O grupo ATC L03AX15 é composto pela substância mifamurtida, que é um medicamento imunomodulador utilizado no tratamento de pacientes com câncer. A mifamurtida age estimulando o sistema imunológico do paciente, aumentando a resposta do organismo contra as células cancerígenas.
No Brasil, a incidência de câncer tem aumentado nos últimos anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que em 2020 ocorrerão cerca de 625 mil novos casos da doença no país. Por isso, o desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento do câncer é fundamental.
A mifamurtida foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2012 e desde então tem sido utilizada no tratamento de diversos tipos de câncer, como o câncer gástrico e o câncer pulmonar.
Os estudos clínicos realizados com a mifamurtida mostraram que ela pode melhorar significativamente a sobrevida dos pacientes com câncer. Em um estudo realizado com pacientes com câncer gástrico avançado, por exemplo, os pacientes que receberam mifamurtida tiveram uma sobrevida média de 13 meses, enquanto os pacientes que receberam apenas quimioterapia tiveram uma sobrevida média de apenas 7 meses.
Além disso, a mifamurtida apresenta baixa toxicidade e poucos efeitos colaterais. Os principais efeitos adversos relatados são náuseas e vômitos leves.
É importante ressaltar que a mifamurtida não deve ser utilizada como tratamento único para o câncer. Ela deve ser utilizada em combinação com outras terapias, como a quimioterapia e a radioterapia.
A mifamurtida é administrada por via intravenosa, geralmente uma vez por semana. O tratamento pode ser realizado em regime ambulatorial, ou seja, o paciente não precisa ficar internado no hospital durante todo o período de tratamento.
Em resumo, a mifamurtida é um medicamento imunomodulador utilizado no tratamento de pacientes com câncer. Ela age estimulando o sistema imunológico do paciente e melhorando sua resposta contra as células cancerígenas. A mifamurtida apresenta baixa toxicidade e poucos efeitos colaterais, além de melhorar significativamente a sobrevida dos pacientes com câncer. No entanto, ela deve ser utilizada em combinação com outras terapias e sob supervisão médica adequada.