Bula do profissional da saúde - DOTAREM GUERBET PRODUTOS RADIOLÓGICOS LTDA
ácido gadotérico 0,5 mmol/mL
I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Solução injetável.
Embalagem com 1 frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL ou 60 mL.
Embalagem com 25 frascos-ampola de 10 mL ou 15 mL ou 20 mL.
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
ácido gadotérico () ------------------------------------------------------------- 0,27932 g (corresponde 10 mL)
Concentração de Agente de Contraste: 0,5 mmol/mL
Correspondente a: dota + óxido de gadolínio
() Ácido gadotérico (DOTA-Gd): complexo gadolínio de ácido 1,4,7,10 – tetra-azociclododecano N,N',N",N'"-tetra-acético.
Excipientes: meglumina, água para injetáveis q.s.p. 1 mL
Informações técnicas:
Solução límpida, incolor a amarelo pálido
Osmolaridade: 851 mOsm/L
Osmolalidade:1350 mOsm/Kg
Viscosidade a 20 °C: 3,2 mPa.s
Viscosidade a 37 °C: 2,0 mPa.s
pH: 6,5 – 8,0
II. INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. indicações
Este medicamento é destinado ao uso em diagnóstico e indicado para exames por IRM (Imagem por Ressonância Magnética): Adultos (> 18 anos):
doenças cerebrais e espinais doenças da coluna vertebral e outras patologias de todo o corpo (incluindo angiografia)População Pediátrica (0–18 anos):
doenças cerebrais e espinais e outras patologias de todo o corpoDOTAREM® deve ser utilizado apenas quando a informação diagnóstica for essencial e não disponível com imagem por ressonância magnética (IRM) sem contraste.
2. resultados de eficácia
No programa de desenvolvimento clínico de DOTAREM®, sua eficácia, segurança e indicações são demonstradas em 57 estudos clínicos Fases I a IV, com 3490 pacientes expostos a DOTAREM®, incluindo 42 pacientes voluntários saudáveis e 186 pacientes pediátricos. Dentre os 50 estudos demonstrando suas indicações e eficácia temos 26 estudos conduzidos em exames do Sistema Nervoso Central (incluindo pacientes pediátricos abaixo de 2 anos de idade), 15 estudos de angiografia por RM e 9 estudos para exames do corpo. A segurança de DOTAREM® já demonstrada nestes estudos clínicos também foi avaliada de maneira exclusiva em mais 7 estudos (4 de farmacocinética, 1 de eletrocardiograma e 2 em exames do corpo).
Além dos estudos clínicos, diversas publicações científicas confirmam os excelentes resultados de eficácia e segurança de DOTAREM®. Na população pediátrica, por não ter risco de radiação e possibilitar uma melhor resolução de tecidos moles, IRM é preferível em comparação a tomografia computadorizada (Brenner, 2002; Pearce, 2012, Balassy, 2015). A angiografia por RM promove melhor resolução espacial e objetiva uma melhor identificação da presença, severidade e da localização de doenças como estenose ou oclusão vascular (Kaufmann, 2007; Hankey, 1990; Ferguson, 1999). O estudo de pós comercialização de vigilância SECURE (Soyer, 2017) realizado durante o período de cinco anos em 35.499 pacientes mostrou o excelente perfil de segurança de DOTAREM®. Uma revisão de 25 anos de uso de DOTAREM® com mais de 50 milhões de doses injetadas, realizada com dados de estudos clínicos e de farmacovigilância, também confirma a segurança de DOTAREM® (Kerviler, 2016).
