Os glicopeptídeos são uma classe de antibióticos que possuem um mecanismo de ação único, atuando na parede celular bacteriana. O grupo ATC J01XA é composto por dois representantes: teicoplanina e vancomicina.
A vancomicina é o glicopeptídeo mais utilizado no Brasil e é indicada para o tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-positivas, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Enterococcus resistente à vancomicina (VRE). É administrada por via intravenosa e pode causar reações adversas como ototoxicidade, nefrotoxicidade e flebite.
Já a teicoplanina é menos utilizada no país, mas também possui atividade contra bactérias Gram-positivas. É administrada por via intramuscular ou intravenosa e pode ser usada em pacientes com alergia à penicilina. As reações adversas incluem dor no local da injeção, náusea e diarreia.
No Brasil, o uso desses antibióticos deve ser feito com cautela para evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2019 foram dispensados cerca de 1 milhão de doses de vancomicina no país. Além disso, estudos mostram que a prevalência de MRSA varia entre as regiões brasileiras, sendo mais comum em hospitais do que na comunidade.
É importante ressaltar que o uso indiscriminado desses antibióticos pode levar ao surgimento de bactérias resistentes, dificultando o tratamento de infecções. Por isso, é fundamental que o uso seja feito de forma criteriosa e seguindo as orientações médicas.
Em resumo, os glicopeptídeos são uma classe importante de antibióticos para o tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-positivas. No Brasil, a vancomicina é mais utilizada e deve ser usada com cautela para evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana. O uso desses antibióticos deve ser feito seguindo as orientações médicas e com cuidado para minimizar os riscos de reações adversas.