Os fármacos anti-demência são utilizados para tratar pacientes com demência, uma condição que afeta a capacidade cognitiva e a memória. Esses medicamentos são classificados no grupo ATC N06D.
No Brasil, estima-se que cerca de 1,2 milhão de pessoas tenham demência, sendo a doença de Alzheimer a forma mais comum. Com o envelhecimento da população brasileira, espera-se um aumento significativo no número de casos nos próximos anos.
Os fármacos anti-demência atuam no cérebro para melhorar os sintomas da demência, como perda de memória e dificuldade em realizar atividades cotidianas. Eles podem ser divididos em duas categorias: inibidores da colinesterase e antagonistas do receptor NMDA.
Os inibidores da colinesterase aumentam os níveis do neurotransmissor acetilcolina no cérebro, melhorando a comunicação entre as células nervosas. Isso pode ajudar a melhorar a memória e outras funções cognitivas em pacientes com demência leve ou moderada. Os principais medicamentos dessa classe disponíveis no Brasil são donepezila, rivastigmina e galantamina.
Já os antagonistas do receptor NMDA bloqueiam o excesso de atividade do neurotransmissor glutamato no cérebro, que pode levar à morte das células nervosas. Esses medicamentos podem ajudar a retardar o declínio cognitivo em pacientes com demência avançada. O único medicamento dessa classe disponível no Brasil é a memantina.
É importante ressaltar que esses medicamentos não curam a demência ou revertê-la completamente. Eles podem apenas melhorar os sintomas e retardar o declínio cognitivo em alguns pacientes. Além disso, eles podem ter efeitos colaterais, como náusea, vômito e diarreia.
Os fármacos anti-demência devem ser prescritos por um médico especialista em demência e devem ser usados com cautela em pacientes com outras condições médicas ou que estejam tomando outros medicamentos. O tratamento deve ser individualizado para cada paciente, levando em consideração a gravidade da demência, a idade do paciente e outras condições de saúde.
Em resumo, os fármacos anti-demência são uma opção de tratamento para pacientes com demência leve a moderada ou avançada. Eles podem melhorar os sintomas e retardar o declínio cognitivo em alguns pacientes. No entanto, é importante lembrar que esses medicamentos não curam a demência e devem ser usados com cautela sob supervisão médica adequada.