[Brenner DJ. Estimating cancer risks from pediatric CT: going from the qualitative to the quantitative. Pediatr Radiol. 2002; 32(4):228–31. / Pearce MS, Salotti JA, Little MP, et al. Radiation exposure from CT scans in childhood and subsequent risk of leukaemia and brain tumours: a retrospective cohort study. Lancet 2012; 380(9840):499–505. / Balassy C, Roberts D, Miller SF. Safety and efficacy of gadoteric acid in pediatric magnetic resonance imaging: overview of clinical trials and post-marketing studies. Pediatr Radiol 2015; 45(12):1831–1841. / Kaufmann TJ, Huston J, Mandrekar JN, Schleck CD, Thielen KR, Kallmes DF. Complications of diagnostic cerebral angiography: evaluation of 19,826 consecutive patients. Radiology.2007; 243:812–819. / Hankey GJ, Warlow CP, Molyneux AJ. Complications of cerebral angiography for patients with mild carotid territory ischaemia being considered for carotid endarterectomy. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1990; 53(7):542–8. / Ferguson GG, Eliasziw M, Barr HW, Clagett GP, Barnes RW, Wallace MC, et al. The North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial: Surgical Results in 1415 Patients. Stroke. 1999; 30(9):1751–8. / Soyer P, Dohan A, Patkar D, Gottschalk A. Observational Study on the Safety Profile of Gadoterate Meglumine in 35,499 Patients: The SECURE Study. J. Magn. Reson. Imaging 2017; 45:988–997. / de Kerviler E, Maravilla K, Meder JF, Naggara O, Dubourdieu C, Jullien V, Desché P. Adverse Reactions to Gadoterate Meglumine: Review of Over 25 Years of Clinical Use and More Than 50 Million Doses. Invest Radiol. 2016 Sep;51(9):544–51].
3. características farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas:
Grupo farmacoterapêutico: meios de contraste paramagnéticos para RM, código ATC: V 08 CA 02.
O ácido gadotérico tem propriedades paramagnéticas que realçam o contraste em RM. Não possui atividade farmacodinâmica específica e é inerte biologicamente.
Propriedades farmacocinéticas:
A injeção intravenosa de dotarem® é distribuída principalmente no fluido extracelular do organismo. Não se liga à albumina plasmática. Em pacientes com função renal normal, a meia vida no plasma é em torno de 90 minutos. A eliminação é via filtração glomerular na forma inalterada. A média do “clearence” plasmático é reduzida em pacientes portadores de insuficiência renal.
O ácido gadotérico é pouco excretado no leite materno e atravessa lentamente a barreira placentária.
Dados pré-clínicos sobre segurança:
Os dados dos estudos não clínicos não mostram riscos especiais para os seres humanos, segundo os estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade a doses repetidas, genotoxicidade e toxicidade para a reprodução.
A toxidade aguda do ácido gadotérico foi estudada em ratos e camundongos e os resultados mostram que reações adversas (convulsões e desordens transitórias do trato respiratório) somente ocorrem com doses muito mais altas que as indicadas para uso na prática clínica. A administração de dotarem® em doses diárias de até 15 vezes a dose recomendada na prática clínica e por 28 dias não induziu nenhum efeito marcante além da vacuolização reversível das células dos túbulos proximais renais.
Os estudos em animais têm demonstrado que a excreção de ácido gadotérico em leite materno é insignificante (menos de 1% da dose).
Nenhum efeito de teratogenicidade foi observado em ratos e camundongos.
Nenhum efeito de mutagenicidade foi observado em sistemas reativos utilizados.
Incompatibilidades:
Em ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve misturar-se com outros.
4. contraindicações
Hipersensibilidade ao ácido gadotérico, a meglumina ou a meios de contraste com gadolínio.
Categoria B: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
5. advertências e precauções
5. advertências e precauçõesO ácido gadotérico não deve ser injetado por via subaracnoidea (ou epidural). Administrar somente por via intravenosa: extravasamento pode resultar em reações locais de intolerância, exigindo atendimento.
As medidas de precaução usuais devem ser tomadas para o exame de ressonância magnética, como a exclusão de pacientes:
portadores de marcapasso; portadores de clipe vascular; portadores de bomba de infusão; portadores de neuroestimulador; portadores de implante coclear; com qualquer suspeita de corpos estranhos metálicos, particularmente nos olhos.Todos os meios de contraste para RM podem provocar reações de hipersensibilidade mais ou menos intensas e até potencialmente mortais. Estas reações de hipersensibilidade são de natureza alérgica (se chamam reações anafiláticas quando são graves) ou não alérgica. Podem ser imediatas (menos de 60 minutos) ou tardias (até 7 dias). As reações anafiláticas são imediatas e podem provocar a morte, são independentes da dose, podem se desencadear quando o produto é administrado pela primeira vez e são com frequência imprevisível.
