Bula do profissional da saúde - BAC-SULFITRIN BRAINFARMA INDÚSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA S.A
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Solução injetável 80mg/mL + 16mg/mL
I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Bac-Sulfitrin®
sulfametoxazol + trimetoprima
Solução injetável.
Embalagem contendo 50 ampolas de 5mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 SEMANAS
COMPOSIÇÃO
(metabissulfito de sódio, propilenoglicol, álcool etílico, trolamina, álcool benzílico, hidróxido de sódio e água).
Teor alcoólico: 7,68%
Bac-Sulfitrin® deve somente ser usado quando, no julgamento do médico, o benefício do tratamento superar qualquer risco possível; considerações devem ser feitas quanto ao agente bacteriano efetivo. Como a susceptibilidade da bactéria in vitro varia geograficamente e com o tempo, a situação local deve ser considerada quando se seleciona uma antibioticoterapia.
Bac-Sulfitrin® (infusão intravenosa)
Infecções do trato respiratório
Exacerbação aguda de bronquite crônica, quando há evidência de sensibilidade ao SMZ-TMP é uma boa razão para preferir esta combinação a um antibiótico simples.
Otite média em crianças, quando há evidência de sensibilidade ao SMZ-TMP é uma boa razão para preferir esta combinação a um antibiótico simples.
Tratamento e profilaxia (primária e secundária) da Pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e crianças.
Infecções do trato urogenital
Infecções do trato urinário, uretrites gonocócica e cancroide.
Infecções do trato gastrintestinal
Febre tifoide e paratifoide, shigelose (cepas susceptíveis de Shigela flexneri e Shigela sonnei quando a terapia antibacteriana é indicada), diarreia dos viajantes causada por Escherichia coli enterotoxigênica e cólera (como medida conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos).
Outras infecções bacterianas
Infecções causadas por uma ampla variedade de organismos (tratamento possivelmente em combinação com outros antibióticos), ex.: brucelose, osteomielite aguda e crônica, nocardiose, actinomicetoma, blastomicose sul-americana e septicemia.
2. resultados de eficácia
O Bac-Sulfitrin® mostra-se eficaz no tratamento de inúmeras infecções: nas infecções respiratórias superiores e inferiores, em crianças e adultos com eficácia comparável a eritromicina e amoxicilina.
Na otite média aguda, sua eficácia é similar à amoxicilina, cefaclor e ceftriaxona e é opção nas infecções causadas por H. influenza resistente a ampicilina ou, em pacientes com hipersensibilidade à penicilina. Pode ser usado na profilaxia da otite média recorrente e otite média crônica. Na sinusite aguda pode ser considerado agente de primeira linha. No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao cefadroxil, penicilina G procaína e cefalexina e pode ser uma opção em casos leves a moderados, contudo deve-se sempre considerar a resistência local. Também se mostra eficaz na bronquite crônica agudizada. O Bac-Sulfitrin® é considerado droga de escolha na profilaxia e tratamento da pneumonia por P. carinii em adultos e crianças HIV positivos. Nestes pacientes, seu uso mostra-se também eficaz na profilaxia primária da toxoplasmose cerebral.
Nas infecções agudas não complicadas do trato urinário inferior, o Bac-Sulfitrin® tem eficácia similar ao ofloxacino e ciprofloxacino no tratamento com duração de 3 dias, similar ao norfloxacino e nitrofurantoína em estudos que avaliaram o tratamento por 7 dias e, ao ciprofloxacino, no tratamento por 10 dias. Também é efetivo na profilaxia de infecções recorrentes do trato urinário. No tratamento da pielonefrite aguda não complicada, o Bac-Sulfitrin® tem eficácia similar ao cefaclor e ofloxacina e, quando usado em associação à gentamicina, induz significativamente menor resistência antimicrobiana do que a associação ampicilina e gentamicina, além do menor custo.
Nas prostatites agudas e crônicas mostra-se eficaz devido sua alta concentração no tecido prostático.
O Bac-Sulfitrin® demonstrou ser tão eficaz quanto à estreptomicina e, provavelmente, superior à tetraciclina no tratamento do cancroide. Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por clamídias) é um tratamento alternativo. Verifica-se a eliminação do gonococo em dois dias de tratamento e da clamídia em 5 a 10 dias de tratamento com o uso de Bac-Sulfitrin®.
