Os compostos de tecnécio (99mTC) são utilizados em exames de imagem, como a cintilografia, para diagnóstico e monitoramento de diversas doenças. O grupo ATC V09BA é composto por medicamentos que contêm tecnécio-99m como ingrediente ativo.
No Brasil, a utilização desses compostos tem aumentado nos últimos anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram realizados mais de 1 milhão de exames com tecnécio-99m no país.
Os compostos de tecnécio (99mTC) são produzidos a partir do elemento químico tecnécio-99, que é obtido através da fissão nuclear do urânio. O isótopo 99mTC é utilizado por ser altamente radioativo e apresentar meia-vida curta, o que permite sua utilização em exames médicos sem causar danos significativos ao paciente.
Os medicamentos que contêm tecnécio-99m são administrados por via intravenosa ou oral e se acumulam em tecidos específicos do corpo humano. A partir daí, é possível realizar a cintilografia, um tipo de exame que utiliza uma câmera especial para capturar imagens das áreas onde o medicamento se concentrou.
Entre as principais indicações dos compostos de tecnécio (99mTC) estão o diagnóstico e monitoramento de doenças cardiovasculares, como angina e infarto; doenças pulmonares, como embolia pulmonar; distúrbios ósseos, como fraturas e tumores; além de outras condições médicas específicas.
A utilização dos compostos de tecnécio (99mTC) é considerada segura, desde que realizada por profissionais capacitados e seguindo as normas de segurança radiológica. Os riscos associados à exposição à radiação são mínimos e controlados, e os benefícios do diagnóstico precoce e preciso das doenças superam os possíveis riscos.
No Brasil, a produção dos compostos de tecnécio (99mTC) é realizada por empresas especializadas em radiofármacos, que seguem as normas estabelecidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A distribuição dos medicamentos é feita através de redes especializadas em produtos radiológicos.
Em resumo, os compostos de tecnécio (99mTC) são uma importante ferramenta para o diagnóstico e monitoramento de diversas doenças. Sua utilização tem aumentado no Brasil nos últimos anos, acompanhando a evolução da medicina nuclear. É importante ressaltar que seu uso deve ser realizado por profissionais capacitados e seguindo as normas de segurança radiológica.