Bula do profissional da saúde - BICONCOR MERCK S/A
Biconcor® 2,5/6,25 mg; Biconcor® 5/6,25 mg
Embalagens contendo 30 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
Cada comprimido revestido contém:
hemifumarato de bisoprolol..................................2,5 mg
hidroclorotiazida...................................................6,25 mg
Excipientes: amido, crospovidona, fosfato de cálcio dibásico anidro, celulose microcristalina, estearato de magnésio, hipromelose, polissorbato 80, macrogol, dióxido de titânio e óxido de ferro amarelo.
hemifumarato de bisoprolol..................................5 mg
hidroclorotiazida...................................................6,25 mg
Excipientes: amido, fosfato de cálcio dibásico anidro, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de silício, hipromelose, polissorbato 80, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho.
Hipertensão arterial.
2. resultados de eficácia
Os efeitos de bisoprolol e hidroclorotiazida foram aditivos no que diz respeito às reduções das pressões diastólica e sistólica.
A dose de hidroclorotiazida de 6,25 mg/dia produziu significativamente menos hipopotassemia e menores aumentos do ácido úrico que a dose de 25 mg/dia. A combinação de baixa dose de bisoprolol e hidroclorotiazida reduziu a pressão arterial diastólica a níveis inferiores a 90 mmHg em 61% dos pacientes e demonstrou um perfil de segurança comparável ao placebo.
Não foram observadas alterações significativas nos níveis de glicose, cálcio, colesterol ou triglicerídeos com bisoprolol, hidroclorotiazida ou a combinação dos dois fármacos.
Referência bibliográfica: A multifactorial trial design to assess combination therapy in hypertension. Treatment with bisoprolol and hydrochlorothiazide. Frishman WH, Bryzinski BS, Coulson LR, DeQuattro VL, Vlachakis ND, Mroczek WJ, Dukart G, Goldberg JD, Alemayehu D, Koury K. Arch Intern Med. 1994 Jul 11;154(13):1461–8.
3. características farmacológicas
3. características farmacológicasBiconcor® consiste na associação do bisoprolol, um betabloqueador beta-1 seletivo, com a hidroclorotiazida, um diurético tiazídico. Estudos clínicos demonstraram os efeitos anti-hipertensivos aditivos destes dois fármacos, bem como a eficácia da menor dose (2,5 mg / 6,25 mg) no tratamento da hipertensão de leve a moderada. Os efeitos farmacodinâmicos, incluindo hipopotassemia (hidroclorotiazida), bradicardia, astenia e cefaleia (bisoprolol) são dose-dependentes. A combinação dos dois fármacos objetiva reduzir estes efeitos.
O bisoprolol é um bloqueador adrenérgico beta-1 altamente seletivo sem atividade simpáticomimética intrínseca e sem atividade estabilizadora de membrana significativa. Assim como outros bloqueadores adrenérgicos beta-1, o mecanismo da ação anti-hipertensiva do bisoprolol ainda não foi completamente estabelecido. Entretanto, foi demonstrado que o bisoprolol produz redução marcante da renina plasmática e redução do ritmo cardíaco.
Câncer de pele não-melanoma (CPNM): Com base nos dados disponíveis de estudos epidemiológicos, observou-se uma associação entre hidroclorotiazida e CPNM, dependente da dose cumulativa. Um estudo incluiu população constituída por 71.533 casos de pacientes com carcinoma basocelular (CBC) e por 8.629 casos de pacientes com carcinoma de células escamosas (CCE), em 1.430.833 e 172.462 controles, respetivamente, da população em estudo. Uma utilização elevada de hidroclorotiazida (>50.000 mg cumulativos) foi associada a uma taxa de probabilidade (OR) ajustada de 1,29 (95 % IC: 1,23–1,35) para CBC e 3,98 (95 % IC: 3,68–4,31) para CCE. Observou-se uma clara relação da resposta à dose cumulativa para CBC e CCE. Outro estudo revelou uma possível associação entre CCE do lábio e a exposição à hidroclorotiazida: 633 casos de CCE de lábio foram identificados em 63.067 controles da população, com base numa estratégia de amostragem em função do risco. Foi demonstrada uma associação dose-resposta cumulativa com uma taxa de probabilidade (OR) ajustada de 2,1 (95 % IC: 1,7–2,6), aumentando OR para 3,9 (95 % IC: 3,0–4,9) para uma utilização elevada (25.000 mg de hidroclorotiazida) e para OR de 7,7 (95 % IC: 5,7–10,5) para a dose cumulativa mais elevada (aproximadamente.100.000 mg de hidroclorotiazida) (ver também “ADVERTÊNCIAS e PRECAUÇÕES”).