Existe sempre um risco de hipersensibilidade independentemente da dose injetada.
Os pacientes que já tenham apresentado uma reação durante a administração prévia de um meio de contraste para RM a base de gadolínio apresentam um risco superior de nova reação em caso de nova administração do mesmo produto ou de outro e, por tanto, se consideram pacientes de risco.
A injeção de ácido gadotérico pode piorar os sintomas de uma asma existente. Em pacientes que apresentam asma não controlada por tratamento, a decisão de administrar ácido gadotérico deve ser tomada após realizar uma avaliação criteriosa da relação risco/benefício.
Tal como se observa com os meios de contraste iodados, as reações de hipersensibilidade podem ser mais graves em pacientes tratados com betabloqueadores, especialmente se são asmáticos. Estes pacientes podem ser resistentes ao tratamento habitual das reações de hipersensibilidade com betaestimulantes.
Antes de qualquer injeção de meio de contraste deve-se identificar os indivíduos que apresentam histórico de alergia (por exemplo à frutos do mar, urticaria, rinite alérgica), os indivíduos que apresentam sensibilidade a meios de contraste e asma brônquica, já que a incidência de reações adversas em pacientes nestas condições é maior e pode ser considerada a pré-medicação com anti-histamínicos e/ou glicocorticoides.
Durante o procedimento, é necessária a supervisão por um profissional médico. Caso ocorra reações de hipersensibilidade, a administração do meio de contraste deve ser interrompida imediatamente e, se necessário, terapia específica deve ser instituída. O acesso venoso deve ser mantido durante todo o procedimento. Para permitir contramedidas de emergência imediatas, fármacos apropriados (por exemplo, epinefrina e anti-histamínicos), um tubo endotraqueal e um respirador devem estar disponíveis.
Houve relatos de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN) associada à utilização de alguns meios de contrastes contendo gadolínio em pacientes com insuficiência renal grave, aguda ou crônica (TFG ou taxa de filtração glomerular <30 mL/min/1,73 m2). Pacientes submetidos a transplante de fígado estão particularmente em risco, pois a incidência de insuficiência renal aguda é elevada neste grupo. Uma vez que há uma possibilidade de ocorrência de FSN com a utilização do ácido gadotérico, o mesmo só deve ser usado em pacientes com insuficiência renal grave e em pacientes no período perioperatório de transplante hepático após a realização de uma análise cuidadosa do risco/benefício e se o diagnóstico por imagem for essencial e não puder ser realizado por RM sem contraste.
Hemodiálise logo após a administração do ácido gadotérico pode ser útil para a remoção de ácido gadotérico do organismo. Não há nenhuma evidência para apoiar o início da hemodiálise para a prevenção ou tratamento da FSN em doentes ainda não submetidos a hemodiálise.
Como a depuração renal do ácido gadotérico pode estar prejudicada em idosos, é essencialmente importante a triagem para disfunção renal em pacientes com 65 anos ou mais.
Recém-nascidos e lactantes
Devido à função renal imatura dos recém-nascidos de até 4 semanas e lactentes de até 1 ano de idade, o ácido gadotérico só deve ser utilizado nestes doentes após avaliação cuidadosa.
Assim como ocorre com outros agentes de contraste contendo gadolínio, precauções especiais devem ser tomadas em pacientes com baixo limiar convulsivo. Medidas preventivas tais como monitoramento próximo, devem ser tomadas. Todo equipamento e fármaco necessários para conter qualquer convulsão que possa ocorrer devem estar prontos para uso imediato.
Gravidez
Não existem dados sobre o uso de ácido gadotérico em mulheres grávidas. Estudos em animais não sugerem efeitos nocivos diretos ou indiretos em termos de toxicidade reprodutiva. O ácido gadotérico não deve ser utilizado durante a gravidez a menos que o estado clínico da mulher requeira o seu uso.
Lactação
Os meios de contraste contendo gadolínio são excretados no leite materno em quantidades muito pequenas. Com as doses clínicas não é esperado qualquer efeito sobre o bebê devido à pequena quantidade excretada no leite e má absorção intestinal. O médico e a mãe que amamenta devem decidir se querem continuar ou suspender a amamentação durante as 24 horas após a administração de ácido gadotérico.
