O Vismodegib é um medicamento pertencente ao grupo ATC L01XX43, que é utilizado no tratamento de câncer de pele avançado. Ele age inibindo uma proteína chamada SMO, que está envolvida no desenvolvimento do câncer.
No Brasil, o câncer de pele é um problema de saúde pública. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele é o tipo mais comum de câncer no país, correspondendo a cerca de 30% dos casos. Além disso, estima-se que haja mais de 180 mil novos casos por ano.
O Vismodegib foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2013 para o tratamento do carcinoma basocelular avançado, uma forma agressiva e invasiva desse tipo de câncer. Ele é indicado para pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia ou radioterapia e para aqueles em que esses tratamentos não foram eficazes.
O medicamento é administrado por via oral e deve ser prescrito por um médico especialista em oncologia ou dermatologia. A dose recomendada é de 150 mg uma vez ao dia, com ou sem alimentos.
Os estudos clínicos realizados com o Vismodegib mostraram resultados promissores. Em um estudo fase II publicado na revista New England Journal of Medicine, os pesquisadores observaram uma taxa global de resposta objetiva (TGOR) de 43% em pacientes com carcinoma basocelular avançado tratados com o medicamento. Além disso, a duração média da resposta foi de 7,6 meses.
No entanto, o Vismodegib também pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns são perda de cabelo, fadiga, náusea e diarreia. Alguns pacientes também podem apresentar alterações na função hepática e muscular.
Por isso, é importante que o paciente seja acompanhado por um médico durante todo o tratamento com Vismodegib. Ele deve informar imediatamente qualquer sintoma ou reação adversa que surgir durante o uso do medicamento.
Em resumo, o Vismodegib é um medicamento inovador no tratamento do carcinoma basocelular avançado. Ele age inibindo uma proteína envolvida no desenvolvimento do câncer e já mostrou resultados promissores em estudos clínicos. No entanto, ele também pode causar efeitos colaterais e deve ser prescrito por um médico especialista em oncologia ou dermatologia.