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Bexsero GLAXOSMITHKLINE BRASIL LTDA - bula do profissional da saúde

Dostupné balení:

Bula do profissional da saúde - Bexsero GLAXOSMITHKLINE BRASIL LTDA

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

vacina adsorvida meningocócica B (recombinante)

APRESENTAÇÃO

A vacina BEXSERO® é uma suspensão injetável, disponível em seringa preenchida de vidro Tipo I, com êmbolo e tampa protetora de borracha, contendo 01 dose de 0,5 ml.

A vacina está disponível na seguinte apresentação:

– Embalagem contendo 01 seringa preenchida, sem agulha.

SOMENTE PARA ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR

USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 2 MESES DE IDADE

COMPOSIÇÃO

Cada dose de 0,5 ml da suspensão injetável contém:

cepa NZ98/254 medida como quantidade de proteína total contendo PorA P1.42

1Produzida em células de E. coli através da tecnologia de DNA recombinante.

2Adsorvida em hidróxido de alumínio (0,5 mg Al3+).

3 NBHA (Antígeno de ligação de Neisseria com Heparina), NadA (Adesina A de Neisseria ), fHbp (Proteína de ligação com o fator H).

Excipientes : cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injetáveis.

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEII – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

BEXSERO® é indicada para imunização ativa de indivíduos a partir de 2 meses a 50 anos de idade contra a doença meningocócica invasiva causada pela Neisseria meningitidis do grupo B. Vide seção

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

para informações sobre a proteção contra cepas específicas do grupo B. O uso da vacina BEXSERO® deve estar de acordo com as recomendações oficiais.

2. resultados de eficácia

Eficácia clínicaEficácia clínica

A eficácia da vacina BEXSERO® não foi avaliada através de estudos clínicos. A eficácia da vacina foi inferida através da demonstração de indução de respostas de anticorpos bactericidas séricos contra cada um dos antígenos da vacina (vide seção

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA, Imunogenicidade

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA, Imunogenicidade).

Imunogenicidade

As respostas de anticorpos bactericidas séricos para cada um dos antígenos NadA, fHbp, NHBA e PorA P1.4 da vacina, foram avaliadas utilizando-se um conjunto de quatro cepas meningocócicas de referência do grupo B. Os anticorpos bactericidas contra estas cepas foram medidos pelo Ensaio Bactericida Sérico, utilizando soro humano como fonte de complemento (hSBA). Não estão disponíveis dados de todos os esquemas de vacinação utilizando a cepa de referência para NHBA.

A maioria dos estudos de imunogenicidade primária foi realizada como estudos clínicos randomizados, controlados e multicêntricos. A imunogenicidade foi avaliada em lactentes, crianças, adolescentes e adultos.

Imunogenicidade em lactentes e crianças

Nos estudos com lactentes, os participantes receberam três doses da vacina BEXSERO® aos 2, 4 e 6 ou aos 2, 3 e 4 meses de idade, e uma dose de reforço, no segundo ano de vida, logo a partir dos 12 meses de idade. Os soros foram obtidos tanto antes da vacinação quanto um mês após a terceira dose da vacinação (vide Tabela 1) e um mês após a vacinação de reforço (vide Tabela 2). Em um estudo de extensão, a persistência da resposta imune foi avaliada um ano após a dose de reforço (vide Tabela 2). A imunogenicidade após duas ou três doses seguidas de um reforço foi avaliada em lactentes de 2 meses a 5 meses de idade em outro estudo clínico. A imunogenicidade após duas doses foi também documentada em outro estudo em crianças de 6 a 8 meses de idade no momento da inclusão (Tabela 3). Crianças não vacinadas anteriormente também receberam duas doses no segundo ano de vida, com a persistência de anticorpos sendo medida um ano após a segunda dose (vide Tabela 3).

Imunogenicidade em lactentes de 2 a 5 meses de idade

Vacinação primária com duas doses seguida de reforço

Os resultados de imunogenicidade obtidos um mês após a administração de três doses da vacina BEXSERO® aos 2, 3, 4 e 2, 4 e 6 meses de idade estão resumidos na Tabela 1. As respostas de anticorpos bactericidas contra cepas meningocócicas de referência, um mês após a terceira dose da vacinação, foram altas contra os antígenos fHbp, NadA e PorA P1.4 em ambos os esquemas de vacinação com a vacina BEXSERO®. As respostas bactericidas contra o antígeno NHBA também foram elevadas em lactentes vacinados no esquema 2, 4 e 6 meses, mas este antígeno pareceu ser menos imunogênico no esquema 2, 3 e 4 meses. As consequências clínicas da redução da imunogenicidade do antígeno NHBA neste esquema de vacinação não são conhecidas.

Tabela 1. Respostas de anticorpos bactericidas séricos obtidas um mês após a terceira dose da vacina BEXSERO®, administrada aos 2, 3, 4 ou 2, 4 e 6 meses de idade

Antígeno

Estudo V72P13

2, 4, 6 meses

Estudo V72P12

2, 3, 4 meses

Estudo V72P16

2, 3, 4 meses

fHbp

% soropositivo*

N=1149

N=273

N=170

(IC a 95%)

100% (99–100)

99% (97–100)

100% (98–100)

hSBA GMT** (IC a 95%)

91 (87–95)

82 (75–91)

101 (90–113)

NadA

% soropositivo (IC a 95%)

N=1152 100% (99–100)

N=275 100% (99–100)

N=165 99% (97–100)

hSBA GMT (IC a 95%)

635 (606–665)

325 (292–362)

396 (348–450)

PorA P1.4

% soropositivo (IC a 95%)

N=1152

84% (82–86)

N=274 81% (76–86)

N=171 78% (71–84)

hSBA GMT (IC a 95%)

14 (13–15)

11 (9,14–12)

10 (8,59–12)

NHBA

% soropositivo (IC a 95%)

N=100 84% (75–91)

N=112

37% (28–46)

N=35 43% (26–61)

hSBA GMT (IC a 95%)

16 (13–21)

3,24 (2,49–4,21)

3,29 (1,85–5,83)

* % soropositivo = porcentagem de lactentes que atingiram um hSBA > 1:5.

