O Gefitinib é um medicamento utilizado no tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado ou metastático. Ele pertence ao grupo ATC L01XE02 e age inibindo a atividade da tirosina quinase do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), que é uma proteína envolvida no crescimento e proliferação celular.
No Brasil, o câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum em homens e mulheres, representando cerca de 13% dos casos novos a cada ano. Estima-se que em 2020 foram diagnosticados mais de 30 mil novos casos da doença no país. Dentre os casos diagnosticados, aproximadamente 85% são do tipo não pequenas células.
O Gefitinib é administrado por via oral, geralmente na dose diária única de 250 mg. É importante ressaltar que seu uso deve ser acompanhado por um médico especialista em oncologia e que ele pode apresentar alguns efeitos colaterais, como diarreia, náusea, vômito, perda de apetite e erupções cutâneas.
Estudos clínicos têm demonstrado que o Gefitinib pode melhorar significativamente a sobrevida global dos pacientes com CPNPC avançado ou metastático portadores da mutação EGFR positiva. Essa mutação está presente em cerca de 10% dos pacientes com CPNPC não fumantes e em até 50% dos pacientes asiáticos com CPNPC.
Além disso, o Gefitinib também tem sido utilizado como terapia adjuvante após a cirurgia para reduzir o risco de recorrência do câncer de pulmão. Em um estudo realizado com pacientes japoneses, o Gefitinib reduziu significativamente o risco de recorrência em comparação com o placebo.
O Gefitinib é um medicamento de alto custo e seu acesso pode ser limitado para alguns pacientes. No entanto, existem programas governamentais que oferecem o medicamento gratuitamente ou com desconto para pacientes que atendem a determinados critérios.
Em resumo, o Gefitinib é um medicamento importante no tratamento do câncer de pulmão não pequenas células avançado ou metastático portadores da mutação EGFR positiva. Seu uso deve ser acompanhado por um médico especialista em oncologia e pode apresentar alguns efeitos colaterais. É importante ressaltar que existem programas governamentais que podem ajudar os pacientes a terem acesso ao medicamento.