A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico com atividade anti-hipertensiva. Seu efeito diurético deve-se à inibição do transporte ativo de Na+ dos túbulos renais para o sangue, afetando a reabsorção de Na+.
Absorção: Tmax varia de 1–4 horas. A biodisponibilidade é elevada (88%), com efeito de primeira passagem hepático muito baixo. A absorção não é afetada pela presença de alimentos; A cinética é linear para doses de 5–40 mg.
Distribuição: a ligação às proteínas plasmáticas é de 30% e o volume de distribuição é elevado (aproximadamente 3 L/kg).
Biotransformação: 40% da dose do bisoprolol é metabolizada no fígado. Os metabólitos são inativos.
Eliminação: a meia-vida de eliminação plasmática é de 11 horas. As depurações renal e hepática (clearance) são aproximadamente comparáveis e metade da dose (inalterada), assim como seus metabólitos, é excretada na urina. O clearance total é de aproximadamente 15 L/h.
Absorção: a biodisponibilidade da hidroclorotiazida mostra variabilidade interindividual, variando de 60–80%. Tmaxvaria de 1,5–5 horas (média de aproximadamente 4 horas).
Distribuição: a ligação às proteínas plasmáticas é de 40%.
Eliminação: a hidroclorotiazida não é metabolizada, sendo quase completamente eliminada na forma inalterada por filtração glomerular e secreção tubular ativa. A meia-vida terminal da hidroclorotiazida é de aproximadamente 8 horas. O clearance renal da hidroclorotiazida é reduzido e a meia-vida de eliminação prolongada em pacientes com insuficiência renal e/ou cardíaca. O mesmo se aplica aos pacientes idosos, os quais também demonstram um aumento na Cmax. A hidroclorotiazida atravessa a barreira hematoencefálica e é excretada no leite humano.
O bisoprolol e a hidroclorotiazida não demonstraram ser prejudiciais em humanos de acordo com os testes padrão de toxicidade pré-clínica (testes de toxicidade a longo prazo, de mutagenicidade, de genotoxicidade e de carcinogenicidade). Tal como outros betabloqueadores, o bisoprolol em doses elevadas demonstrou, em modelos animais, causar efeitos tóxicos na mãe (diminuição da ingestão de alimentos e aumento de peso corporal) e no embrião/feto (aumento da reabsorção tardia, diminuição do peso ao nascimento, atraso no desenvolvimento físico até ao fim do aleitamento). No entanto, tanto o bisoprolol como a hidroclorotiazida não foram teratogênicos. Não houve aumento na toxicidade quando ambos os fármacos foram dados em associação.
4. contraindicações
Biconcor® é contraindicado em pacientes com:
– hipersensibilidade ao bisoprolol, à hidroclorotiazida, outras tiazidas, sulfonamidas ou a qualquer dos excipientes;
– insuficiência cardíaca aguda ou durante episódios de descompensação da insuficiência cardíaca que requeiram terapêutica inotrópica intravenosa;
– choque cardiogênico;
– bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau (sem marca-passo);
– síndrome do nó sinusal;
– bloqueio sinoatrial;
– bradicardia sintomática;
– asma brônquica grave;
– formas graves da Síndrome de Raynaud ou formas graves de doença arterial oclusiva periférica;
– feocromocitoma não tratado;
– insuficiência renal grave (clearance da creatinina < 30 mL/min);
– insuficiência hepática grave;
– acidose metabólica;
– hipopotassemia refratária.
