Bula do profissional da saúde - CEFAZIMA INSTITUTO BIOCHIMICO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
VIA INTRAMUSCULAR
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Pó para solução injetável
Caixas com 50 frascos-ampola contendo ceftazidima pentaidratada, equivalente a 1 g de ceftazidima.
Cada frasco-ampola contém 1,165 g de ceftazidima pentaidratada, equivalente a 1 g de ceftazidima. (excipiente: carbonato de sódio )
Cefazima® está indicada no tratamento de infecções simples ou múltiplas causadas por bactérias sensíveis ou nas circunstâncias que justifiquem seu uso antes da identificação do agente causal. Cefazima® pode ser usada em monoterapia, como droga de primeira escolha, antes de os resultados dos testes de sensibilidade estarem disponíveis. Cefazima® pode ser administrada com um antibiótico anaerobicida, quando se suspeita da presença de Bacterioides fragilis. Em virtude de seu amplo espectro de ação, especialmente contra agentes Gram-negativos, está também indicada nas infecções resistentes a outros antibióticos, incluindo aminoglicosídeos e cefalosporinas diversas. Contudo, quando necessário (como, por exemplo, diante de neutropenia grave), pode ser administrada em combinação com aminoglicosídeos ou outros antibióticos betalactâmicos. A susceptibilidade à Cefazima® pode variar de acordo com a localidade e temporalmente, e dados locais devem ser consultados quando disponíveis (ver 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas).
2. resultados de eficácia
2. resultados de eficáciaCeftazidima pentaidratada demonstrou eficácia clínica de 94% e bacteriológica, de 68%, quando utilizado em pacientes com sepse bacteriana.
FANG, CT. et al. Safety and efficacy of cefpirome in comparison with ceftazidime in Chinese patients with sepsis due to bacterial infections. Chemotherapy, 46(5): 371–378, 2000.
3. características farmacológicas
Cefazima® é um antibiótico cefalosporínico bactericida, inibidor da síntese da parede celular bacteriana. O mecanismo de ação de ceftazidima é a inibição da síntese da parede celular bacteriana seguida da fixação às proteínas de ligação à penicilina (PBPs). Isso resulta na interrupção da biossíntese da parede celular (peptidoglicano), que leva à lise e morte da célula bacteriana. A prevalência de resistência adquirida depende da localidade e pode variar temporalmente, e para algumas espécies pode ser muito alta. É desejável que se obtenha informações locais sobre resistência e sobre a prevalência de microrganismos produtores de betalactamase de espectro estendido (ESBLs), particularmente quando se tratar de infecções graves.
Suscetibilidade in vitro de microrganismos à ceftazidima:
-Espécies comumente suscetíveis:
Aeróbios Gram-positivos: estreptococos P-hemolíticos*, staphylococcus aureus (suscetíveis à meticilina), staphylococcus coagulase negativo (suscetível à meticilina);
Aeróbios Gram-negativos: Haemophilus influenzae * (inclusive cepas resistentes à ampicilina), Haemophilus parainfluenzae, Neisseria gonorrhoeae , Neisseria meningitidis *, Pasteurella multocida, Proteus spp. *, Providencia spp., Salmonella spp., Shigella sPP.
-Organismos para os quais a resistência adquirida pode existir:
Aeróbios Gram-negativos: Acinetobacter spp., Burkholderia cepacia, Citrobacter spp. *, Enterobacter spp. *, Escherichia coli *, Klebsiella spp. (incluindo K. pneumoniae *), Pseudomonas spp. (incluindo P. aeruginosa *), Serratia spp. *, Morganella morganii, Yersinia enterocolitica;
Aeróbios Gram-positivos: Streptococcus pneumoniae , estreptococos do grupo viridans;
Anaeróbios Gram-positivos: Clostridium spp., não incluindo C. difficile , Peptostreptococcus spp., Propionibacterium spp.; Anaeróbios Gram-negativos: Fusobacterium spp.
-Organismos inerentemente resistentes:
Aeróbios Gram-positivos : Enterococcus spp., incluindo E. faecalis e E. faecium ; Listeria spp.;
Aeróbios Gram-negativos: Campylobacter spp.;
Anaeróbios Gram-positivos: Clostridium difficile.;
Anaeróbios gram-negativos : Bacteroides spp, incluindo B. fragili.