Bac-Sulfitrin® é efetivo no tratamento das infecções gastrintestinais por Salmonella , Shigella e E. coli enteropatogênica. Na diarreia dos viajantes, estudos mostram eficácia similar ao ciprofloxacino, com o tratamento de 5 dias. Em adultos, o Bac-Sulfitrin® por 7 dias mostrou-se tão eficaz quanto a amoxicilina/ácido clavulânico em infecções de pele e subcutâneas.
3. características farmacológicas
3. características farmacológicasPropriedades e efeitos
O Bac-Sulfitrin® contém dois componentes ativos agindo sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do ácido folínico no microrganismo. Este mecanismo habitualmente resulta em atividade bactericida in vitro em concentrações nas quais as substâncias individualmente são apenas bacteriostáticas. Adicionalmente, Bac-Sulfitrin® é frequentemente eficaz contra organismos que são resistentes a um dos seus dois componentes. Por causa de seu mecanismo de ação, o risco de resistência bacteriana é minimizado.
O efeito antibacteriano do Bac-Sulfitrin® in vitro atinge um amplo espectro de organismos patogênicos Gram-positivos e Gram-negativos embora a sensibilidade possa depender da área geográfica em que é utilizado.
Microrganismos geralmente sensíveis (CIM (Concentração Inibitória Mínima) < 80mg/L):
() equivalente ao SMZ
Cocos: Branhamella catarrhalis.
Bastonetes Gram-negativos: Haemophilus influenzae (beta-lactamase positivo, beta-lactamase negativo), Haemophilus parainfluenzae , E. coli , Citrobacter freundi , Citrobacter spp., Klebsiella oxytoca , Klebsiella pneumoniae , outras Klebsiella spp., Enterobacter cloacae , Enterobacter aerogenes , Hafnia alvei , Serratia marcescens , Serratia liquefaciens , outras Serratia spp., Proteus mirabilis , Proteus vulgaris , Morganella morganii , Shigella spp., Yersinia enterocolitica , outras Yersinia spp., Vibrio cholerae.
Diversos bastonetes Gram-negativos: Edwardsiella tarda , Alcaligenes faecalis , Pseudomonas cepacia. Burkholderia (Pseudomonas) pseudomallei.
Baseado em experiência clínica, os seguintes microrganismos devem também ser considerados como sensíveis: Brucella , Listeria monocytogenes , Nocardia asteroides , Pneumocystis carinii , Cyclospora cayetanensis.
Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160mg/L):
() equivalente ao SMZ
Cocos: Staphylococcus aureus (meticilino-sensíveis e meticilino-resistentes), Staphylococcus spp. (coagulase-negativo), Streptococcus pneumoniae (penicilino-sensíveis, penicilino-resistentes).
Bastonetes Gram-negativos: Haemophilus ducreyi , Providencia rettgeri , outras Providencia spp., Salmonella typhi , Salmonella enteritidis, Stenotrophomonas maltophilia (anteriormente denominado Xanthomonas maltophilia ).
Diversos bastonetes Gram-negativos: Acinetobacter lwoffi , Acinetobacter anitratus (principalmente A. baumanii ), Aeromonas hydrophila.
Microrganismos resistentes (CIM> 160mg/L):
(*) equivalente ao SMZ
Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis , Treponema pallidum.
A prevalência local de resistência ao Bac-Sulfitrin® entre as bactérias pertinentes à infecção tratada deve ser conhecida quando Bac-Sulfitrin® é prescrito em bases empíricas.
Para excluir resistência, especialmente em infecções com probabilidade de serem causadas por um patógeno parcialmente sensível, o isolado deve ser testado para sensibilidade.
A sensibilidade ao Bac-Sulfitrin® pode ser determinada por métodos padronizados tais como os testes de disco ou de diluição recomendados pelo ''National Comittee for Clinical Laboratory Standards" (NCCLS).
Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS são disponibilizados na tabela abaixo:
Teste do disco Diâmetro da zona de inibição (mm) | Teste de diluição | ||
CIM Q.ig/mL) | |||
Sensível | >16 | <2 | <38 |
Parcialmente sensível | 11–15 | 4 | 76 |
Resistente | <10 | >8 | >152 |
As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do sulfametoxazol (SMZ) são muito semelhantes.
