A fluvastatina é um medicamento que pertence ao grupo ATC C10AA04, utilizado para reduzir os níveis de colesterol no sangue. É um inibidor da HMG-CoA redutase, uma enzima responsável pela produção de colesterol no fígado.
No Brasil, a prevalência de hipercolesterolemia (níveis elevados de colesterol) é alta, afetando cerca de 40% da população adulta. A hipercolesterolemia é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
A fluvastatina é eficaz na redução dos níveis de colesterol total, LDL-colesterol (o chamado "mau" colesterol) e triglicerídeos. Além disso, pode aumentar os níveis de HDL-colesterol (o chamado "bom" colesterol). Estudos clínicos mostram que a fluvastatina reduz o risco cardiovascular em pacientes com hipercolesterolemia.
A dose recomendada varia entre 20 e 80 mg por dia, dependendo do perfil lipídico do paciente e da presença ou não de outras doenças cardiovasculares. A fluvastatina deve ser administrada à noite ou durante a refeição principal para otimizar sua absorção.
Como todo medicamento, a fluvastatina pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns são dor muscular e fraqueza (mialgia), dor nas articulações (artralgia) e distúrbios gastrointestinais como diarreia e constipação. Em casos raros, pode ocorrer rabdomiólise, uma condição grave que pode levar à insuficiência renal.
A fluvastatina é contraindicada em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao medicamento, doença hepática ativa ou elevações persistentes inexplicadas das transaminases hepáticas. Também deve ser evitada durante a gravidez e a lactação.
É importante ressaltar que o tratamento com fluvastatina deve ser acompanhado por um profissional de saúde qualificado. O uso de estatinas como a fluvastatina deve ser individualizado e baseado no perfil lipídico do paciente, bem como em outros fatores de risco cardiovascular.
Em resumo, a fluvastatina é um medicamento eficaz na redução dos níveis de colesterol e no controle do risco cardiovascular em pacientes com hipercolesterolemia. Seu uso deve ser feito sob orientação médica e acompanhamento regular para minimizar os riscos de efeitos colaterais graves.