** GMT = títulos geométricos médios

Os dados sobre a persistência de anticorpos bactericidas aos 8 meses após a administração da vacina BEXSERO® aos 2, 3 e 4 meses de idade, e aos 6 meses após a administração da vacina BEXSERO® aos 2, 4 e 6 meses de idade (período pré-dose de reforço), bem como os dados relacionados à dose de reforço após a administração da quarta dose da vacina BEXSERO® aos 12 meses de idade, estão resumidos na Tabela 2. A persistência da resposta imune um ano após a dose de reforço também é apresentada na Tabela 2.

Tabela 2. Respostas de anticorpos bactericidas séricos seguidas de uma dose de reforço aos 12 meses após a administração de um esquema primário de vacinação aos 2, 3 e 4 ou 2, 4 e 6 meses de idade, e persistência de anticorpos bactericidas um ano após a dose de reforço

Antígeno

2, 3, 4, 12 meses

2, 4, 6, 12 meses

fHbp

pré-dose de reforço* % soropositivo** (IC a 95%) hSBA GMT*** (IC a 95%)

N=81 58% (47–69) 5,79 (4,54–7,39)

N=426 82% (78–85) 10 (9,55–12)

1 mês após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=83 100% (96–100) 135(108–170)

N=422 100% (99–100) 128 (118–139)

12 meses após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=299 62% (56–67) 6,5 (5,63–7,5)

NadA

pré-dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=79 97% (91–100) 63 (49–83)

N=423 99% (97–100) 81(74–89)

1 mês após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=84 100% (96–100) 1558 (1262–1923)

N=421 100% (99–100) 1465(1350–1590)

12 meses após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=298 97% (95–99) 81(71–94)

PorA P1.4

pré-dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=83 19% (11–29) 1,61 (1,32–1,96)

N=426 22% (18–26) 2,14 (1,94–2,36)

1 mês após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=86 97% (90–99) 47 (36–62)

N=424 95% (93–97) 35 (31–39)

12 meses após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=300 17% (13–22) 1,91 (1,7–2,15)

NHBA

pré-dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=69 25% (15–36) 2,36 (1,75–3,18)

N=100 61% (51–71) 8,4 (6,4–11)

1 mês após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=67 76% (64–86) 12 (8,52–17)

N=100 98% (93–100) 42 (36–50)

12 meses após a dose de reforço % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=291 36% (31–42%) 3,35 (2,88–3,9)

* O período pré-dose de reforço representa a persistência de anticorpos bactericidas aos 8 meses após a administração da vacina BEXSERO® aos 2, 3 e 4 meses de idade, e aos 6 meses após a administração da vacina BEXSERO® aos 2, 4 e 6 meses da idade.

** % soropositivo = porcentagem de lactentes que atingiram um hSBA > 1:5.

*** GMT = títulos geométricos médios.

Vacinação primária de duas doses seguida de reforço

A imunogenicidade após duas doses (aos 3 meses e meio e 5 meses de idade) ou três doses (aos 2 meses e meio, 3 meses e meio e 5 meses de idade) de BEXSERO® seguida de reforço (após 6 meses da última dose primária) em lactentes foi avaliada em um estudo clínico de fase 3 adicional. As porcentagens de indivíduos soropositivos (isto é, alcançando um hSBA de pelo menos 1: 4) variaram de 44% a 100% um mês após a segunda dose e de 55% a 100% um mês após a terceira dose. Em um mês, após reforço administrado 6 meses após a última dose, as porcentagens de indivíduos soropositivos variaram de 87% a 100% para o esquema de duas doses, e de 83% a 100% para o de três doses.

A persistência de anticorpos foi avaliada em um estudo de extensão em crianças de 3 a 4 anos de idade. As porcentagens comparáveis de indivíduos que foram soropositivos de 2 a 3 anos após a vacinação prévia com duas doses seguidas de um reforço de BEXSERO® (variando de 35% a 91%) ou três doses seguidas de reforço (variando de 36% a 84%). No mesmo estudo, a resposta a uma dose adicional administrada 2 a 3 anos após o reforço foi indicativa de memória imunológica como demonstrado por uma resposta de anticorpos robusta contra todos os antígenos de BEXSERO® , variando de 81% a 100% e de 70% a 99% respectivamente. Essas observações são consistentes com a iniciação adequada na infância com uma vacinação primária de duas doses e três doses seguidas de um reforço de BEXSERO®.

Imunogenicidade em crianças de 6 a 11 meses, 12 a 23 meses de idade

A imunogenicidade após a administração de duas doses, com intervalo de dois meses, em crianças de 6 a 23 meses de idade foi documentada em dois estudos cujos resultados estão resumidos na Tabela 3. Contra cada um dos antígenos vacinais, as porcentagens de sororesposta e hSBA GMTs foram altas e semelhantes após o esquema de duas doses em lactentes de 6 a 8 meses de idade e crianças de 13 a 15 meses de idade. Os dados sobre a persistência de anticorpo um ano após as duas doses aos 13 e 15 meses de idade também estão resumidos na Tabela 3.

Tabela 3. Respostas de anticorpos bactericidas séricos após a administração da vacina BEXSERO® aos 6 e 8 meses de idade ou aos 24 e 26 meses de idade, e persistência de anticorpos bactericidas um ano após as duas doses aos 13 e 15 meses de idade

Antígeno

Faixa etária

6 a 11 meses de idade

12 a 23 meses de idade

Idade de vacinação

6, 8 meses

13, 15 meses

fHbp

1 mês após a 2a dose % soropositivo* (IC a 95%) hSBA GMT** (IC a 95%)

N=23 100% (85–100) 250(173–361)

N=163 100% (98–100) 271 (237–310)

12 meses após a 2a dose % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=68 74% (61–83) 14 (9,4–20)

NadA

1 mês após a 2a dose % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=23 100% (85–100) 534 (395–721)

N=164 100% (98–100) 599 (520–690)

12 meses após a 2a dose % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=68 97% (90–100) 70 (47–104)

PorA P1.4

1 mês após a 2a dose % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=22 95% (77–100) 27 (21–36)

N=164 100% (98–100) 43 (38–49)

12 meses após a 2a dose % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=68 18% (9–29) 1,65 (1,2–2,28)

NHBA

1 mês após a 2a dose % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=46 63% (48–77) 11 (7,07–16)

12 meses após a 2a dose % soropositivo (IC a 95%) hSBA GMT (IC a 95%)

N=65 38% (27–51) 3,7 (2,15–6,35)

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um hSBA > 1:4 (na faixa etária de 6 a 11 meses) e hSBA > 1:5 (na faixa etária de 12 a 23 meses de idade).