Absorção
Após administração oral, TMP e SMZ são rápidos e quase completamente absorvidos na porção superior do trato gastrintestinal. Após dose única de l60mg de TMP + 800mg de SMZ, picos de concentração plasmática de 1,5 – 3gg/mL para TMP e 40 – 80gg/mL para SMZ são obtidos dentro de 1 a 4 horas. Se a administração for repetida a cada 12 horas, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio, atingidas em 2–3 dias, variam entre 1,3 e 2,8gg/mL para o TMP e entre 32 e 63gg/mL para o SMZ.
Distribuição
O volume de distribuição da TMP é cerca de 130 litros e do SMZ é cerca de 20 litros, sendo que 45% de TMP e 66% de SMZ estão ligadas às proteínas plasmáticas. O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não inflamado, fluido seminal, fluido vaginal, saliva, tecido pulmonar normal inflamado e fluido biliar; a penetração dentro do líquor e humor aquoso é similar para ambos componentes. Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam da corrente sanguínea para os líquidos intersticiais e outros líquidos orgânicos extravasculares. Entretanto, em associação, as concentrações de TMP e SMZ são superiores às concentrações inibitórias mínimas (CIM) para a maioria dos organismos susceptíveis. Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos tecidos fetais (placenta, fígado, pulmão), no sangue do cordão umbilical e líquido amniótico, indicando a transferência placentária de ambas as drogas. Em geral, concentrações fetais de TMP são similares às concentrações maternas, e as de SMZ do feto, menores que as da mãe. Ambas as substâncias são excretadas pelo leite materno. Concentrações no leite materno são similares à concentração do plasma materno para TMP e mais baixas para SMZ também no plasma materno.
Metabolismo
Aproximadamente 50–70% da dose de TMP e 10–30% da dose de SMZ são excretadas inalteradas na urina. Os principais metabólitos de TMP são os derivados óxidos 1 e 3 e hidróxi 3' e 4'; alguns metabólitos são microbiologicamente ativos. A SMZ é metabolizada no fígado, predominantemente por acetilação N4 e, em uma menor extensão, por conjugação glicuronídica; os metabólitos são inativos.
Eliminação
As meia-vidas dos dois componentes são muito semelhante (em média de 10 horas para TMP e 11 horas para SMZ). Elas não são significativamente alteradas em idosos. Ambas as substâncias, assim como seus metabólitos, são eliminados quase exclusivamente por via renal através de filtração glomerular e secreção tubular, o que determina concentrações urinárias das substâncias ativas consideravelmente mais altas que as concentrações no sangue. Apenas uma pequena parte das substâncias é eliminada por via fecal.
Farmacocinética em condições clínicas especiais
As meia-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas nos pacientes idosos com função renal normal. Em pacientes com comprometimento da função renal (clearance de creatinina de 15–30mL/min) as meia-vidas de ambos os componentes podem estar aumentadas, requerendo ajustes dos regimes de doses.
4. contraindicações
Bac-Sulfitrin® está contraindicado nos casos de lesões graves do parênquima hepático e em pacientes com insuficiência renal grave quando não se pode determinar regularmente a concentração plasmática.
O Bac-Sulfitrin® também está contraindicado aos pacientes com história de hipersensibilidade à sulfonamida ou trimetoprima.
O Bac-Sulfitrin® não deve ser administrado em combinação com dofetilida. (Ver item 6 – Interações medicamentosas).
Não deve ser administrado a prematuros e recém-nascidos durante as primeiras 6 semanas de vida.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária de 0 a 6 semanas.
5. advertências e precauções
5. advertências e precauçõesO tratamento deve ser descontinuado imediatamente ao primeiro sinal de aparecimento de rash cutâneo ou qualquer outra reação adversa grave.
Bac-Sulfitrin® deve ser administrado com cautela a pacientes com história de alergia e asma brônquica.