Este medicamento é contraindicado em crianças de qualquer faixa etária.
5. advertências e precauções
5. advertências e precauçõesO tratamento com bisoprolol não deve ser interrompido abruptamente a menos que claramente indicado, pois a interrupção abrupta do bisoprolol pode ocasionar deterioração aguda da condição do paciente, em particular naqueles com doença cardíaca isquêmica.
Biconcor® deve ser utilizado com cautela em casos de:
– insuficiência cardíaca concomitante;
– diabetes mellitus com grandes flutuações nos níveis da glicemia, uma vez que sintomas de hipoglicemia (como taquicardia, palpitações ou sudorese) podem ser mascarados;
– jejum rigoroso;
– bloqueio AV de primeiro grau;
– angina de Prinzmetal: foram observados casos de vasoespasmo coronariano. Apesar de sua alta seletividade beta1, crises de angina não podem ser completamente excluídas quando o bisoprolol é administrado a pacientes com angina de Prinzmetal. Deve-se empregar uma maior cautela em tais situações;
– doença arterial obstrutiva periférica (pode ocorrer agravamento dos sintomas, em especial no início do tratamento);
– hipovolemia;
– função renal comprometida.
Como outros betabloqueadores, o bisoprolol pode aumentar tanto a sensibilização relacionada a alérgenos quanto a severidade das reações anafiláticas. Isto também se aplica à terapia de dessensibilização. Tratamento com epinefrina nem sempre pode produzir o efeito terapêutico esperado.
Pacientes com psoríase ou com histórico de psoríase deverão somente fazer uso de betabloquadores (como o bisoprolol) após cuidadoso balanço risco versus benefício.
Os sintomas de tireotoxicose podem ser mascarados pelo tratamento com bisoprolol.
Em pacientes com feocromocitoma, o bisoprolol somente deve ser administrado após bloqueio dos alfa-receptores.
Em dois estudos epidemiológicos baseados no Registro Nacional de Câncer da Dinamarca foi observado um aumento do risco de câncer de pele não-melanoma (CPNM [carcinoma basocelular (CBC) e carcinoma de células escamosas (CCE)] com uma dose cumulativa crescente de exposição à hidroclorotiazida. A atividade fotossensibilizante da hidroclorotiazida pode atuar como um possível mecanismo para CPNM.
Pacientes em tratamento com hidroclorotiazida devem ser informados do risco de CPNM e orientados a examinar regularmente sua pele. Quaisquer novas lesões da pele suspeitas devem ser imediatamente comunicadas ao médico. Os pacientes devem ser aconselhados a tomar medidas preventivas, como exposição limitada à luz solar e radiação ultravioleta e, em caso de exposição, a utilizar proteção adequada, visando minimizar o risco de câncer de pele. Lesões cutâneas suspeitas potenciais devem ser prontamente examinadas, incluindo exames histológicos de biópsias. Também pode ser necessário reavaliar o uso de hidroclorotiazida em pacientes com antecedentes de CPNM (ver “REAÇÕES ADVERSAS”).
Em pacientes submetidos à anestesia geral, o betabloqueio reduz a incidência de arritmias e isquemia do miocárdio durante indução e intubação, e o período pós-operatório. Normalmente recomenda-se que se mantenha o betabloqueio no período perioperatório. O anestesista deve estar ciente do betabloqueio devido à possibilidade de interações com outros medicamentos, resultando em bradiarritmias, atenuação da taquicardia reflexa e diminuição da capacidade reflexa para compensar a perda de sangue. Caso seja considerado necessário interromper o tratamento com o betabloqueador antes da cirurgia, isso deve ser feito gradualmente e completado cerca de 48 horas antes da anestesia.
