respectivamente. A melhora funcional causada pela injeção é mais provável nos pacientes com alguma preservação do binômio musculatura agonista/anta­gonista. Os efeitos duram de 3 a 9 meses. As vantagens da injeção intramuscular de TBA para o tratamento da espasticidade incluem ausência de comprometimento sensorial, capacidade de atingir grupamentos musculares específicos, controle gradual destes músculos e poucos efeitos adversos. A média de eficácia em tratamentos prolongados foi de 65%, embora condições específicas como distonia focal de mãos demonstrem eficácia média de 83,5%. A melhora da dor, independente da função motora, foi reportada em 82,7% dos pacientes.

Na deformidade em pé equino dinâmico por espasticidade, em pacientes pediátricos com paralisia cerebral e deambulantes, DYSPORT® deve ser reservado a crianças maiores de 2 anos de idade e a centros hospitalares especializados, com equipe treinada. A redução do tônus ocorre, geralmente, dentro de 3 dias, e persiste por 2–4 meses. São apontadas melhoras relevantes e duradouras quando a aplicação da TBA é associada a outros tratamentos, como a fisioterapia.

De modo global, a experiência clínica e os estudos clínicos com uso de TBA para rejuvenescimento facia l têm confirmado sua eficácia e segurança em longo prazo. Nas linhas hiperfuncionais , a TBA inibe a exocitose da acetilcolina por 3 a 12 meses, dependendo do tecido alvo. Baixas doses de toxina são usadas para suavizar as linhas faciais hipercinéticas; isto é especialmente útil no terço superior da face. Blitzer A e cols. (1997) 15 verificaram, em um estudo com 210 sítios faciais hiperfuncionais e 162 pacientes, que o efeito da toxina foi notado 24 a 72 horas após a injeção (com 95% de melhora cosmética) e persistiu por 3 a 6 meses. Bulstrode e Grobbelaar (2002),16 em um estudo prospectivo em pacientes com linhas hiperfuncionais com um seguimento de um a três anos, demonstraram intervalos ideais de 3 a 6 meses. Os resultados de um estudo sobre uso de TBA como tratamento das linhas verticais periorais mostraram a suavização destas linhas, preenchimento/e­versão dos lábios, e que 72% dos pacientes continuaram o tratamento.17 O re­juvenescimento da pele do pescoço com a aplicação de TBA é uma modalidade de tratamento minimamente invasiva, segura e eficaz, sendo alternativa ideal à ritidectomia (Brandt e Boker, 2004).18 Além disso, a toxina pode ser usada para corrigir o chamado “sorriso gengival”, bem como a assimetria do maxilar e da linha plastimal após ritidectomia.

As referências bibliográficas estão relacionadas ao final dessa bula.

3. características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Relaxantes Musculares de Ação Periférica. Código ATC: M03AX01.

A toxina botulínica A (ou TBA) é uma endotoxina produzida por esporos germinativos e células em crescimento da bactéria Clostridium botulinum. É um dos mais potentes entre sete tipos imunologicamente distintos de neurotoxinas.

DYSPORT® (toxina botulínica A) é um complexo de toxina-hemaglutinina botulínica tipo A isolada e purificada de culturas de Clostridium botulinum. A hemaglutinina é uma proteína pesada, que estabiliza a toxina e não possui efeito terapêutico. A TBA é uma proteína composta de uma cadeia pesada e uma cadeia leve, ligadas através de ligações dissulfídicas (S-S). Liga-se às terminações pré-sinápticas do sistema nervoso central e inibe a liberação de acetilcolina mediada pelo íon cálcio dos nervos motores, levando a paralisia flácida dos músculos afetados. Após injeção intramuscular ou subcutânea, não se espera a sua presença no sangue periférico em níveis mensuráveis. As quantidades de neurotoxina administradas em cada sessão terapêutica não resultam, normalmente, em manifestações clínicas sistêmicas à distância, como fraqueza muscular, em pacientes sem outra disfunção neuromuscular.

Modo de ação

A toxina botulínica A (ou TBA) é classificada como agente paralisante da função neuromuscular. O complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum bloqueia a transmissão periférica colinérgica na junção neuromuscular através da ação pré-sináptica, em sítio proximal à liberação de acetilcolina. A toxina age dentro dos

terminais nervosos, antagonizando eventos mediados pelo Ca2+, e que culminam na liberação do transmissor. A TBA não afeta a transmissão pós-ganglionar colinérgica ou simpática.

A ação da toxina inicia-se por rápida e intensa ligação à membrana do neurônio pré-sináptico. A seguir, ocorre o processo de internalização, em que a toxina atravessa a membrana pré-sináptica, ainda sem causar paralisia. Finalmente, a toxina inibe a liberação de acetilcolina mediada pelo Ca2+, diminuindo assim o potencial final da placa e provocando a paralisia.

A recuperação da transmissão do impulso ocorre gradualmente quando novos terminais nervosos se desenvolvem e é restabelecido contato com a placa motora – um processo que requer de 6 a 8 semanas em modelos animais.

No tratamento das linhas glabelares, o efeito clínico se desenvolve 48 horas após a aplicação. O efeito máximo ocorre um mês após a aplicação e o tempo de ação varia de 3 a 7 meses aproximadamente. Os resultados dos estudos clínicos demonstraram consistentemente a eficácia de DYSPORT® na redução da intensidade das linhas glabelares.

Propriedades Farmacocinéticas

Estudos farmacocinéticos com TBA em modelos animais, apresentam dificuldades de realização devido à alta potência, às pequenas doses envolvidas, ao elevado peso molecular do composto (150 kDa) e à dificuldade de marcar a toxina para produzir uma atividade específica suficientemente elevada. Estudos usando toxina marcada com I125 mostraram que a ligação ao receptor é específica e saturável, e a alta densidade dos receptores da toxina é um fator que contribui para sua potência elevada. Estudos em macacos demonstraram que, em doses baixas, houve início de efeito entre 2 e 3 dias, observando-se efeito máximo 5 a 6 dias após a injeção. A duração da ação, medida através de alterações do alinhamento ocular e da paralisia muscular, variou entre 2 semanas e 8 meses. Este modelo é observado também no homem, sendo atribuído ao processo de ligação, internalização e mudanças na junção neuromuscular.

4. contraindicações

DYSPORT® está contraindicado para indivíduos com hipersensibilidade conhecida à toxina botulínica A ou a qualquer outro componente da formulação.

Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.

5. advertências e precauções

Proporcionali­dade: tal como se aplica aos agentes biológicos em geral, não é possível estabelecer com exatidão uma proporcionalidade entre as diferentes neurotoxinas botulínicas (TBA) comercializadas. Como as apresentações comerciais de TBA têm diferentes dimensões, pesos moleculares, envoltórios proteicos, formas de armazenamento, diluição, comportamento farmacocinético e doses de administração, as unidades são específicas para cada toxina, e expressam unidades de potência específicas de cada preparação. Evidências sugerem que a proporcionalidade convencionalmente empregada no passado para a TBA 500 U Speywood (razão de 3:1 ou maior) possa ser inadequada e excessiva, porquanto motivada por estudos com amostras populacionais não significativas, e que proporcionalidades entre 1,5 e 2,5:1 poderiam ter maior respaldo clínico. Ademais, evidências sugerem maior duração de efeitos para a apresentação de TBA de 500 U, ainda demandando estudos de porte. O consenso atual é que as apresentações comercialmente disponíveis não são comparáveis por qualquer algoritmo específico, e que a avaliação médica e a resposta clínica individual devem orientar a terapêutica.19–25

A eficácia e a segurança de DYSPORT® dependem do armazenamento adequado do medicamento, seleção correta da dose e técnicas apropriadas de reconstituição e administração, vide Posologia e Modo de usar.

Uma avaliação cautelosa deve ser feita antes de nova aplicação em pacientes que apresentaram reação alérgica prévia. Os riscos de nova reação alérgica devem ser avaliados frente aos benefícios esperados para o tratamento. Como qualquer outro medicamento de origem biológica, a aplicação de DYSPORT® pode provocar reações anafiláticas. Por isso, devem estar disponíveis as medicações para combatê-las.

Foram relatados eventuais efeitos adversos resultantes da distribuição dos efeitos da toxina para locais distantes do local de administração. Os pacientes tratados com doses terapêuticas podem apresentar fraqueza muscular excessiva. O risco de ocorrência de tais efeitos indesejáveis pode ser reduzido não se excedendo a dose recomendada e pelo uso da menor dose eficaz.

DYSPORT® deve ser usado com cautela e sob cuidadosa supervisão em pacientes com evidências subclínicas ou clínicas de deficiência na transmissão neuromuscular (e.g. miastenia grave). Tais pacientes podem apresentar sensibilidade aumentada a toxina botulínica A, que pode resultar em fraqueza muscular excessiva.

Pacientes idosos (> 65 anos): A experiência clínica não identificou diferenças na resposta entre pacientes idosos e pacientes adultos jovens. Em geral, pacientes idosos devem ser observados para avaliar sua tolerabilidade ao DYSPORT®, devido à maior frequência de risco de quedas, doença concomitante e outras terapias medicamentosas.

Ensaios clínicos controlados com placebo, em que pacientes foram tratados para espasticidade dos membros inferiores, 6,3% e 3,7% sofreram queda no grupo DYSPORT® e no grupo placebo, respectivamente.

DYSPORT® deve ser administrado com cautela a pacientes com problemas respiratórios ou de deglutição, pois estes problemas podem piorar se a toxina atingir os músculos relevantes. Broncoaspiração ocorreu em raros casos, e é um risco em pacientes portadores de patologia respiratória crônica. Nesses pacientes, o tratamento deve ser administrado sob controle de um especialista e apenas se o benefício esperado para o tratamento superar o risco.

Os pacientes e seus cuidadores devem ser alertados sobre a necessidade de tratamento médico imediato em caso de problemas respiratórios, de deglutição ou fala.

Foram relatados casos muito raros de óbito, ocasionalmente num contexto de disfagia, pneumopatia e/ou em pacientes com astenia significativa, após o tratamento com toxina botulínica A ou tipo B.

Foram relatados casos de secura nos olhos com o uso de DYSPORT® no tratamento de linhas glabelares e latero-cantais, blefarospasmo e espasmo hemifacial (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). Pode ocorrer produção reduzida de lágrimas, piscar reduzido e distúrbio da córnea com o uso de toxinas botulínicas, incluindo DYSPORT®

Para o tratamento de pacientes com paralisia cerebral, DYSPORT® somente deve ser usado a partir de 2 anos de idade. A posologia e a frequência de administração recomendadas para DYSPORT® não devem ser ultrapassadas.

Raramente foi observada formação de anticorpos contra a toxina botulínica em pacientes em uso de DYSPORT®. Clinicamente, a existência de quantidades significativas de anticorpos neutralizantes pode ser presumida pela deterioração substancial da resposta terapêutica e/ou pela necessidade constante de aumento das doses.

Os médicos que fizerem uso de DYSPORT® em seus pacientes devem conhecer profundamente a anatomia e a fisiologia neuromuscular, bem como estar a par de quaisquer alterações anatômicas que potencialmente podem ocorrer após procedimentos cirúrgicos anteriores. Devem conhecer técnicas-padrão de eletromiografi­a (EMG).

É essencial conhecer a anatomia facial do paciente antes de administrar DYSPORT® para correção de linhas glabelares. Deve ser considerada a possibilidade de assimetria facial, ptose, dermatocalasia excessiva, cicatrizes, bem como quaisquer alterações em relação a essa anatomia como resultado de intervenções cirúrgicas prévias.

Os pacientes a serem tratados quanto a linhas hiperfuncionais na região glabelar devem ser cuidadosamente avaliados e desencorajados a prosseguir com o tratamento caso as linhas hiperfuncionais não sejam causadas pela contratura dos músculos subjacentes.

Recomenda-se que o frasco-ampola de DYSPORT® seja usado para tratar um único paciente, durante uma única sessão. Qualquer resíduo remanescente do produto que não tenha sido utilizado deve ser descartado. Precauções específicas devem ser tomadas para o preparo e a administração do produto, inativação e descarte de qualquer solução reconstituída não utilizada.

Tal como outras toxinas botulínicas, este produto contém uma pequena quantidade de albumina humana. O risco de transmissão de infecção viral não pode ser excluído com absoluta certeza, no caso do uso de sangue humano ou derivados.