-Outros: Chlamydia sp., Mycoplasma sp., Legionella sp.
*A eficácia clínica de ceftazidima foi demonstrada em estudos clínicos.
Após injeção intramuscular de 500 mg e 1 g, prontamente são atingidos níveis máximos de 18 e 37 mg/L, respectivamente; e cinco minutos após injeção intravenosa direta de 500 mg, 1 g e 2 g, são alcançados níveis séricos de 46, 87 e 170 mg/L, respectivamente.
Distribuição
Concentrações terapeuticamente ativas são detectadas no soro, mesmo 8 a 12 horas após a administração intramuscular ou intravenosa. A ligação da ceftazidima às proteínas do soro é baixa, situando-se em torno de 10%. Concentrações excedentes aos níveis inibitórios mínimos para patógenos comuns são detectadas nos ossos, coração, bile, saliva, humor aquoso e líquidos sinovial, pleural e peritoneal. A ceftazidima atravessa a placenta rapidamente e é excretada no leite materno. Na ausência de inflamação, a ceftazidima não atravessa com facilidade a barreira hematoencefálica, resultando em baixos níveis de ceftazidima no líquido cefalorraquidiano. Todavia, na vigência de inflamação das meninges, são atingidos níveis terapêuticos de 4 a 20 mg/L ou mais no líquido cefalorraquidiano.
A ceftazidima não é metabolizada no organismo.
Eliminação
Os níveis séricos obtidos após a administração parenteral são elevados e prolongados, diminuindo com meia-vida de aproximadamente duas horas. A ceftazidima é excretada pela urina sob forma ativa, através de filtração glomerular. Cerca de 80 a 90% da dose são recuperados na urina em 24 horas. Em pacientes com insuficiência renal, a eliminação de ceftazidima é diminuída, devendo por isso ser reduzida a dose (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Insuficiência renal). Tendo em vista que a quantidade excretada pela bile é inferior a 1%, o teor de droga que chega ao intestino é mínimo.
4. contraindicações
Cefazima® é contraindicado para uso em pacientes comprovadamente hipersensíveis a antibióticos cefalosporínicos ou a qualquer componente da fórmula.
5. advertências e precauções
Como para os demais antibióticos betalactâmicos, antes de instituída terapia com Cefazima® deve ser pesquisada história de reações de hipersensibilidade à ceftazidima, às cefalosporinas, às penicilinas ou outras drogas. Cefazima® deve ser administrada com cautela especial a pacientes com história de reação alérgica a penicilinas ou outros betalactâmicos. Na eventualidade da ocorrência de reação alérgica à Cefazima®, interromper o tratamento. Reações mais graves de hipersensibilidade podem requerer o uso de adrenalina, hidrocortisona, anti-histamínicos ou a adoção de outras medidas de emergência. Tratamento simultâneo com altas doses de cefalosporinas e drogas nefrotóxicas como, por exemplo, aminoglicosídeos e diuréticos potentes (por exemplo, furosemida) pode afetar, adversamente, a função renal. A experiência clínica demonstrou ser pouco provável a ocorrência de problemas associados a Cefazima® quando utilizada na dose terapêutica normal. Não existem evidências de que Cefazima® afeta a função renal quando é utilizada em doses habituais. A ceftazidima é excretada pelos rins e, portanto, a dosagem deve ser reduzida de acordo com o grau de insuficiência renal (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Insuficiência renal). Ocasionalmente, sequelas neurológicas têm sido relatadas em casos nos quais a dosagem não foi reduzida apropriadamente em pacientes com insuficiência renal (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Insuficiência renal e 9. REAÇÕES ADVERSAS). Como com outras cefalosporinas e penicilinas de largo espectro, algumas cepas de Enterobacter sp. e Serratia sp., inicialmente sensíveis, podem desenvolver resistência durante o tratamento com ceftazidima. Testes periódicos de sensibilidade devem ser considerados quando clinicamente apropriado, durante o tratamento de infecções por esses microrganismos.
Cada 1g de ceftazidima contém 50 mg de sódio. O teor de sódio deve ser levado em consideração nos pacientes que necessitam de restrição de sódio.