Embora betabloqueadores cardiosseletivos (beta1) possam apresentar menos efeitos sobre a função pulmonar do que os betabloqueadores não-seletivos, como acontece com todos os betabloqueadores, estes devem ser evitados em pacientes com doenças obstrutivas das vias aéreas, a menos que existam razões clínicas relevantes para seu uso. Nessas situações, Biconcor® pode ser usado com cautela. Na asma brônquica ou em outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, que podem se mostrar sintomáticas, indica-se terapia broncodilatadora concomitante. Pode ocorrer aumento ocasional na resistência das vias aéreas em pacientes asmáticos, requerendo assim uma dose maior de estimulantes beta2.
Reações de fotossensibilidade podem ocorrer com diuréticos tiazídicos. Caso ocorram reações de fotossensibilidade, recomenda-se a proteção das áreas expostas ao sol ou à luz UVA artificial. Em casos graves, pode ser necessário suspender o tratamento.
A administração contínua de hidroclorotiazida pode provocar distúrbios hidroeletrolíticos, em particular hipopotassemia e hiponatremia, como também hipomagnesemia, hipocloremia e hipocalcemia. A hipopotassemia facilita o desenvolvimento de arritmias graves, particularmente torsade de pointes, que pode ser fatal.
Durante terapia de longa duração com Biconcor®, recomenda-se monitorar eletrólitos séricos (especialmente potássio, sódio, cálcio), creatinina e ureia, lipídeos séricos (colesterol e triglicerídeos) e ácido úrico, assim como a glicemia.
Em pacientes com hiperuricemia, o risco de ataques de gota pode estar aumentado.
Pode haver piora do quadro de alcalose metabólica em função de distúrbio da homeostase hidroeletrolítica.
Em pacientes com colelitíase, colecistite aguda foi relatada.
A hidroclorotiazida, uma sulfonamida, pode provocar uma reação idiossincrática resultando em efusão coroidal com prejuízo do campo visual, miopia transitória aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado. Os sintomas incluem diminuição aguda da acuidade visual ou dor ocular, ocorrendo normalmente no período de horas a semanas após o início do tratamento. O glaucoma agudo de ângulo fechado não tratado pode levar à perda permanente da visão. O tratamento primário é a descontinuação da hidroclorotiazida o mais rapidamente possível. Poderá ser necessário tratamento médico ou cirúrgico imediato se a pressão intraocular permanecer fora de controle. Os fatores de risco para o desenvolvimento de glaucoma agudo de ângulo fechado podem incluir história de alergia à penicilina ou às sulfonamidas.
Casos graves e muito raros de toxicidade respiratória aguda, incluindo síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS), foram relatados após a administração de hidroclorotiazida. O edema pulmonar, geralmente, se desenvolve dentro de minutos a horas após a ingestão de hidroclorotiazida. No início, os sintomas incluem dispneia, febre, deterioração pulmonar e hipotensão. Se houver suspeita de diagnóstico de ARDS, Biconcor® deve ser descontinuado e o tratamento apropriado deve ser iniciado. A hidroclorotiazida não deve ser administrada a pacientes que já apresentaram ARDS após a ingestão desta substância.
Categoria de risco C. O bisoprolol apresenta ações farmacológicas que podem causar efeitos nocivos sobre a gravidez e/ou no feto/recém-nascido. Em geral, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, o que tem sido associado com retardo de crescimento, morte intrauterina, aborto ou parto prematuro. Os efeitos adversos (por exemplo, hipoglicemia e bradicardia) podem ocorrer no feto e no recém-nascido. Se o tratamento com betabloqueadores é necessário, deve-se dar preferência aos bloqueadores adrenérgicos beta1 seletivos. Diuréticos podem dar origem à isquemia fetoplacentária com o risco de hipotrofia fetal. A hidroclorotiazida é suspeita de causar trombocitopenia em neonatos. O uso de Biconcor® não é recomendado durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso de Biconcor® não é recomendado durante a lactação, uma vez que a hidroclorotiazida é excretada no leite materno em quantidades mínimas e o bisoprolol também pode ser. A hidroclorotiazida pode inibir a produção de leite.
