Pegaptanib é um medicamento que pertence ao grupo ATC S01LA03 e é utilizado para tratar a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). A DMRI é uma doença ocular que afeta principalmente pessoas com mais de 50 anos e pode levar à perda da visão central.
No Brasil, a DMRI é uma das principais causas de cegueira em pessoas idosas. Estima-se que cerca de 2 milhões de brasileiros tenham a doença, sendo que aproximadamente 30% dos casos são do tipo avançado, o qual pode ser tratado com Pegaptanib.
O Pegaptanib age inibindo a atividade do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), uma proteína responsável pelo crescimento anormal dos vasos sanguíneos na retina. Ao bloquear o VEGF, o medicamento reduz o crescimento desses vasos sanguíneos anormais e diminui o vazamento de fluido na retina, melhorando assim a visão do paciente.
O Pegaptanib é administrado por meio de injeção intravítrea, ou seja, diretamente no olho afetado. O procedimento deve ser realizado por um oftalmologista em ambiente hospitalar ou clínica especializada.
Os estudos clínicos realizados com o Pegaptanib mostraram resultados positivos na melhora da acuidade visual em pacientes com DMRI avançada. Em um estudo randomizado e controlado por placebo realizado nos Estados Unidos, os pacientes tratados com Pegaptanib apresentaram uma melhora significativa na acuidade visual após seis semanas de tratamento.
No entanto, como qualquer medicamento, o Pegaptanib pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns são dor no olho, vermelhidão, sensação de corpo estranho e aumento da pressão intraocular. É importante que o paciente informe ao médico caso apresente qualquer sintoma após a aplicação do medicamento.
Além disso, é fundamental que o paciente siga as recomendações médicas quanto ao número de injeções necessárias e ao intervalo entre elas. O tratamento com Pegaptanib pode requerer múltiplas injeções intravítreas, dependendo da gravidade da DMRI.
Em resumo, o Pegaptanib é um medicamento eficaz para tratar a DMRI avançada em pacientes idosos. Embora possa causar alguns efeitos colaterais, os benefícios do tratamento superam os riscos quando administrado corretamente por um oftalmologista qualificado.