Categoria B: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas:
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. Pacientes ambulatoriais enquanto estiverem dirigindo veículos ou operando máquinas devem levar em conta que náusea pode ocorrer incidentalmente.
6. interações medicamentosas
6. interações medicamentosasNão foi observada interação com outros medicamentos. Não foi realizado nenhum estudo formal das interações.
Betabloqueadores, sustâncias vasoativas, inibidores da enzima conversora de angiotensina, antagonistas dos receptores de angiotensina II: estes medicamentos reduzem a eficácia dos mecanismos compensatórios cardiovasculares dos transtornos de pressão; deve-se informar ao médico ou radiologista o uso antes da injeção do complexo de gadolínio e dispor de meios de reanimação.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
DOTAREM® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15° e 30 °C).
Apresentação frasco-ampola: este medicamento tem validade de 36 (trinta e seis) meses, a partir da data de sua fabricação.
Apesar do DOTAREM® permanecer estável por 48 horas a 25 °C após sua abertura, existe um risco de contaminação microbiana. Portanto, recomenda-se o uso imediato do produto. Se não for usado imediatamente, os tempos e as condições de armazenamento do produto em uso são de responsabilidade do usuário.
Número de lote e data de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
8. posologia e modo de usarPosologia
Deve-se utilizar a dose mais baixa capaz de proporcionar contraste suficiente para fins de diagnóstico. A dose deve ser calculada com base no peso corporal do paciente e não deve exceder a dose recomendada por quilograma de peso corporal detalhada nesta seção.
Adultos
A dose recomendada é 0,1 mmol/kg, equivalente a 0,2 mL/kg em adultos.
Em angiografia, dependendo dos resultados do exame em realização, uma segunda injeção poderá ser administrada durante a mesma sessão, se necessário.
Em alguns casos excepcionais, como na confirmação de metástase isolada ou a detecção de tumores leptomeningeais, uma segunda injeção de 0,2 mmol/kg pode ser administrada.
Indivíduos com insuficiência renal
A dose para adultos aplica-se a pacientes com leve a moderada insuficiência renal (TFG ou taxa de filtração glomerular > 30 mL/min/1,73 m2).
DOTAREM® só deve ser utilizado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG <30 mL/min/1,73m2) e em pacientes no período perioperatório de transplante hepático após a realização de uma análise cuidadosa de risco/benefício e se o diagnóstico por imagem for essencial e não puder ser realizado por RM sem contraste (ver item Advertências e Precações). Não deve ser utilizada mais do que uma dose durante o mesmo exame. Devido à falta de informação sobre a administração repetida, injeções de DOTAREM® não devem ser repetidas a menos que o intervalo entre as injeções seja de pelo menos 7 dias.
Idosos (igual ou acima de 65 anos)
Nenhum ajuste da dosagem é necessário. Cuidados devem ser tomados em pacientes idosos (ver item Advertências e Precações).
Indivíduos com insuficiência hepática
A dose para adultos aplica-se a estes pacientes. Cuidados devem ser tomados, principalmente no período perioperatório de transplante hepático.
População pediátrica (0–18 anos)
Para a população pediátrica, a dose de 0,1 mmol/kg de peso corporal aplica-se a todas as indicações, exceto angiografia. Não deve ser utilizada mais do que uma dose durante o mesmo exame.
Devido a imaturidade da função renal em recém-nascidos até 4 semanas de idade e crianças até 1 ano de idade, DOTAREM® só deve ser utilizado nestes pacientes após consideração cuidadosa com uma dose não superior a 0,1 mmol/kg de peso corporal. Devido à falta de informação sobre a administração repetida, injeções de dotarem® não devem ser repetidas a menos que o intervalo entre as injeções seja de pelo menos 7 dias.
DOTAREM® não é recomendado para a angiografia em menores de 18 anos de idade devido a dados insuficientes de segurança e eficácia nesta indicação.
DOTAREM® é uma solução injetável de uso exclusivo via intravenosa.
A administração intravenosa do meio de contraste deve ser realizada, preferencialmente, no paciente deitado. Após a administração, o paciente deve ser mantido em observação durante pelo menos 01 hora, já que dados mostram que a maior incidência das reações adversas ocorre neste período.