Existe maior risco de reações adversas graves em pacientes idosos ou em pacientes que apresentem as seguintes condições: insuficiência hepática, insuficiência renal ou uso concomitante de outras drogas (em cada caso, o risco pode ser relacionado à dosagem ou duração do tratamento). Êxito letal, embora raro, tem sido descrito relacionado com reações graves, tais como: discrasias sanguíneas, eritema exsudativo multiforme (Síndrome de Stevens-Johnson), Necrólise Epidérmica Tóxica (Síndrome de Lyell) e necrose hepática fulminante. Para diminuir o risco de reações indesejáveis, a duração do tratamento com Bac-Sulfitrin® deve ser a menor possível, especialmente em pacientes idosos. Em caso de comprometimento renal, a posologia deve ser ajustada conforme descrito no item “Posologias especiais”. Pacientes em uso prolongado de Bac-Sulfitrin® devem fazer controle regular de hemograma. Caso surja redução significativa de qualquer elemento figurado do sangue, o tratamento com Bac-Sulfitrin® deve ser suspenso. A não ser em casos excepcionais, Bac-Sulfitrin® não deve ser administrado a pacientes com sérias alterações hematológicas. Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes que receberam a combinação da trimetoprima e metotrexato (ver Interações). Devido à possibilidade de hemólise, Bac-Sulfitrin® não deve ser administrado a pacientes portadores de deficiência de G6PD (glicose-6-fosfato-desidrogenase) a não ser em casos de absoluta necessidade e em doses mínimas. Nos pacientes idosos ou em pacientes com história de deficiência de ácido fólico ou insuficiência renal, podem ocorrer alterações hematológicas indicativas de deficiência de ácido fólico. Essas alterações são reversíveis administrando-se ácido folínico. Pacientes em uso prolongado de Bac-Sulfitrin® (em particular, pacientes com insuficiência renal) devem fazer exame de urina e avaliação da função renal regularmente. Adequada administração de líquidos e diurese devem ser assegurados durante o tratamento para prevenir cristalúria. Notou-se que o TMP prejudica o metabolismo da fenilalanina, mas isto não é significativo em pacientes fenilcetonúricos em dieta de restrição apropriada. Como com todas as drogas contendo sulfonamidas, cuidado é desejável em pacientes com porfiria ou disfunção da tireoide. Pacientes que são acetiladores lentos podem ser mais suscetíveis a reações idiossincrásicas às sulfonamidas.
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Em animais de experimentos, doses muito elevadas de TMP e SMZ produziram malformações fetais típicas de antagonismo de ácido fólico.
Com base em relatórios efetuados em mulheres grávidas, revisão de literatura e relatórios espontâneos de malformações, o uso de Bac-Sulfitrin® parece não apresentar risco de teratogenicidade em seres humanos. Uma vez que tanto TMP como SMZ atravessam a barreira placentária e podem, portanto, interferir com o metabolismo do ácido fólico, Bac-Sulfitrin® somente deverá ser utilizado durante a gravidez se os possíveis riscos para o feto justificarem os benefícios terapêuticos esperados. Recomenda-se que toda mulher grávida, que está sendo tratada com Bac-Sulfitrin® receba concomitantemente 5 a 10mg de ácido fólico diariamente. Deve-se evitar o uso de Bac-Sulfitrin® durante o último estágio da gravidez tanto quanto possível devido ao risco de kernicterus no neonato.
Lactação
Tanto TMP como SMZ passam para o leite materno. Embora a quantidade ingerida pelo lactente seja pequena, possíveis riscos para o lactente (kernicterus, hipersensibilidade) devem ser pesados frente aos benefícios terapêuticos esperados para a mãe.
Pacientes idosos com função renal normal não requerem cuidados especiais com relação à dosagem, devendo-se seguir as doses recomendadas para adultos. Entretanto a possibilidade de reações adversas é provável em idosos, e, para diminuir o risco de reações indesejáveis, a duração do tratamento com Bac-Sulfitrin® deve ser a menor possível nessa população.
Pacientes pediátricos
Bac-Sulfitrin® pode ser utilizado em crianças com idade superior a 6 semanas de vida, e a posologia deve ser ajustada conforme a idade e/ou peso corporal, e/ou superfície corporal. (vide Posologia e modo de usar).
Pacientes com insuficiência renal ou hepática
Existe maior risco de reações adversas graves em pacientes que apresentem as seguintes condições: insuficiência hepática, insuficiência renal ou uso concomitante de outras drogas (em cada caso, o risco pode ser relacionado à dosagem ou duração do tratamento). Em caso de comprometimento renal, a posologia deve ser ajustada conforme descrito no item „Posologias especiais“.