** GMT = títulos geométricos médios.

As taxas de resposta foram de 98% a 100% contra todas as cepas após uma dose de reforço administrada em aproximadamente um ano após a administração de duas doses aos 13 e 15 meses de idade.

Imunogenicidade em crianças de 2 a 10 anos de idade

A imunogenicidade após duas doses de BEXSERO® administradas com um ou dois meses de diferença em crianças de 2 a 10 anos de idade foi avaliada em um estudo clínico inicial de fase 3 e sua extensão. No estudo inicial, cujos resultados estão resumidos na Tabela 4, os participantes receberam duas doses de BEXSERO® com dois meses de intervalo. As taxas de sororesposta e hSBA GMTs foram altas após o esquema de duas doses em crianças contra cada um dos antígenos da vacina (Tabela 4).

Tabela 4. Respostas de anticorpos bactericidas séricos 1 mês após a administração da segunda dose de BEXSERO® em crianças de 2 a 10 anos seguindo um esquema de 0, 2 meses

Antígeno

Faixa etária

2 a 5 anos de idade

6 a 10 anos de idade

fHbp

% soropositivo* (IC a 95%)

N=99 100% (96–100)

N=287 99% (96–100)

hSBA GMT** (IC a 95%)

140 (112–175)

112 (96–130)

NadA

% soropositivo (IC a 95%)

N=99 99% (95–100)

N=291 100% (98–100)

hSBA GMT (IC a 95%)

584 (466–733)

457 (392–531)

PorA P1.4

% soropositivo (IC a 95%)

N=100 98% (93–100)

N=289 99% (98–100)

hSBA GMT (IC a 95%)

42 (33–55)

40 (34–48)

NHBA

% soropositivo (IC a 95%)

N=95 91% (83–96)

N=275 95% (92–97)

hSBA GMT (IC a 95%)

23 (18–30)

35 (29–41)

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um hSBA > 1:4 (contra cepas de referência para antígenos fHbp, NadA, PorA P1.4) e hSBA > 1:5 (contra a cepa de referência para o antígeno NHBA).

** GMT = títulos geométricos médios.

No estudo de extensão, no qual duas doses de BEXSERO® foram administradas com intervalo de 1 mês em crianças não vacinadas, altas porcentagens de indivíduos foram soropositivas 1 mês após a segunda dose. Uma resposta imune precoce após a primeira dose também foi avaliada. As porcentagens de indivíduos soropositivos (isto é, alcançam um hSBA de pelo menos 1: 4) através das cepas variaram de 46% a 95% em um mês após a primeira dose e de 69% a 100% em um mês após a segunda dose.

Esse estudo também avaliou a persistência de anticorpos e a resposta à dose de reforço em crianças que receberam vacinação primária de duas doses aos 2–5 ou 6–10 anos de idade. Depois de 24–36 meses, as porcentagens de indivíduos soropositivos (isto é, atingindo um hSBA de pelo menos 1:4) diminuíram, variando entre cepas de 21% a 74% em crianças de 4–7 anos de idade e de 47% a 86% em crianças de 8–12 anos de idade. A resposta à dose de reforço administrada entre 24–36 meses depois da dose primária foi indicativo de memória imunológica uma vez que as porcentagens de indivíduos soropositivos variaram entre cepas de 93% a 100% em crianças de 4–7 anos de idade e de 96% a 100% em crianças de 8–12 anos de idade.

Imunogenicidade em adolescentes (a partir de 11 anos de idade) e adultos

Os adolescentes receberam duas doses da vacina BEXSERO® , com intervalos de um, dois ou seis meses entre as doses; estes dados estão resumidos nas Tabelas 5 e 6. Em estudos com adultos, os dados também foram obtidos após a administração de duas doses da vacina BEXSERO® , com um intervalo de um mês ou dois meses entre as doses (vide Tabela 5).

Os esquemas de vacinação de duas doses administradas com um intervalo de um ou dois meses mostraram respostas imunológicas semelhantes em adultos e adolescentes. Respostas semelhantes foram também observadas em adolescentes que receberam duas doses da vacina BEXSERO® com um intervalo de seis meses.

Tabela 5. Respostas de anticorpos bactericidas séricos em adolescentes ou adultos, um mês após a administração de duas doses da vacina BEXSERO®, aplicada de acordo com os diferentes esquemas de duas doses, e persistência de anticorpos bactericidas 18 a 23 meses após a segunda dose

Antígenos

Adolescentes

Adultos

Meses 0, 1

Meses 0, 2

Meses 0, 6

Meses 0, 1

Meses 0, 2

fHbp

1 mês após a 2a dose

N=638

N=319

N=86

N=28

N=46

% soropositivo* (IC a 95%)

100% (99–100)

100% (99–100)

100% (99–100)

100% (88–100)

100% (92–100)

hSBA GMT** (IC a 95%)

210 (193–229)

234 (209–263)

218 (157–302)

100 (75–133)

93 (71–121)

18–23 meses após a 2a dose

N=102

N=106

N=49

% soropositivo* (IC a 95%)

82% (74–89)

81% (72–88)

84% (70–93)

hSBA GMT** (IC a 95%)

29 (20–42)

34 (24–49)

27 (16–45)

NadA

1 mês após a 2a dose

N=639

N=320

N=86

N=28

N=46

% soropositivo (IC a 95%)

100% (99–100)

99% (98–100)

99% (94–100)

100% (88–100)

100% (92–100)

hSBA GMT (IC a 95%)

490 (455–528)

734 (653–825)

880 (675–1147)

566 (338–948)

144 (108–193)

18–23 meses após a 2a dose

N=102

N=106

N=49

% soropositivo* (IC a 95%)

93% (86–97)

95% (89–98)

94% (83–99)

hSBA GMT** (IC a 95%)

40 (30–54)

43 (33–58)

65 (43–98)

PorA P1.4

1 mês após a 2a dose

N=639

N=319

N=86

N=28

N=46

% soropositivo (IC a 95%)

100% (99–100)

100% (99–100)

100% (96–100)

96% (82–100)

91% (79–98)

hSBA GMT (IC a 95%)

92 (84–102)

123 (107–142)

140 (101–195)

47 (30–75)

32 (21–48)

18–23 meses após a 2a dose

N=102

N=106

N=49

% soropositivo* (IC a 95%)

75% (65–83)

75% (66–83)

86% (73–94)

hSBA GMT** (IC a 95%)

17 (12–24)

19 (14–27)

27 (17–43)

NHBA

1 mês após a 2a dose

N=46

N=46

% soropositivo (IC a 95%)

100% (92–100)

100% (92–100)

hSBA GMT (IC a 95%)

99 (76–129)

107 (82–140)

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um hSBA > 1:4.

