O grupo ATC J05AR02 é composto pela combinação de dois medicamentos antirretrovirais: a lamivudina e o abacavir. Essa combinação é utilizada no tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
A lamivudina é um análogo nucleosídico da timidina, que inibe a transcriptase reversa do HIV. Já o abacavir é um inibidor nucleosídico da transcriptase reversa do HIV-1 e HIV-2.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram notificados 41.919 casos de aids. Ainda segundo o Ministério, a terapia antirretroviral (TARV) é fundamental para o controle da infecção pelo HIV e para a prevenção da progressão para aids.
A combinação de lamivudina e abacavir está indicada para pacientes adultos infectados pelo HIV-1 que não tenham recebido tratamento anteriormente ou que estejam em uso de TARV com supressão virológica sustentada por pelo menos seis meses.
O uso dessa combinação deve ser feito sob supervisão médica e seguindo as orientações prescritas na bula do medicamento. É importante ressaltar que a interrupção abrupta do tratamento pode levar ao aumento da carga viral e à resistência aos medicamentos.
Os principais efeitos colaterais relatados com o uso dessa combinação são náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, cefaleia e fadiga. Em casos raros podem ocorrer reações alérgicas graves, como a síndrome de hipersensibilidade ao abacavir, que pode ser fatal se não for tratada imediatamente.
A lamivudina e o abacavir são metabolizados pelo fígado e eliminados principalmente pela urina. Por isso, é importante monitorar a função hepática e renal dos pacientes em uso dessa combinação.
Além disso, é necessário avaliar possíveis interações medicamentosas antes de iniciar o tratamento com essa combinação. O uso concomitante com outros medicamentos que afetam o metabolismo hepático pode aumentar ou diminuir os níveis plasmáticos da lamivudina e do abacavir.
Em resumo, a combinação de lamivudina e abacavir é uma opção eficaz no tratamento da infecção pelo HIV-1 em pacientes adultos. No entanto, seu uso deve ser feito sob supervisão médica e seguindo as orientações prescritas na bula do medicamento. É importante monitorar possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas para garantir a eficácia do tratamento.