O sevelâmero é um medicamento utilizado no tratamento de pacientes com doença renal crônica (DRC) que estão em diálise. Ele pertence ao grupo ATC V03AE02 e age como um quelante de fosfato, ou seja, ele se liga ao fosfato presente nos alimentos ingeridos e impede sua absorção pelo organismo.
No Brasil, a DRC afeta cerca de 10% da população adulta e é uma das principais causas de morte no país. A doença pode ser causada por diversas condições, como diabetes, hipertensão arterial e glomerulonefrite. A diálise é uma opção para pacientes com DRC avançada que não respondem mais a tratamentos conservadores.
O sevelâmero tem sido amplamente utilizado na prática clínica para o controle do hiperparatireoidismo secundário (HPTS) em pacientes em diálise. O HPTS é uma complicação comum da DRC que ocorre quando as glândulas paratireoides produzem excesso de hormônio paratireoidiano (PTH), levando a alterações ósseas e cardiovasculares.
Estudos clínicos têm demonstrado que o sevelâmero é eficaz na redução dos níveis séricos de fosfato e PTH em pacientes em diálise. Além disso, ele apresenta vantagens sobre outros quelantes de fosfato disponíveis no mercado, como o carbonato de cálcio e o hidróxido de alumínio.
O sevelâmero não contém cálcio ou alumínio em sua composição, o que evita os riscos associados ao acúmulo desses minerais no organismo. Além disso, ele não interfere na absorção de outros medicamentos, o que é uma vantagem importante em pacientes em diálise que utilizam múltiplos medicamentos.
Outra vantagem do sevelâmero é a sua forma de administração. Ele pode ser administrado por via oral em comprimidos ou pó para suspensão oral, o que facilita a adesão ao tratamento pelos pacientes.
No Brasil, o sevelâmero está disponível nas apresentações de comprimidos revestidos de 800 mg e pó para suspensão oral de 2,4 g. O medicamento é comercializado por diversos laboratórios e pode ser encontrado em farmácias especializadas.
Em relação aos efeitos adversos, o sevelâmero é geralmente bem tolerado pelos pacientes. Os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas, vômitos e diarreia. No entanto, esses sintomas geralmente são leves e transitórios.
Em resumo, o sevelâmero é um medicamento eficaz no controle do hiperparatireoidismo secundário em pacientes em diálise. Ele apresenta vantagens sobre outros quelantes de fosfato disponíveis no mercado, como a ausência de cálcio ou alumínio em sua composição e a não interferência na absorção de outros medicamentos. Além disso, sua forma de administração facilita a adesão ao tratamento pelos pacientes.