** GMT = títulos geométricos médios.

No estudo com adolescentes, as respostas bactericidas após duas doses da vacina BEXSERO® foram estratificadas por um hSBA basal menor que 1:4, igual a 1:4 ou superior a 1:4. As porcentagens de sororesposta e porcentagens de indivíduos com, pelo menos, um aumento de 4 vezes no título basal de hSBA, um mês após a administração da segunda dose da vacina BEXSERO® , estão resumidas na Tabela 6. Após a vacinação com a vacina BEXSERO® , uma alta porcentagem de indivíduos foi soropositiva e teve um aumento de 4 vezes nos títulos de hSBA, independente do estado pré-vacinação.

Tabela 6. Porcentagem de adolescentes com sororesposta e com um aumento de pelo menos 4 vezes nos títulos bactericidas um mês após a administração de duas doses da vacina BEXSERO®, aplicada de acordo com diferentes esquemas de duas doses – estratificada pelos títulos pré-vacinação

Antígeno

Meses 0, 1

Meses 0, 2

Meses 0, 6

fHbp

% soropositivo após a 1a dose* (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=388 90% (87–93)

N=193 86% (80–91)

N=65 86% (75–93)

título pré-vacinação > 1:4

N=289 100% (98–100)

N=149 99% (95–100)

N=47 100% (92–100)

% aumento de 4 vezes após a 1a dose (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=388 87% (84–91)

N=193 84% (78–89)

N=65 86% (75–93)

título pré-vacinação > 1:4

N=289 71% (65–76)

N=149 68% (60–75)

N=47 62% (46–75)

% soropositivo após 2a dose (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=369 100% (98–100)

N=179 100% (98–100)

N=55 100% (94–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=269 100% (99–100)

N=140 100% (97–100)

N=31

100% (89–100)

% aumento de 4 vezes após 2a dose (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=369 100% (98–100)

N=179 100% (98–100)

N=55 100% (94–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=268 90% (86–93)

N=140 86% (80–92)

N=31 90% (74–98)

NadA

% soropositivo após 1a dose

(IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=454 94% (93–97)

N=223 99% (92–98)

N=79 96% (89–99)

título pré-vacinação > 1:4

N=223 100% (98–100)

N=119 98% (94–100)

N=32 100% (89–100)

% aumento de 4 vezes após 1a dose (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=454 94% (92–96)

N=223 95% (91–98)

N=79 96% (89–99)

título pré-vacinação > 1:4

N=223 74% (67–79)

N=119

72% (63–80)

N=32 69% (50–84)

% soropositivo após 2a dose

(IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=427 100% (99–100)

N=211 99% (97–100)

N=64 98% (92–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=212 100% (98–100)

N=109 100% (97–100)

N=22 100% (85–100)

% aumento de 4 vezes após 2a dose (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=426 99% (98–100)

N=211 99% (97–100)

N=64 98% (92–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=212 96% (93–98)

N=109 95% (90–98)

N=22 95% (77–100)

PorA P1.4

% soropositivo após 1a dose

(IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=450 100% (98–100)

N=219 100% (98–100)

N=75 85% (75–92)

título pré-vacinação > 1:4

N=226 100% (98–100)

N=123 100% (97–100)

N=36 100% (90–100)

% aumento de 4 vezes após 1a dose

título pré-vacinação < 1:4

N=450 91% (88–94)

N=219 85% (80–90)

N=75 85% (75–92)

(IC a 95%)

título pré-vacinação > 1:4

N=216 64% (57–70)

N=123 55% (46–64)

N=36 64% (46–79)

% soropositivo após 2a dose

(IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=427 100% (98–100)

N=208 100% (98–100)

N=64 100% (94–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=212 100% (98–100)

N=111

100% (97–100)

N=22 100% (85–100)

% aumento de 4 vezes após 2a dose (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=426 99% (98–100)

N=208 100% (98–100)

N=64 100% (94–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=211

81% (75–86)

N=111

77% (68–84)

N=22 82% (60–95)

NHBA

% soropositivo após 2a dose

(IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=2

100% (16–100)

N=9 100% (66–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=44 100% (92–100)

N=37 100% (91–100)

% aumento de 4 vezes após 2a dose (IC a 95%)

título pré-vacinação < 1:4

N=2

100% (16–100)

N=9 89% (52–100)

título pré-vacinação > 1:4

N=44 30% (17–45)

N=37 19% (8–35)

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um hSBA > 1:4.

Tabela 7. Respostas de anticorpos bactericidas séricos em adultos após a administração de duas doses da vacina BEXSERO®, administrada de acordo com os diferentes esquemas de duas doses

Antígeno

Meses 0, 1

Meses 0, 2

fHbp

1 mês após 2a dose

N=28

N=46

% soropositivo* (IC a 95%)

100% (88–100)

100% (92–100)

hSBA GMT** (IC a 95%)

100 (75–133)

93 (71–121)

NadA

1 mês após a 2a dose

N=28

N=46

% soropositivo (IC a 95%)

100% (88–100)

100% (92–100)

hSBA GMT (IC a 95%)

566 (338–948)

144 (108–193)

PorA P1.4

1 mês após 2a dose

N=28

N=46

% soropositivo (IC a 95%)

96% (82–100)

91% (79–98)

hSBA GMT (IC a 95%)

47 (30–75)

32 (21–48)

* % soropositivo = porcentagem de indivíduos que atingiram um hSBA > 1:4.

** GMT = títulos geométricos médios.

A resposta sérica bactericida ao antígeno NHBA não foi avaliada.