Nos casos de hiperidrose, antes do inicio do tratamento, deve-se considerar causas secundárias, como menopausa, obesidade, uso de drogas (e.x. antidepressivos), distúrbios endócrinos (e.x. hipoglicemia, hipertiroidismo, feocromocitoma), distúrbios neurológicos com desregulação autonômica e psiquiátricos (e.x. fobia social).

O uso de DYSPORT® em pacientes com insuficiência hepática ou renal não costuma demandar redução de dose.

Como qualquer injeção intramuscular, DYSPORT® deve ser usado somente quando estritamente necessário em pacientes com tempo de sangramento prolongado, infecção ou inflamação local na área a ser injetada. Cuidados especiais devem ser tomados nos pacientes portadores de coagulopatia ou em uso de anticoagulantes.

Deve-se ter cautela quando DYSPORT® for utilizado em músculos que apresentam fraqueza ou atrofia excessiva.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e usar máquinas: há um risco potencial de fraqueza muscular ou distúrbios visuais que, se ocorrer, pode temporariamente prejudicar a capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Gravidez, lactação e fertilidade

Categoria de risco na gravidez C – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Existem dados de segurança limitados quanto ao uso do complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum em mulheres grávidas. Estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos durante a gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal, a não ser os relacionados com a intoxicação materna causada por altas doses. Não existem dados clínicos sobre o efeito de DYSPORT® na fertilidade.

DYSPORT® só deve ser usado por mulheres grávidas se o benefício esperado do tratamento justificar qualquer risco potencial ao concepto. A prescrição a mulheres grávidas deve ser feita com extrema cautela.

Não se sabe se o complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum é excretado através do leite humano. Não foi estudada a excreção deste complexo através do leite, em animais. Não é recomendado o uso durante a lactação.

Não existem dados clínicos sobre a utilização de DYSPORT® e seu efeito na fertilidade. Não há evidência de efeito direto de DYSPORT® na fertilidade em estudos com animais.

Dados de segurança pré-clínica :

Os estudos de toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos tratados com complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum – através de uma injeção intramuscular diária, em doses de 79 unidades/kg e 42 unidades/kg (em ratos e coelhos, respectivamente), não resultaram em toxicidade embrionária/fetal. Foi observada toxicidade materna grave, associada à perda do implante embrionário, com doses mais elevadas, em ambas as espécies. O complexo não demonstrou atividade teratogênica em ratos e coelhos, e nenhum efeito foi observado no pré- e pós-natal na geração F1 de ratos. A fertilidade dos machos e fêmeas foi comprometida devido à redução do acasalamento, secundária à paralisia muscular, em doses elevadas.

Em um estudo de toxicidade crônica realizado em ratos com até 12 unidades/animal, não houve evidência de toxicidade sistêmica. Efeitos na reprodução e na toxicidade crônica dos estudos não clínicos limitaram-se a alterações nos músculos injetados, em linha com o mecanismo de ação do complexo.

Em um estudo de toxicidade juvenil, os ratos tratados semanalmente a partir da idade de desmame no dia 21 pós-natal até 13 semanas de idade (comparáveis a crianças de 2 anos de idade) até a idade adulta jovem (11 administrações por 10 semanas, até a dose total de aproximadamente 33U/kg) não mostraram efeitos adversos no crescimento pós-natal (incluindo avaliação esquelética), desenvolvimento reprodutivo, neurológico e neuro-comportamental.

Não houve irritação ocular após a administração do complexo em olhos de coelhos.

6. interações medicamentosas

Os efeitos da toxina botulínica A podem ser potencializados por fármacos que interfiram direta ou indiretamente com a função neuromuscular e, portanto, tais medicamentos devem ser usados com precaução em pacientes tratados com toxina botulínica.

Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. A alimentação não interfere nos efeitos de DYSPORT®.

7. cuidados de armazenamento do medicamento

Cuidados de conservação : Conservar entre +2 °C e +8 °C (sob refrigeração). Não congelar.

Uma vez que o produto não contém um agente antimicrobiano, sob o ponto de vista microbiológico, é recomendado que o produto seja usado imediatamente após a reconstituição. Entretanto, após o preparo, se mantido sob refrigeração (entre +2 °C e +8 °C), o produto mantêm sua estabilidade por até 24 horas. O medicamento reconstituído não deve ser congelado. Recomenda-se que o batoque do frasco de DYSPORT® seja perfurado apenas uma vez, pois este componente não foi projetado para penetrações repetidas da agulha.

Prazo de validade : 24 meses contados a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas : Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

DYSPORT® é apresentado como um pó liófilo branco, cujos grânulos são sólidos, uniformes e sem corpos estranhos. Após reconstituição com solução salina 0,9% (soro fisiológico) obtém-se um líquido claro e incolor.

O frasco-ampola de DYSPORT® não contém vácuo, apenas um gradiente diferencial de pressão mínimo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. posologia e modo de usar

As unidades Speywood são exclusivas para DYSPORT® e não são intercambiáveis com outras preparações contendo toxina botulínica.

Vias de administração: Intramuscular ou subcutânea. O uso de outra via de administração que não seja a intramuscular ou subcutânea poderá causar transtornos neuromusculares graves.

DYSPORT® deverá ser reconstituído com solução salina 0,9% (soro fisiológico), conforme descrito nas Tabelas de Diluição abaixo, de acordo com a técnica do profissional e a clínica do paciente.

Tabela de Diluição de DYSPORT® 300 U e concentrações resultantes:

Volume de Diluição (300 U)

Concentração (U/0,1 mL)

0,6 mL

50 U/ 0,1 mL

1,0 mL

30 U/ 0,1 mL

1,2 mL

25 U/ 0,1 mL

1,5 mL

20 U/ 0,1 mL

2,0 mL

15 U/ 0,1 mL

3,0 mL

10 U/ 0,1 mL

Tabela de Diluição de DYSPORT® 500 U e concentrações resultantes:

Volume de Diluição (500 U)

Concentração (U/0,1 mL)

1,0 mL

50 U/ 0,1 mL

2,0 mL

25 U/ 0,1 mL

2,5 mL

20 U/ 0,1 mL

3,0 mL

16,6 U/ 0,1 mL

Instruções de uso:

A porção central da tampa de borracha deve ser limpa com álcool imediatamente antes de inserir a agulha estéril. Cada frasco-ampola tem capacidade máxima de 3 mL.

Instruções de descarte:

A toxina botulínica A é muito suscetível ao calor e certos produtos químicos. Qualquer derramamento deve ser limpo usando um material absorvente embebido em solução de hipoclorito diluída (no caso de produto liofilizado ou superfície seca) ou com material absorvente seco (no caso de produto reconstituído). Se um frasco-ampola

quebrar, proceder como indicado acima. Recolher cuidadosamente os cacos de vidro e limpar, evitando qualquer corte na pele. Se o produto entrar em contato com a pele, lavar com solução de hipoclorito diluída e enxaguar abundantemente com água. Se o produto entrar em contato com os olhos, enxaguar abundantemente com água ou solução de enxágue específica para olhos. Todos os materiais contaminados devem ser devidamente descartados.

Insuficiência renal: não é relevante uma vez que o medicamento é administrado localmente e não sofre metabolismo sistêmico.

Insuficiência hepática: não é relevante uma vez que o medicamento é administrado localmente e não sofre metabolismo sistêmico.

Espasticidade de membros superiores e/ou membros inferiores em adultos e membros inferiores em crianças acima de 2 anos – orientações gerais

A dose em sessões de tratamento inicial e sequencial deve ser adaptada ao indivíduo com base no tamanho, número e localização dos músculos envolvidos, gravidade da espasticidade, presença de fraqueza muscular local, resposta do paciente ao tratamento anterior e/ou histórico de eventos adversos. Embora a localização real dos locais de injeção possa ser determinada por palpação, recomenda-se o uso de uma técnica guiada de orientação de injeção, como eletromiografia, estimulação elétrica ou ultrassom para direcionar os locais de injeção. A dose inicial deve ser reduzida se houver evidências que sugiram risco de fraqueza excessiva dos músculos alvo, como por exemplo, pacientes em que os músculos alvo são pequenos ou em que foram administradas injeções em outros grupos musculares. A melhora clínica pode ser esperada dentro de duas semanas após o tratamento. As injeções podem ser repetidas a cada 12 a 16 semanas, ou conforme necessário para manter resposta adequada, mas não mais frequentemente do que a cada 12 semanas.. Crianças: A segurança e a eficácia de DYSPORT® no tratamento da espasticidade de membros inferiores e superiores pós-AVC não foram demonstradas em crianças. Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular. Não se deve administrar mais do que 1 ml (adultos) e 0,5 ml (crianças) em qualquer local de injeção única

a) Espasticidade de membros inferiores (incluindo pós-AVC)

Posologia: A dose recomendada é de até 1.500 unidades Speywood no total, distribuídas entre os músculos gastrocnêmio e sóleo, embora injeções no músculo tibial posterior e outros também possam ser consideradas. A dose máxima administrada não deve exceder 1.500 unidades.

A tabela a seguir exemplifica doses para outros grupos musculares, se clinicamente adequado:

Doses usuais de DYSPORT®

[Essas doses podem ser diminuídas

injetadas em músculos dos membros inferiores

ou aumentadas em função dos fatores já mencionados ]

Músculo

Doses recomendada de Pontos de Aplicação

DYSPORT®

Gastrocnêmio

Cabeça medial*

100 – 450 U

1 – 3

Cabeça lateral*

100 – 450 U

1 – 3

Sóleo*

300 – 550 U

2 – 4

Tibial Posterior

100 – 250 U

1 – 3

Flexor Longo dos Artelhos

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Curto dos Artelhos

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Longo do Hálux

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Curto do Hálux

50 – 100 U

1 – 2

Adutor Magno

100 – 300 U

1 – 3

Adutor Longo

50 – 150 U

1 – 2

Adutor Curto

50 – 150 U

1 – 2

Grácil

100 – 200 U

1 – 3

Isquiotibiais

100 – 400 U

1 – 3

Reto Femoral

100 – 400 U

1 – 3

Glúteo Máximo

100 – 400 U

1 – 2

Glúteo Mínimo

120 – 180 U

1

A dose máxima total por sessão de tratamento é 1500 U ________________

* Grupo muscular alvo primário para o tratamento da espasticidade do tornozelo.

b) Espasticidade de membros superiores (incluindo pós-AVC)

Posologia: A dose recomendada é de até 1.000 unidades Speywood, distribuídas entre os cinco músculos a seguir: flexor profundo dos dedos (FDP), flexor superficial dos dedos (FDS), flexor ulnar do carpo (FCU); flexor radial do carpo (FCR) e bíceps braquial (BB). A dose máxima administrada não deve exceder 1.000 unidades.

Todos os músculos, exceto o bíceps braquial (BB), podem ser injetados em um único ponto. O bíceps, porém, pode ser injetado em dois pontos. A distribuição da dose recomendada (em unidades Speywood) está relacionada abaixo:

BB

FDP

FDS

FCU

FCR

Total

300 – 400

150

150 – 250

150

150

1.000

Doses superiores a 1000 U e até 1500 U podem ser administradas quando os músculos do ombro também são injetados. Doses superiores a 1500 unidades de DYSPORT® não foram investigadas para o tratamento da espasticidade do membro superior em adultos.

