O Trabectedina é um medicamento antineoplásico utilizado no tratamento de câncer de ovário, sarcoma de partes moles e câncer de mama metastático. Ele age inibindo a proliferação celular e induzindo a apoptose (morte celular programada) em células tumorais.
No Brasil, o câncer é uma das principais causas de morte, sendo responsável por cerca de 17% dos óbitos registrados no país. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres brasileiras, representando cerca de 29% dos casos novos a cada ano. Já o sarcoma representa apenas 1% dos casos novos diagnosticados anualmente.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 foram estimados cerca de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Além disso, estima-se que haja cerca de 13 mil novos casos anuais de sarcoma.
O Trabectedina tem se mostrado eficaz no tratamento desses tipos específicos de câncer. Em um estudo clínico realizado com pacientes com sarcoma avançado ou metastático, o medicamento demonstrou uma taxa global de resposta objetiva (TRO) - medida que indica a proporção dos pacientes que apresentaram redução significativa do tamanho do tumor - superior a 10%.
Outro estudo clínico avaliou a eficácia do Trabectedina em combinação com outros medicamentos no tratamento do câncer ovariano recorrente platino-sensível. Nesse estudo, os resultados mostraram uma taxa global TRO superior a 60%, além da melhora na sobrevida livre de progressão.
No entanto, é importante ressaltar que o Trabectedina pode apresentar efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, fadiga e queda de cabelo. Por isso, é fundamental que o paciente seja acompanhado por um profissional de saúde durante todo o tratamento.
Em relação à sua classificação no grupo ATC (Anatomical Therapeutic Chemical), o Trabectedina pertence ao subgrupo L01CX01. Esse subgrupo inclui medicamentos antineoplásicos citotóxicos não classificados em outras categorias.
Em resumo, o Trabectedina é um medicamento antineoplásico utilizado no tratamento de câncer de ovário, sarcoma de partes moles e câncer de mama metastático. Ele age inibindo a proliferação celular e induzindo a apoptose em células tumorais. Embora apresente eficácia comprovada, pode causar efeitos colaterais e deve ser administrado sob supervisão médica.