Dados de persistência de anticorpos no estudo em adolescentes foram obtidos em um estudo de extensão de fase 3. Em aproximadamente 7,5 anos depois da vacinação primária de duas doses, as porcentagens de indivíduos com hSBA > 1:4 diminuíram, variando entre cepas de 29% a 84%. A resposta à dose de reforço administrada 7,5 anos depois da dose primária foi indicativo de memória imunológica assim como as porcentagens de indivíduos atingindo hSBA > 1:4 entre as cepas variando de 93% a 100%.

O mesmo estudo também avaliou os dados de persistência de anticorpos em um estudo inicial de fase 3 adicional em adolescentes. Em aproximadamente 4 anos após a vacinação primária de duas doses, as porcentagens de indivíduos com hSBA > 1:5 geralmente diminuiu de um intervalo entre as cepas de 68% a 100% depois da segunda dose para um intervalo de 9% a 84%. A resposta à dose de reforço administrada 4 anos após a série primária foi indicativo de memória imunológica assim como as porcentagens de indivíduos atingindo hSBA > 1:5 entre as cepas variando de 92% a 100%.

Imunogenicidade em populações especiais

Crianças e adolescentes com deficiências do complemento, asplenia ou disfunção esplênica

Em um estudo clínico de fase 3, crianças e adolescentes de 2 a 17 anos de idade, com deficiências do complemento (40), asplenia ou disfunção esplênica (107) e indivíduos saudáveis da mesma idade (85) receberam duas doses de BEXSERO® com dois meses de intervalo. Um mês após o esquema de vacinação de duas doses, as porcentagens de indivíduos com hSBA > 1:5 em indivíduos com deficiências do complemento e asplenia ou disfunção esplênica foram 87% e 97% para o antígeno fHbp, 95% e 100% para o antígeno NadA, 68% e 86% para o antígeno PorA P1.4, 73% e 94% para o antígeno NHBA, respectivamente, indicando uma resposta imune nestes indivíduos imunocomprometidos. As porcentagens de indivíduos saudáveis com hSBA > 1:5 foram de 98% para o antígeno fHbp, 99% para o antígeno NadA, 83% para o antígeno PorA P1.4 e 99% para o antígeno NHBA.

Impacto da vacinação na incidência da doençaImpacto da vacinação na incidência da doença

A vacina BEXSERO® foi introduzida no programa nacional de imunização (NIP) do Reino Unido em Setembro de 2015 usando um esquema de 2 doses em lactentes (aos 2 e aos 4 meses de idade) seguido por uma dose de reforço (aos 12 meses de idade). Neste contexto, o Public Health England conduziu um estudo observacional de 3 anos em nível nacional, cobrindo toda a coorte de nascimentos.

Após três anos do programa, foi observada uma redução estatisticamente significativa de 75% [razão da taxa de incidência 0,25 (95% IC: 0,19;0,36)] dos casos de DMI causados por Neisseria meningitidis grupo B em lactentes elegíveis à vacinação, independentemente da situação vacinal dos bebês ou da cobertura prevista da cepa meningocócica grupo B.

3. características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: vacinas meningocócicas, código ATC: J07AH09.

Propriedades farmacocinéticas

A avaliação das propriedades farmacocinéticas não é necessária para as vacinas; portanto, nenhum estudo farmacocinético foi conduzido com a vacina.

Dados Epidemiológicos

A doença meningocócica invasiva (DMI) é uma importante causa de meningite e sepse, que pode conduzir à mortalidade (até 20% dos casos de DMI), ou sequelas permanentes (11–20% dos sobreviventes). A incidência de DMI de todos os sorogrupos atualmente no Brasil é de aproximadamente 2,0 por 100.000 habitantes, embora taxas de incidência um pouco maiores sejam relatadas em áreas urbanas. A maior incidência de DMI ocorre em lactentes com menos de 1 ano de idade (17 por 100.000 habitan­tes), seguida por crianças de 1 a 4 anos de idade (7 por 100.000 habitan­tes). A incidência diminui ainda mais com o aumento da idade. Maiores taxas de incidência foram observadas durante as epidemias de DMI.

Há 12 cápsulas distintas de polissacarídeos, mas no Brasil somente os sorogrupos B, C, W e Y causam DMI. Não foram observadas doenças causadas pelo sorogrupo A no Brasil em várias décadas. De acordo com a rede de vigilância de laboratórios sentinelas SIREVA II, 26% das DMI no Brasil em 2009 foram causadas pelo grupo B. A distribuição dos grupos causadores da DMI varia conforme a região, sendo o grupo B ainda o mais prevalente dos sorogrupos causadores de doença nos estados do Sul do Brasil.

Com base no Multi Locus Sequence Typing (MLST), o meningococo do grupo B demonstra significativa diversidade. Além de causar doença endêmica, o grupo B tem causado surtos prolongados devido às cepas hipervirulentas, incluindo a ST-32 (França, Oregon (EUA)) e ST-41/44 (Noruega, Nova Zelândia). O Brasil testemunhou prolongadas epidemias de DMI pelo grupo B em meados dos anos 1980 até 2002. Estudos obtidos dos isolados de DMI durante estes surtos relataram que a maioria das cepas do grupo B pertencia ao complexo ST-32.

Atualmente, não existem estudos mais recentes sobre a distribuição de complexo circulante/so­ro(sub)tipos a nível nacional.

Com base nos dados notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de cada 10 casos sorogrupados de doença meningocócica invasiva em crianças com menos de 5 anos de idade no Brasil em 2015, 6 foram causados pelo meningococo B.

Mecanismos de ação

A imunização com a vacina BEXSERO® tem o objetivo de estimular a produção de anticorpos bactericidas que reconhecem os antígenos NHBA, NadA, fHbp e PorA P1.4 (o antígeno imunodominante presente no componente OMV) da vacina e com os quais se espera um efeito protetor contra a doença meningocócica invasiva (DMI). Como esses antígenos são expressos de forma variável por diferentes cepas, os meningococos que os expressam a níveis suficientes são passíveis de eliminação pelos anticorpos induzidos pela vacina. O Sistema de Tipagem de Antígenos Meningocócicos – Meningococcal Antigen Typing System (MATS), foi desenvolvido para relacionar os perfis antigênicos de diferentes cepas de bactérias meningocócicas do grupo B com a capacidade de eliminação das cepas através do Ensaio de Anticorpos Bactericidas Séricos, utilizando soro humano como fonte de complemento (hSBA) e, desta maneira, estimar a amplitude de cobertura das cepas. Com base na análise pelo MATS dos isolados meningocócicos invasivos do grupo B coletados em 2010, a estimativa de cobertura das cepas pela vacina BEXSERO® no Brasil é de 81% (intervalo de confiança a 95%: 71% – 95%).