Como com os demais antibióticos de largo espectro, o uso prolongado de Cefazima® pode resultar no aparecimento de microrganismos não-sensíveis (por exemplo, cândida, enterococos), o que pode requerer interrupção do tratamento ou adoção de medidas apropriadas. A reavaliação da condição do paciente é essencial. Foram reportados casos de colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, cuja gravidade pode variar de leve à fatal. Entretanto, é importante considerar este diagnóstico em pacientes que desenvolverem diarreia durante ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia prolongada ou significativa ou o paciente apresentar cólicas abdominais, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve ser posteriormente examinado. Incompatibilidades
Ceftazidima é menos estável na solução de bicarbonato de sódio (que não é recomendada como diluente) do que em outras soluções intravenosas. Ceftazidima e aminoglicosídeos não devem ser misturados no mesmo circuito de infusão ou seringa. Tem-se relatado precipitação quando a vancomicina é adicionada à ceftazidima em solução. Portanto, é prudente lavar os circuitos de infusão e as linhas intravenosas entre a administração desses dois agentes.
Populações Especiais
Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doença aguda, a dose diária de ceftazidima não deve, normalmente, exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram reportados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Gravidez e lactação
Ainda que não haja evidência experimental de efeitos embriopáticos ou teratogênicos, a administração de ceftazidima – como de qualquer droga – deve ser feita com cuidado nos primeiros meses de gestação (bem como logo após o nascimento). A ceftazidima é excretada em pequenas proporções pelo leite humano e, por isso, aconselha-se precaução quando de sua administração a lactantes. Categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Precauções farmacotécnicas
A ceftazidima em concentrações entre 0,05 mg/mL e 0,25 mg/mL é compatível com o fluido de diálise intraperitoneal (lactato). A solução de ceftazidima para uso intramuscular pode ser reconstituída com cloreto de lidocaína a 0,5–1,0%. Ceftazidima mostra compatibilidade quando misturado a 4 mg/mL com: fosfato sódico de hidrocortisona (1 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de glicose a 5%), cefuroxima sódica (3mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloxaciclina sódica (4 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), heparina (10 UI/mL ou 50 UI/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloreto de potássio (10 ou 40 mEq/L em solução de cloreto de sódio a 0,9%). A mistura de uma solução de ceftazidima (500 mg em 1,5 mL de água estéril para injeções) com uma solução injetável de metronidazol (500 mg em 100 mL) mantém a atividade de ambos os componentes. As soluções variam do amarelo-claro ao âmbar, dependendo da concentração, do diluente e das condições de conservação. Seguidas as recomendações preconizadas, a potência do produto não é afetada pelas variações na coloração. Ceftazidima é compatível com a grande maioria das soluções parenterais comumente utilizadas (ver 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Incompatibilidades). As soluções de ceftazidima, em concentrações de 1 mg/mL a 40 mg/mL, são compatíveis com os líquidos de infusão a seguir relacionados: Cloreto de sódio a 0,9%; Lactato de sódio M/6; Solução de Hartmann; Glicose a 5% e a 10%; Cloreto de sódio a 0,225% + glicose a 5%; Cloreto de sódio a 0,45% + glicose a 5%; Cloreto de sódio a 0,18% + glicose a 4%; Cloreto de sódio a 0,9% + glicose a 5%; Dextran 40 a 10% + glicose a 5%; Dextran 40 a 10% + cloreto de sódio a 0,9%; Dextran 70 a 6% + cloreto de sódio a 0,9%; Dextran 70 a 6% + glicose a 5%.
6. interações medicamentosas
Interações com medicamentos
A administração de antibióticos cefalosporínicos com drogas nefrotóxicas pode afetar a função renal (ver 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Demonstrou-se que o cloranfenicol antagoniza a ação de cefalosporinas in vitro. Se houver necessidade de administração concomitante de cloranfenicol, deve ser considerada a possibilidade de antagonismo. Assim como com outros antibióticos, a ceftazidima pode afetar a flora intestinal, levando à baixa reabsorção de estrogênio e à redução da eficácia de contraceptivos orais combinados.