6. interações medicamentosas
Diuréticos: aumento da incidência de trombocitopenia com púrpura foi observado em pacientes idosos recebendo concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos.
digoxina: níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia concomitante com Bac-Sulfitrin®, especialmente em pacientes idosos. Níveis séricos de digoxina devem ser monitorados.
varfarina: foi descrito que Bac-Sulfitrin® pode aumentar significativamente o efeito antitrombótico do anticoagulante varfarina. Esta interação deve ser lembrada quando Bac-Sulfitrin® é dado a pacientes já sob terapêutica anticoagulante. Em tais casos, o tempo de coagulação deve ser novamente determinado. fenitoína: Bac-Sulfitrin® pode inibir o metabolismo hepático da fenitoína. Um aumento de 39% na meia-vida da fenitoína e 27% de diminuição na taxa de clearance metabólico da fenitoína foram observados seguindo a administração de Bac-Sulfitrin® sob dosagens clínicas normais. Se os dois fármacos são administrados simultaneamente, é importante observar a toxicidade da fenitoína.
ciclosporina: deterioração reversível da função renal, manifestada por aumento da creatinina sérica, foi observada em pacientes tratados com TMP-SMZ e ciclosporina após transplante renal. Este efeito combinado é provavelmente devido ao componente trimetoprima. Uma diminuição reversível no clearance de creatinina foi observado em pacientes com função renal normal. Isto é provavelmente causado por uma inibição irreversível da secreção tubular da creatinina.
Antidepressivos: a eficácia dos antidepressivos tricíclicos pode diminuir quando coadministrados com Bac-Sulfitrin®.
metotrexato: as sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação proteica e também com o transporte renal de metotrexato, portanto aumentando a fração do metotrexato livre e a exposição sistêmica ao metotrexato. Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes tratados com a combinação de trimetoprima e metotrexato. A trimetoprima apresenta baixa afinidade para a deidrofolato-redutase humana, mas pode aumentar a toxicidade do metotrexato levando à possibilidade de interações adversas hematológicas relacionadas ao medicamento do metotrexato, especialmente na presença de outros fatores de risco tais como idade avançada, hipoalbuminemia, insuficiência renal e reserva da medula óssea diminuída. Tais reações adversas podem ocorrer especialmente com metotrexato administrado em doses elevadas. Recomenda-se tratar esses pacientes com ácido fólico para contrabalançar os efeitos sobre a hematopoiese.
pirimetamina: relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo pirimetamina como na profilaxia da malária em doses excedendo 25mg semanalmente podem desenvolver anemia megaloblástica se Bac-Sulfitrin® é prescrito concomitantemente.
Hipoglicemiantes orais: Bac-Sulfitrin®, assim como outras drogas contendo sulfonamidas, potencializa a dose de agentes hipoglicemiantes orais.
indometacina: aumento de níveis sanguíneos de SMZ pode ocorrer em pacientes que estão também recebendo indometacina.
amantadina: delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de SMZ-TMP e amantadina. dofetilida: há evidências que trimetoprima pode interagir com dofetilida pela inibição de seu sistema de transporte renal. Trimetoprima 160mg em combinação com sulfametoxazol 800mg duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500gg duas vezes ao dia, por 4 dias, resultou em um aumento na área sob a curva concentração/tempo (AUC) de dofetilida em 103% e um aumento de 93% na concentração máxima (Cmax). Pode causar arritmias ventriculares sérias associadas com prolongamento do intervalo QT, incluindo torsades de pointes, os quais são diretamente relacionados com a concentração plasmática de dofetilida. A administração concomitante de dofetilida e trimetoprima é contraindicada.
Influência em métodos diagnósticos
Bac-Sulfitrin®, especialmente o componente trimetoprima, pode interferir com a determinação sérica do metotrexato utilizando a técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato redutase bacteriana for utilizada como proteína de ligação. Não ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o metotrexato for medido por radioimunoensaio. A presença de TMP e SMZ também pode interferir com a reação de picrato alcalino de Jaffé, usada na determinação de creatinina, resultando em aumento dos valores normais em cerca de 10%.