A melhora clínica pode ser esperada dentro de duas semanas após a injeção. A maioria dos pacientes em estudos clínicos foi retratada entre 12 e 16 semanas; no entanto, alguns pacientes tiveram uma duração mais longa de resposta, ou seja, 20 semanas. O grau e padrão de espasticidade muscular no momento da reinjeção pode necessitar de alterações na dose de DYSPORT® e nos músculos a serem injetados.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular. A tabela a seguir exemplifica doses para outros grupos musculares, se clinicamente adequado:

Doses usuais de DYSPORT® injetadas em músculos dos membros superiores [ Essas doses podem ser diminuídas ou aumentadas em função dos fatores já mencionados ]

Músculos Injetados

Doses recomendadas de DYSPORT® (U)

Pontos de Aplicação

Grande Dorsal

150 – 300U

2 – 3

Peitoral Maior*

150 – 300U

1 – 2

Redondo Maior

90 – 150U

1

Redondo Menor*

60 – 120 U

1

Deltoide*

150 – 300 U

1 – 2

Bíceps Braquial

200 – 400 U

2 – 4

Tríceps Braquial

150 – 300U

2 – 3

Braquiorradial

100 – 200 U

1

Braquial

200 – 400 U

2 – 4

Subescapular

150 – 300U

2 – 3

Pronador Redondo

100 – 200 U

1

Pronador Quadrado

60 – 90 U

1

Flexor Ulnar do Carpo

100 – 200 U

1 – 2

Extensor do Punho*

30 – 100U

1 – 2

Flexor Radial do Carpo

100 – 200 U

1 – 2

Palmar Longo*

60 – 150U

1 – 2

Flexor Superficial dos Dedos

100 – 200 U

1 – 2

Flexor Profundo dos Dedos

100 – 200 U

1 – 2

Flexor Longo do Polegar

100 – 200 U

1

Oponente do Polegar

30 – 60 U

1

Adutor do Polegar

25 – 50 U

1

Intrínsecos da Mão

(Lumbricais – por músculo)

15 – 20 U

1

A dose máxima total por tratamento é 1000U, ou 1500 U se a aplicação for feita nos músculos do ombro

* Músculos pouco injetados.

c) Espasticidade na paralisia cerebral pediátrica

Posologia:

A dose total máxima de DYSPORT® administrada por sessão de tratamento não deve exceder 15 U/kg para injeções unilaterais de membros inferiores ou 30 U/kg para injeções bilaterais. Além disso, a dose total de DYSPORT® por sessão de tratamento não deve exceder 1000 unidades ou 30 U/kg, o que for menor. A dose total administrada deve ser dividida entre os músculos espásticos afetados do(s) membro(s) inferior(es). Quando possível, a dose deve ser distribuída em mais de 1 local de injeção em qualquer músculo isolado. Não mais do que 0,5 ml de DYSPORT® devem ser administrados em qualquer local de injeção.

Dose de DYSPORT® por Músculo para Espasticidade do Membro Inferior Pediátrico

Músculo

Faixa de Dose Recomendada por músculo por perna (U/kg de peso corporal)

Número de locais de injeção por músculo

Distal

Gastrocnêmio

5 a 15 U/kg

Até 4

Sóleo

4 a 6 U/kg

Até 2

Tibial posterior

3 a 5 U/kg

Até 2

Proximal

Isquiotibiais

5 a 6 U/kg

Até 2

Adutores de quadril

3 a 10 U/kg

Até 2

Dose Total

Até 15 U/kg/perna, se injetada apenas nos músculos distais, apenas nos músculos proximais ou multinível (músculos distais e proximais)

A maioria dos pacientes em estudos clínicos foi retratada entre 16 e 22 semanas; no entanto, alguns pacientes tiveram uma duração de resposta mais longa, ou seja, 28 semanas. O grau e padrão de espasticidade muscular no momento da reinjeção pode necessitar de alterações na dose de DYSPORT® e nos músculos a serem injetados.

Distonia cervical / Torcicolo espasmódico, espasmo hemifacial e blefaroespasmo – orientações gerais

As injeções podem ser repetidas a cada 12 semanas (espasmo hemifacial e blefaroespasmo) a 16 semanas (distonia cervical/torcicolo espasmódico), ou conforme necessário para manter resposta adequada, mas não mais frequentemente do que a cada 12 semanas. Crianças: A segurança e a eficácia de DYSPORT® no tratamento do torcicolo espasmódico, blefaroespasmo e espasmo hemifacial não foram demonstradas em crianças.

d) Distonia cervical / Torcicolo espasmódico

Posologia: As doses recomendadas para torcicolo são aplicáveis a adultos de todas as idades desde que com peso normal e sem nenhuma evidência de perda de massa muscular cervical. Uma dose reduzida pode ser apropriada se o paciente estiver claramente abaixo do peso ou em idosos nos casos em que possa existir massa muscular reduzida.

A dose inicial recomendada para o tratamento de torcicolo espasmódico é de 500 unidades Speywood por paciente, dividida e administrada nos dois ou três músculos distônicos do pescoço.

Para o torcicolo rotacional recomenda-se distribuir as 500 unidades, administrando-se 350 unidades no músculo esplênio da cabeça, ipsilateral à direção da rotação queixo/cabeça, e 150 unidades no músculo esternocleido­mastoideo, contralateral à rotação.

Para laterocolo, recomenda-se distribuir as 500 unidades administrando-se 350 unidades no músculo esplênio da cabeça ipsilateral e 150 unidades no músculo esternocleido­mastoideo. Nos casos associados à elevação do ombro, os músculos trapézio ipsilateral ou elevador da escápula podem também requerer tratamento, de acordo com a hipertrofia do músculo ou com a eletromiografia (EMG). Quando forem necessárias injeções em três músculos,

recomenda-se distribuir as 500 unidades como a seguir: 300 unidades no esplênio da cabeça, 100 unidades no esternocleido­mastoideo e 100 unidades no terceiro músculo.

Para retrocolo, recomenda-se distribuir as 500 unidades, administrando-se 250 unidades em cada um dos músculos esplênios da cabeça. Isto pode ser seguido por injeções bilaterais no trapézio (até 250 unidades por músculo) após 6 semanas, se a resposta for insuficiente. As injeções bilaterais no esplênio podem aumentar o risco de fraqueza muscular do pescoço.

Todas as outras formas de torcicolo são altamente dependentes de conhecimento especializado e uso da EMG para identificar e tratar os músculos mais afetados. A EMG deve ser usada como diagnóstico em todas as formas complexas de torcicolo, quando não ocorrerem os resultados esperados, em casos não complexos, e para orientar injeções nos músculos profundos, em pacientes com sobrepeso, nos quais os músculos do pescoço são difíceis de individualizar.

Na administração subsequente, as doses podem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica e os efeitos adversos observados. São recomendadas doses na faixa de 250 a 1.000 unidades, embora doses mais elevadas possam ser acompanhadas por um aumento de reações adversas, particularmente disfagia. Não são recomendadas doses acima de 1.000 unidades.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular.

e) Blefaroespasmo e espasmo hemifacial

Posologia: Adultos e idosos:

Em um estudo clínico de avaliação de dose de DYSPORT® para tratamento de blefaroespasmo essencial benigno, a dose de 40 unidades por olho foi significativamente efetiva.

Doses de 80 unidades e 120 unidades por olho resultaram em maior duração do efeito terapêutico. Porém, a incidência de eventos adversos relacionados, particularmente ptose palpebral, é maior com o aumento da dose. Para o tratamento de blefaroespasmo e espasmo hemifacial, a dose máxima administrada não deve exceder 120 unidades por olho.

Injeções de 10 unidades administradas medialmente e 10 unidades administradas lateralmente devem ser realizadas na junção entre a região pré-septal e orbital de ambos os músculos orbiculares superiores (3 e 4) e inferiores (5 e 6) dos olhos. A fim de reduzir o risco de ptose como complicação, deve ser evitada a injeção próxima ao elevador da pálpebra superior.

Para injeções na pálpebra superior, a agulha deve ser direcionada para fora de seu centro, para evitar o músculo elevador. Um diagrama para ajudar na aplicação destas injeções é fornecido acima. Pode-se esperar que o alívio dos sintomas comece dentro de dois a dez dias após a injeção, com efeito máximo dentro de duas semanas.

Em tais administrações subsequentes, caso a resposta ao tratamento inicial seja considerada insuficiente, a dose administrada em cada olho pode ser aumentada conforme descrito a seguir: 60 unidades (10 unidades administradas medialmente e 20 unidades administradas lateralmente); 80 unidades (20 unidades administradas medialmente e 20 unidades administradas lateralmente) ou até 120 unidades (20 unidades administradas medialmente e 40 unidades administradas lateralmente) acima e abaixo de cada olho da maneira previamente descrita. Injeções em locais adicionais no músculo frontal acima da sobrancelha (1 e 2) também podem ser realizadas se espasmos nesta região interferem com a visão.

Nos casos de blefaroespasmo unilateral, as injeções devem ser restritas ao olho afetado. Pacientes com espasmo hemifacial devem ser tratados tal como no blefaroespasmo unilateral. As doses recomendadas são aplicáveis aos adultos de todas as idades incluindo os idosos.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção subcutânea medial e lateralmente, na junção entre as regiões pré-septal e orbital de ambos os músculos orbiculares superiores e inferiores dos olhos.

Hiperidrose axilar e palmar, linhas faciais hiperfuncionais, linhas latero-cantais moderadas a graves, linhas horizontais na região frontal – orientações gerais

Crianças: a segurança e a eficácia do uso de DYSPORT® em crianças ainda não foram demonstradas. O uso de DYSPORT® não é recomendado para o tratamento de linhas faciais em pacientes com menos de 18 anos de idade. A necessidade de novas aplicações deverá ser determinada em bases individuais, mas não mais frequentemente que a cada 12 semanas.

f) Hiperidrose axilar

Posologia: Adultos e idosos: A dose inicial recomendada é de 100 unidades Speywood por axila. Caso o efeito desejado não seja obtido, podem ser administradas até 200 U por axila em injeções subsequentes. A área a ser injetada deve ser previamente identificada pelo teste iodo-amido de Minor. Após assepsia local, delimitam-se 10 pontos. São, administradas 100 unidades por axila (ou seja, 10 unidades por ponto delimitado), por via intradérmica. O efeito máximo é esperado dentro de duas semanas após a injeção. Em muitos casos, a dose recomendada proporcionará uma supressão adequada da secreção de suor por aproximadamente 48 semanas.Há evidências sugerindo um possível efeito cumulativo de doses repetidas, de modo que o intervalo entre cada tratamento deve ser avaliado individualmente. A dose máxima administrada não deve exceder 200 unidades por axila.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intradérmica, conforme descrito acima. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 23 ou 25.

g) Hiperidrose palmar

Posologia: Adultos e idosos: Para hiperidrose palmar, a dose total utilizada por palma é de 120 unidades Speywood, distribuídas em 6 a 25 diferentes pontos de injeção subcutânea, sendo 10 unidades por ponto.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intradérmica, nas áreas hiperidróticas previamente determinadas. Usam-se agulhas estéreis de calibre 26. Alguns estudos não usaram anestesia local prévia, outros usaram resfriamento local da palma, ou bloqueio dos nervos medial ou ulnar para minimizar a dor.

h) Linhas faciais hiperfuncionais

Para o tratamento de linhas faciais hiperfuncionais, DYSPORT® deve ser reconstituído, conforme detalhado nas Tabelas de Diluição. O médico deverá julgar a dose ideal baseando-se na clínica do paciente.

Linhas glabelares moderadas a graves

Posologia: A dose recomendada é de 50 unidades de DYSPORT®, que deve ser dividida em 5 pontos de injeção. Dez unidades devem ser administradas por via intramuscular em cada um destes 5 pontos: duas injeções em cada músculo corrugador e uma injeção no músculo prócero, próxima ao ângulo nasofrontal, conforme mostrado no diagrama abaixo.

Remover a maquiagem e desinfetar a pele com um antisséptico local. Marcos anatômicos podem ser mais facilmente identificados se o paciente franzir a testa. Antes da injeção, posicionar o polegar ou indicador abaixo da margem orbital, a fim de evitar extravasamento para a região abaixo da margem orbital. As injeções intramusculares devem ser aplicadas perpendicularmente à pele, utilizando uma agulha estéril de calibre 29–30. A agulha deve ser posicionada de forma ascendente e medialmente durante a injeção. A fim de reduzir o risco de ptose, deve-se evitar injeção próxima ao elevador da pálpebra superior, particularmente em pacientes com grandes complexos do depressor do supercílio. Injeções no corrugador lateral devem ser aplicadas ao menos 1 cm acima da crista óssea supra-orbital.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular, conforme descrito acima.

Linhas latero-cantais moderadas a graves

Posologia:

Pacientes com até 50 anos: A dose recomendada é de 30 unidades de DYSPORT® para cada região ocular, e que deve ser dividida em 3 pontos de aplicação (10 unidades por ponto; dose total de 60 unidades, considerando ambos os olhos). A injeção deve ser lateral (ângulo de 20–30°) à pele e muito superficial. Todos os pontos de injeção devem estar na parte externa do músculo orbicular do olho e suficientemente longe da borda orbital (aproximadamente 1 –2 cm da borda orbital externa como mostrado abaixo).

Pacientes acima de 50 anos: A dose recomendada é de 45 unidades de DYSPORT® para cada região ocular e que deve ser dividida em 3 pontos de aplicação (15 unidades por ponto; dose total de 90 unidades, considerando ambos os olhos).

Todos os pacientes: Remover a maquiagem e desinfetar a pele com um antisséptico local. As injeções intramusculares no orbicular devem ser aplicadas perpendicularmente à pele.