Interações com exames laboratoriais
A ceftazidima não interfere na dosagem de creatinina pelo ensaio do picrato alcalino, bem como nos testes enzimáticos para glicosúria. Por outro lado, pode ocorrer uma fraca interferência nos métodos de redução do cobre (métodos de Benedict, Fehling e Clinitest) para glicosúria.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Cefazima® deve ser armazenada em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e protegida da luz. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação. A estabilidade do medicamento após a reconstituição está descrita no item 8. (POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
Ceftazidima é compatível com os fluidos intravenosos mais comumente utilizados, excetuando-se o bicarbonato de sódio (ver 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Incompatibilidades). O frasco-ampola de Cefazima® é lacrado sob pressão reduzida. Quando o produto é dissolvido, ocorre liberação de dióxido de carbono, o que acarreta pressão positiva. Pequenas bolhas de dióxido de carbono podem se formar na solução constituída e devem ser ignoradas. Cefazima® 1g pode ser administrada por via intravenosa e intramuscular profunda. Os locais recomendados para injeção intramuscular são: o quadrante superior lateral do glúteo maior e a parte lateral da coxa.
A solução deve ser preparada como especificado a seguir:
Frasco | Uso | Conteúdo do diluente a ser adicionado (mL) | Concentração aproximada (mg/mL) |
1 g | Intramuscular | 3 mL | 260 |
1 g | Intravenoso | 10 mL | 90 |
1 g | Infusão intravenosa | 50 mL* | 20 |
* A adição deve ser realizada em dois estágios
– Introduzir a agulha da seringa através da tampa do frasco e injetar o volume recomendado de diluente;
– Retirar a agulha e agitar o frasco-ampola para formar uma solução clara;
-Inverter o frasco-ampola. Com o êmbolo da seringa completamente comprimido, introduzir a agulha na solução. Aspirar o volume total da solução para dentro da seringa, assegurando-se de que a agulha aspire somente a solução. Pequenas bolhas de CO2 (gás) devem ser desprezadas.
Prepare utilizando um total de 50 mL do diluente compatível, adicionado em dois estágios, conforme abaixo:
– Introduzir a agulha da seringa através da tampa do frasco-ampola e injetar 10 mL do diluente;
– Retirar a agulha e agitar o frasco-ampola para formar uma solução clara;
-Para preservar a esterilidade do produto é importante não inserir a segunda agulha para liberar o gás antes de o produto estar dissolvido. Introduzir uma segunda agulha na tampa do frasco para retirar o gás e liberar a pressão no interior do frasco;
-Transferir a solução reconstituída para o recipiente final de administração (ex.: minibolsa ou reservatório de equipamento microgotas) totalizando um volume mínimo de 50 mL. Administrar por infusão intravenosa durante 15–30 minutos.
Após o preparo, manter por 18 horas em temperatura até 25°C ou por sete dias quando guardado sob refrigeração (entre 2 e 8°C).
A dose varia em função da gravidade, sensibilidade, local e tipo de infecção, bem como da idade e da função renal dos pacientes. A solução de Cefazima® pode ser administrada diretamente na veia ou introduzida no acesso venoso se o paciente estiver recebendo fluidos parenterais.
A dose varia de 1g a 6 g diários subdivididos em duas ou três doses, administradas através de injeção intravenosa ou intramuscular. Para as infecções do trato urinário e naquelas de menor gravidade, a dose de 500 mg ou 1 g de 12/12 horas é geralmente satisfatória. Para a maioria das infecções, as doses ideais são de 1 g de 8/8 horas ou 2 g de 12/12 horas. Nas infecções mais graves, especialmente em pacientes imunossuprimidos, incluindo os neutropênicos, deve ser administrada a dose de 2 g de 8/8 ou 12/12 horas. Nos adultos com mucoviscidose e portadores de infecção pulmonar por Pseudomonas , serão necessárias posologias elevadas, ou seja, de 100 a 150 mg/kg/dia, subdivididas em três doses. Em adultos com função renal normal, até 9 g/dia têm sido administrados com segurança.
25 a 60 mg/kg/dia divididos em duas aplicações. No recém-nascido, a meia-vida sérica da ceftazidima pode ser três a quatro vezes maior que no adulto.
Lactentes e crianças maiores de 2 meses
A posologia usual para crianças com mais de 2 meses é de 30 a 100 mg/kg/dia, divididos em duas ou três doses. Doses maiores que 150 mg/kg/dia, até um máximo de 6 g/dia, divididas em três doses, podem ser administradas a crianças imunocomprometidas, com mucoviscidose ou, ainda, com meningite.
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doenças agudas, a dose diária de ceftazidima não deve, normalmente, exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.