População pediátrica (0–18 anos)
De acordo com a quantidade de ácido gadotérico a ser administrada, é preferível utilizar o ácido gadotérico em frascos-ampola com uma seringa de utilização única, com um volume adaptado à quantidade, a fim de alcançar uma maior precisão do volume a ser injetado.
Para recém-nascidos e crianças, a dose necessária deve ser administrada manualmente.
Frasco-ampola:
Prepare uma seringa com uma agulha e remova o disco de plástico do frasco. Após limpar o batoque com uma gaze embebida em álcool, perfure o batoque com a agulha. Retire a quantidade de produto necessária para o exame e injete-a por via intravenosa.
Qualquer produto não utilizado ou sobra de material devem ser descartados de acordo com requerimentos locais.
9. reações adversas
9. reações adversasAs reações adversas associadas ao uso do ácido gadotérico são geralmente de leve a moderada intensidade e de natureza transitória. Reações no local de injeção, náuseas e dor de cabeça são as reações observadas com maior frequência.
Em ensaios clínicos, as reações adversas incomuns mais frequentemente observadas são náusea, dor de cabeça, reações no local da injeção, calafrio, hipotensão, sonolência, tontura, sensação de calor ou ardor, erupção cutânea, astenia, disgeusia e hipertensão (>1/1.000 e <1/100).
Desde que foi lançado, as reações adversas notificadas mais frequentemente depois da administração ácido gadotérico são náuseas, vômitos, prurido e hipersensibilidade.
As reações de hipersensibilidade são mais frequentemente observadas na pele, podem ser localizadas ou generalizadas. Estas reações são frequentemente imediatas (ocorrem durante a aplicação ou dentro de 01 hora após o início da injeção), mas, por vezes, também aparece com atraso (uma hora a vários dias após a injeção), caso em que as reações se manifestam de maneira cutânea.
Reações imediatas consistem em um ou mais efeitos, que aparecem simultânea ou sequencialmente, e são geralmente reações cutâneas, respiratória, gastrointestinal, articular ou cardiovascular. Todas estas reações podem ser um alerta para o aparecimento de choque e muito raramente causam a morte.
Há relatos isolados de fibrose sistêmica nefrogênica (FNS) com o uso do ácido gadotérico, sendo a maioria dos casos em pacientes que receberam ao mesmo tempo outros meios de contrastes a base de gadolínio.
A tabela a seguir lista as reações adversas por classes de sistemas de órgãos e ordenados por categorias de frequência: muito comum (> 1/10), comum (>1/100 e <1/10), incomum (> 1/1.000 e < 1/100), rara (> 1/10.000 e < 1/1.000), muito rara (<1/10.000) e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis). Os dados apresentados são de estudos clínicos envolvendo 2.822 pacientes disponíveis e de conjunto de estudos pós-comercialização, envolvendo 185.500 pacientes.
Classificação por sistemas e órgãos | Frequência: Reação adversa |
Distúrbios do sistema imunológico | Incomum: hipersensibilidade Muito rara: reação anafilática, reação anafilactoide |
Distúrbios psiquiátricos | Rara: ansiedade Muito rara: agitação |
Distúrbios do sistema nervoso | Incomum: dor de cabeça, disgeusia, tontura, sonolência, parestesia (incluindo sensação de queimação) Rara: pré-síncope Muito rara: coma, convulsão, síncope, tremor, parosmia |
Distúrbios oculares | Rara: edema palpebral |
Muito rara: conjuntivite, hiperemia ocular, visão turva, aumento do lacrimejamento | |
Distúrbios cardiológicos | Rara: palpitação Muito rara: taquicardia, parada cardíaca, arritmias, bradicardia |
Distúrbios vasculares | Incomum: hipotensão, hipertensão Muito rara: palidez, vasodilatação |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | Rara: espirros Muito rara: tosse, dispneia, congestão nasal, parada respiratória, broncoespasmo, laringoespasmo, edema faríngeo, garganta seca, edema pulmonar |
Distúrbios gastrointestinais | Incomum: náusea, dor abdominal Rara: vômito, diarreia, hipersecreção salivar |
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo | Incomum: rash Rara: urticária, prurido, hiperidrose Muito rara: eritema, angioedema, eczema Frequência desconhecida: fibrose sistêmica nefrogênica |
Musculoesquelético e sistêmica | Muito rara: contrações musculares, fraqueza muscular, dor nas costas |
Distúrbios gerais e alterações no local da injeção | Incomum: sensação de calor, sensação de frio, astenia, reações no local da injeção (extravasamento, dor, desconforto, edema, inflamação, resfriamento) Rara: dor no peito, calafrios Muito rara: mal-estar, desconforto no peito, febre, edema facial, necrose no ponto de injeção (em caso de extravasamento), flebite superficial |
Investigações clínicas | Muito rara: diminuição da saturação de oxigênio. |
As seguintes reações adversas foram relatadas com outros agentes de contraste administrados por via intravenosa para RM.