Em cada um dos 3 pontos devem ser administradas de 10 U (em pacientes com até 50 anos) a 15 U (em pacientes com 50 anos ou mais). Os pontos de aplicação devem estar todos a, no mínimo, 1,5 cm do canto lateral da órbita, e

1 cm acima da borda orbital. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 30.

Deve-se pedir que o paciente sorria. As injeções devem ser administradas no sentido do extremo exterior das linhas latero-cantais – em direção lateral, perpendicular às linhas latero-cantais. Deve-se tomar cuidado para evitar a injeção próxima à margem inferior do músculo zigomático maior. Deve-se advertir o paciente para não esfregar a área injetada nas 12 horas seguintes ao tratamento.

Linhas horizontais da região frontal

Posologia: Adultos e idosos: Recomendam-se 30 a 45 U para tratamento parcial, e de 60 a 80 U para paralisia total. Uma linha imaginária é traçada horizontalmente através da fronte entre os supercílios e a linha de implante do cabelo. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 30. Injetam-se 6 U em cada ponto, podendo iniciar na linha vertical que passa sobre cada pupila. Duas injeções adicionais (mesmas doses) são aplicadas entre estes dois sítios, de forma que se produzam pelo menos 4 pontos equidistantes nesta linha horizontal. Massagear com firmeza estes pontos.

De um modo geral, no tratamento de linhas faciais, um efeito significativo tem início dentro de 7 a 14 dias, atingindo um máximo em um mês e persistindo por 3 a 4 meses após a injeção de DYSPORT®.

As injeções poderão ser repetidas, de acordo com a resposta clínica, a cada 16 semanas, aproximadamente, sendo recomendável um intervalo mínimo de 3 meses entre cada aplicação.

9. reações adversas

As reações adversas e os eventos adversos são classificadas de acordo com a sua freqüência, primeiro as mais freqüentes, usando os seguintes parâmetros:

Frequência

Parâmetros

> 1/10 (> 10%)

Muito comum

> 1/100, < 1/10 (> 1% e <10%)

Comum (frequente)

> 1/1000, < 1/100 (> 0,1% e <1%)

Incomum (infrequente)

> 1/10.000, < 1/1000 (> 0,01% e < 0,1%)

Rara

< 1/10.000 (> 0,001%)

Muito rara

Desconhecida

Não é possível estimar a partir dos dados disponíveis

Gerais

Nos pacientes tratados com DYSPORT®em uma série de estudos clínicos para blefaroespasmo, espasmo hemifacial, torcicolo espasmódico, espasticidade associada à paralisia cerebral ou AVC, hiperidrose axilar ou linhas faciais hiperfuncionais, aproximadamente 25% experimentaram um evento adverso.

Reações adversas a DYSPORT® estão relacionadas, em geral, à fraqueza temporária da musculatura adjacente, que pode ser minimizada mediante uso das mínimas doses eficazes, nos respectivos grupamentos.

Distúrbios do sistema nervoso

Rara: amiotrofia neurálgica

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Incomum: prurido

Rara: erupções cutâneas

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comuns: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reações no local da injeção (dor, hematoma)

Os seguintes eventos adversos, geralmente de intensidade leve e moderada, foram observados nos pacientes tratados com DYSPORT® para as seguintes indicações:

Espasticidade de membros inferiores pós-AVC

Distúrbios gastrointestinais

Comum: disfagia

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular nos membros inferiores, mialgia

Distúrbios urinários e renais

Incomum: incontinência urinária

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (dor, hematomas, erupção cutânea, prurido)

Lesão, envenenamento e complicações no procedimento

Comum: lesão acidental/quedas

Espasticidade de membros superiores pós-AVC

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (por exemplo, dor, eritema, inchaço etc.)

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular, dor musculoesquelética, dor nas extremidades

Distúrbios gastrointestinais

Incomum: disfagia

A frequência da disfagia foi derivada de dados agrupados de estudos abertos. Disfagia não foi observada nos estudos duplo-cegos na indicação AUL (membro superior adulto).

Tratamento sintomático da espasticidade focal que afeta o membro superior e inferior em adultos

Ao tratar ambos os membros superiores e inferiores concomitantemente com DYSPORT® em uma dose total de até 1500 U, não há achados de segurança além daqueles esperados do tratamento dos membros superiores ou dos músculos dos membros inferiores isoladamente.

Espasticidade parcial da paralisia cerebral (PC) pediátrica

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular nos membros inferiores, mialgia

Distúrbios renais e urinários

Comum: incontinência urinária

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: marcha anormal, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (dor, eritema, hematomas, etc.), fadiga

Incomum: astenia

Lesão, envenenamento e complicações no procedimento

Comum: lesão acidental/quedas

Torcicolo espasmódico

Distúrbios do sistema nervoso

Comuns: cefaléia, vertigem, fraqueza do músculo facial

Distúrbios oculares

Comuns: visão turva, acuidade visual reduzida

Incomum: diplopia, ptose

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Comuns: disfonia, dispnéia

Raro: aspiração

Distúrbios gastrointestinais

Muito comuns: disfagia, boca seca

Incomum: náusea

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Muito comum: fraqueza muscular

Comuns: dor no pescoço, dor musculoesquelética, mialgia, dor nas extremidades, rigidez musculosquelética Incomum: atrofia muscular, distúrbio da mandíbula

A disfagia parece ser relacionada à dose e foi mais frequente após a injeção no músculo esternocleido­mastoideo.

Recomenda-se uma dieta leve, e cuidado com líquidos, até a resolução dos sintomas.

Blefaroespasmo e espasmo hemifacial

Distúrbios do sistema nervoso

Comum: fraqueza do músculo facial

Incomum: paralisia facial

Distúrbios oculares

Muito comum: ptose

Comuns: diplopia, secura dos olhos, lacrimejamento

Rara: oftalmoplegia

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Comum: edema palpebral

Rara: entrópico

Reações adversas podem ocorrer devido a injeções profundas ou injeções posicionadas incorretamente de DYSPORT®, paralisando temporariamente outros grupos musculares próximos.

Hiperidrose axilar

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Comum: sudorese compensatória, erupção cutânea

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Incomum: reações no local da injeção * (por exemplo, dor, hematomas, prurido, edema)

* Foram observadas reações no local da injeção durante a vigilância pós-comercialização na indicação de hiperidrose axilar.

Hiperidrose palmar

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Sudorese compensatória, rash

Distúrbios gerais e reações no local de injeção

Podem ocorrer fraqueza dos músculos adjacentes e dor, hematomas, prurido, edema no local da aplicação da injeção.

Tratamento de linhas faciais hiperfuncionais – linhas glabelares moderadas a graves

Distúrbios oculares

Comuns: astenopia, ptose palpebral, edema palpebral, aumento de lacrimejamento, secura dos olhos, contrações musculares (contrações musculares ao redor dos olhos)

Incomuns: diminuição visual, visão turva, diplopia

Raro: distúrbios do movimento ocular

Distúrbios gerais e reações no local de injeção

Muito comum: reações no local da injeção (incluindo dor, hematoma, prurido, parestesia, eritema, erupção cutânea, edema, desconforto). Nota: esses eventos também foram observados no grupo placebo.

Distúrbios do sistema imune

Incomum: hipersensibilidade

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza do músculo adjacente à área da injeção

Distúrbios do sistema nervoso

Muito comum: cefaleia

Comum: fraqueza temporária do músculo facial (devido à paresia temporária dos músculos faciais próximos aos locais de injeção, descreve predominantemente a paresia da sobrancelha)

Incomum: tontura

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Incomuns: erupção cutânea, prurido

Raro: urticaria

Tratamento de linhas faciais hiperfuncionais – linhas latero-cantais moderada a graves

Em geral, as reações relacionadas com a técnica de tratamento/injeção ocorreram na primeira semana após a injeção e foram transitórias. A incidência de reações relacionadas com a técnica de tratamento/injeção diminuiu ao longo de ciclos repetidos.

Distúrbios do sistema nervoso

Comum: cefaleia, fraqueza facial temporária (paresia temporária dos músculos faciais próximos aos locais de injeção)

Distúrbios dos olhos

Comum: edema palpebral, ptose palpebral

Incomum: secura dos olhos

Distúrbios gerais e reações no local da injeção

Muito comum: reações no local da injeção (por exemplo hematoma, prurido e inchaço)

Tratamento concomitante de linhas glabelares e linhas cantais laterais

O perfil de segurança de DYSPORT® para o tratamento concomitante de linhas glabelares e linhas cantais laterais foi avaliado na parte aberta do estudo de fase III; a natureza e a frequência dos eventos adversos foram comparáveis às observadas quando os pacientes foram tratados para as indicações individuais.

Experiência pós-comercialização

O perfil de reações adversas notificadas durante o uso pós-comercialização reflete a farmacologia do produto e eventos observados durante os ensaios clínicos. Foram relatados casos esporádicos de hipersensibilidade.

Muito raramente foram relatados eventos adversos resultantes da distribuição dos efeitos da toxina para locais remotos em relação ao local da injeção (fraqueza muscular excessiva, disfagia, pneumonia por aspiração que pode ser fatal).

Alguns eventos adversos relacionados ao sistema imune (hipersensibi­lidade), ao sistema nervoso (hipoestesia) e distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo (atrofia muscular) também foram relatados, todos com frequência desconhecida.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa

10. superdose

DYSPORT®
DYSPORT®
toxina botulínica Atoxina botulínica A

RESERVADO PARA USO HOSPITALAR OU CLÍNICA MÉDICA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

DYSPORT® somente deverá ser aplicado por especialistas experientes que tenham recebido orientação e

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. indicações

DYSPORT® está indicado para o tratamento de:

distonia cervical/torcicolo espasmódico; blefaroespasmo; espasmo hemifacial; hiperidrose axilar e palmar em adultos; linhas faciais hiperfuncionais, incluindo linhas glabelares ou latero-cantais; espasticidade de membros superiores e/ou inferiores em pacientes adultos pós-AVC; deformidade em pé equino espástico em pacientes adultos com espasticidade pós-AVC; deformidade em pé equino dinâmico em pacientes pediátricos portadores de paralisia cerebral, com capacidade de deambulação (e idade superior a dois anos).

2. resultados de eficácia

DYSPORT® (toxina botulínica A) possui extensa literatura sobre suas aplicações terapêuticas. Representa recurso inestimável no tratamento da espasticidade, limitações e dor que acompanham o quadro clínico, incluindo os casos pediátricos (idade igual ou superior a dois anos) de deformidade em pé equino dinâmico. É recurso amplamente documentado na terapia da hiperidrose e das linhas faciais hiperfuncionais, com poucos eventos adversos. Tem boa duração de ação, com efeitos reversíveis. Embora método simples, requer domínio técnico.

A toxina botulínica A (TBA) tem sido considerada como tratamento de escolha do torcicolo espasmódico (distonia cervical). Os resultados dos estudos clínicos com DYSPORT®, envolvendo mais de 1.000 pacientes mostram que houve redução máxima na dor intensa ou moderada de até 73%, nos grupos tratados com até 1.000 U, comparado com 33% de resposta com placebo. Um estudo duplo-cego comparativo com triexifenidil 4 mostrou que todos os pacientes tratados com DYSPORT® apresentaram melhora, com resultados significantemente melhores que os pacientes tratados com triexifenidil, nas escalas Tsui (p<0,001) e Toronto Westerns (TWSTRS) (p<0,01). Um estudo duplo-cego, randomizado, cruzado comparou DYSPORT® e outra TBA utilizando os escores de Tsui e de TWSTRS, os resultados mostraram que DYSPORT® foi significantemente mais eficaz, tanto na melhora da distonia cervical quanto na dor, com um efeito mais duradouro, embora apresentasse incidência um pouco maior de eventos adversos.5,6 Jan­kovic J (2006)7 , em um estudo de revisão e atualização, concluiu que a TBA preveniu contraturas e outras complicações da doença, como alterações degenerativas secundárias da coluna cervical e radiculopatias. Em longo prazo (pacientes tratados por até 20 anos), a duração da resposta se manteve, com mínimo risco de imunorresistência por anticorpos.