Cefazima® é excretada inalterado pelos rins. Assim sendo, nos pacientes com função renal comprometida, recomenda-se que a dose seja reduzida. Nos pacientes com suspeita de insuficiência renal pode ser instituída dose inicial de 1 g de Cefazima®. Nestes casos, recomenda-se estimar a velocidade de filtração glomerular (VFG) a fim de determinar a dose de manutenção, como mostrado na tabela abaixo:
Doses de manutenção recomendadas na insuficiência renal:
Clearence de creatinina (mL/min) | Creatinina sérica aproximada gmol/L (mg/dL) | Dose unitária recomendada (g) | Frequência de doses (horas) |
>50 | <150 (<1.7) | Dose normal | Dose normal |
50–31 | 150–200 (1.7–2.3) | 1.0 | 12 |
30–16 | 200–350 (2.3–4.0) | 1.0 | 24 |
15–6 | 350–500 (4.0–5.6) | 0.5 | 24 |
<5 | >500 (>5.6) | 0.5 | 48 |
Nos pacientes com infecção grave, as doses unitárias podem ser aumentadas em 50%, ou a frequência de administração pode ser aumentada apropriadamente. Em tais pacientes recomenda-se monitorar os níveis séricos de ceftazidima de modo que não excedam 40 mg/L. Nas crianças, o clearance de creatinina deve ser ajustado em função da área de superfície corporal ou da massa muscular. Uso na hemodiálise
A meia-vida sérica da ceftazidima durante hemodiálise varia de três a cinco horas. A dose de manutenção apropriada, dada na tabela anterior, deverá ser repetida após cada sessão.
Uso na diálise peritoneal
Ceftazidima pode também ser usada na diálise peritoneal e na diálise peritoneal ambulatorial contínua, tanto por via intravenosa como incorporado ao líquido de diálise (geralmente 125 mg a 250 mg/2 litros da solução de diálise). Para pacientes com insuficiência renal em hemodiálise arteriovenosa contínua ou com elevado fluxo de hemofiltração em unidades de terapia intensiva, deve-se administrar 1g/dia em dose única ou em doses fracionadas. Para um baixo fluxo de hemofiltração, deve-se adotar a dosagem recomendada para os pacientes com insuficiência renal. Siga as recomendações de dosagem das tabelas abaixo, para pacientes em hemofiltração venovenosa e hemodiálise venovenosa:
Orientação de dosagem de ceftazidima em hemofiltração venovenosa continua
Função renal residual (clearence de creatinina em mL/min) | Dose de manutenção (mg) para uma taxa de ultrafiltração (mL/min) de a : | |||
5 | 16,7 | 33,3 | 50 | |
0 | 250 | 250 | 500 | 500 |
5 | 250 | 250 | 500 | 500 |
10 | 250 | 500 | 500 | 750 |
15 | 250 | 500 | 500 | 750 |
20 | 500 | 500 | 500 | 750 |
a Dose manutenção a ser administrada a cada 12 horas
Orientação de dosagem de ceftazidima durante hemodiálise venovenosa
Função renal residual (clearence de creatinina em mL/min) | Dose de manutenção (mg) para taxa a : | ||||||
1,0 litro/h | 2,0 litros/h | ||||||
Taxa de ultrafiltração (litro/h) | Taxa de ultrafiltração (litro/h) | ||||||
0,5 | 1,0 | 2,0 | 0,5 | 1,0 | 2,0 | ||
0 | 500 | 500 | 500 | 500 | 500 | 750 | |
5 | 500 | 500 | 750 | 500 | 500 | 750 | |
10 | 500 | 500 | 750 | 500 | 750 | 1000 | |
15 | 500 | 750 | 750 | 750 | 750 | 1000 | |
20 | 750 | 750 | 1000 | 750 | 750 | 1000 |
a Dose de manutenção a ser administrada a cada 12 horas
9. reações adversas
Os dados de amplos estudos clínicos (publicados) foram usados para determinar a frequência das reações adversas desde muito comum até muito rara. As frequências atribuídas para todas as reações adversas foram principalmente determinadas usando dados pós-comercialização e se referem mais a uma taxa de relatos do que a uma frequência verdadeira.
Reações comuns (>1/100 a <1/10): eosinofilia e trombocitose; flebite ou tromboflebite com administração IV; diarreia; elevação discreta de uma ou mais enzimas hepáticas, ALT (TGP), AST (TGO), LDH, GAMA GT e fosfatase alcalina; erupção máculo-papular ou urticariforme; dor e/ou inflamação após administração intramuscular; teste de Coombs positivo (o teste de Coombs positivo é observado em cerca de 5% dos pacientes e pode interferir nos testes de compatibilidade sanguínea).
