Os inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina) são medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. Eles agem bloqueando a enzima responsável por converter a angiotensina I em angiotensina II, que é uma substância vasoconstritora. Com isso, há uma redução na resistência vascular periférica e na retenção de sódio e água pelos rins.
As associações de inibidores da ECA com outros medicamentos podem ser indicadas para pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento com um único fármaco ou para aqueles que apresentam comorbidades como diabetes mellitus ou doença renal crônica.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% dos adultos têm hipertensão arterial. Além disso, a doença é responsável por mais de 50% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM). O uso dos inibidores da ECA tem sido amplamente recomendado como primeira escolha no tratamento da hipertensão arterial.
As associações mais comuns envolvem os inibidores da ECA com diuréticos tiazídicos ou antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA-II). Os diuréticos tiazídicos aumentam a excreção renal de sódio e água, reduzindo o volume sanguíneo e a pressão arterial. Já os ARA-II bloqueiam os receptores aos quais a angiotensina II se liga, diminuindo seus efeitos vasoconstritores.
Além disso, as associações de inibidores da ECA com bloqueadores beta-adrenérgicos ou espironolactona também podem ser indicadas em casos específicos. Os bloqueadores beta-adrenérgicos reduzem a frequência cardíaca e a contratilidade do coração, diminuindo o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Já a espironolactona é um diurético poupador de potássio que pode ser utilizado em pacientes com insuficiência cardíaca.
É importante ressaltar que o uso dessas associações deve ser feito sob orientação médica e acompanhamento regular da pressão arterial e dos níveis séricos de eletrólitos como sódio, potássio e creatinina. Alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais como tosse seca, hipotensão arterial, hipercalemia (aumento do potássio no sangue) ou insuficiência renal.
Em resumo, os inibidores da ECA são medicamentos importantes no tratamento da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. As associações com outros fármacos podem ser indicadas para pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento com um único medicamento ou para aqueles que apresentam comorbidades específicas. O uso dessas associações deve ser feito sob orientação médica e acompanhamento regular dos níveis séricos de eletrólitos.