A TBA vem sendo utilizada com sucesso no tratamento de blefaroespasmo e espasmo hemifacial, com boa eficácia e segurança. Em um conjunto de 12 estudos clínicos, 875 pacientes com blefaroespasmo e 507 com espasmo hemifacial receberam DYSPORT®, por até 16 cursos de tratamento, durante 3 a 4 anos. Em blefaroespasmo , houve melhora completa ou parcial em 91% dos pacientes, com duração consistente do efeito por 10–11 semanas. No espasmo hemifacial , verificou-se redução de 75% nos movimentos anormais, que duraram em média 15 semanas. Truong D e cols. (2008) 8 analisaram, em estudo multicêntrico, randomizado de larga escala, os efeitos do DYSPORT® (40, 80, 120 U/olho) no blefaroespasmo essencial benigno bilateral, com melhora dos danos funcionais e redução da frequência e intensidade dos espasmos faciais, versus grupo controle. Em nosso meio, Schellini AS e cols. (2006) 9 relataram melhora significativa do espasmo hemifacial e do blefaroespasmo em 91% dos pacientes (p<0,0001). A maioria dos pacientes não apresentou reações adversas. Lasalvia CGG e cols. (2006) analisaram os custos do tratamento do blefaroespasmo essencial benigno (BEB) e do espasmo hemifacial (EH) com DYSPORT® e concluíram que o procedimento possui excelente custo-benefício e promove melhora funcional significativa. O tratamento com a TBA também melhora significativamente a qualidade de vida e reduz a intensidade dos sintomas de depressão no blefaroespasmo­.10,11

Na hiperidrose palmar primária , um estudo duplo-cego, randomizado, comparativo de DYSPORT® com outra TBA, por via intradérmica, mostrou melhor performance de DYSPORT® no controle da sudorese (teste de Minor) em relação à basal (-78,6%; p=0,0002) do que a outra TBA (-56,6%; p=0,003) ao final do mês 1. Ao final do mês 3, os resultados permaneceram significantes (DYSPORT®-69,4% vs. basal; outra TBA –48,8% vs. basal). A duração dos efeitos positivos foi similar nos dois grupos: 17 semanas com DYSPORT® e 18 semanas com a outra TBA. Os eventos adversos locais foram mais frequentes com DYSPORT®. 12 Talarico-Filho S e cols. (2007) 13 compararam DYSPORT® e outra TBA na hiperidrose axilar primária em um estudo duplo-cego, randomizado. Cada paciente recebeu 150 U de DYSPORT® em uma axila e 50 U de outra TBA na axila contralateral, sendo quantificada a

sudorese pelo teste de Minor e gravimetria nos dias 0 e 15, ao final de 1 mês e de 1 ano. Após 1 mês, a taxa de sudorese foi reduzida em média de 97,7% para a outra TBA e de 99,4% para DYSPORT®, sem diferença estatística. A duração dos benefícios foi em média de 260 dias para a outra TBA e de 290 dias para DYSPORT®. Resultados similares foram reportados por outros pesquisadores.

Uma revisão sobre o uso da TBA na espasticidade , 14 abrangendo 50 estudos duplo-cegos e 150 estudos abertos, verificou que a toxina é parte importante do tratamento, além de segura e bem tolerada. Observou-se melhora dos movimentos ativos e passivos em 70 e 76% dos casos, respectivamente. A melhora funcional causada pela injeção é mais provável nos pacientes com alguma preservação do binômio musculatura agonista/anta­gonista. Os efeitos duram de 3 a 9 meses. As vantagens da injeção intramuscular de TBA para o tratamento da espasticidade incluem ausência de comprometimento sensorial, capacidade de atingir grupamentos musculares específicos, controle gradual destes músculos e poucos efeitos adversos. A média de eficácia em tratamentos prolongados foi de 65%, embora condições específicas como distonia focal de mãos demonstrem eficácia média de 83,5%. A melhora da dor, independente da função motora, foi reportada em 82,7% dos pacientes.

Na deformidade em pé equino dinâmico por espasticidade, em pacientes pediátricos com paralisia cerebral e deambulantes, DYSPORT® deve ser reservado a crianças maiores de 2 anos de idade e a centros hospitalares especializados, com equipe treinada. A redução do tônus ocorre, geralmente, dentro de 3 dias, e persiste por 2–4 meses. São apontadas melhoras relevantes e duradouras quando a aplicação da TBA é associada a outros tratamentos, como a fisioterapia.

De modo global, a experiência clínica e os estudos clínicos com o uso de TBA para rejuvenescimento facial têm confirmado sua eficácia e segurança em longo prazo. Nas linhas hiperfuncionais , a TBA inibe a exocitose da acetilcolina por 3 a 12 meses, dependendo do tecido alvo. Baixas doses de toxina são usadas para suavizar as linhas faciais hipercinéticas; isto é especialmente útil no terço superior da face. Blitzer A e cols. (1997) 15 verificaram, em um estudo com 210 sítios faciais hiperfuncionais e 162 pacientes, que o efeito da toxina foi notado 24 a 72 horas após a injeção (com 95% de melhora cosmética) e persistiu por 3 a 6 meses. Bulstrode e Grobbelaar (2002), 16 em um estudo prospectivo em pacientes com linhas hiperfuncionais com um seguimento de um a três anos, demonstraram intervalos ideais de 3 a 6 meses. Os resultados de um estudo sobre uso de TBA como tratamento das linhas verticais periorais mostraram a suavização destas linhas, preenchimento/e­versão dos lábios, e que 72% dos pacientes continuaram o tratamento. 17 O rejuvenes­cimento da pele do pescoço com a aplicação de TBA é uma modalidade de tratamento minimamente invasiva, segura e eficaz, sendo alternativa ideal à ritidectomia (Brandt e Boker, 2004). 18 Além disso, a toxina pode ser usada para corrigir o chamado “sorriso gengival”, bem como a assimetria do maxilar e da linha plastimal após ritidectomia.

As referências bibliográficas estão relacionadas ao final dessa bula.

3. características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Relaxantes Musculares de Ação Periférica. Código ATC: M03AX01.

A toxina botulínica A (ou TBA) é uma endotoxina produzida por esporos germinativos e células em crescimento da bactéria Clostridium botulinum. É um dos mais potentes entre sete tipos imunologicamente distintos de neurotoxinas.

DYSPORT® (toxina botulínica A) é um complexo de toxina-hemaglutinina botulínica tipo A isolada e purificada de culturas de Clostridium botulinum. A hemaglutinina é uma proteína pesada, que estabiliza a toxina e que não possui efeito terapêutico. A TBA é uma proteína composta de uma cadeia pesada e uma cadeia leve, ligadas através de ligações dissulfídicas (S-S). Liga-se às terminações pré-sinápticas do sistema nervoso central e inibe a liberação de acetilcolina mediada pelo íon cálcio dos nervos motores, levando a paralisia flácida dos músculos afetados. Após injeção intramuscular ou subcutânea, não se espera a sua presença no sangue periférico em níveis mensuráveis. As quantidades de neurotoxina administradas em cada sessão terapêutica não resultam, normalmente, em manifestações clínicas sistêmicas à distância, como fraqueza muscular, em pacientes sem outra disfunção neuromuscular.

Modo de ação

A toxina botulínica A (ou TBA) é classificada como agente paralisante da função neuromuscular. O complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum bloqueia a transmissão periférica colinérgica na junção neuromuscular através da ação pré-sináptica, em sítio proximal à liberação de acetilcolina. A toxina age dentro dos terminais nervosos, antagonizando eventos mediados pelo Ca2+, e que culminam na liberação do transmissor. A TBA não afeta a transmissão pós-ganglionar colinérgica ou simpática.

A ação da toxina inicia-se por rápida e intensa ligação à membrana do neurônio pré-sináptico. A seguir, ocorre o processo de internalização, em que a toxina atravessa a membrana pré-sináptica, ainda sem causar paralisia. Finalmente, a toxina inibe a liberação de acetilcolina, mediada pelo Ca2+, diminuindo assim o potencial final da placa e provocando a paralisia.

A recuperação da transmissão do impulso ocorre gradualmente quando novos terminais nervosos se desenvolvem e é restabelecido contato com a placa motora – um processo que requer de 6 a 8 semanas em modelos animais.

No tratamento das linhas glabelares, o efeito clínico se desenvolve 48 horas após a aplicação. O efeito máximo ocorre um mês após a aplicação e o tempo de ação varia de 3 a 7 meses aproximadamente. Os resultados dos estudos clínicos demonstraram consistentemente a eficácia de DYSPORT® na redução da intensidade das linhas glabelares.

Propriedades Farmacocinéticas

Estudos farmacocinéticos com TBA, em modelos animais, apresentam dificuldades de realização devido à alta potência, às pequenas doses envolvidas, ao elevado peso molecular do composto (150 kDa) e à dificuldade de marcar a toxina para produzir uma atividade específica suficientemente elevada. Estudos usando toxina marcada com I125 mostraram que a ligação ao receptor é específica e saturável, e a alta densidade dos receptores da toxina é um fator que contribui para sua potência elevada. Estudos em macacos demonstraram que, em doses baixas, houve início de efeito entre 2 e 3 dias, observando-se efeito máximo 5 a 6 dias após a injeção. A duração da ação, medida através de alterações do alinhamento ocular e da paralisia muscular, variou entre 2 semanas e 8 meses. Este modelo é observado também no homem, sendo atribuído ao processo de ligação, internalização e mudanças na junção neuromuscular.

4. contraindicações

DYSPORT® está contraindicado para indivíduos com hipersensibilidade conhecida à toxina botulínica A ou a qualquer outro componente da formulação.

Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.

5. advertências e precauções

Proporcionali­dade: tal como se aplica aos agentes biológicos em geral, não é possível estabelecer com exatidão uma proporcionalidade entre as diferentes neurotoxinas botulínicas (TBA) comercializadas. Como as apresentações comerciais de TBA têm diferentes dimensões, pesos moleculares, envoltórios proteicos, formas de armazenamento, diluição, comportamento farmacocinético e doses de administração, as unidades são específicas para cada toxina, e expressam unidades de potência específicas de cada preparação. Evidências sugerem que a proporcionalidade convencionalmente empregada no passado para a TBA 500 U Speywood (razão de 3:1 ou maior) possa ser inadequada e excessiva, porquanto motivada por estudos com amostras populacionais não significativas, e que proporcionalidades entre 1,5 e 2,5:1 poderiam ter maior respaldo clínico. Ademais, evidências sugerem maior duração de efeitos para a apresentação de TBA de 500 U – ainda demandando estudos de porte. O consenso atual é que as apresentações comercialmente disponíveis não são comparáveis por qualquer algoritmo específico, e que a avaliação médica e a resposta clínica individual devem orientar a terapêutica. 19–25

A eficácia e a segurança de DYSPORT® dependem do armazenamento adequado do medicamento, seleção correta da dose e técnicas apropriadas de reconstituição e administração, vide Posologia e Modo de usar.

Uma avaliação cautelosa deve ser feita antes de nova aplicação em pacientes que apresentaram reação alérgica prévia. Os riscos de nova reação alérgica devem ser avaliados frente aos benefícios esperados para o tratamento. Como qualquer outro medicamento de origem biológica, a aplicação de DYSPORT® pode provocar reações anafiláticas. Por isso, devem estar disponíveis as medicações para combatê-las.

Foram relatados eventuais efeitos adversos resultantes da distribuição dos efeitos da toxina para locais distantes do local de administração. Os pacientes tratados com doses terapêuticas podem apresentar fraqueza muscular excessiva. O risco de ocorrência de tais efeitos indesejáveis pode ser reduzido não se excedendo a dose recomendada e pelo uso da menor dose eficaz.

DYSPORT® deve ser usado com cautela e sob cuidadosa supervisão em pacientes com evidências subclínicas ou clínicas de deficiência na transmissão neuromuscular (e.g. miastenia grave). Tais pacientes podem apresentar sensibilidade aumentada a toxina botulínica A, que pode resultar em fraqueza muscular excessiva.

Pacientes idosos (> 65 anos): A experiência clínica não identificou diferenças na resposta entre pacientes idosos e pacientes adultos jovens. Em geral, pacientes idosos devem ser observados para avaliar sua tolerabilidade ao DYSPORT®, devido à maior frequência de risco de quedas, doença concomitante e outras terapias medicamentosas.

Ensaios clínicos controlados com placebo, em que pacientes foram tratados para espasticidade dos membros inferiores, 6,3% e 3,7% sofreram queda no grupo DYSPORT® e no grupo placebo, respectivamente.

DYSPORT® deve ser administrado com cautela a pacientes com problemas respiratórios ou de deglutição, pois estes problemas podem piorar se a toxina atingir os músculos relevantes. Broncoaspiração ocorreu em raros casos, e é um risco em pacientes portadores de patologia respiratória crônica. Nesses pacientes, o tratamento deve ser administrado sob o controle de um especialista e apenas se o benefício esperado para o tratamento superar o risco.