Reações incomuns (>1/1000 a <1/100): candidíase (incluindo vaginite e candidíase na boca); leucopenia, neutropenia e trombocitopenia; dor de cabeça e vertigem; náusea, vômito, dor abdominal e colite. Como ocorre com outras cefalosporinas, a colite pode estar associada ao Clostridium difficilli e apresentar-se como colite pseudomembranosa (Ver 5. ADVERTÊNCIAS e PRECAUÇÕES); prurido; febre; como ocorre com algumas outras cefalosporinas, foram observadas elevações de ureia e de nitrogênio ureico e/ou creatinina no sangue.
Reações muito raras (<1/10.000): linfocitose, anemia hemolítica e agranulocitose; anafilaxia (incluindo broncoespasmo e/ou hipotensão); parestesia; gosto ruim na boca; icterícia; angiodema, eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
* Há relatos de sequelas neurológicas, incluindo tremor, mioclonia, convulsões, encefalopatia e coma em pacientes com disfunção renal, nos quais as doses de ceftazidima não tenham sido apropriadamente reduzidas.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
Os níveis séricos de ceftazidima são reduzidos através de hemodiálise ou diálise peritoneal.
A superdosagem pode levar a sequelas neurológicas, incluindo encefalopatia, convulsões e coma.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS 1.0063.0138
Farmacêutico Responsável: Rafael Nunes Princesval
CRF-RJ n° 17295
Fabricado e Registrado por: INSTITUTO BIOCHIMICO IND. FARM. LTDA.
Rua Antônio João n° 168, 194 e 218 Cordovil, Rio de Janeiro – RJ
CNPJ 33.258.401/0001–03
Indústria Brasileira
Embalado por: INSTITUTO BIOCHIMICO IND. FARM. LTDA.
Rodovia Presidente Dutra Km 310 Penedo, Itatiaia – RJ
SABIO
Serviço Ateodlrrento SoCnimico 0800 023 89 99 r.nhOb^bor.Tmir.-T ind ar
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA USO RETRITO A HOSPITAIS
4401004–21
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 13/04/2017.
Histórico de Alteração de Bula
Cefazima®
Dados da submissão eletrônica | Dados da petição/notificação que altera a bula | Dados das alterações de bulas | |||||||
Data do expediente | N° expediente | Assunto | Data do expediente | N° do expediente | Assunto | Data da aprovação | Itens de bula | Versões (VP/VPS) | Apresentações relacionadas |
31/03/2014 | 0237452/14–8 | 10457 -SIMILAR -Inclusão Inicial de Texto de Bula – RDC 60/12 | NA | NA | NA | NA | Inclusão inicial de texto de bula -adequação ao medicamento de referência | VP/VPS | Caixas com 50 frascos-ampola |
12/02/2016 | 1259941/16–7 | 10450 -Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12 | NA | NA | NA | NA |
3. características farmacológicas
8. posologia e modo de usar
Bula Paciente:
4. O que devo saber antes de usar este medicamento?
III- Dizeres Legais Inclusão da frase de Intercambialidade conforme RDC 58/14
VP/VPS
Caixas com 50 frascos-ampola
06/01/2017
0029204/17–4
10450 -Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12
NA
NA
NA
NA
III- Dizeres Legais
VP/VPS
Caixas com 50 frascos-ampola
02/06/2017
1085800/17–8
10450 -Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12
NA
NA
NA
NA
Bula Profissional de saúde:
3. características farmacológicas
5. advertências e precauções
Bula Paciente:
4. O que devo saber antes de usar este medicamento?
VP/VPS
Caixas com 50 frascos-ampola
28/01/2021
0369291/21–4
10450 -Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12
NA
NA
NA
NA
Bula Profissional de saúde: Composição;
5. Advertências e Precauções;
7. Cuidados de armazenamento do medicamento;
9. Reações Adversas;
Bula Paciente: Composição;
4. O que devo saber antes de
usar este medicamento?
VP/VPS
Caixas com 50 frascos-ampola
29/03/2021 | 1202138/21–5 | 10450 -Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12 | NA | NA | NA | NA | Bula Profissional de saúde: |