Os inibidores da monoamino-oxidase tipo B (IMAO-B) são medicamentos utilizados no tratamento da doença de Parkinson. Eles agem inibindo a enzima monoamino-oxidase tipo B, que é responsável por degradar a dopamina, um neurotransmissor importante para o controle dos movimentos.
No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas tenham a doença de Parkinson. Os IMAO-B são uma opção terapêutica importante para esses pacientes, pois ajudam a controlar os sintomas motores e melhorar a qualidade de vida.
Os principais medicamentos disponíveis no mercado brasileiro são o selegilina e a rasagilina. Ambos são administrados por via oral e têm um perfil de segurança favorável quando utilizados corretamente.
A selegilina é indicada para o tratamento da doença de Parkinson em estágios iniciais ou moderados. Ela pode ser usada em monoterapia ou em combinação com outros medicamentos antiparkinsonianos, como a levodopa. A dose recomendada varia entre 5 e 10 mg ao dia.
Já a rasagilina é indicada para o tratamento da doença de Parkinson em estágio inicial ou avançado. Ela pode ser usada como monoterapia ou em combinação com outros medicamentos antiparkinsonianos, incluindo levodopa e agonistas dopaminérgicos. A dose recomendada é de 1 mg ao dia.
É importante ressaltar que os IMAO-B não devem ser utilizados em conjunto com certos alimentos e medicamentos que contêm tiramina, uma substância que pode causar elevação da pressão arterial. Alguns exemplos de alimentos que devem ser evitados são queijos envelhecidos, vinho tinto e cerveja.
Além disso, os IMAO-B podem interagir com outros medicamentos, como antidepressivos e analgésicos opioides. Por isso, é fundamental que o paciente informe ao médico todos os medicamentos que está utilizando antes de iniciar o tratamento com IMAO-B.
Em relação aos efeitos colaterais, os IMAO-B podem causar náuseas, vômitos, insônia e dor de cabeça. Esses sintomas geralmente são leves e transitórios. Em casos raros, pode ocorrer hipertensão arterial ou reações alérgicas graves.
Por fim, é importante destacar que os IMAO-B devem ser prescritos por um médico especialista em doença de Parkinson. O tratamento deve ser individualizado de acordo com as características do paciente e a gravidade da doença.
Em resumo, os inibidores da monoamino-oxidase tipo B são uma opção terapêutica importante para o tratamento da doença de Parkinson no Brasil. Eles ajudam a controlar os sintomas motores e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, é fundamental seguir as orientações médicas quanto à dosagem e às interações medicamentosas para garantir a segurança do tratamento.