Os derivados das benzodiazepinas são uma classe de medicamentos utilizados para tratar transtornos de ansiedade, insônia e convulsões. Eles agem no sistema nervoso central, aumentando a atividade do neurotransmissor GABA, que é responsável por diminuir a atividade neuronal.
No Brasil, os derivados das benzodiazepinas são amplamente prescritos e consumidos. De acordo com dados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), em 2019 foram vendidas mais de 28 milhões de unidades desses medicamentos no país.
Apesar da eficácia no tratamento dos transtornos mencionados, os derivados das benzodiazepinas apresentam alguns efeitos colaterais indesejáveis, como sonolência diurna, tontura, confusão mental e dependência física e psicológica. Por isso, é importante que o uso desses medicamentos seja feito sob orientação médica e com acompanhamento regular.
Além disso, é importante destacar que o uso prolongado dos derivados das benzodiazepinas pode levar à tolerância ao medicamento, ou seja, a necessidade de doses cada vez maiores para se obter o mesmo efeito terapêutico. Isso pode aumentar ainda mais o risco de dependência.
Por esses motivos, recomenda-se que o uso dos derivados das benzodiazepinas seja limitado a curtos períodos de tempo e que sejam adotadas medidas não farmacológicas para tratar os transtornos em questão. Entre essas medidas estão a terapia cognitivo-comportamental (TCC), técnicas de relaxamento como yoga e meditação, e mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação saudável.
Cabe ressaltar que a interrupção abrupta do uso dos derivados das benzodiazepinas pode levar à síndrome de abstinência, que se caracteriza por sintomas como ansiedade, insônia, tremores e sudorese. Por isso, é importante que a suspensão do medicamento seja feita gradualmente e sob orientação médica.
Em resumo, os derivados das benzodiazepinas são uma classe importante de medicamentos utilizados no tratamento de transtornos de ansiedade, insônia e convulsões. No entanto, seu uso deve ser feito com cautela e sob orientação médica para evitar o risco de dependência e outros efeitos colaterais indesejáveis. É fundamental também adotar medidas não farmacológicas para tratar esses transtornos.