7. cuidados de armazenamento do medicamento
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Bac-Sulfitrin® apresenta-se como solução límpida, incolor a levemente amarelada e isenta de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. posologia e modo de usar
As ampolas de Bac-Sulfitrin® devem ser diluídas antes do uso. As seguintes soluções de infusão podem ser usadas para diluição:
Glicose 5% Glicose 10% Xilitol 10% Solução de Ringer (USP XVIII) „Macrodexin“ (dextran 70,6% em dextrose a 5%) Cloreto de sódio a 0,9% Cloreto de sódio a 0,45% + glicose a 2,5%É importante observar o seguinte esquema de diluição, que é baseada em uma proporção de 25–30mL de solução de infusão para cada mL de Bac-Sulfitrin®:
1 ampola de Bac-Sulfitrin® (5mL) em 125mL de solução para infusão 2 ampolas de Bac-Sulfitrin® (10mL) em 250mL de solução para infusão 3 ampolas de Bac-Sulfitrin® (15mL) em 500mL de solução para infusãoAs misturas com Bac-Sulfitrin® devem ser preparadas para administração imediata. Depois de adicionar o Bac-Sulfitrin®, a solução para infusão deve ser agitada para assegurar uma mistura completa. No caso de surgirem turvação ou cristalização da solução antes ou durante a administração, a infusão deve ser interrompida e uma nova infusão preparada. A solução para infusão de Bac-Sulfitrin® deve ser utilizada nas primeiras 6 horas após a sua preparação.
Nos casos onde é desejada restrição de líquido, cada 5mL de Bac-Sulfitrin® para infusão podem ser adicionados em 75mL de glicose a 5%, cloreto de sódio a 0,9% ou solução de Ringer. As soluções devem ser preparadas imediatamente antes do uso a temperatura ambiente e em local onde não incida diretamente a luz solar, devendo ser administradas dentro de 2 horas.
A fim de se alcançar concentrações sanguíneas eficazes, o período de infusão, que depende do volume a ser administrado, não deve ultrapassar uma hora e meia.
Normalmente, o período de administração é de 30–60 minutos.
Observação: as ampolas de Bac-Sulfitrin® para infusão venosa não devem ser injetadas diretamente na veia ou pelo cateter de infusão (borracha do soro) só devendo ser administradas depois de diluídas. A solução de infusão de Bac-Sulfitrin® já preparada não deve ser misturada com outras drogas ou soluções. Incompatibilidades (solução para infusão)
Não administre qualquer produto adicionado à infusão de Bac-Sulfitrin®, em particular produtos que diminuem o pH abaixo de 8, quando precipitação pode ocorrer.
Levulose a 5%, solução de Hartmann e solução de bicarbonato de sódio a 1,4% não devem ser usadas como solução diluente para Bac-Sulfitrin® ampola.
A administração parenteral de Bac-Sulfitrin® está indicada em casos nos quais a dose oral não é possível, especialmente em infecções pré e pós-operatórias, em infecções de organismos sensíveis como tifoide e paratifoide.
Se a administração oral é impossível ou contraindicada, a ampola para infusão intravenosa somente pode ser usada seguindo diluição com as soluções de infusão apropriadas.
Dose padrão para adultos e crianças acima de 12 anos: 2 ampolas de 5mL, duas vezes ao dia (10mL, duas vezes ao dia) após diluição apropriada, pela manhã e à tarde.
Altas doses (para casos particularmente graves): 3 ampolas de 5mL, duas vezes ao dia (15mL, duas vezes ao dia), pela manhã e à tarde.
Crianças até 12 anos: a dose média é aproximadamente 2mL/5kg de peso corpóreo diariamente, dividido em duas doses iguais, de manhã e à tarde. Portanto, a dose recomendada para crianças é 6mg de TMP mais 30mg de SMZ por kg de peso corpóreo diariamente.
Como regra geral, a formulação parenteral de Bac-Sulfitrin® deve ser usada somente durante o período no qual o tratamento oral não é possível; a dose padrão deve ser usada por não mais do que 5 dias consecutivos e as altas doses não mais do que 3 dias consecutivos.
Bac-Sulfitrin® deve ser diluído antes do uso.
Posologias especiais
a. pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii
A dose recomendada para pacientes com pneumonia por P. carinii é de até 20mg/kg de TMP e 100mg/kg de SMZ em 24 horas, dadas em doses iguais e fracionadas a cada 6 horas durante 14 dias.
b. pacientes com insuficiência renal
A tabela abaixo apresenta o esquema de dosagem recomendada para pacientes com insuf iciência renal.