Os antígenos presentes na vacina BEXSERO® foram também expressos por cepas pertencentes a outros grupos meningocócicos além do grupo B. Dados limitados indicam proteção contra algumas cepas além das pertencentes ao grupo B; no entanto, a extensão desta proteção adicional ainda não está totalmente determinada.

Dados de segurança não clínicosDados de segurança não clínicos

Os dados não clínicos não revelam nenhum risco para humanos com base nos estudos de toxicidade de dose repetida e nos estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento.

4. contraindicações

Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes mencionados na seção COMPOSIÇÃO.

5. advertências e precauções

Assim como para outras vacinas, a administração da vacina BEXSERO® deve ser adiada em indivíduos que estejam com doença febril aguda grave. Entretanto, a presença de uma infecção não grave, como resfriado, não deve resultar no adiamento da vacinação.

A vacina não deve ser injetada pelas vias intravascular, subcutânea ou intradérmica.

Como para todas as vacinas injetáveis, tratamento e supervisão médica apropriada devem sempre estar prontamente disponíveis em caso de evento anafilático após administração da vacina.

Reações relacionadas à ansiedade, incluindo reações vasovagais (síncope), hiperventilação ou reações relacionadas ao estresse podem ocorrer em associação à vacinação como uma resposta psicogênica à injeção com agulha (vide seção

9. REAÇÕES ADVERSAS

9. REAÇÕES ADVERSAS). É importante que procedimentos estejam disponíveis para evitar lesões devido a um desmaio.

Esta vacina não deve ser administrada em indivíduos com trombocitopenia ou qualquer distúrbio de coagulação que possa contraindicar uma injeção intramuscular, a menos que o potencial benefício exceda claramente o risco da administração.

Assim como com qualquer vacina, a vacinação com a vacina BEXSERO® pode não proteger todos os indivíduos vacinados.

Não se espera que a vacina BEXSERO® forneça proteção contra todas as cepas meningocócicas circulantes do grupo B (vide seção 3. CARACTERÍS­TICAS

FARMACOLÓGICAS ).

Assim como para muitas vacinas, o médico deve estar ciente que uma elevação de temperatura pode ocorrer após a vacinação de lactentes e crianças (com menos de 2 anos de idade). A administração profilática de antipiréticos no momento e logo após a vacinação pode reduzir a incidência e a intensidade de reações febris pós-vacinação. A administração de medicamentos antipiréticos em lactentes e crianças (com menos de 2 anos de idade) deve ser iniciada de acordo com as diretrizes locais.

Indivíduos com resposta imune deficiente, devido ao uso de terapia imunossupressora, doença genética ou outras causas, podem ter uma resposta imunológica reduzida à imunização ativa. Dados de imunogenicidade encontram-se disponíveis em indivíduos com deficiência de complemento, asplenia ou disfunção esplênica. (Ver item 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA)

Não há dados sobre o uso da vacina BEXSERO® em indivíduos acima de 50 anos de idade e há dados limitados em pacientes com condições médicas crônicas. Indivíduos com deficiências familiares de complemento (por exemplo, deficiências C3 ou C5) e indivíduos que recebem tratamentos que inibem a ativação do complemento terminal (por exemplo, eculizumabe) apresentam risco aumentado de doença invasiva causada por Neisseria meningitidis grupo B, mesmo que desenvolvam anticorpos após a vacinação com BEXSERO®.

Devem ser considerados o potencial risco de apneia e a necessidade de monitorização respiratória durante 48–72 horas quando se administra a primovacinação a bebês muito prematuros (nascidos < 28 semanas de gestação) e, particularmente, para aqueles com história prévia de imaturidade respiratória. Como o benefício da vacinação é elevado neste grupo de lactentes, a vacinação não deve ser suspensa ou adiada.

A tampa protetora da seringa pode conter borracha natural de látex. Embora o risco de desenvolvimento de reações alérgicas seja mínimo, os profissionais da saúde devem considerar o risco-benefício antes de administrar esta vacina em indivíduos com histórico conhecido de hipersensibilidade ao látex.

A canamicina é utilizada no início do processo de fabricação e é removida durante as fases posteriores de fabricação. Se estiver presente, os níveis de canamicina na formulação final da vacina são menores que 0,01 microgramas por dose. O uso seguro da vacina BEXSERO® por indivíduos sensíveis à canamicina não foi estabelecido.

Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose; isso significa que é essencialmente livre de sódio.

Atenção diabéticos: este medicamento contém SACAROSE.

Fertilidade, gravidez e lactação

Fertilidade

Não há dados sobre a fertilidade em humanos.

Não houve efeitos sobre a fertilidade feminina nos estudos em animais.

Gravidez

Estão disponíveis dados clínicos insuficientes sobre exposição durante a gravidez.

O risco potencial para a mulher grávida é desconhecido. Porém, a vacinação não deve ser suspensa quando houver risco claro de exposição à infecção meningocócica.

Não houve evidência de toxicidade materna ou fetal, e nenhum efeito sobre a gravidez, comportamento materno, fertilidade feminina ou desenvolvimento pós-natal, em um estudo em que coelhas receberam a vacina BEXSERO® com uma dose aproximadamente 10 vezes maior que o equivalente à dose humana com base no peso corporal.

Lactação

Informações sobre a segurança da vacina durante a lactação não estão disponíveis. A relação risco-benefício deve ser examinada antes de se tomar a decisão de imunizar durante a lactação.

Não foram observadas reações adversas em coelhas vacinadas ou em suas proles até o 29o dia de lactação. A vacina foi imunogênica nas progenitoras vacinadas antes da lactação, e os anticorpos foram detectados na prole, mas os níveis de anticorpos no leite não foram determinados.

