Os contraceptivos hormonais de uso sistêmico são medicamentos que contêm hormônios sintéticos e são utilizados para prevenir a gravidez. Eles agem inibindo a ovulação, tornando o muco cervical mais espesso e dificultando a entrada dos espermatozoides no útero.
No Brasil, os contraceptivos hormonais de uso sistêmico estão disponíveis em diversas apresentações, como pílulas, adesivos transdérmicos, anéis vaginais e injetáveis. Esses medicamentos são classificados no grupo ATC G03A.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 28% das mulheres brasileiras em idade fértil utilizam algum método contraceptivo hormonal. A pílula anticoncepcional é o método mais utilizado, seguido pelo injetável trimestral.
É importante destacar que os contraceptivos hormonais de uso sistêmico não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), sendo necessário o uso de preservativos para prevenção dessas infecções.
Além da prevenção da gravidez indesejada, os contraceptivos hormonais de uso sistêmico também podem ser utilizados para tratamento de algumas condições ginecológicas, como síndrome dos ovários policísticos e endometriose.
No entanto, esses medicamentos podem apresentar alguns efeitos colaterais, como náuseas, dor de cabeça e alterações no humor. Também há um risco aumentado para trombose venosa profunda em mulheres que utilizam contraceptivos hormonais combinados (que contêm estrogênio e progesterona).
Por isso, é importante que a escolha do método contraceptivo seja feita com orientação médica e que as mulheres sejam acompanhadas regularmente durante o uso desses medicamentos.
Em resumo, os contraceptivos hormonais de uso sistêmico são uma opção eficaz para prevenção da gravidez, mas devem ser utilizados com cautela e sob orientação médica. É fundamental que as mulheres tenham acesso a informações claras e precisas sobre esses medicamentos para que possam fazer escolhas conscientes em relação à sua saúde reprodutiva.