Não são conhecidos dados sobre a fertilidade para a associação do produto. O bisoprolol ou a hidroclorotiazida não apresentaram influência sobre a fertilidade ou sobre o desempenho geral de reprodução em estudos com animais.
Em geral, Biconcor® possui pouca ou nenhuma influência na habilidade de dirigir e operar máquinas. Entretanto, dependendo da resposta individual do paciente ao tratamento, a habilidade de dirigir veículos ou de operar máquinas pode estar prejudicada. Isso deve ser considerado particularmente no início do tratamento, no caso de troca da medicação ou quando há interação com álcool.
Este medicamento pode causar doping.
6. interações medicamentosas
6. interações medicamentosasAlimentos e álcool
A ingestão com alimentos não prejudica a absorção do bisoprolol. O medicamento não deve ser tomado com bebidas alcoólicas.
– Lítio: Biconcor® pode intensificar os efeitos cardiotóxico e neurotóxico do lítio através da redução da excreção do mesmo.
– Antagonistas de cálcio do tipo verapamil e, num menor grau, do tipo diltiazem: influência negativa na contratilidade e na condução atrioventricular. A administração intravenosa de verapamil em pacientes sob tratamento com betabloqueadores pode levar à hipotensão profunda e bloqueio atrioventricular.
– Agentes anti-hipertensivos com ação central (como clonidina, metildopa, moxonodina, rilmenidina): o uso concomitante pode levar a uma redução da frequência cardíaca e do débito cardíaco, assim como à vasodilatação. A retirada abrupta, especialmente se anterior à descontinuação do betabloqueador, pode aumentar o risco de “hipertensão de rebote”.
– Antagonistas de cálcio do tipo di-hidropiridinas (como nifedipino, anlodipino): o uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão. Não se pode excluir um aumento do risco de deterioração da função de bombeamento ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca.
– Agentes anti-hipertensivos: o uso concomitante com medicamentos anti-hipertensivos, bem como com outros fármacos com potencial para redução da pressão arterial (como antidepressivos tricíclicos, barbitúricos, fenotiazinas), pode aumentar o risco de hipotensão.
– Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) (como captopril, enalapril), antagonistas de angiotensina II: risco de queda acentuada da pressão arterial e/ou insuficiência renal aguda durante o início de tratamento com inibidores da ECA em pacientes com depleção de sódio pré-existente (particularmente em pacientes com estenose da artéria renal). Caso a terapia diurética anterior tenha produzido depleção de sódio, deve-se interromper o diurético três dias antes de se iniciar o tratamento com inibidores da ECA ou iniciar o tratamento com inibidores da ECA em baixas doses.
– Antiarrítmicos classe I (como quinidina, disopiramida, lidocaína, fenitoína, flecainida, propafenona): o efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.
– Agentes antiarrítmicos classe III (como amiodarona): o efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser potencializado.
– Agentes antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (Classe IA, como quinidina, hidroquinidina, disopiramida, e Classe III, como. amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida): a hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsades de pointes.
– Agentes não antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (como astemizol, eritromicina iv, halofantrina, pentamidina, esparfloxacino, terfenadina, vincamina): a hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsade de pointes.
– Agentes parassimpatomiméticos: o uso concomitante pode aumentar o efeito sobre o tempo de condução atrioventricular e o risco de bradicardia.
– Betabloqueadores tópicos (como colírios para tratamento de glaucoma): podem aumentar os efeitos sistêmicos do bisoprolol.
– Insulina e antidiabéticos orais: aumento do efeito hipoglicemiante. O bloqueio dos beta-adrenoreceptores pode mascarar os sintomas de hipoglicemia.