Tabela 2. Dosagem recomendada para pacientes com insuficiência renal. | |
Clearance de creatinina | Esquema posológico recomendado |
Acima de 30mL/min. | Posologia padrão |
15–30mL/min. | metade da posologia padrão |
menos de 15mL/min. | não é recomendável o uso de Bac-Sulfitrin® |
c. pacientes com nocardiose: a dose diária recomendada para pacientes adultos com nocardiose é de 480 – 640mg de TMP e 2400 – 3200mg de SMZ por pelo menos 3 meses. Esta dose requer ajuste de acordo com a idade do paciente, o peso e a função renal, bem como a gravidade da doença. Foi relatada a duração de tratamento de 18 meses.
d. pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas doses do adulto mais jovem.
9. reações adversas
Nas doses recomendadas, Bac-Sulfitrin® é geralmente bem tolerado. Os efeitos colaterais mais comuns são os rashes cutâneos e os distúrbios gastrintestinais.
As categorias utilizadas como padrões de frequência são as seguintes:
Muito comum >1/10;
Comum >1/100 e <1/10;
Incomum >1/1000 e <1/100;
Raro >1/10.000 e <1/1000 e
Muito raro <1/10.000.
Efeitos adversos relatados nos pacientes tratados com trimetoprima + sulfametoxazol
Infecções e infestações
Muito raro: infecções fúngicas, como candidíase, têm sido relatadas.
Desordens hematológicas e do sistema linfático
Raro: a maioria das alterações hematológicas observadas têm sido discretas, assintomáticas e reversíveis com a suspensão da medicação. As alterações mais comumente observadas foram leucopenia, neutropenia e trombocitopenia.
Muito raro: agranulocitose, anemia (megaloblástica, hemolítica/autoimune, aplástica),
metahemoglobinemia, pancitopenia ou púrpura.
Desordens do sistema imune
Muito raro: assim como qualquer outra droga, reações alérgicas podem ocorrer em pacientes que são hipersensíveis aos componentes da medicação: ex.: febre, edema angioneurótico, reações anafilactoides, reações de hipersensibilidade, e doença do soro. Infiltrados pulmonares, tais como ocorrem em alveolite alérgica ou eosinofílica, têm sido relatados. Elas podem se manifestar através de sintomas tais como tosse ou respiração ofegante. Se tais sintomas aparecerem ou, inexplicavelmente, piorarem, o paciente deve ser reavaliado e a descontinuação da terapia com Bac-Sulfitrin® ser considerada.
Casos de periarterite nodosa e miocardite alérgica têm sido relatados.
Desordens metabólicas e nutricionais
Muito raro: altas doses de TMP, como as usadas em pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii , induzem um progressivo, mas reversível aumento de concentração de potássio sérico em um número substancial de pacientes. Mesmo doses recomendadas de TMP podem causar hipercalemia quando administradas a pacientes com doenças subjacentes de metabolismo do potássio, insuficiência renal ou que estão recebendo drogas que induzem hipercalemia. Monitorização rigorosa do potássio sérico é requerida nestes pacientes. Casos de hiponatremia foram relatados. Casos de hipoglicemia em pacientes não diabéticos tratados com SMZ-TMP têm sido relatados, geralmente após poucos dias de tratamento. Pacientes com decréscimo da função renal, doença hepática, desnutrição ou recebendo altas doses de SMZ-TMP, estão sob risco particular.
Desordens psiquiátricas
Muito raro: casos isolados de alucinações têm sido relatados.
Desordens do sistema nervoso
Muito raro: neuropatia (incluindo neurite periférica e parestesia), uveíte. Meningite asséptica ou sintomas semelhantes à meningite, ataxia, convulsões, vertigem e tinido foram relatados.
Efeitos colaterais gastrintestinais
Comum: náusea (com ou sem vômito).
Raro: estomatite, glossite e diarreia.
Muito raro: enterocolite pseudomembranosa.
Casos de pancreatite aguda têm sido relatados, sendo que vários destes pacientes tinham doenças graves, incluindo pacientes portadores de AIDS (Síndrome da imunodeficiência adquirida).
Desordens hepatobiliares
Muito raro: necrose hepática, hepatite, colestase, elevação de bilirrubinas e transaminases, e casos isolados de síndrome de desaparecimento do dueto biliar têm sido relatados.
Desordens cutâneas e subcutâneas
Comum: múltiplas reações na pele têm sido relatadas, as quais são geralmente leves e rapidamente reversíveis após suspensão da medicação.
Muito raro: como ocorre com muitas outras drogas contendo sulfonamidas, o uso de Bac-Sulfitrin® tem, em raros casos, sido relacionado à fotossensibilidade, eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson e Necrólise Epidérmica Tóxica (Síndrome de Lyell) e púrpura de Henoch-Schoenlein.
Desordens do sistema músculo-esquelético, do tecido conjuntivo e dos ossos
Muito raro: raros casos de artralgia e mialgia e casos isolados de rabdomiólise foram relatados.
Desordens do sistema renal e urinário
Muito raro: casos de comprometimento da função renal, nefrite intersticial, elevação do nitrogênio uréico sanguíneo, elevação da creatinina sérica e cristalúria foram reportados. Sulfonamidas, incluindo Bac-Sulfitrin®, podem induzir a aumento da diurese, particularmente em pacientes com edema de origem cardíaca.
Reações locais relacionadas à infusão intravenosa
Infusão intravenosa de Bac-Sulfltrin® tem, ocasionalmente, aumentado efeitos locais como dor venosa leve a moderada e flebite.
Segurança de sulfametoxazol + trimetoprima em pacientes infectados pelo HIV.
Os pacientes portadores de HIV têm o espectro de possíveis eventos adversos similar ao espectro dos pacientes não infectados. Entretanto, alguns eventos adversos podem ocorrer com frequência maior e com quadros clínicos diferenciados.
Essas diferenças relacionam-se aos seguintes sistemas:
Desordens hematológicas e do sistema linfático
Muito comum: leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia.
Desordens metabólicas e nutricionais
Muito comum: hiperpotassemia.
Incomum: hiponatremia, hipoglicemia.
Desordens gastrintestinais
Muito comum: anorexia, náusea com ou sem vômito, diarreia.
Desordens hepatobiliares: elevação de transaminases.
Desordens cutâneas e subcutâneas
Muito comum: rash maculopapular, geralmente com prurido.
Desordens em geral e condições do local de administração
Muito comum: febre, geralmente associada com erupção maculopapular.
Interferência em exames de laboratório
O Bac-Sulfitrin®, especificamente o componente TMP, pode interferir com a dosagem do metotrexato sérico quando se usa a técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato redutase é utilizada como a proteína de ligação. Nenhuma interferência ocorre, entretanto, se o metotrexato é medido por radioimunoensaio. A presença de TMP e SMZ pode também interferir com a dosagem de creatinina pela reação de picrato alcalino de Jaffé, ocasionando um aumento de cerca de 10% nos valores da faixa de normalidade.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. superdose
10. superdoseSintomas
Sintomas da superdosagem aguda podem incluir náusea, vômito, diarreia, cefaleia, vertigens, tontura e distúrbios mentais e visuais; cristalúria, hematúria e anemia podem ocorrer em casos severos. Em superdosagem crônica, depressão da medula óssea, manifestada como trombocitopenia ou leucopenia e outras discrasias sanguíneas devidas à deficiência de ácido folínico podem ocorrer.
Tratamento
Dependendo dos sintomas, recomendam-se as seguintes medidas terapêuticas: prevenção de absorção adicional, promoção da excreção renal através de diurese forçada (alcalinização da urina aumenta a eliminação de SMZ), hemodiálise (nota: diálise peritoneal não é eficaz), monitorização hematológica e dos eletrólitos. Se ocorrer significativa discrasia sanguínea ou icterícia, deve-se instituir tratamento específico para estas condições. A administração de folinato de cálcio, por via intramuscular, de 3 a 6mg durante cinco a sete dias pode contrabalançar os efeitos da TMP na hematopoiese.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Registro M.S. n° 1.5584.0346
Farm. Responsável: Raquel Letícia Correia Borges – CRF-GO n° 6.248.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.
©SAC
0800 97 99 900
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VPR 3 – Quadra 2-C – Módulo 01-B – DAIA – Anápolis – GO – CEP 75132–015
C.N.P.J.: 05.161.069/0001–10 – Indústria Brasileira
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