Os pacientes e seus cuidadores devem ser alertados sobre a necessidade de tratamento médico imediato em caso de problemas respiratórios, de deglutição ou fala.

Foram relatados casos muito raros de óbito, ocasionalmente num contexto de disfagia, pneumopatia e/ou em pacientes com astenia significativa, após o tratamento com toxina botulínica A ou tipo B.

Foram relatados casos de secura nos olhos com o uso de DYSPORT® no tratamento de linhas glabelares e latero-cantais, blefarospasmo e espasmo hemifacial (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). Pode ocorrer produção reduzida de lágrimas, piscar reduzido e distúrbio da córnea com o uso de toxinas botulínicas, incluindo DYSPORT®.

Para o tratamento de pacientes com paralisia cerebral, DYSPORT® somente deve ser usado a partir de 2 anos de idade. A posologia e a frequência de administração recomendadas para DYSPORT® não devem ser ultrapassadas.

Raramente, foi observada formação de anticorpos contra a toxina botulínica em pacientes em uso de DYSPORT®. Clinicamente, a existência de quantidades significativas de anticorpos neutralizantes pode ser presumida pela deterioração substancial da resposta terapêutica e/ou pela necessidade constante de aumento das doses.

Os médicos que fizerem uso de DYSPORT® em seus pacientes devem conhecer profundamente a anatomia e a fisiologia neuromuscular, bem como estar a par de quaisquer alterações anatômicas que potencialmente podem ocorrer após procedimentos cirúrgicos anteriores. Devem conhecer técnicas-padrão de eletromiografi­a (EMG).

É essencial conhecer a anatomia facial do paciente antes de administrar DYSPORT® para correção de linhas glabelares. Deve ser considerada a possibilidade de assimetria facial, ptose, dermatocalasia excessiva, cicatrizes, bem como quaisquer alterações em relação a essa anatomia como resultado de intervenções cirúrgicas prévias.

Os pacientes a serem tratados quanto a linhas hiperfuncionais na região glabelar devem ser cuidadosamente avaliados e desencorajados a prosseguir com o tratamento, caso as linhas hiperfuncionais não sejam causadas pela contratura dos músculos subjacentes.

Recomenda-se que o frasco-ampola de DYSPORT® seja usado para tratar um único paciente, durante uma única sessão. Qualquer resíduo remanescente do produto que não tenha sido utilizado deve ser descartado. Precauções específicas devem ser tomadas para o preparo e a administração do produto, inativação e descarte de qualquer solução reconstituída não utilizada.

Tal como outras toxinas botulínicas, este produto contém uma pequena quantidade de albumina humana. O risco de transmissão de infecção viral não pode ser excluído com absoluta certeza, no caso do uso de sangue humano ou derivados.

Nos casos de hiperidrose, antes do início do tratamento, deve-se considerar causas secundárias, como menopausa, obesidade, uso de drogas (e.x. antidepressivos), distúrbios endócrinos (e.x. hipoglicemia, hipertiroidismo, feocromocitoma), distúrbios neurológicos com desregulação autonômica, e psiquiátricos, (e.x. – fobia social).

O uso de DYSPORT® em pacientes com insuficiência hepática ou renal não costuma demandar redução de dose.

Como qualquer injeção intramuscular, DYSPORT® deve ser usado somente quando estritamente necessário, em pacientes com tempo de sangramento prolongado, infecção ou inflamação local na área a ser injetada. Cuidados especiais devem ser tomados nos pacientes portadores de coagulopatia ou em uso de anticoagulantes.

Deve-se ter cautela quando DYSPORT® for utilizado em músculos que apresentam fraqueza ou atrofia excessiva.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e usar máquinas: há um risco potencial de fraqueza muscular ou distúrbios visuais que, se ocorrer, pode temporariamente prejudicar a capacidade de dirigir ou de operar máquinas.

Gravidez, lactação e fertilidade

Categoria de risco na gravidez C – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Existem dados de segurança limitados quanto ao uso do complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum em mulheres grávidas. Estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais, diretos ou indiretos, durante a gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal, a não ser os relacionados com a intoxicação materna causada por altas doses. Não existem dados clínicos sobre o efeito de DYSPORT® na fertilidade.

DYSPORT® só deve ser usado por mulheres grávidas se o benefício esperado do tratamento justificar qualquer risco potencial ao concepto. A prescrição a mulheres grávidas deve ser feita com extrema cautela.

Não se sabe se o complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum é excretado através do leite humano. Não foi estudada a excreção deste complexo através do leite, em animais. Não é recomendado o uso durante a lactação.

Não existem dados clínicos sobre a utilização de DYSPORT® e seu efeito na fertilidade. Não há evidências de efeito direto de DYSPORT® na fertilidade em estudos com animais.

Dados de segurança pré-clínica :

Os estudos de toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos tratados com complexo toxina-hemaglutinina tipo A de Clostridium botulinum – através de uma injeção intramuscular diária, em doses de 79 unidades/kg e 42 unidades/kg (em ratos e coelhos, respectivamente), não resultaram em toxicidade embrionária/fetal. Foi observada toxicidade materna grave, associada à perda do implante embrionário, com doses mais elevadas, em ambas as espécies. O complexo não demonstrou atividade teratogênica, em ratos e coelhos, e nenhum efeito foi observado no pré- e pós-natal na geração F1 de ratos. A fertilidade dos machos e fêmeas foi comprometida devido à redução do acasalamento, secundária à paralisia muscular, em doses elevadas.

Em um estudo de toxicidade crônica realizado em ratos com até 12 unidades/animal, não houve evidência de toxicidade sistêmica. Efeitos na reprodução e na toxicidade crônica dos estudos não clínicos limitaram-se a alterações nos músculos injetados, em linha com o mecanismo de ação do complexo.

Em um estudo de toxicidade juvenil, os ratos tratados semanalmente a partir da idade de desmame no dia 21 pós-natal até 13 semanas de idade (comparáveis a crianças de 2 anos de idade) até a idade adulta jovem (11 administrações por 10 semanas, até a dose total de aproximadamente 33U/kg), não mostraram efeitos adversos no crescimento pós-natal (incluindo avaliação esquelética), desenvolvimento reprodutivo, neurológico e neuro-comportamental.

Não houve irritação ocular após a administração do complexo, em olhos de coelhos.

6. interações medicamentosas

Os efeitos da toxina botulínica A podem ser potencializados por fármacos que interfiram direta ou indiretamente com a função neuromuscular e, portanto, tais medicamentos devem ser usados com precaução em pacientes tratados com toxina botulínica.

Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos. A alimentação não interfere nos efeitos de DYSPORT®.

7. cuidados de armazenamento do medicamento

Cuidados de conservação : Conservar entre +2 °C e +8 °C (sob refrigeração). Não congelar.

Uma vez que o produto não contém um agente antimicrobiano, sob o ponto de vista microbiológico, é recomendado que o produto seja usado imediatamente após a reconstituição. Entretanto, após o preparo, se mantido sob refrigeração (entre +2 °C e +8 °C), o produto mantêm sua estabilidade por até 24 horas. O medicamento reconstituído não deve ser congelado. Recomenda-se que o batoque do frasco de DYSPORT® seja perfurado apenas uma vez, pois este componente não foi projetado para penetrações repetidas da agulha.

Prazo de validade : 24 meses contados a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas : Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

DYSPORT® é apresentado como um pó liófilo branco, cujos grânulos são sólidos, uniformes e sem corpos estranhos. Após reconstituição com solução salina 0,9% (soro fisiológico) obtém-se um líquido claro e incolor.

O frasco-ampola de DYSPORT® não contém vácuo, apenas um gradiente diferencial de pressão mínimo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. posologia e modo de usar

As unidades Speywood são exclusivas para DYSPORT® e não são intercambiáveis com outras preparações contendo toxina botulínica.

Vias de administração: Intramuscular ou subcutânea. O uso de outra via de administração que não seja a intramuscular ou subcutânea poderá causar transtornos neuromusculares graves.

DYSPORT® deverá ser reconstituído com solução salina 0,9% (soro fisiológico), conforme descrito nas Tabelas de Diluição abaixo, de acordo com a técnica do profissional e a clínica do paciente.

Tabela de Diluição de DYSPORT® 300 U e concentrações resultantes:

Volume de Diluição (300 U)

Concentração (U/0,1 mL)

0,6 mL

50 U/ 0,1 mL

1,0 mL

30 U/ 0,1 mL

1,2 mL

25 U/ 0,1 mL

1,5 mL

20 U/ 0,1 mL

2,0 mL

15 U/ 0,1 mL

3,0 mL

10 U/ 0,1 mL

Tabela de Diluição de DYSPORT® 500 U e concentrações resultantes:

Volume de Diluição (500 U)

Concentração (U/0,1 mL)

1,0 mL

50 U/ 0,1 mL

2,0 mL

25 U/ 0,1 mL

2,5 mL

20 U/ 0,1 mL

3,0 mL

16,6 U/ 0,1 mL

Instruções de uso:

A porção central da tampa de borracha deve ser limpa com álcool imediatamente antes de inserir a agulha estéril. Cada frasco-ampola tem capacidade máxima de 3 mL.

Instruções de descarte:

A toxina botulínica A é muito suscetível ao calor e certos produtos químicos. Qualquer derramamento deve ser limpo usando um material absorvente embebido em solução de hipoclorito diluída (no caso de produto liofilizado ou superfície seca) ou com material absorvente seco (no caso de produto reconstituído). Se um frasco-ampola quebrar, proceder como indicado acima. Recolher cuidadosamente os cacos de vidro e limpar, evitando qualquer corte na pele. Se o produto entrar em contato com a pele, lavar com solução de hipoclorito diluída e enxaguar abundantemente com água. Se o produto entrar em contato com os olhos, enxaguar abundantemente com água ou solução de enxágue específica para olhos. Todos os materiais contaminados devem ser devidamente descartados.

Insuficiência renal: não é relevante uma vez que o medicamento é administrado localmente e não sofre metabolismo sistêmico.

Insuficiência hepática: não é relevante uma vez que o medicamento é administrado localmente e não sofre metabolismo sistêmico.

Espasticidade de membros superiores e/ou membros inferiores em adultos e membros inferiores em crianças acima de 2 anos – orientações gerais

A dose em sessões de tratamento inicial e sequencial deve ser adaptada ao indivíduo com base no tamanho, número e localização dos músculos envolvidos, gravidade da espasticidade, presença de fraqueza muscular local, resposta do paciente ao tratamento anterior e/ou histórico de eventos adversos. Embora a localização real dos locais de injeção possa ser determinada por palpação, recomenda-se o uso de uma técnica guiada de orientação de injeção, como eletromiografia, estimulação elétrica ou ultrassom para direcionar os locais de injeção. A dose inicial deve ser reduzida se houver evidências que sugiram risco de fraqueza excessiva dos músculos alvo, como por exemplo, pacientes em que os músculos alvo são pequenos ou em que foram administradas injeções em outros grupos musculares. A melhora clínica pode ser esperada dentro de duas semanas após o tratamento. As injeções podem ser repetidas a cada 12 a 16 semanas, ou conforme necessário para manter resposta adequada, mas não mais frequentemente do que a cada 12 semanas. Crianças: A segurança e a eficácia de DYSPORT® no tratamento da espasticidade de membros inferiores e superiores pós-AVC não foram demonstradas em crianças. Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular. Não se deve administrar mais do que 1 ml (adultos) e 0,5 ml (crianças) em qualquer local de injeção única

a) Espasticidade de membros inferiores (incluindo pós-AVC)

Posologia: A dose recomendada é de até 1.500 unidades Speywood no total, distribuídas entre os músculos gastrocnêmio e sóleo, embora injeções no músculo tibial posterior e outros também possam ser consideradas. A dose máxima administrada não deve exceder 1.500 unidades.

