A tiagabina é um medicamento utilizado no tratamento de convulsões e epilepsia. Ele age no sistema nervoso central, reduzindo a atividade excessiva dos neurônios que causam as crises.
No Brasil, a tiagabina é comercializada sob o nome de Gabitril® e está disponível em comprimidos de 4mg e 12mg. É importante lembrar que este medicamento só deve ser utilizado com prescrição médica e acompanhamento adequado.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados cerca de 300 mil casos de epilepsia no país. A maioria dos casos ocorre em crianças e adolescentes, mas também pode afetar adultos.
A tiagabina é classificada como um antiepiléptico do grupo N03AG06 pelo sistema ATC (Anatomical Therapeutic Chemical Classification System). Isso significa que ele age especificamente na neurotransmissão GABAérgica, aumentando a concentração do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico) no cérebro.
O GABA é responsável por inibir a atividade neuronal excessiva, evitando assim as crises epilépticas. A tiagabina atua bloqueando o transportador de recaptação do GABA (GAT-1), aumentando assim sua concentração na fenda sináptica entre os neurônios.
A eficácia da tiagabina foi comprovada em diversos estudos clínicos realizados em todo o mundo. No Brasil, um estudo publicado em 2015 avaliou a eficácia da tiagabina em pacientes com epilepsia refratária (que não respondem a outros tratamentos). Os resultados mostraram que a tiagabina foi eficaz na redução das crises em mais de 50% dos pacientes avaliados.
No entanto, como todo medicamento, a tiagabina pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns são tontura, sonolência, fadiga e tremores. Em casos mais raros, podem ocorrer alterações do humor, como depressão e ansiedade.
Por isso, é fundamental que o paciente siga as orientações médicas e informe ao profissional de saúde qualquer sintoma ou reação adversa durante o tratamento com tiagabina.
Em resumo, a tiagabina é um medicamento antiepiléptico eficaz no controle das crises epilépticas. Ele age aumentando a concentração do neurotransmissor GABA no cérebro e está disponível em comprimidos de 4mg e 12mg. No entanto, seu uso deve ser sempre acompanhado por um médico especialista e os pacientes devem estar atentos aos possíveis efeitos colaterais.