– Anestésicos: atenuação da taquicardia reflexa e aumento do risco de hipotensão
– Glicosídeos cardíacos (digitálicos): aumento no tempo de condução atrioventricular, redução da freqüência cardíaca. Se ocorrer hipopotassemia e/ou hipomagnesemia durante o tratamento com Biconcor®, o miocárdio pode demonstrar sensibilidade aumentada aos glicosídeos cardíacos, levando a um efeito aumentado e a eventos adversos dos glicosídeos.
– Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): podem reduzir o efeito hipotensor. Em pacientes que desenvolvem hipovolemia, a administração concomitante de AINEs pode desencadear insuficiência renal aguda.
– Agentes beta-simpatomiméticos como isoprenalina, dobutamina): a associação com o bisoprolol pode reduzir o efeito de ambos os fármacos.
– Agentes simpaticomiméticos que ativam adrenorreceptores alfa e beta (como norepinefrina, epinefrina): a associação de bisoprolol pode desmascarar os efeitos vasoconstritores mediados pelos alfa-adrenorreceptores destes medicamentos,
ocasionando aumento da pressão arterial e exacerbação da claudicação intermitente. Tais interações são consideradas mais prováveis com betabloqueadores não seletivos.
– Medicamentos espoliadores de potássio (ex.: corticosteroides, ACTH-hormônio adrenocorticotrópico, carbenoxolona, anfotericina B, furosemida, laxantes): o uso concomitante pode resultar no aumento da perda de potássio.
– Metildopa: hemólise devido à formação de anticorpos para hidroclorotiazida foi descrita em casos isolados.
– Agentes redutores de ácido úrico: seus efeitos podem ser atenuados com administração concomitante de Biconcor®.
– Colestiramina, colestipol: reduzem a absorção da hidroclorotiazida.
– Mefloquina: aumento do risco de bradicardia.
– Inibidores de monoamina oxidase (exceto inibidores MAO-B): podem potencializar o efeito hipotensivo dos betabloqueadores, mas também o risco de crise hipertensiva.
– Corticosteroides: efeito anti-hipertensivo reduzido (retenção de água e sódio induzida por corticosteroides).
– Rifampicina: redução leve da meia-vida do bisoprolol possivelmente devida à indução de enzimas hepáticas que metabolizam o medicamento. Normalmente não há necessidade de ajuste da dose.
– Derivados da ergotamina: exacerbação dos distúrbios circulatórios periféricos.
– Salicilatos: na administração de altas doses de salicilatos, o efeito tóxico dos salicilatos no sistema nervoso central pode ser intensificado.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da umidade. Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Características do medicamento:
Biconcor® 2,5/6,25 mg: comprimidos revestidos, de cor amarela, redondos, com a inscrição
2,5 em uma das faces e o desenho de um coração na outra.
Biconcor® 5/6,25 mg: comprimidos revestidos, de cor rosa, redondos, com a inscrição 5 em uma das faces e o desenho de um coração na outra.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
8. posologia e modo de usarOs comprimidos devem ser engolidos inteiros, com algum líquido, pela manhã, com ou sem alimento.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A dose inicial usual é de um comprimido de Biconcor® 2,5/6,25 mg uma vez ao dia. Se o efeito anti-hipertensivo for insuficiente, pode-se aumentar a dose para um comprimido de Biconcor® 5/6,25 mg uma vez ao dia.
O tratamento com Biconcor® é geralmente de longa duração. Recomenda-se a descontinuação gradativa do tratamento com bisoprolol, pois a interrupção abrupta do bisoprolol pode ocasionar deterioração aguda da condição do paciente, em particular naqueles com doença cardíaca isquêmica.
Caso uma tomada seja esquecida, esta deve ser realizada tão logo possível no mesmo dia.
Caso contrário, tomar a próxima dose no dia seguinte, no horário habitual.
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada ou insuficiência renal leve à moderada (clearance de creatinina > 30ml/min).
Normalmente não é necessário ajuste de dose em idosos.
A experiência com Biconcor® em uso pediátrico é limitada; desta forma, o emprego em crianças não pode ser recomendado.