A tabela a seguir exemplifica doses para outros grupos musculares, se clinicamente adequado:

Doses usuais de DYSPORT® injetadas em músculos dos membros inferiores

[Essas doses podem ser diminuídas ou aumentadas em função dos fatores já mencionados ]

Músculo

Doses recomendada de

DYSPORT®

Pontos de Aplicação

Gastrocnêmio

Cabeça medial

100 – 450 U

1 – 3

Cabeça lateral

100 – 450 U

1 – 3

Sóleo

300 – 550 U

2 – 4

Tibial Posterior

100 – 250 U

1 – 3

Flexor Longo dos Artelhos

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Curto dos Artelhos

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Longo do Hálux

50 – 200 U

1 – 2

Flexor Curto do Hálux

50 – 100 U

1 – 2

Adutor Magno

100 – 300 U

1 – 3

Adutor Longo

50 – 150 U

1 – 2

Adutor Curto

50 – 150 U

1 – 2

Grácil

100 – 200 U

1 – 3

Isquiotibiais

100 – 400 U

1 – 3

Reto Femoral

100 – 400 U

1 – 3

Glúteo Máximo

100 – 400 U

1 – 2

Glúteo Mínimo

120 – 180 U

1

A dose máxima total por sessão de tratamento é 1500 U

Grupo muscular alvo primário para o tratamento da espasticidade do tornozelo

b) Espasticidade de membros superiores (incluindo pós-AVC)

Posologia: A dose recomendada é de até 1.000 unidades Speywood, distribuídas entre os cinco músculos a seguir: flexor profundo dos dedos (FDP), flexor superficial dos dedos (FDS), flexor ulnar do carpo (FCU); flexor radial do carpo (FCR) e bíceps braquial (BB). A dose máxima administrada não deve exceder 1.000 unidades.

Todos os músculos, exceto o bíceps braquial (BB), podem ser injetados em um único ponto. O bíceps, porém, pode ser injetado em dois pontos. A distribuição da dose recomendada (em unidades Speywood) está relacionada abaixo:

BB

FDP

FDS

FCU

FCR

Total

300 – 400

150

150 – 250

150

150

1.000

Doses superiores a 1000 U e até 1500 U podem ser administradas quando os músculos do ombro também são injetados. Doses superiores a 1500 unidades de DYSPORT® não foram investigadas para o tratamento da espasticidade do membro superior em adultos.

A melhora clínica pode ser esperada dentro de duas semanas após a injeção. A maioria dos pacientes em estudos clínicos foi retratada entre 12 e 16 semanas; no entanto, alguns pacientes tiveram uma duração mais longa de resposta, ou seja, 20 semanas. O grau e padrão de espasticidade muscular no momento da reinjeção pode necessitar de alterações na dose de DYSPORT® e nos músculos a serem injetados.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular. A tabela a seguir exemplifica doses para outros grupos musculares, se clinicamente adequado:

Doses usuais de DYSPORT® injetadas em músculos dos membros superiores

[ Essas doses podem ser diminuídas ou aumentadas em. função dos. fatores já mencionados ]

Músculos Injetados

Doses recomendadas de DYSPORT® (U)

Pontos de Aplicação

Grande Dorsal

150 – 300U

2 – 3

Peitoral Maior*

150 – 300U

1 – 2

Redondo Maior

90 – 150U

1

Redondo Menor*

60 – 120 U

1

Deltoide*

150 – 300U

1 – 2

Bíceps Braquial

200 – 400 U

2 – 4

Tríceps Braquial

150 – 300U

2 – 3

Braquiorradial

100 – 200 U

1

Braquial

200 – 400 U

2 – 4

Subescapular

150 – 300U

2 – 3

Pronador Redondo

100 – 200 U

1

Pronador Quadrado

60 – 90 U

1

Flexor Ulnar do Carpo

100 – 200 U

1 – 2

Extensor do Punho*

30 – 100U

1 – 2

Flexor Radial do Carpo

100 – 200 U

1 – 2

Palmar Longo*

60 – 150U

1 – 2

Flexor Superficial dos Dedos

100 – 200 U

1 – 2

Flexor Profundo dos Dedos

100 – 200 U

1 – 2

Flexor Longo do Polegar

100 – 200 U

1

Oponente do Polegar

30 – 60 U

1

Adutor do Polegar

25 – 50 U

1

Intrínsecos da Mão (Lumbricais – por músculo)

15 – 20 U

1

A dose máxima total por tratamento é 1000 U, ou 1500 U se a aplicação for feita nos músculos do ombro

* Músculos pouco injetados.

c) Espasticidade na paralisia cerebral pediátrica

Posologia:

A dose total máxima de DYSPORT® administrada por sessão de tratamento não deve exceder 15 U/kg para injeções unilaterais de membros inferiores ou 30 U/kg para injeções bilaterais. Além disso, a dose total de DYSPORT® por sessão de tratamento não deve exceder 1000 unidades ou 30 U/kg, o que for menor. A dose total administrada deve ser dividida entre os músculos espásticos afetados do(s) membro(s) inferior(es). Quando possível, a dose deve ser distribuída em mais de 1 local de injeção em qualquer músculo isolado. Não mais do que 0,5 ml de DYSPORT® devem ser administrados em qualquer local de injeção.

Dose de DYSPORT® por Músculo para Espasticidade do Membro Inferior Pediátrico

Músculo

Faixa de Dose Recomendada por músculo por perna (U/kg de peso corporal)

Número de locais de injeção por músculo

Distal

Gastrocnêmio

5 a 15 U/kg

Até 4

Sóleo

4 a 6 U/kg

Até 2

Tibial posterior

3 a 5 U/kg

Até 2

Proximal

Isquiotibiais

5 a 6 U/kg

Até 2

Adutores de quadril

3 a 10 U/kg

Até 2

Dose Total

Até 15 U/kg/perna, se injetada apenas nos músculos distais, apenas nos músculos proximais ou multinível (músculos distais e proximais)

A maioria dos pacientes em estudos clínicos foi retratada entre 16 e 22 semanas; no entanto, alguns pacientes tiveram uma duração de resposta mais longa, ou seja, 28 semanas. O grau e padrão de espasticidade muscular no momento da reinjeção pode necessitar de alterações na dose de DYSPORT® e nos músculos a serem injetados.

Distonia cervical / Torcicolo espasmódico, espasmo hemifacial e blefaroespasmo – orientações gerais

As injeções podem ser repetidas a cada 12 semanas (espasmo hemifacial e blefaroespasmo) a 16 semanas (distonia cervical/torcicolo espasmódico), ou conforme necessário para manter resposta adequada, mas não mais frequentemente do que a cada 12 semanas.

Crianças: A segurança e a eficácia de DYSPORT® no tratamento do torcicolo espasmódico, blefaroespasmo e espasmo hemifacial não foram demonstradas em crianças.

d) Distonia cervical / Torcicolo espasmódico

Posologia: As doses recomendadas para torcicolo são aplicáveis a adultos de todas as idades, desde que com peso normal e sem nenhuma evidência de perda de massa muscular cervical. Uma dose reduzida pode ser apropriada, se o paciente estiver claramente abaixo do peso ou em idosos, nos casos em que possa existir massa muscular reduzida.

A dose inicial recomendada para o tratamento de torcicolo espasmódico é de 500 unidades Speywood por paciente, dividida e administrada nos dois ou três músculos distônicos do pescoço.

Para o torcicolo rotacional, recomenda-se distribuir as 500 unidades, administrando-se 350 unidades no músculo esplênio da cabeça, ipsilateral à direção da rotação queixo/cabeça, e 150 unidades no músculoesterno­cleidomastoide­o, contralateral à rotação.

Para laterocolo, recomenda-se distribuir as 500 unidades administrando-se 350 unidades no músculo esplênio da cabeça ipsilateral, e 150 unidades no músculoesterno­cleidomastoide­o. Nos casos associados à elevação do ombro, os músculos trapézio ipsilateral ou o elevador da escápula podem também requerer tratamento, de acordo com a hipertrofia do músculo ou com a eletromiografia (EMG). Quando forem necessárias injeções em três músculos, recomenda-se distribuir as 500 unidades como a seguir: 300 unidades no esplênio da cabeça, 100 unidades no esternocleido­mastoideo e 100 unidades no terceiro músculo.

Para retrocolo, recomenda-se distribuir as 500 unidades, administrando-se 250 unidades em cada um dos músculos esplênios da cabeça. Isto pode ser seguido por injeções bilaterais no trapézio (até 250 unidades por músculo) após 6 semanas, se a resposta for insuficiente. As injeções bilaterais no esplênio podem aumentar o risco de fraqueza muscular do pescoço.

Todas as outras formas de torcicolo são altamente dependentes de conhecimento especializado e uso da EMG para identificar e tratar os músculos mais afetados. A EMG deve ser usada como diagnóstico em todas as formas complexas de torcicolo, quando não ocorrerem os resultados esperados, em casos não complexos, e para orientar injeções nos músculos profundos, em pacientes com sobrepeso, nos quais os músculos do pescoço são difíceis de individualizar.

Na administração subsequente, as doses podem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica e os efeitos adversos observados. São recomendadas doses na faixa de 250 a 1.000 unidades, embora doses mais elevadas possam ser acompanhadas por um aumento de reações adversas, particularmente disfagia. Não são recomendadas doses acima de 1.000 unidades.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular.

e) Blefaroespasmo e espasmo hemifacial

Posologia: Adultos e idosos:

Em um estudo clínico de avaliação de dose de DYSPORT® para tratamento de blefaroespasmo essencial benigno, a dose de 40 unidades por olho foi significativamente efetiva.

Doses de 80 unidades e 120 unidades por olho resultaram em maior duração do efeito terapêutico. Porém, a incidência de eventos adversos relacionados, particularmente ptose palpebral, é maior com o aumento da dose. Para o tratamento de blefaroespasmo e espasmo hemifacial, a dose máxima administrada não deve exceder 120 unidades por olho.

Injeções de 10 unidades administradas medialmente e 10 unidades administradas lateralmente devem ser realizadas na junção entre a região pré-septal e orbital de ambos os músculos orbiculares superiores (3 e 4) e inferiores (5 e 6) dos olhos. A fim de reduzir o risco de ptose como complicação, deve ser evitada a injeção próxima ao elevador da pálpebra superior.

Para injeções na pálpebra superior, a agulha deve ser direcionada para fora de seu centro, para evitar o músculo elevador. Um diagrama para ajudar na aplicação destas injeções é fornecido acima. Pode-se esperar que o alívio dos sintomas comece dentro de dois a dez dias após a injeção, com efeito máximo dentro de duas semanas.

Em tais administrações subsequentes, caso a resposta ao tratamento inicial seja considerada insuficiente, a dose administrada em cada olho pode ser aumentada conforme descrito a seguir: 60 unidades (10 unidades administradas medialmente e 20 unidades administradas lateralmente); 80 unidades (20 unidades administradas medialmente e 20 unidades administradas lateralmente) ou até 120 unidades (20 unidades administradas medialmente e 40 unidades administradas lateralmente) acima e abaixo de cada olho da maneira previamente descrita. Injeções em locais adicionais no músculo frontal acima da sobrancelha (1 e 2) também podem ser realizadas se espasmos nesta região interferem com a visão.

Nos casos de blefaroespasmo unilateral, as injeções devem ser restritas ao olho afetado. Pacientes com espasmo hemifacial devem ser tratados tal como no blefaroespasmo unilateral. As doses recomendadas são aplicáveis aos adultos de todas as idades incluindo os idosos.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção subcutânea medial e lateralmente, na junção entre as regiões pré-septal e orbital de ambos os músculos orbiculares superiores e inferiores dos olhos.

Hiperidrose axilar e palmar, linhas faciais hiperfuncionais, linhas latero-cantais moderadas a graves, linhas horizontais na região frontal – orientações gerais

Crianças: a segurança e a eficácia do uso de DYSPORT® em crianças ainda não foram demonstradas. O uso de DYSPORT® não é recomendado para o tratamento de linhas faciais em pacientes com menos de 18 anos de idade. A necessidade de novas aplicações deverá ser determinada em bases individuais, mas não mais frequentemente que a cada 12 semanas.

f) Hiperidrose axilar

Posologia: Adultos e idosos: A dose inicial recomendada é de 100 unidades Speywood por axila. Caso o efeito desejado não seja obtido, podem ser administradas até 200 U por axila em injeções subsequentes. A área a ser injetada deve ser previamente identificada pelo teste iodo-amido de Minor. Após assepsia local, delimitam-se 10 pontos. São, administradas 100 unidades por axila (ou seja, 10 unidades por ponto delimitado), por via intradérmica. O efeito máximo é esperado dentro de duas semanas após a injeção. Em muitos casos, a dose recomendada proporcionará uma supressão adequada da secreção de suor por aproximadamente 48 semanas. Há evidências sugerindo um possível efeito cumulativo de doses repetidas, de modo que o intervalo entre cada tratamento deve ser avaliado individualmente. A dose máxima administrada não deve exceder 200 unidades por axila.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intradérmica, conforme descrito acima. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 23 ou 25.

g) Hiperidrose palmar

Posologia: Adultos e idosos: Para hiperidrose palmar, a dose total utilizada por palma é de 120 unidades Speywood, distribuídas em 6 a 25 diferentes pontos de injeção subcutânea, sendo 10 unidades por ponto.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intradérmica, nas áreas hiperidróticas previamente determinadas. Usam-se agulhas estéreis de calibre 26. Alguns estudos não usaram anestesia local prévia, outros usaram resfriamento local da palma, ou bloqueio dos nervos medial ou ulnar para minimizar a dor.

h) Linhas faciais hiperfuncionais

Para o tratamento de linhas faciais hiperfuncionais, DYSPORT® deve ser reconstituído, conforme detalhado nas Tabelas de Diluição. O médico deverá julgar a dose ideal baseando-se na clínica do paciente.