Classificação por sistemas e órgãos | Reação adversa |
Sangue e sistema linfático | Hemólise |
Distúrbios psiquiátricos | Confusão mental |
Distúrbios oculares | Cegueira transitória, dor nos olhos |
Distúrbios do ouvido e do labirinto | Zumbido, dor de ouvido |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | Asma |
Distúrbios gastrointestinais | Boca seca |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo | Dermatite bolhosa |
Distúrbios renais e urinários | Incontinência urinária, necrose tubular renal, insuficiência renal aguda |
Investigações clínicas
Prolongamento do intervalo PR no eletrocardiograma, aumento de ferro sérico, aumento da bilirrubina sérica, aumento da ferritina sérica, teste de função hepática anormal
A segurança dos pacientes pediátricos foi considerada em ensaios clínicos e estudos pós-comercialização. Em comparação ao adulto, o perfil de segurança do ácido gadotérico não mostrou especificidade em crianças. A maioria das reações é relacionada a sintomas gastrointestinais ou sinais de hipersensibilidade.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema VIGIMED, disponível no portal da ANVISA.
10. superdose
10. superdoseO ácido gadotérico pode ser removido por hemodiálise. No entanto, não há nenhuma evidência que a hemodiálise é indicada para prevenção de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN).
III. DIZERES LEGAIS
M. Dolores Dopazo R.P – CRF-RJ 9042.
Fabricado e Embalado por Guerbet Produtos Radiológicos Ltda.
Rua André Rocha, 3000 Rio de Janeiro – RJ – Brasil -CEP 22710–568
Indústria Brasileira
Fabricado por Aulnay-Sous-Bois-França
Importado e Embalado por Guerbet Produtos Radiológicos Ltda.
Rua André Rocha, 3000 Rio de Janeiro – RJ – Brasil -CEP 22710–568
Indústria Brasileira
M.S.: 1.4980.0016
Registrado por: Guerbet Produtos Radiológicos Ltda.
Rua André Rocha, 3000 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – CEP 22710–568 CNPJ: 42.180.406/0001–43 – Indústria Brasileira
SAC – 0800 026 12 90
22010–21
Anexo B
HISTÓRICO DE ALTERAÇÃO DA BULA
Dados da submissão eletrônica | Dados da petição/notificação que altera bula | Dados das alterações de bulas |
Data do expediente | No. expediente | Assunto | Data do expediente | No. Do expediente | Assunto | Data da aprovação | Itens da bula | Versões (VP/VPS) | Apresentações relacionadas |
14/01/11 | 037963/11–8 | Notificação de alteração de texto de bula -Adequação à RDC 47/09 | Não houve aprovação | Adequação à RDC 47/09 | VPS09 | ||||
13/09/2013 | 0777390/13–1 | Notificação de alteração de texto de bula – RDC 60/12 | – Advertências e Precauções – Interações Medicamentosas -Reações Adversas – Superdose | VPS10 | |||||
Atualização do texto de bula conforme Dotarem vials_SPC03-2013_FR_v ES. | VPS11 | ||||||||
Retirada da data de validade do item 7 da bula “7.Cuidados de armazenamento” | VPS12 | ||||||||
04/02/2015 | 0102840155 | SIMILAR -Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | 23/01/15 | 0064820155 | 7115 -Alteração na AFE/AE -Responsável Técnico (automático) | Aprovação automática | – Alteração do Responsável Técnico – Retirada do endereço eletrônico da empresa | VPS13 | Cartucho com 1 frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL ou 60 mL. Caixa com 25 frascos-ampola de 10 mL ou 15 mL. Caixa com 1 seringa preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL. |
Data do expediente | No. expediente | Assunto | Data do expediente | No. Do expediente | Assunto |
27/02/2015 | 01796891/55 | SIMILAR-Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | |||
11/03/2015 | 215955154 | SIMILAR-Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | |||