Categoria de risco na gravidez: B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou amamentando sem a orientação do médico ou cirurgião dentista.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinasEfeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas

A vacina BEXSERO® tem influência nula ou insignificante na habilidade de dirigir e operar máquinas. Entretanto, alguns efeitos mencionados na seção

9. REAÇÕES ADVERSAS

podem afetar temporariamente a habilidade de dirigir ou operar máquinas.

6. interações medicamentosas

Uso com outras vacinasUso com outras vacinas

A vacina BEXSERO® pode ser administrada concomitantemente com qualquer um dos seguintes antígenos vacinais, como vacinas monovalentes ou como vacinas combinadas: difteria, tétano, pertussis acelular, Haemophilus influenzae tipo B, poliomielite inativada, hepatite B, conjugado pneumocócico heptavalente, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e sorogrupos meningocócicos A, C, W e Y conjugados (Menveo®).

Estudos clínicos demonstraram que as respostas imunes das vacinas de rotina coadministradas não foram afetadas pela administração concomitante da vacina BEXSERO®. Resultados inconsistentes foram observados em estudos com relação às respostas ao poliovírus tipo 2 inativado e ao conjugado pneumocócico sorotipo 6B, e títulos de anticorpos menores para o antígeno pertactina da pertussis também foram notados, mas estes dados não sugerem interferência clinicamente significativa.

Os perfis de segurança das vacinas coadministradas não foram afetados pela administração concomitante da vacina BEXSERO® , com exceção da ocorrência mais frequente de febre, sensibilidade no local da injeção, mudança nos hábitos alimentares e irritabilidade. O uso profilático de paracetamol reduz a incidência e a gravidade da febre sem afetar a imunogenicidade tanto da vacina BEXSERO® quanto das vacinas de rotina. Não foi estudado o efeito dos outros antipiréticos além do paracetamol na resposta imunológica.

A administração concomitante da vacina BEXSERO® com outras vacinas além das mencionadas acima não foi estudada.

A administração concomitante de vacinas contendo pertussis de células inteiras com a vacina BEXSERO® não foi estudada e, portanto, não é recomendada. Quando administrada concomitantemente com outras vacinas, a vacina BEXSERO® deve ser aplicada em local de injeção distinto (vide seção

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

IncompatibilidadesIncompatibilidades

Na ausência de estudos de compatibilidade, este produto não deve ser misturado com outros produtos medicinais.

7. cuidados de armazenamento do medicamento

Cuidados de conservação

Armazene o produto sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). Não congelar. Não utilizar a vacina que pode ter sido congelada. Proteger da luz.

A vacina BEXSERO® tem validade de 36 meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticasCaracterísticas físicas e organolépticas

A vacina BEXSERO® é apresentada sob a forma de uma suspensão líquida opalescente branca (0,5 ml) em uma seringa preenchida de vidro Tipo I, com êmbolo de borracha bromobutírica Tipo I e com tampa protetora de borracha Tipo I ou Tipo II.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. posologia e modo de usar

Tabela 8: Resumo da posologia

Faixa etária na primeira dose

Esquema primário de vacinação

Intervalos entre as doses primárias

Dose de reforço

Lactentes de 2 a 5 meses de idadea

Três doses de 0,5 ml cada

Não menos que 1 mês

Sim, uma dose entre os 12 e 15 meses de idade com um intervalo de pelo menos 6 meses entre a série primária e a dose de reforçob,c

Duas doses de 0,5 ml cada

Não menos que 2 meses

Lactentes de 3 a 5 meses de idade

Duas doses de 0,5 ml cada

Não menos que 2 meses

Lactentes de 6 a 11 meses de idade

Duas doses de 0,5 ml cada

Não menos que 2 meses

Sim, uma dose no segundo ano de vida, com intervalo de pelo menos 2 meses entre a vacinação primária e a dose de reforçoc

Crianças de 12 a 23 meses de idade

Duas doses de 0,5 ml cada

Não menos que 2 meses

Sim, uma dose com intervalo de 12 a 23 meses entre a vacinação primária e a dose de reforçoc

Crianças de 2 a10 anos de idade

Duas doses de 0,5 ml cada

Não menos que 1 mês

Necessidade não estabelecida**11

Adolescentes (a partir de 11 anos) e adultos*

a A primeira dose não deve ser administrada antes dos 2 meses de idade. A segurança e eficácia de BEXSERO® em lactentes com menos de 8 semanas de idade não foram ainda estabelecidas. Não existem dados disponíveis.

b Caso seja adiada, a dose de reforço deve ser idealmente administrada até os 24 meses de idade.

c Vide seção

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

. A necessidade e o tempo para a dose de reforço adicional ainda não foram estabelecidos.

d Vide seção

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA.

* A segurança e eficácia de BEXSERO® em adultos acima de 50 anos de idade não foram ainda estabelecidas.

* * Uma dose de reforço deve ser considerada em indivíduos em risco contínuo de exposição à doença meningocócica, baseado em recomendações oficiais.

Método de Administração

A vacina deve ser administrada através de injeção intramuscular profunda, preferivelmente na porção anterolateral da coxa em lactentes, ou no músculo deltoide na região superior do braço em indivíduos mais velhos.

Devem ser usados locais de injeção separados se mais de uma vacina for administrada ao mesmo tempo.

A vacina não deve ser injetada por via intravenosa, subcutânea ou intradérmica, e não deve ser misturada com outras vacinas na mesma seringa.

Precauções especiais para descarte e outros manuseiosPrecauções especiais para descarte e outros manuseios

Um depósito fino esbranquiçado pode se formar quando o produto fica em repouso por um longo período.

Para formar uma suspensão homogênea, agite bem a vacina antes de usá-la.

Antes da administração, a vacina deve ser inspecionada visualmente para detecção de material particulado e descoloração. Caso qualquer material particulado estranho e/ou variação do aspecto físico seja observado, não administre a vacina.

Qualquer produto não utilizado ou material residual deve ser descartado de acordo com as diretrizes locais.

9. reações adversas

9. reações adversas

As reações adversas de estudos clínicos com a vacina BEXSERO® estão descritas a seguir.