Linhas glabelares moderadas a graves

Posologia: A dose recomendada é de 50 unidades de DYSPORT®, que deve ser dividida em 5 pontos de injeção. Dez unidades devem ser administradas por via intramuscular em cada um destes 5 pontos: duas injeções em cada músculo corrugador e uma injeção no músculo prócero, próxima ao ângulo nasofrontal, conforme mostrado no diagrama abaixo.

Remover a maquiagem e desinfetar a pele com um antisséptico local. Marcos anatômicos podem ser mais facilmente identificados se o paciente franzir a testa. Antes da injeção, posicionar o polegar ou indicador abaixo da margem orbital, a fim de evitar extravasamento para a região abaixo da margem orbital. As injeções intramusculares devem ser aplicadas perpendicularmente à pele, utilizando uma agulha estéril de calibre 29–30. A agulha deve ser posicionada de forma ascendente e medialmente durante a injeção. A fim de reduzir o risco de ptose, deve-se evitar injeção próxima ao elevador da pálpebra superior, particularmente em pacientes com grandes complexos do depressor do supercílio. Injeções no corrugador lateral devem ser aplicadas ao menos 1 cm acima da crista óssea supra-orbital.

Método de administração: A solução reconstituída deve ser administrada por injeção intramuscular, conforme descrito acima.

Linhas latero-cantais moderadas a graves

Posologia:

Pacientes com até 50 anos: A dose recomendada é de 30 unidades de DYSPORT® para cada região ocular, e que deve ser dividida em 3 pontos de aplicação (10 unidades por ponto; dose total de 60 unidades, considerando ambos os olhos). A injeção deve ser lateral (ângulo de 20–30°) à pele e muito superficial. Todos os pontos de injeção devem estar na parte externa do músculo orbicular do olho e suficientemente longe da borda orbital (aproximadamente 1 – 2 cm da borda orbital externa como mostrado abaixo).

Pacientes acima de 50 anos: A dose recomendada é de 45 unidades de DYSPORT® para cada região ocular e que deve ser dividida em 3 pontos de aplicação (15 unidades por ponto; dose total de 90 unidades, considerando ambos os olhos).

Todos os pacientes: Remover a maquiagem e desinfetar a pele com um antisséptico local. As injeções intramusculares no orbicular devem ser aplicadas perpendicularmente à pele.

Em cada um dos 3 pontos devem a ser administradas de 10 U(em pacientes com até 50 anos) a 15 U (em pacientes com 50 anos ou mais). Os pontos de aplicação devem estar todos a, no mínimo, 1,5 cm do canto lateral da órbita, e 1 cm acima da borda orbital. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 30.

Deve-se pedir que o paciente sorria. As injeções devem ser administradas no sentido do extremo exterior das linhas latero-cantais – em direção lateral, perpendicular às linhas latero-cantais. Deve-se tomar cuidado para evitar a injeção próxima à margem inferior do músculo zigomático maior. Deve-se advertir o paciente para não esfregar a área injetada nas 12 horas seguintes ao tratamento.

Linhas horizontais da região frontal

Posologia: Adultos e idosos: Recomendam-se 30 a 45 U para tratamento parcial, e de 60 a 80 U para paralisia total. Uma linha imaginária é traçada horizontalmente através da fronte entre os supercílios e a linha de implante do cabelo. Via de regra, usam-se agulhas estéreis de calibre 30. Injetam-se 6 U em cada ponto, podendo iniciar na linha vertical que passa sobre cada pupila. Duas injeções adicionais (mesmas doses) são aplicadas entre estes dois sítios, de forma que se produzam pelo menos 4 pontos equidistantes nesta linha horizontal. Massagear com firmeza estes pontos.

De um modo geral, no tratamento de linhas faciais, um efeito significativo tem início dentro de 7 a 14 dias, atingindo um máximo em um mês e persistindo por 3 a 4 meses após a injeção de DYSPORT®.

As injeções poderão ser repetidas, de acordo com a resposta clínica, a cada 16 semanas, aproximadamente, sendo recomendável um intervalo mínimo de 3 meses entre cada aplicação.

9. reações adversas

As reações adversas e os eventos adversos são classificadas de acordo com a sua freqüência, primeiro as mais freqüentes, usando os seguintes parâmetros:

Frequência

Parâmetros

> 1/10 (> 10%)

Muito comum

> 1/100, < 1/10 (> 1% e <10%)

Comum (frequente)

> 1/1000, < 1/100 (> 0,1% e <1%)

Incomum (infrequente)

> 1/10.000, < 1/1000 (> 0,01% e < 0,1%)

Rara

< 1/10.000 (> 0,001%)

Muito rara

Desconhecida

Não é possível estimar a partir dos dados disponíveis

Gerais

Nos pacientes tratados com DYSPORT® em uma série de estudos clínicos para blefaroespasmo, espasmo hemifacial, torcicolo espasmódico, espasticidade associada à paralisia cerebral ou AVC, hiperidrose axilar ou linhas faciais hiperfuncionais, aproximadamente 25% experimentaram um evento adverso.

Reações adversas a DYSPORT® estão relacionadas, em geral, à fraqueza temporária da musculatura adjacente, que pode ser minimizada mediante uso das mínimas doses eficazes, nos respectivos grupamentos.

Distúrbios do sistema nervoso

Rara: amiotrofia neurálgica

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Incomum: prurido

Rara: erupções cutâneas

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comuns: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reações no local da injeção (dor, hematoma)

Os seguintes eventos adversos, geralmente de intensidade leve e moderada, foram observados nos pacientes tratados com DYSPORT® para as seguintes indicações:

Espasticidade de membros inferiores pós-AVC

Distúrbios gastrointestinais

Comum: disfagia

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular nos membros inferiores, mialgia

Distúrbios urinários e renais

Incomum: incontinência urinária

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (dor, hematomas, erupção cutânea, prurido)

Lesão, envenenamento e complicações no procedimento

Comum: lesão acidental/quedas

Espasticidade de membros superiores pós-AVC

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: astenia, fadiga, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (por exemplo, dor, eritema, inchaço etc.)

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular, dor musculoesquelética, dor nas extremidades

Distúrbios gastrointestinais

Incomum: disfagia

A frequência da disfagia foi derivada de dados agrupados de estudos abertos. Disfagia não foi observada nos estudos duplo-cegos na indicação AUL (membro superior adulto).

Tratamento sintomático da espasticidade focal que afeta o membro superior e inferior em adultos

Ao tratar ambos os membros superiores e inferiores concomitantemente com DYSPORT® em uma dose total de até 1500 U, não há achados de segurança além daqueles esperados do tratamento dos membros superiores ou dos músculos dos membros inferiores isoladamente.

Espasticidade parcial da paralisia cerebral (PC) pediátrica

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza muscular nos membros inferiores, mialgia

Distúrbios renais e urinários

Comum: incontinência urinária

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Comum: marcha anormal, sintomas como os da gripe, reação no local da injeção (dor, eritema, hematomas, etc.), fadiga

Incomum: astenia

Lesão, envenenamento e complicações no procedimento

Comum: lesão acidental/quedas

Torcicolo espasmódico

Distúrbios do sistema nervoso

Comuns: cefaléia, vertigem, fraqueza do músculo facial

Distúrbios oculares

Comuns: visão turva, acuidade visual reduzida

Incomum: diplopia, ptose

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Comuns: disfonia, dispnéia

Raro: aspiração

Distúrbios gastrointestinais

Muito comuns: disfagia, boca seca

Incomum: náusea

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Muito comum: fraqueza muscular

Comuns: dor no pescoço, dor musculoesquelética, mialgia, dor nas extremidades, rigidez musculosquelética Incomum: atrofia muscular, distúrbio da mandíbula

A disfagia parece ser relacionada à dose e foi mais frequente após a injeção no músculoesterno­cleidomastoide­o.

Recomenda-se uma dieta leve, e cuidado com líquidos, até a resolução dos sintomas.

Blefaroespasmo e espasmo hemifacial

Distúrbios do sistema nervoso

Comum: fraqueza do músculo facial

Incomum: paralisia facial

Distúrbios oculares

Muito comum: ptose

Comuns: diplopia, secura dos olhos, lacrimejamento

Rara: oftalmoplegia

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Comum: edema palpebral

Rara: entrópio

Reações adversas podem ocorrer devido a injeções profundas ou injeções posicionadas incorretamente de DYSPORT®, paralisando temporariamente outros grupos musculares próximos.

Hiperidrose axilar

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Comum: sudorese compensatória, erupção cutânea

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação

Incomum: reações no local da injeção * (por exemplo, dor, hematomas, prurido, edema)

* Foram observadas reações no local da injeção durante a vigilância pós-comercialização na indicação de hiperidrose axilar.

Hiperidrose palmar

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Sudorese compensatória, rash

Distúrbios gerais e reações no local de injeção

Podem ocorrer fraqueza dos músculos adjacentes e dor, hematomas, prurido, edema no local da aplicação da injeção.

Tratamento de linhas faciais hiperfuncionais – linhas glabelares moderadas a graves

Distúrbios oculares

Comuns: astenopia, ptose palpebral, edema palpebral, aumento de lacrimejamento, secura dos olhos, contrações musculares (contrações musculares ao redor dos olhos)

Incomuns: diminuição visual, visão turva, diplopia

Raro: distúrbios do movimento ocular

Distúrbios gerais e reações no local de injeção

Muito comum: reações no local da injeção (incluindo dor, hematoma, prurido, parestesia, eritema, erupção cutânea, edema, desconforto) Nota: esses eventos também foram observados no grupo placebo.

Distúrbios do sistema imune

Incomum: hipersensibilidade

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Comum: fraqueza do músculo adjacente à área da injeção

Distúrbios do sistema nervoso

Muito comum: cefaleia

Comum: fraqueza temporária do músculo facial (devido à paresia temporária dos músculos faciais próximos aos locais de injeção, descreve predominantemente a paresia da sobrancelha) Incomum: tontura

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Incomuns: erupção cutânea, prurido

Raro: urticaria

Tratamento de linhas faciais hiperfuncionais – linhas latero-cantais moderada a graves

Em geral, as reações relacionadas com a técnica de tratamento/injeção ocorreram na primeira semana após a injeção e foram transitórias. A incidência de reações relacionadas com a técnica de tratamento/injeção diminuiu ao longo de ciclos repetidos.

Distúrbios do sistema nervoso

Comum: cefaleia, fraqueza facial temporária (paresia temporária dos músculos faciais próximos aos locais de injeção)

Distúrbios dos olhos

Comum: edema palpebral, ptose palpebral

Incomum: secura dos olhos

Distúrbios gerais e reações no local da injeção

Muito comum: reações no local da injeção (por exemplo hematoma, prurido e inchaço)

Tratamento concomitante de linhas glabelares e linhas cantais laterais

O perfil de segurança de DYSPORT® para o tratamento concomitante de linhas glabelares e linhas cantais laterais foi avaliado na parte aberta do estudo de fase III; a natureza e a frequência dos eventos adversos foram comparáveis às observadas quando os pacientes foram tratados para as indicações individuais.

Experiência pós-comercialização

O perfil de reações adversas notificadas durante o uso pós-comercialização reflete a farmacologia do produto e eventos observados durante os ensaios clínicos. Foram relatados casos esporádicos de hipersensibilidade.

Muito raramente foram relatados eventos adversos resultantes da distribuição dos efeitos da toxina para locais remotos em relação ao local da injeção (fraqueza muscular excessiva, disfagia, pneumonia por aspiração que pode ser fatal).

Alguns eventos adversos relacionados ao sistema imune (hipersensibi­lidade), ao sistema nervoso (hipoestesia) e distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo (atrofia muscular) também foram relatados, todos com frequência desconhecida.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa