O grupo ATC V09HB é composto por compostos de índio (111In), que são utilizados em exames de imagem para diagnóstico médico. Esses compostos são radioativos e emitem radiação gama, o que permite a visualização de órgãos e tecidos internos do corpo humano.
No Brasil, o uso desses compostos é regulamentado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que estabelece normas para a manipulação e armazenamento dessas substâncias. De acordo com dados da CNEN, em 2019 foram realizados mais de 20 mil exames com compostos de índio (111In) no país.
Os principais usos desses compostos na medicina são na detecção de tumores neuroendócrinos, linfomas e infecções ósseas. Eles também podem ser utilizados em estudos de função renal e avaliação da circulação sanguínea.
Para realizar o exame com compostos de índio (111In), o paciente recebe uma injeção intravenosa da substância. Em seguida, é realizado um exame de imagem utilizando equipamentos específicos, como a cintilografia ou tomografia por emissão de pósitrons (PET).
É importante ressaltar que os compostos de índio (111In) possuem uma meia-vida curta, ou seja, sua atividade radioativa diminui pela metade a cada período determinado. Por isso, eles devem ser produzidos próximo aos locais onde serão utilizados e armazenados adequadamente para garantir sua eficácia e segurança.
Além disso, os profissionais envolvidos na manipulação dessas substâncias devem seguir rigorosas normas de segurança, como o uso de equipamentos de proteção individual e a adoção de medidas para minimizar a exposição à radiação.
Apesar dos benefícios na área da saúde, o uso de compostos de índio (111In) também apresenta alguns riscos. A exposição excessiva à radiação pode causar danos ao DNA das células e aumentar o risco de desenvolvimento de câncer. Por isso, é fundamental que os exames sejam realizados apenas quando necessários e sob supervisão médica.
Em resumo, os compostos de índio (111In) são importantes ferramentas na medicina diagnóstica, permitindo a visualização interna do corpo humano. No entanto, seu uso deve ser feito com cautela e seguindo as normas estabelecidas pelos órgãos regulatórios para garantir a segurança dos pacientes e profissionais envolvidos.