A segurança da vacina BEXSERO® foi avaliada em 13 estudos, incluindo 9 estudos clínicos randomizados, controlados, com 7.802 indivíduos (a partir de 2 meses de idade) que receberam, pelo menos, uma dose da vacina BEXSERO® e com estudo subsequente com 974 adultos jovens. Dentre os indivíduos que receberam a vacina BEXSERO® , 5.849 eram lactentes e crianças (com menos de 2 anos de idade), 250 eram crianças (de 2 a 10 anos de idade) e 2.677 eram adolescentes e adultos. Dos indivíduos que receberam o esquema primário de vacinação para lactentes da vacina BEXSERO® , 3.285 receberam uma dose de reforço no segundo ano de vida.

Adicionalmente, dados relativos a 988 lactentes e crianças (com menos de 2 anos de idade) e 801 crianças (de 2 a 10 anos de idade) expostas a BEXSERO® em estudos posteriores foram avaliados.

Em lactentes e crianças (com menos de 2 anos de idade), as reações adversas locais e sistêmicas mais comuns observadas nos estudos clínicos foram sensibilidade e eritema no local da injeção, febre e irritabilidade.

Nos estudos clínicos com lactentes, a febre ocorreu com maior frequência quando a vacina BEXSERO® foi coadministrada com as vacinas de rotina (contendo os seguintes antígenos: conjugado pneumocócico heptavalente, difteria, tétano, pertussis acelular, hepatite B, poliomielite inativada e Haemophilus influenzae tipo B) do que quando foi administrada isoladamente. Foram também reportadas maiores taxas de uso de antipiréticos em lactentes vacinados com a vacina BEXSERO® e vacinas de rotina. Quando a vacina BEXSERO® foi administrada isoladamente, a frequência de febre foi semelhante à associada às vacinas de rotina em lactentes administradas durante os estudos clínicos. Quando ocorreu febre, ela geralmente seguiu um padrão previsível, a maioria se resolveu no dia seguinte à vacinação.

Em adolescentes e adultos, as reações adversas locais e sistêmicas mais comuns observadas foram dor no local da injeção, mal-estar e cefaleia.

Nenhum aumento na incidência ou gravidade das reações adversas foi observado com doses subsequentes do esquema de vacinação.

As reações adversas (após a vacinação primária ou dose de reforço), ao menos consideradas possíveis de estarem relacionadas com a vacinação, foram classificadas por frequência.

As frequências são definidas conforme segue:

Muito comuns:

(> 1/10)

Comuns:

(> 1/100 a < 1/10)

Incomuns:

(> 1/1.000 a < 1/100)

Raras:

(> 1/10.000 a < 1/1.000)

Muito raras:

(< 1/10.000)

Dentro de cada agrupamento de frequência, os efeitos indesejáveis são apresentados em ordem decrescente de gravidade.

Lactentes e crianças (até 10 anos de idade)

Distúrbios do metabolismo e nutricionais: Muito comuns: distúrbios alimentares

Distúrbios do sistema nervoso:

Muito comuns: sonolência, choro incomum, cefaleia

Incomuns: convulsões (incluindo convulsões febris)

Distúrbios vasculares:

Incomuns: palidez (raro após a dose de reforço)

Raras: síndrome de Kawasaki

Distúrbios gastrointestinais:

Muito comuns: diarreia, vômito (incomum após a dose de reforço)

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:

Muito comuns: erupção cutânea (crianças com idade de 12 a 23 meses de idade) (incomum após a dose de reforço)

Comuns: erupção cutânea (lactentes e crianças de 2 a 10 anos de idade)

Incomuns: eczema

Raras: urticária

Distúrbios musculares e do tecido conectivo:

Muito comuns: artralgia

Distúrbios gerais e alterações no local de administração:

Muito comuns: febre (> 38°C), sensibilidade no local da injeção (incluindo sensibilidade severa no local da injeção, definida por choro quando o membro que recebeu a injeção é manipulado), eritema no local da injeção, inchaço no local da injeção, induração no local da injeção, irritabilidade.

Incomum: febre (> 40°C)

Adolescentes (a partir de 11 anos de idade) e Adultos

Distúrbios do sistema nervoso:

Muito comuns: cefaleia

Distúrbios gastrointestinais:

Muito comuns: náusea

Distúrbios musculares e do tecido conectivo:

Muito comuns: mialgia, artralgia

Distúrbios gerais e alterações no local de administração:

Muito comuns: dor no local da injeção (incluindo dor severa no local da injeção definida por incapacidade na realização das atividades normais do dia a dia), inchaço no local da injeção, induração no local da injeção, eritema no local da injeção, mal-estar.

Reações adversas relatadas durante a vigilância pós-comercializaçãoReações adversas relatadas durante a vigilância pós-comercialização

Além dos relatos em estudos clínicos, relatos voluntários em todo o mundo de eventos adversos à vacina BEXSERO® desde a sua introdução no mercado, são listados a seguir. Como esses eventos foram relatados voluntariamente por uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar sua frequência de forma confiável.

Distúrbios do sangue e do sistema linfático: linfadenopatia

Distúrbios do sistema imune: reações alérgicas (incluindo anafilaxia);

Distúrbios do sistema nervoso: episódio hipotônico-responsivo, síncope ou respostas vasovagais à injeção;

Distúrbios cutâneos ou subcutâneos: rash (adolescentes a partir de 11 anos de idade e adultos);

Distúrbios gerais e alterações no local da injeção: febre (adolescentes a partir de 11 anos de idade e adultos), reações no local da injeção (incluindo inchaço extenso do membro vacinado, bolhas em torno ou no local da injeção e nódulo no local da injeção que pode persistir por mais de um mês).

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

10. superdose

10. superdose

A experiência de superdose é limitada. Em caso de superdose, recomenda-se monitoramento das funções vitais e possível tratamento sintomático.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

III - DIZERES LEGAISIII – DIZERES LEGAIS

Reg. MS 1.0107.0321

Farm. Resp.: Monique Lellis de Freitas

CRF-RJ N° 11641

Fabricado por:

GSK Vaccines S.r.L

Bellaria-Rosia, 53018, Sovicille – (Siena)

Itália

Registrado e Importado por: GlaxoSmithKline Brasil Ltda.

Estrada dos Bandeirantes, 8.464 – Rio de Janeiro – RJ

CNPJ: 33.247.743/0001–10

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

®SAC

Serviço de Atendimento ao Consumidor GSK

0800 701 22 33

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