29/06/2018 | 0522115183 | SIMILAR-Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | |||
12/02/2020 | 0439470204 | SIMILAR-Notificação de Alteração de |
Data da aprovação | Itens da bula | Versões (VP/VPS) | Apresentações relacionadas |
– Alteração no item 7 Cuidados de armazenamento da validade em meses. | VPS14 | Cartucho com 1 frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL ou 60 mL. Caixa com 25 frascos-ampola de 10 mL ou 15 mL. Caixa com 1 seringa preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL. | |
– Inclusão no item apresentações caixa com 25 frascos-ampola de 20 mL. | VPS15 | Cartucho com 1 frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL ou 60 mL. Caixa com 25 frascos-ampola de 10 mL ou 15 mL ou 20mL Caixa com 1 seringa preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL. | |
– Inclusão de infonnações de segurança, infonnações direcionadas à População Pediátrica, atualização do item Reações Adversas, incluindo quantidade de pacientes envolvidos em estudos e readequação para melhor compreensão dos itens: Contraindicações, Advertências e Precauções e Posologia e Modo de Usar. – Atualização do CEP da empresa – Alteração do Responsável Técnico | VPS16 | Cartucho com 1 frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL ou 60 mL. Caixa com 25 frascos-ampola de 10 mL ou 15 mL ou 20mL Caixa com 1 seringa preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL. | |
– Inclusão de infonnações de segurança direcionada a pacientes com insuficiência renal grave nas seções 5 e 8; | VPS17 | Cartucho com 1 frasco-ampola de 10 mL, 15 mL, 20 mL ou 60 mL. |
Data do expediente | No. expediente | Assunto | Data do expediente | No. Do expediente | Assunto |
Texto de Bula -RDC 60/12 | |||||
09/04/2020 | 1079746/20–7 | SIMILAR-Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | 16/08/2019 | 1997922193 1972727195 | SIMILAR -Inclusão maior de composição de embalagem primária do medicamento SIMILAR -Inclusão de local de fabricação de medicamento estéril |
29/06/2020 | 2080725/20–2 | SIMILAR-Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 |
Data da aprovação | Itens da bula | Versões (VP/VPS) | Apresentações relacionadas |
– Inclusão de advertência relacionada a necessidade de supervisão médica durante o procedimento de injeção de meio de contraste na seção 5; – Reorganização do texto de bula confonne SmPC global do produto nas seguintes seções 5, 6, 7, 8 e 9; – Alteração do sistema de notificação de eventos adversos a medicamentos para VIGIMED; -Atualização dos Resultados de Eficácia na seção 2. | Caixa com 25 frascos-ampola de 10 mL ou 15 mL ou 20mL Caixa com 1 seringa preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL. | ||
10/02/2020 | Inclusão da nova apresentação: Caixa com 1 seringa plástica preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL e inclusão de novo local de fabricação: Liebel Flarsheim Company LLC | VPS18 | Caixa com 1 seringa plástica preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL. |
– Exclusão de apresentações não comercializadas: Caixa com 1 seringa de vidro preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL e do seu local de fabricação – Rovi Contract Manufacturing | VPS19 | Caixa com 1 seringa de vidro preenchida de 10 mL, 15mL ou 20mL. |
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Data do expediente | No. expediente | Assunto | Data do expediente | No. Do expediente | Assunto | Data da aprovação | Itens da bula | Versões (VP/VPS) | Apresentações relacionadas |
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21/03/2022 | SIMILAR -Notificação de Alteração de Texto de Bula -RDC 60/12 | Apresentações 7. Cuidados de armazenamento do medicamento |