A claritromicina é um antibiótico da classe dos macrolídeos, que age inibindo a síntese de proteínas bacterianas. É indicada para o tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis à claritromicina, como pneumonia, sinusite, faringite e infecções de pele.
No Brasil, a claritromicina é amplamente utilizada na prática clínica. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), em 2019 foram registrados 1.236 casos de intoxicação por claritromicina no país. Dentre os sintomas mais comuns estão náusea, vômito e diarreia.
A dose recomendada varia de acordo com a idade e o peso do paciente, bem como a gravidade da infecção. Em geral, a dose diária pode variar entre 250 mg e 1000 mg, dividida em duas ou três doses ao longo do dia.
A claritromicina pode interagir com outros medicamentos metabolizados pelo fígado, como o lopinavir/ritonavir (utilizado no tratamento da AIDS) e o tacrolimo (utilizado em transplantes). Por isso, é importante informar ao médico sobre todos os medicamentos que está tomando antes de iniciar o tratamento com claritromicina.
Além disso, a claritromicina pode causar alterações no ritmo cardíaco em pacientes predispostos. Por isso, deve ser usada com cautela em pacientes com histórico de arritmias cardíacas ou que estejam tomando outros medicamentos que possam prolongar o intervalo QT.
A claritromicina é geralmente bem tolerada, mas pode causar efeitos colaterais como dor abdominal, diarreia, náusea e vômito. Em casos raros, pode ocorrer hepatotoxicidade (lesão hepática), por isso é importante monitorar a função hepática durante o tratamento.
Em resumo, a claritromicina é um antibiótico eficaz no tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis à sua ação. No entanto, deve ser usada com cautela em pacientes com histórico de arritmias cardíacas ou que estejam tomando outros medicamentos que possam prolongar o intervalo QT. É importante informar ao médico sobre todos os medicamentos que está tomando antes de iniciar o tratamento com claritromicina e monitorar a função hepática durante o tratamento.