9. reações adversas
9. reações adversasPodem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir. As frequências são definidas em muito comuns (> 1/10); comuns (> 1/100 e < 1/10); incomuns (> 1/1.000 e < 1/100); raras (> 1/10.000 e < 1/1.000); muito raras (< 1/10.000), frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Frequência não conhecida: câncer de pele não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas).
Raros: leucopenia, trombocitopenia.
Muito raros: agranulocitose.
Incomuns: perda de apetite, hiperglicemia, hiperuricemia, distúrbios hidroeletrolíticos (particularmente hipopotassemia e hiponatremia, como também hipomagnesemia, hipocloremia e hipercalcemia).
Muito raros: alcalose metabólica.
Incomuns: depressão, distúrbios do sono.
Raros: pesadelo, alucinação.
Comuns: tontura*, cefaleia*.
Raros: fluxo lacrimal reduzido (a ser considerado caso o paciente use lentes de contato), distúrbios visuais.
Muito raras: conjuntivite.
Frequência não conhecida: efusão coroidal.
Raros: distúrbios da audição.
Incomuns: bradicardia, distúrbios da condução AV, agravamento de insuficiência cardíaca pré-existente.
Comuns: sensação de frio ou dormência nas extremidades.
Incomuns: hipotensão ortostática.
Raros: síncope.
Incomuns: broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou histórico de doença obstrutiva das vias aéreas.
Raros: rinite alérgica.
Muito raros: síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS).
Frequência não conhecida: doença pulmonar intersticial.
Comuns: queixas gastrointestinais como náusea, vômito, diarreia, constipação.
Incomuns: dores abdominais.
Muito raros: pancreatite.
Raros: hepatite, icterícia.
Raros: reações de hipersensibilidade tais como prurido, rubor, erupções cutâneas, fotodermatite, púrpura, urticária e angioedema.
Muito raros: alopecia, lupus eritematoso cutâneo. Betabloqueadores podem provocar ou piorar a psoríase ou induzir erupções semelhantes à psoríase.
Incomuns: fraqueza muscular, cãibras musculares.
Raros: disfunção erétil.
Comuns: fadiga*.
Incomuns: astenia.
Muito raros: dor torácica.
Incomuns; aumento dos níveis de amilase, aumento reversível da creatina e ureia séricas, aumento dos níveis de triglicerídeos e colesterol, glicosúria.
Raros: aumento das enzimas hepáticas (TGO, TGP).
*Estes sintomas ocorrem, especialmente, no início do tratamento. São geralmente leves e desaparecem na maioria das vezes nas primeiras 1–2 semanas.
Câncer da pele não-melanoma: Com base nos dados disponíveis de estudos epidemiológicos, observou-se uma associação cumulativa dose-dependente entre a hidroclorotiazida e CPNM (ver também “CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Farmacodinâmica da hidroclorotiazida” e “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseSintomas
Os sinais mais comuns esperados com uma superdose de betabloqueador são bradicardia, hipotensão, broncoespasmo, insuficiência cardíaca aguda e hipoglicemia. A experiência com superdose de bisoprolol é limitada, com apenas alguns casos tendo sido reportados. Bradicardia e/ou hipotensão foram observadas. Todos os pacientes se recuperaram. Há uma ampla variação interindividual na sensibilidade a uma única dose alta de bisoprolol, e os pacientes com insuficiência cardíaca são provavelmente muito sensíveis.
O quadro clínico de superdose aguda ou crônica com hidroclorotiazida é caracterizado pela extensão da perda de fluidos e eletrólitos. Os sinais mais comuns são: vertigens, náusea, sonolência, hipovolemia, hipotensão e hipopotassemia.
Em geral, se ocorrer superdose, recomenda-se descontinuação do tratamento com Biconcor® e tratamento de suporte e sintomático.
Dados limitados sugerem que o bisoprolol é dificilmente dialisável. O grau em que a hidroclorotiazida é removida por hemodiálise não foi estabelecido.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.